subnoise

Desde que o primeiro submarino de propulsão nuclear foi ao mar em 1954, a busca pela diminuição do nível de ruído tem sido constante. Quando se faz comparações entre submarinos deste tipo, a primeira pergunta feita é: quão silencioso ele é? Isto porque um submarino ruidoso, é um submarino morto.
O gráfico acima mostra uma comparação aproximada entre os níveis de ruído de submarinos das principais marinhas, ao longo do tempo. Notar que os submarinos americanos quase sempre tiveram os níveis de ruído mais baixos e que os submarinos chineses sempre foram barulhentos demais, pelo menos até agora.
Em que nível ficará o primeiro submarino nuclear brasileiro?

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Flamenguista

Os novos CT Gearing da Inglaterra usam motores elétricos de pólo permanente tb??

Quanto ao filme Maré Vermelha, o nosso São Paulo aparece com o convés cheio de Super Ents… Mas o Foch não operava somente helicópteros??

Castor

Prezado Bosco
Entendi sua posição. Desculpe.
PMM é exatamente o motor de polo permanente a que me refiri no post

Bosco

Castor,
vindo de você eu até chego a acreditar que poderemos fazê-lo (o sub) em tempo hábil.
E quanto aos motores elétricos “magnéticos”, como o PMM que seriam usados nos DDG1000? Não teriam aplicação em submarinos nucleares?
Um abraço e obrigado pelas considerações.

OBS: não duvido da capacidade dos nossos técnicos e nem dos nossos militares, mas sim da nossa classe política, daí meu ceticismo. E infelizmente são eles que dão as cartas.

Castor

Prezado Pedro Legal sua empolgação. Desculpe discordar apenas em um ponto. Além do mancal de escora, um fica na passagem pelo casco resistente e não pode ser magnético porque tem que ser estanque, o outro, na saída do tanque de ré, também tem que ser estanque, afinal, o tanque fica cheio de ar comprimido quando se quer emergir. Já que, infelizmente tive que discordar de você, me sinto forçado a informar que nossas centrífugas não podem atingir concentrações muito mais altas mais rapidamente que as centrífugas estrangeiras. O fato delas serem mais eficientes significa que elas consomem menos energia para… Read more »

LeoPaiva

Quanto a pergunta do post sobre o provável nível de ruído do subnucBR eu ficaria tranqüilo se a tecnologia BR for inspirada na classe Le Triomphant pois está tem uma das mais silenciosas propulsões entre todos os subsnucs, ou mesmo se desenvolvermos a contento essa tecnologia citada pelo Castor, não duvido que tenhamos capacidade para tal. Depois da nossa centrífuga, da exploração de petróleo em grandes profundidades e dos mísseis anti-radiação ( tecnologia esta muito restrita e que ninguém vende para ninguém), entre outros exemplos, eu não duvido de nossa capacidade de nos igualarmos em qualidade aos que hoje estão… Read more »

Castor

Bosco Já trocamos idéias antes e você me parece uma pessoa inteligente. Dentro do respeito que a civilidade recomenda, gostaria de fazer um comentário. O seu primeiro comentário, acredito, foi em tom de pilhéria com a capacidade tecnológica brasileira Após a segunda guerra o Japão só exportava chapeuzinho para drinques, foi ganhando mercado aos poucos. O Brasil tem alguns expoentes, exportamos, por exemplo, os sensores e sistemas de controle da maior plataforma do mundo (dinamarquesa) fabricados no Brasil por uma empresa, aliás, que iniciou e se desenvolveu, projetando sistemas field bus para o projeto nuclear da Marinha. Muitos outros exemplos… Read more »

Renè

Claro!! E a madrinha deste SSN nacional será a wonder woman…dificil será acertar a garrafa de champagne…mas este problema fica pr’o marolinha resolver.

pedro

O Brasil vai utilizar a idéia advinda da tecnologia das super-centrífugas magnéticas (só aqui existentes, desenvolvidas e utilizadas no enriquecimento do urânio) tanto nos geradores quanto no eixo motriz do sub nuc. Assim não há que se falar em ruido proveniente do sistema se este não terá atrito. Quem se lembrar da reportagem efetuada na globo quando da querela da inspeç”ao estrangeira aqui nas centrífugas lembrará que o reporter ficou separado das centrífugas a plena atuação por um simples tapume (para que não fossem vistas ou analisadas por terceiros) e se lembrará que, mesmo a plena carga, não se ouvia… Read more »

Radical_Nato

Gostei!! um projeto inovador.
A eletricidade seria gerada diretamente para o sistema, Através do conjunto reator, turbina, gerador.
Poderia deixar também um conjunto de baterias para funcionar como se fossem um banco de capacitores trabalhando em gangorra.

Tai Bosco! uma grande sugestão.

SDS!

