Foram assinados, pelo Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante-de-Esquadra Marcus Vinicius Oliveira dos Santos, e colocados em eficácia, em 3 de setembro, todos os contratos comerciais referentes ao Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB):

1. Compra do Pacote de Material e Logístico para os 4 (quatro) Submarinos Convencionais (S-BR);

2. Construção dos 4 S-BR;

3. Projeto e Construção do Submarino com Propulsão Nuclear (SN-BR) – este contrato incorpora a compra do pacote de Material e Logístico para o SN-BR;
4. Compra de Torpedos e Despistadores;
5. Projeto e Construção de um Estaleiro e de uma Base Naval;
6. Administração, Planejamento e Coordenação do Projeto e da Construção do SN-BR;
7. Transferência de Tecnologia;
8. e OFFSET.

Esses contratos foram celebrados com as seguintes instituições:

a) Direction des Constructions Navales et Services (DCNS);

b) Construtora Norberto Odebrecht;

c) Consórcio Baía de Sepetiba (composto pela DCNS e Odebrecht); e

d) Itaguaí Construções Navais (Sociedade de Propósito Específico composta da DCNS, Odebrecht e MB).

O custo total do PROSUB é da ordem de 6,7 bilhões de euros, dos quais 4,3 bilhões serão objeto de financiamento externo em 20 anos, já aprovado pelo Senado Federal em 2 de setembro, e o restante será custeado diretamente com recursos do Tesouro Nacional.

Com a assinatura desses contratos, a Marinha do Brasil receberá, até 2015, um Estaleiro e uma Base Naval dedicados à construção e ao apoio de submarinos, e incorporará à nossa Armada o primeiro dos quatro submarinos convencionais, até 2017, e o submarino com propulsão nuclear, até 2021.

FONTE: MB

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Marcos Pesado

Para o conhecimento dos amigos, já que de forma incessante os ditos jornalões publicam notícias “desancando” do acordo com a DCNS, interessante a notícia publicada na revista Carta Capital desta semana sobre o relacionamento, decantado por alguns idílico e ideal, entre a Marinha e HDM: “O relacionamento entre a Marinha Brasileira e a HDW parece ter naufragado. Oficiais de alta patente consideram que a empresa alemã, fornecedora de submarinos convencionais, passou dos limites no lobby contra o acordo entre o Brasil e a França para a construção de um submarino nuclear. Insinuações de interesses escusos por trás do compromisso pipocaram… Read more »

Luís Aurélio

A MB já está bem escolada com a falta de transferência dos chucrutes. É só lembrar do acordo nuclear , não transferiram nada, nos atrasaram décadas, no desenvolvimento nuclear, mas hoje graças a MB já dominamos todo o ciclo do enriquecimento do urânio , e sabemos também construir reatores nucleares navais.

CADU

Pergunta que esta no ar, se construimos o TIMBIRA no Brasil, e melhoramos os mesmos segundo informações, não teriamos a tecnologia de construção???, ou apenas montamos no Brasil os submarinos que vem em pedaços da Alemanha???
Saudações.

João Curitiba

Devemos lembrar que a data de 2021 para o submarino nuclear, com certeza está visando o ano seguinte, quando em 7 de setembro de 2022 o Brasil comemorará 200 anos de Independëncia.

Renato

Bom dia, A escolha do Scorpene só faz sentido se na transferência de tecnologia prometida, constar, mesmo que de maneira oculta, o conhecimento e processo para o desenvolvimento do reator. Como se sabe a França desenvolveu reatores compactos para seus submarinos, o que certamente será interessante para o modelo escolhido para o Brasil. Certamente este tipo de transferência de tecnologia não poderia ser admitido pelas partes (Brasil e França) e muito menos seria aceita pela comunidade internacional. Isso é apenas uma suposição diante de tudo que foi comentado e escrito por muitas pessoas, jornalistas, leigos e até especialistas. A minha… Read more »

Marcelo Tadeu

Renato,

É pertinente a sua dúvida. O que eu sei e os amigos do blog poderão melhor responder, é que o casco do Scorpene poderia ser adaptado para receber um reator sim, sem afetar o projeto significamente, aliás, parece que o Scorpene é a versão convencional dos Rubis/Amethyste, que são os menores subs nucleares em operação, me corrijam se eu estiver errado, please!

Sds,

RafaelJR

Que chegue logo 2015…

Henrique

so um parentese… hoje a 4ª frota americana esta aonde?

