Motor turbojato turco KTJ-3200 equipará o míssil antinavio de longo alcance MANSUP-ER

A empresa turca Kale Jet Engines firmou um contrato com a brasileira SIATT para fornecer motores turbojato KTJ-3200, que serão integrados ao míssil antinavio de longo alcance MANSUP-ER. O acordo foi anunciado durante a feira LAAD Defense & Security 2025, realizada no Rio de Janeiro.
O KTJ-3200 é o primeiro motor turbojato desenvolvido na Turquia e já equipa os mísseis SOM e Atmaca. Com 63 cm de comprimento, 33 cm de diâmetro e pesando 50 kg, o motor oferece um empuxo de 3.200 N, permitindo que mísseis alcancem velocidades de até Mach 0,95. Sua eficiência de combustível e design compacto o tornam adequado para integração em diversos sistemas de mísseis.
O MANSUP-ER é uma evolução do míssil antinavio brasileiro MANSUP, desenvolvido pela SIATT em parceria com o EDGE Group dos Emirados Árabes Unidos. A versão estendida possui alcance de aproximadamente 200 km e é projetada para ser lançada de plataformas navais e terrestres. A integração do motor KTJ-3200 visa aprimorar o desempenho e a confiabilidade do míssil, fortalecendo as capacidades de defesa marítima do Brasil.
Este contrato representa a primeira exportação de motores turbojato militares da Turquia, destacando o avanço da indústria de defesa turca no mercado internacional. Para o Brasil, a parceria com a Kale Jet Engines e o EDGE Group reforça o compromisso com a modernização de suas forças armadas e a ampliação de sua capacidade tecnológica no setor de defesa.
É lastimável que o Brasil ainda não possua a sua própria indústria de motores avançados. Nós é que deveríamos estar exportando para a Turquia e não o contrário.
Pelo que lembre, já existia a previsão de um motor nacional.
Acredito que era da Turbomachine.
Provavelmente preferiram um motor já testado e comprovado.
Futuramente pode ser substituído por uma versão nacional.
Você está certo. O problema é saber onde está esse “futuramente”.
Com toda a certeza, beeeem longe!
“Futuramente pode ser substituído por uma versão nacional.”
O futuro que “pode” acontecer, mas que quase nunca acontece…
informações interessantes sobre o tema mansup-/mansup-ER nessa live, onde o Felipe do base militar vídeo magazine, entrevista um dos CEO da SIATT..
https://www.youtube.com/live/yCZm83ciPGI?si=Jgw-k1HcGTc86rrI
A ideia da Siatt e edge é fazer do mansup-ER, uma plataforma flexível, podendo integrar motores de diferentes fornecedores, seguindo o requerimento do cliente..
os dois motores serão integrados o nacional e o turco.
Hoje não temos sequer um bicicleta nacional.
Quem dirá motores avançados (uma das fronteiras tecnológicas mais difíceis de se conquistar); a razão é muito simples:
Neoliberalismo implantado no país desde os anos 1990.
Segunda questão: porque países como Coreia do Sul se desenvolveram tecnologicamente? Também é muito simples:
Forte investimento e apoio do Estado.
Ou seja, não adotaram o nefasto “Consenso de Washington” (cartilha neoliberal/neocolonial que os EUA obviamente impôs coercitivamente a países do Sul Global).
O problema não é o liberalismo econômico.
Muito pelo contrario, veja o próprio exemplo que vc deu, a Coreia do Sul.
O problema termos uma elite politica preguiçosa e interessada em sim mesma ou apenas nos amiguinhos.
Veja nossas empreiteiras (bemm, neste caso só até o advento da lava-jato) e nosso agronegócio, áreas que evoluíram e onde houve crescimento econômico, mas porque estão envolvidos até os ossos com politica.
Bom que foge de possíveis embargos de quem nós sabemos.
Sim, extremamente importante diversificar os fornecedores internacionais e não ficar amarrado com possíveis embargos, principalmente dos EUA.
Issso é excelente.
Antes de qualquer consideração ‘política/nacionalista’ existem as questões práticas. A Siatt sabe qual a potência do motor que precisa p/ alcançar o desempenho desejado, o diâmetro tem que ser o mesmo do atual Mansup p/ poder ser usado nos mesmos tubos lançadores e tem a questão do tempo que será necessário p/ desenvolvimento e homologação do míssil p/ atender a demanda especialmente dos Emirados Árabes Unidos que é quem garantirá o dinheiro, pois sabemos o que acontece por nossas bandas tropicais. Dessa forma, mesmo não sendo a opção que gostaríamos, a adoção do motor turco (já provado e em produção… Read more »
Essa notícia é muito triste. Mais uma vez dependendo dos outros.
Acho que a Edge/Siatt acharam a TJ-1000 muito grande para usar no MANSUP-ER e não quiseram esperar o desenvolvimento de um novo motor da Turbomachine de porte menor. A TJ-200 é muito pequena e menos potente e a TJ-1000 é muito grande e muito potente. O motor turco mede 63 cm de comprimento por 33 cm de diâmetro, pesa 50 kg e tem potência de 3.200 N ou cerca de 719,4 lb/F e consumo de 1.18 kg/kgf/h. Já o TJ-1000 mede 1,18 m por 35 cm de diâmetro e pesa 70 kg e é mais potente com 4.440 N ou… Read more »
Bingo! É Melhor ter o produto pronto e ganhar com exportações a medida que a indústria nacional com a grande demanda , seja capaz de desenvolver uma solução de forma sustentável.