Bosco

Quando me referi a “não haverá partes móveis” foi no caso de um sistema MHD hipotético funcionando com a carga das baterias, enquanto elas permitirem, em patrulha ou em uma situação de perigo real. Provavelmente um sistema MHD supercondutor precisaria de tanta energia elétrica que as baterias seriam consumidas muito rapidamente não sendo viável. O mais certo é se for possível tal sistema de propulsão, o reator, e portanto, a turbina à vapor devam estar gerando energia constantemente e esta sendo consumida diretamente pelo sistema MHD. Nem mesmo a futura “fusão nuclear” consegue extrair elétrons diretamente do processo para produzir… Read more »

Bosco

Marcos, talvez eu não tenha me expressado bem. A turbina à vapor é essencial sim. É ela que faz funcionar o gerador de energia elétrica como você mesmo disse. O que poderá não ser necessário no caso de propulsores elétricos em submarinos nucleares será a caixa de redução. E “se” o submarino tiver espaço (reator menor, baterias melhores, geradores menores, motores menores, etc.) para uma quantidade adequada de baterias ele poderia vir a funcionar quando em patrulha somente com a carga das baterias e com o reator inibido. Ele funcionaria como um AIP nuclear. Sempre tendo que ligar o reator/turbina… Read more »

Leandro Furlan

Lembro-me que uma vez, ao assunto submarinos em uma comunidade, fui extremamente criticado por falar que os submarinos russos sempre foram mais barulhentos que os norte-americanos…

Foi como se eu tivesse dito uma besteira. Porém eu havia lido um livro escrito por um francês sobre os submarinos dos dois países. O livro sempre destacou que os russos eram bem mais barulhentos.

Agora está aí pra dar nos dedos de alguns daquela comunidade…

Radical_Nato

Bosco, interessante! Agora, já que o Brasil vai desenvolver o seu primeiro submarino de propulção nuclear, porque não desenvolver o projeto já a partir desta linha? De usar os reatores para gerar eletricidade, que por sua vez alimentarão as baterias, que alimentarão os motores elétricos. Assim ao final do projeto, mesmo que levasse uns 10 anos (o mesmo tempo para desenvolver o subnuclear convencioanl, creio eu), teríamos um submarino de conceito totalmente inovador, ao invés de um conceito já ultrapassado. Creio também que não mudaria muito o projeto do SN já existente, pelo contrário, eliminaria a etapa da caixa de… Read more »

Flamenguista

A pergunta seria… Será que dá prá fazer um submarino nuclear com os mesmos níveis de ruído de um convencional atual?

OFF TOPIC… esses dias eu assisti novamente aquele filme, Maré Vermelha (Crimson Tide) só prá ver o nosso NAe participando de um filme (ainda que uma participação ínfima). Alguém sabe se tem algum outro filme em que aparece o nosso São Paulo??

Wolfpack

Levando-se em consideração que não aparece os franceses na lista, o brasileiro deverá ficar fora do gráfico, claro na parte superior.

F-15

Flamenguista, Putz eu assisti esse filme a uns 2/3 meses atras, nem percebi que o NAe sp tava nele o.o tu tem ai alguma imagem? infelizmente eu ja nao to com o filme mais =(

Bosco

Flamenguista, a maior fonte de emisssão de ruído de um submarino nuclear e a “caixa de redução” que liga a turbina à vapor ao hélice, sendo o vapor gerado pelo reator nuclear usado diretamente como força motriz. Os próximos submarinos nucleares provavelmente usarão a energia nuclear apenas para girar um gerador de energia elétrica e o submarino será movido por motores elétricos, o que deverá reduzir dramaticamente o nível de emissão de ruído. Com a redução do tamanho e peso dos reatores e a melhoria nas baterias e motores elétricos, provavelmente em patrulha os submarinos poderão inibir o reator nuclear… Read more »

Bosco

O filme “Maré Vermelha” é sem dúvida sensacional. Mas já assistiu o filme “Caçada ao Outubro Vermelho” ? Nele, um submarino soviético fictício possui um sistema de propulsão altamente silencioso, já que seu reator nuclear alimenta geradores elétricos e esses fazem funcionar um sistema de propulsão magnética (MHD) em que a água do mar (que tem carga elétrica) é impulsionada para trás por meio de ímãs supercondutores fazendo o submarino se mover, com nível de ruído mínimo já que não possui as partes móveis de um sistema de hélice (ou hidrojato). Não me lembro se o sistema funcionava apenas com… Read more »

Marcos

Caro Bosco, meus conhecimentos de física e química se resumem ao que me recordo do colégio (e é muito pouco), mas como um reator nuclear irá gerar energia elétrica sem a existência de uma turbina? Pelo o que eu sei, as usinas nucleares, a carvão, óleo, gás natural e até mesmo as hidroelétricas geram energia elétrica através de turbinas. Outro meio de gerar eletricidade é por meio de reação química (não sei se estou falando bobagem), através de células de energia. Então, o binômio gerador nuclear e turbina a vapor me parecem estar fadados a um casamento indissolúvel?

Marcos

Valtinho

E os franceses??? Quais os níveis de ruído?

Bosco

O submarino nuclear brasileiro terá um nível de ruído em uma escala de 0 a 100 de “zero”. Também terá um nível de reflectância sonar de “zero”. O nível de emissão térmica também será muito bom, mais precisamente, será “zero” não emitindo calor nenhum. Também o nível de deformação do campo magnético será ótimo, igual a “zero”. A sua discrição visual usará recursos de alta tecnologia e ele será literalmente “invisível” mesmo navegando na superfície. O índice de deformação da superfície do mar será muito reduzido, tão reduzido que será igual a “zero”. O RCS do periscópio de ataque será… Read more »

[…] A competição pela discrição […]