Construção dos ‘gaseiros’ pode ir para o Rio de Janeiro

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vinheta-clipping-navalO Rio de Janeiro pode ficar com a construção de oito gaseiros da Transpetro, caso as negociações com o estaleiro virtual Promar Ceará para implantação no Serviluz não avancem. O resultado da licitação ainda é aguardado. Os estaleiros Promar Ceará, Ilha S/A (Eisa) e Mauá foram, nesta ordem, as empresas que ofereceram as melhores propostas de menor preço para a construção dos navios gaseiros do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) da Petrobras Transporte (Transpetro), subsidiária da Petrobras.

O processo está na fase de negociação de preços desde dezembro do ano passado, com o Promar Ceará, que encabeça a ordem de classificação dos projetos, seguida pelas propostas do Eisa da Ilha do Governador e Mauá de Niterói.

A expectativa inicial era de que anúncio do vencedor se desse até o fim de janeiro, o que não ocorreu. E agora, espera-se o resultado para fim de fevereiro, ou seja, esta semana.

A Transpetro não sinaliza prazo para divulgar o vencedor. Mas, sua assessoria explicou que o edital da licitação prevê que se a negociação não avançar, a Transpetro pode tentar continuar o processo com a Eisa, localizada no Rio de Janeiro.

Os preços ofertados são negociados em processo coordenado pela Comissão de Licitação, seguindo a ordem de classificação. Segundo a assessoria da estatal, a negociação, prevista pela legislação vigente, visa a obter as melhores condições financeiras para a Transpetro. Apenas ao fim do processo, a companhia anunciará vencedor da licitação e valor do contrato.

Todos os gaseiros que compõem o Promef foram reunidos em um único bloco. São quatro navios de 7.000 metros cúbicos (m³), dois de 12.000 m³ e dois de 4.000 m³. A construção será em estaleiro localizado no Brasil e deverá ter índice de nacionalização de 70%, no mínimo, na compra de equipamentos e serviços. O Promef, que revitalizou a indústria naval brasileira, gera 15 mil empregos diretos no país. O programa prevê a construção de 49 navios, o que representa 4 milhões de toneladas de porte bruto. Já foram licitadas 33 embarcações, das quais seis serão lançadas ao mar em 2010.

Polêmica

Enquanto o resultado não sai, Fortaleza já vive um clima de polêmica em torno da localização do empreendimento em seu litoral. De um lado, a Prefeita Luizianne Lins se posiciona contra o projeto na Praia do Titanzinho. E tem apoio, a princípio, de líderes da comunidade.

De outro lado, o governador Cid Gomes e seus representantes vem cumprindo agenda de apresentação do projeto num esforço para convencer entidades de classe a apoiar a localização do empreendimento. O governo já se encontrou com IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil), com o trade turístico do Estado, empresários ligados à Fiec (Federação da Indústria do Ceará) e, até, líderes da comunidade. Ontem, foi a vez que expor o projeto ao Fórum de Turismo do Ceará e Conselho de Autoridades Portuárias.

O organizador da assembleia do Fórum de Turismo, Pedro Fonseca, disse que o projeto foi recebido pelos participantes com “simpatia”, que também fizeram sugestões sobre capacita-ção dos moradores, aquisição da área e debate com a comunidade. “Precisa-se de uma solução jurídica por ser uma área da Marinha e acrescida de Marinha”, explicou. “Foram colocações que não desabonam o projeto”. Segundo ele, não há o que discutir sobre localização: “Só existe aquela região como opção”. Ele ressaltou que o empreendimento é importante ao desenvolvimento do Ceará.

FONTE: Portos e Navios

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Ivan 2

Eu moro em uma cidade altamente industrializada e sei dos benefícios da indústria no processo de desenvovlimento da cidade e da região, e torço para que se multiplique cada dia mais as indústrias tão somente em minha cidade, mas no brasil inteiro! É constante vermos disputas entre comunidades e proejtos industriais… e sinceramente, eu posso ser muito ignorante, mas não consigo enxergar tantos pontos negativos que justufuquem a posição contrária desta comunidade! A industrialização traz grandes benefícios para o progresso, e se aliado a humanização do trabalho, a consiência ecolôgica e a minimização do impacto ambietal, é perfeito! Se todo… Read more »

AMX

Discutir com a comunidade é importante. Realmente há muitos casos em que essa falta de discussão trouxe prejuízos irrecuperáveis. Sou da região carbonífera, no sul do país e diversos empreendimentos de mineração no passado recente a c a b a r a m com muitas áreas naturais, que são importantes não no quesito “ecochato”, mas sim, no sentido estratégico mesmo, como abastecimento de água (para beber, para a indústria e para irrigação), só pra citar um exemplo. Mesmo assim, infelizmente, qdo. a tal discussão acontece; sempre é levada para o lado de “culto à pobreza”. Tanto por oportunismo político qto.… Read more »

Ivan 2

“Mesmo assim, infelizmente, qdo. a tal discussão acontece; sempre é levada para o lado de “culto à pobreza”. Tanto por oportunismo político qto. pela ignorância de alguns pertencentes a ditas comunidades. Só fazem baderna e gritaria (incitados por lacaios e cabos eleitorais, que estão mais pra jagunços e gângsters)”

Bem colocado AMX! Infelizmente tem sempre o aproveitamento de oportunistas políticos! É possível que acontecendo isso por lá, pois tenho certeza que é do interesse do povo, que se alcance desenvolvimento com o menor prejuizo possível pelas comunidades, como no caso que vc citou!

sarah

queria saber se meninas tambem podem se ingressar na escola de marinheiros..