O Que não pode é travar o produto dentro de um timing de mercado, por querer unicamente desenvolver tudo nacionalmente e se não tiver tempo e recurso podemos perder encomendas significativas.
ué, pensei que o motor seria Brasileiro.
Nem motor de Fusca foi brasileiro.
Nem.
Quantidades? Valores? Período do contrato? Condições? Testemunhas?
Tem historinha. Tem feiras&convenções. Tem PowerPoint. Celebração não falta.
A turma do futuro e do gerúndio segue firme.
– Comandannnnnnnnte. Comandante. Os 3 Sobrinhos Estavam montando 3 turbinas para 3 Mansup Negão na garagem do Comandante. Parece que para felicidade dos 3 Sobrinhos chegarão 3 motores turcos.
– Turcos. 3 Turcos?
– É 6 ladrão! É 6!
👀🤣
So vc mesmo Istivis !!!
Ta sumido aparece mais aí !!!
Mas aqui é o país das histórias, das fotos, das cartas de intenções, das assinaturas de contratos para desenvolvimento, dos PowerPoint, dos eventos de inauguração fictícios, o país que vive sonhando com o futuro, o futuro que nunca chega que nunca vai chegar, aqui o mau administrador não é punido, ninguém liga; quer um exemplo bem raso, KC-2 Trader, onde foram gastos 190 milhões de reais e foi tudo para o ralo. Depois aquela velha história, não tem dinheiro, aumenta o PIB. É muita grana para o lixo.
Tem “N” casos de desperdício de dinheiro nas FAs.
Esteves. Falando em motores, parece que o único projetado e fabricado no Brasil foi da Gurgel. Procede ?
Lado positivo:
1- finalmente o MANSUP com maior alcance será feito;
2- finalmente o Brasil olhando pra outros fornecedores que não sejam o eixo EUA / Europa;
3- diminui o risco de embargos;
4- isso pode abrir portas pra uma aproximação Brasil / Turquia na área da Defesa.
Lado negativo:
Esse motor deveria ser nacional. Náo dá ora falar que o MANSUP é uma arma nacional quando seu principal componente é importado.
Na realidade o principal não é o motor, é toda parte eletrônica e software que controla o voo e guia p/o alvo, sem falar que antes de tudo precisa ter uma engenharia c/ competência p/ projetar, desenvolver e certificar o míssil.
Provavelmente Siatt/EDGE Group vislumbram exportação do míssil para a Turquia com esse movimento.
Turquia já tem um míssil anti-navio nacional muito mais avançado a anos.
Qual a possibilidade de um acordo um pouco mais profundo e fabricação sob licensa em território nacional? Seria uma boa.
Concordo.
Melhor do que ficar décadas e décadas quebrando a cabeça tentando desenvolver algo, com grana de “troco de pinga” que, ou vai ser abandonado antes de ficar pronto, ou vai “nascer” defasado.
Vai poder ser lançado do Astros…se bobear, vamos ter um míssil de ataque terrestre com alcance superior a 200 km e não vai ser só há AVTM 300…
Esse AVTM já virou lenda urbana, esquece…
Exato, já faz tempo que não se fala dele. Com restrições orçamentárias, talvez o foco do EB ficou no Max 1.2 e a Marinha com o Mansup/Mansuper. E é o que o dinheiro dá conta.
Esse míssil não era prioridade pro EB antes, e não vai ser AGORA, quando a “principal contratada” está com os dos pés na cova, e o “financiador” ( EB ) tem várias outras prioridades orçamentárias.
Certamente a Siatt tem projetos p/ mísseis de ataque terrestre, mas há uma boa diferença entre estes e os antinavios como o Mansup, que são do tipo sea skimmer cuja trajetória de voo é feita a baixa altura sobre o mar p/ evitar a detecção, tarefa menos complicada por ser sobre o mar, não há relevo irregular como montanhas, construções, depressões, etc. como é o caso de um míssil p/ aplicação em terra, o que exige uma tecnologia de controle e guiagem mais sofisticada e cara.
E a tubomachine f*da-se né?
Desenvolveram motores de vários tamanhos, ctz que tem um que cabe no míssil.
Querem desenvolver a BID mas não compram da BID. Esse povo não se ajuda.
Certeza? Fontes?
Uai, mas cadê o motor da Turbomachie??
Estão desenvolvendo um modelo mais compacto.
Acho que foi por isto que escolheram o turco, o nosso ainda não esta pronto.
O new Tj1000 tem as dimensões próximas ao do KTJ-3200, dá para inferir que é a nossa opção nacional.
Turbomachine | Technology | Brasil
O pessoal que é especialista pode me ajudar:
É possível passar dos 200 Km e manter a efetividade? Ou esse é o limite por causa curvatura da Terra?
Ele consegue superar as contra medidas eletrônicas?
Quantos precisam ser lançados num ataque de superação para efetivamente avariar uma embarcação?
Sei que duas dessas perguntas são top secrets mas são perguntas pertinentes.
Quanto a fabricar aqui a turbina, seriam bom, mas temos que trabalhar com o real.
Que ótimo notícia. Mas preferia que fosse um motor nacional, será que o motor da turbomachine não atende os requisitos?
O turbojato da Turbomachine para o MANSUP ER é o TJ700 e ele não está pronto….timing.
Quando estiver, pode ser.
É o país fornecedor Bloquear o fornecimento dos motores , acabou o míssil, eita país chamado Brasil nunca será independente.