Rússia solicita uso de base aérea na Indonésia e gera tensão geopolítica na região Indo-Pacífico

Em fevereiro de 2025, a Rússia solicitou oficialmente à Indonésia permissão para estacionar aeronaves militares de longo alcance na Base Aérea Manuhua, localizada na ilha de Biak, na província de Papua. A informação foi divulgada pelo portal especializado em defesa Janes, que obteve documentos confirmando o pedido feito pelo secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Sergei Shoigu, ao ministro da Defesa indonésio, Sjafrie Sjamsoeddin.
A base aérea de Biak está situada a aproximadamente 1.300 km de Darwin, no norte da Austrália, o que preocupa autoridades australianas devido à proximidade com instalações militares estratégicas dos Estados Unidos e da própria Austrália.
Em resposta, o ministro da Defesa australiano, Richard Marles, afirmou ter recebido garantias de seu homólogo indonésio de que “relatos sobre a possibilidade de aeronaves russas operarem na Indonésia são simplesmente falsos”. O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, também expressou preocupação, destacando a oposição de seu governo à crescente influência russa na região.
Apesar das negativas oficiais, analistas observam que a Indonésia tem aprofundado relações com a Rússia nos últimos anos, incluindo a realização de exercícios navais conjuntos e a adesão ao bloco econômico BRICS em janeiro de 2025. Além disso, a Indonésia tem buscado modernizar suas Forças Armadas, e a Rússia tem se mostrado disposta a fornecer assistência nesse processo.
A possibilidade de concessão de acesso, mesmo que rotativo, à base de Biak é vista como um teste à política externa tradicionalmente não alinhada da Indonésia. Especialistas alertam que tal movimento poderia provocar instabilidade regional e pressionar a Indonésia a reconsiderar sua posição estratégica em meio às crescentes tensões entre potências globais na região Indo-Pacífico.
Até o momento, o governo indonésio mantém sua posição oficial de que não permitirá a presença de forças militares estrangeiras em seu território, conforme previsto em sua constituição. No entanto, a situação continua a ser monitorada de perto por países vizinhos e aliados ocidentais, atentos a qualquer mudança que possa alterar o equilíbrio geopolítico na região.
Digo e repito: no conflito que se forma entre os EUA e a China, o apoio da Rússia será o elemento que definirá a vitória de um dos lados. No século do oriente que acaba de ser inaugurado, até os gringos tem o flanco aberto para eventual ataque, logo a brincadeira aqui é séria. Enquanto isso, a Europa também começará a meter a colher na região para não correr o risco de ficar marginalizado dos acontecimentos mais importantes que estão por vir, evitando assim de repetir o fiasco de se tornar um mero coadjuvante como ocorreu na guerra da Ucrânia.… Read more »
Rebus sic stantibus e pluribus unum et coetera
Essa salada de latim é interessantíssima 😄😄
Apesar da notícia ser interessantissima e relevante, pois a Indonésia de fato é daquelas nações que podem influenciar o equilíbrio de forças na região por meio da sua colocação geográfica e seu peso demográfico.
Pequeno off, acabou de ser entregue a 9ª FREMM da marinha italiana.
A décima chega em julho.
https://www.rid.it/shownews/7242/consegnata-alla-marina-militare-la-nona-fremm-spartaco-schergat