A Thales alcançou um marco histórico ao entregar o primeiro sistema autônomo completo de caça-minas marítimo para a Royal Navy. Esse feito foi realizado sob a supervisão da Organização Conjunta de Cooperação em Matéria de Armamento (OCCAr) e dentro do projeto franco-britânico MMCM (Maritime Mine Counter Measures).

Esse sistema de ponta coloca o Reino Unido e a França na vanguarda da inovação naval. Utilizando drones autônomos com segurança cibernética e equipados com Inteligência Artificial (IA), a Thales está revolucionando as operações de contramedidas contra minas navais com precisão e segurança sem precedentes. Além disso, o projeto mantém 200 empregos especializados no Reino Unido, fortalecendo a indústria de defesa britânica.

Esse avanço tecnológico reduz drasticamente o risco para a tripulação a bordo de navios e aumenta a segurança das rotas marítimas, essenciais para a economia global. A Royal Navy receberá os primeiros quatro sistemas ao longo do ano, cada um composto por múltiplos equipamentos integrados: um veículo de superfície não tripulado (USV), um sonar rebocado avançado (TSAM) com tecnologia multivisão (SAMDIS), um veículo operado remotamente (ROV) e um centro de operações leve (e-POC), todos controlados por um sistema seguro de comando e controle.

A Thales desenvolveu o aplicativo de análise sonar Mi-Map, que processa dados sonares até quatro vezes mais rápido, permitindo uma detecção e classificação mais precisa de minas no fundo do mar. Operado a partir de um navio-mãe ou de bases costeiras, o sistema processa grandes volumes de dados e acelera a identificação e neutralização de minas. Essa tecnologia inovadora está alinhada com a política do governo britânico de se posicionar como líder global em tecnologia marítima autônoma.

A cerimônia de entrega no Thales Maritime Autonomy Centre, em Plymouth, contou com a presença da parlamentar Rebecca Smith, representando South West Devon, destacando a importância da nova tecnologia no combate à crescente ameaça de minas navais.

Parceira histórica da Royal Navy há mais de um século, a Thales continua desenvolvendo tecnologias avançadas para sonar e caça-minas. O programa franco-britânico MMCM reforça o compromisso da empresa em fornecer soluções de classe mundial. Os investimentos britânicos garantiram a manutenção de mais de 200 empregos altamente qualificados nos centros da Thales em Somerset e Plymouth, fortalecendo o ecossistema de fornecedores e parceiros.

Sobre a OCCAR

A OCCAR é uma organização internacional voltada para a gestão de programas cooperativos de equipamentos de defesa. Criada por França, Alemanha, Itália e Reino Unido, a OCCAR busca aumentar a cooperação em armamentos para melhorar a eficiência e reduzir custos.

Sobre a Thales

A Thales (Euronext Paris: HO) é líder global em tecnologias avançadas nos setores de Defesa, Aeroespacial e Cibersegurança. O grupo investe mais de €4 bilhões anualmente em Pesquisa & Desenvolvimento, com foco em Inteligência Artificial, cibersegurança, computação quântica e tecnologias em nuvem. Em 2024, a Thales gerou um faturamento de €20,6 bilhões e emprega mais de 83.000 pessoas em 68 países.

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Rafael Gustavo de Oliveira

Pergunta de leigo, ter uma frota de navios/submarinos no Rio de Janeiro e uma Flotilha antiminas na Bahia não me faz sentido, estas não deveriam ser baseadas no mesmo local ou relativamente próximas?

Gustavo Tavares

Em caso de um ataque surpresa, todas as unidades seriam destruídas ou danificadas.
Veja o que aconteceu em Pearl Harbor.
Eu acho um absurdo, todos ou poucos (ou quase nenhuns) navios da MB, está baseada no Rio.
A MB já deveria ter ativado uma base no nordeste (quem sabe Aratú) há anos.
Modernizar os Tupis, Barroso, comprar algumas fragatas de oportunidade, o Bahia é transferir para lá, dando vida a segunda frota.

Dalton

Usar “Pearl Harbor” como exemplo exige cautela. Os encouraçados da Frota do Pacífico estavam todos baseados em um local na costa oeste dos EUA – que teria sido um alvo muito mais difícil de alcançar – mas, para tentar intimidar o Japão foram transferidos para o Havaí meses antes do ataque. . Se fez uma opção de “avançar” os navios para o Havaí não levando em conta ou mesmo desconhecendo o potencial do Japão ainda mais que a defesa e melhorias das bases no Havaí, ainda estavam sendo construídas. . Mesmo os EUA não possuem tantas bases assim, o complexo… Read more »

Gustavo Tavares

Acho que erraram no enunciado da matéria viu.
Apesar de não ser completamente autônomo, a MB já emprega o Tupã.
Drone naval para essa função, dentre outras!

Dalton

Gustavo, meses atrás o “PN” publicou matéria sobre o “Minex 2024” com veículos não tripulados ainda em fase de testes, mas, não encontrei o nome “Tupã”, que até onde sei é uma aeronave não tripulada.
.
No mais também fiquei na dúvida quanto ao enunciado, pode ter sido o primeiro para a Royal Navy – conforme li no original – pois a US Navy, por exemplo, recém despachou 2 LCSs da versão Independence carregados com o modulo de contramedidas de minas que incluem veículos não tripulados e desta vez não é para mais testes e sim como parte do
equipamento.

Carlos Campos

E o da TIDE WISE? Tem da SAAB também,