Daniel Camilo

O MD e a MB devem doravante abrir os olhos e os ouvidos contra as possíveis “sabotagens” que podem advir deste acordo, com vistas à desacreditá-lo, ou alguém acha que parou por aí??? Esse é um negócio de alguns bilhões e que envolve outras concorrências pelo mundo e, que envolvem grandes empresas e países. Imagino que a coisa pode ir de aliciamento, recrutamento, desmoralização, etc. até ações visando retardar os prazos do cronograma ou desacreditar o acordo e, não pensem os “ingênuos” que isso é coisa de filme e ficção e que não acontece por estas bandas, pois os mal… Read more »

bulldog

“depois de construído um Scorpene Convencional (SSK), se este aproveitando de sua construção modular, poderia ser transformado num Scorpene Nuclear (SSN), apenas com a inclusão de um modulo com o Reator”

Não. O casco é diferente…o formato sim, mas o aço e as características são diferentes…o do subnuc é mais reforçado por causa de maior profundidade e ainda normas de segurança de “blindagem” do reator nuclear para segurança em caso de vazamento.
sds

Nunão

“CADU em 09 Set, 2009 às 17:10 editar ou apenas montamos no Brasil os submarinos que vem em pedaços da Alemanha???” Cadu, as diversas seções dos cascos dos IKL 209 montados no AMRJ foram construídas no Brasil, pela Nuclep, exceto as seções de proa. Já o recheio dos cascos é variado, com itens importados (como sistema de combate, periscópios, motores elétricos etc) e nacionalizados (como as baterias e alguns outros itens). Com os Scorpène não será muito diferente, haverá partes importadas e de construção nacional – a proporção final entre elas só o tempo vai dizer. Falam em alguns milhares… Read more »

Daniel Camilo

Segundo a MB, ela sabe construir e manutenir, só falta aprender a planejar e isto a França vai ensinar. Rimou!!!
Adsumus!!!

Nunão

“Marcos Pesado em 09 Set, 2009 às 10:58” Os alemães nem sequer transferem a tecnologia de manutenção de seus sistemas, obrigando a uma permanente dependência de assistência técnica”, respondeu em nota oficial o centro de comunicação da Marinha a uma pergunta encaminhada por CartaCapital. “O submarino Timbira, recentemente, foi submetido a um período de manutenção geral, com a desmontagem de todos os sistemas. No momento de restabelecê-los foi necessária a contratação de técnicos alemães. Somente para a remontagem e os testes subsequentes do sonar, a Marinha pagou 330 mil euros (perto de 1 milhão de reais).Cada submarino é composto de… Read more »

Nunão

“Marcelo Tadeu em 09 Set, 2009 às 10:18 Renato, É pertinente a sua dúvida. O que eu sei e os amigos do blog poderão melhor responder, é que o casco do Scorpene poderia ser adaptado para receber um reator sim, sem afetar o projeto significamente, aliás, parece que o Scorpene é a versão convencional dos Rubis/Amethyste, que são os menores subs nucleares em operação, me corrijam se eu estiver errado, please!” Renato e Marcelo, A boca (diâmetro do casco) dos Rubis / Amethyste é maior do que a dos Scorpène, não basta acrescentar uma seção no comprimento para permitir a… Read more »

Caipira

Nunão deu umas respostas bem interessantes…

Lucas Calabrio
Renato

Perdão Nunão, mas relendo seu comentario, acho que vc ja respondeu minha pergunta. Permita-me outra: Ao invés do Scorpene, o ideal não seria a nova classe BARRACUDA ???

renato

Grato Marcelo e Nunão por suas colocações

Em relação a tecnolgia que os “argentinos chegaram a cogitar” ela não seria interessante(tecnicamente e financeiramente) para nossa MB ?

Nunão

Renato, quanto à sua última pergunta, minha resposta é sim. Mas precisa ver se mesmo o diâmetro do Barracuda seria suficiente. O Blog já colocou essa questão, nos editoriais sobre submarinos, creio que principalmente o “Quo Vadis”. Clique na categoria Editorial, na lista à direita, e você vai encontrar vários para ler e refletir a respeito. Renato, O custo benefício pode não ser dos melhores, comparando com outras formas de AIP. Já foi levantado tempos atrás que essa solução teria um custo não muito abaixo do custo de um sub nuc “autêntico”. Mas a tecnologia não é estática, então pode… Read more »

Nunão

Aliás, ia esquecendo, estava conversando com o Galante justamente sobre essas questões no fim de semana (diâmetro do Barracuda, reator de baixa potência etc), coincidentemente. Pena que ele tenha pouco tempo para comentar e acrescentar a esse interessante debate aqui. Pra falar a verdade, eu mesmo não tenho esse tempo… Já tem papagaio de pirata aparecendo aqui no trampo de novo me atrapalhando as “escapadas” para blogar. Mas enfim, trabalho é trabalho, fui!

Renato

Nunão

grato por tua explicação realmente foi no blog que li sobre a opção BARRACUDA e junto os fato escritos naquele texto com os demais sobre o mesmo assunto, conclui que fazia sentido. Sinceridade gostei muito do sistema AIP da Suecia, “Stirling”, e do projeto Sea 1000 da Australia, sendo que essa possui tbem um grande mar territorial