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Os futuros navios-aeródromo de 65 mil toneladas do Reino Unido, da classe “Queen Elizabeth”, por algum tempo ainda só existirão em maquetes, pois o custo previsto para a construção dos dois navios, de £4 bilhões, fez com que o prazo de construção precisasse ser dilatado. Agora, a previsão de entrada em serviço dos dois NAe é 2016 e 2018.
Os estrategistas navais britânicos justificam os gastos com os navios aos contribuintes, alegando que o mundo pós-Iraque ficou mais instável e que a guerra global ao terror tornou o acesso ao território e espaço aéreo de outras nações mais difícil. Os “Queen Elizabeth” serão bem mais baratos que os novos NAe americanos, que custarão US$ 14 bilhões cada (£9 bilhões) e o custo operacional também será menor, pois precisarão de apenas 1.450 homens, contra os 4.500 dos americanos.
Além do mais, outras marinhas também estão construindo navios-aeródromos, inclusive a China.
O poder de fogo dos “Queen Elizabeth” será considerável: cada NAe levará 36 caças Lockheed Martin F-35B e poderá lançar 24 deles em apenas 15 minutos.

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round the corner007

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Leco

Não consigo entender a necessidade de duas ilhas. Torna o brinquedo mais caro.

Farragut

FFAA são “brinquedos” caros. Talvez possamos aprender algo com quem “brinca” há mais tempo.

http://www.defenselink.mil/comptroller/
http://www.comw.org/qdr/

Farragut

Infelizmente, o papel agüenta tudo… Posso estar errado, mas a END tem caráter embrionário e o Estado Brasileiro não possui instituições preparadas para o esforço coordenado que a implementação de uma estratégia deste porte exige. Para tal, a própria END cita a necessidade de “uma transformação de consciências”. Não seria razoável, portanto, que o planejamento de forças – naquilo que não pode conviver com incerteza orçamentária, ou seja, ordem de grandeza de bilhões por vários anos fiscais – só ocorresse quando o Poder Político tivesse o cacoete de dar a atenção devida aos assuntos de segurança e defesa? Nos Estados… Read more »

Hornet

amigo LM, Boas notícias. É verdade, vc havia dito isso sim, eu é que me esqueci desta parte quando disse que a MB deveria já ir pensando nisso…já está pensando. Equívoco meu. E vc me tirou mais uma dúvida: a real possibilidade de construirmos um NAe novo, e não comprarmos de segunda mão. Isso é muito melhor que minha especulação acima com os NAes ingleses (hehe). E aí fica claro também que o futuro caça embarcado possa ser o mesmo da FAB (o que não quer dizer que vá ser, mas…possibilidades existem, certo?), o que também ficaria ótimo, pois não… Read more »

LM

Hornet, No inicio de 2008 eu disse aqui no Blog Naval que não existia consenso dentro do próprio almirantado sobre os NAe e sobre os SSN. Disse que enquanto o Alte. Guimarães Carvalho era a favor dos NAe, mas contra os SSN, o Alte. Moura Neto pertence ao grupo favorável tanto aos NAe, quanto aos SSN. A nova “Estratégia Nacional de Defesa” estabeleceu que a MB deverá possuir NAe em sua força naval de superfície. Segundo está escrito: “… a Marinha dedicará especial atenção ao projeto e à fabricação de navios de propósitos múltiplos que possam, também, servir como navios-aeródromos.… Read more »

Hornet

Caro Dalton, a idéia dos SUE acho que não vinga…o amigo AJS já falou a respeito. Abrir mão da MB ter um NAe, não sei…tudo indica que essa idéia também não passa pela cabeça do Almirantado. Estamos dando um duro danado pra deixar o Opalão em condições, estamos (ou vamos começar em breve, o contrato já foi feito) modernizando os Skyhawks e tudo isso para quê? Para daqui 15 ou 16 anos jogarmos tudo no lixo (me refiro à doutrina…os meios terão que ser aposentados mesmo). Então, creio eu que a MB não pensa em não ter pelo menos um… Read more »

AJS

Desculpem
Caro Dalton…

Dalton

Obrigado AJS! Este post eu perdi !

Os argentinos nao irao querer se livrar destes 10 SE modernizados e continuarao treinando a bordo do Sao Paulo e nas raras vezes que um porta-avioes americano vem para estes lados.

Entao…o jeito é modernizar uma duzia dos skyhawks para nao deixar morrer a asa fixa de nossa aviaçao naval enquanto se pensa se construiremos ou nao um substituto para o Sao Paulo.

Sds

AJS

Carop Dalton.
Conforme foi divulgado aqui mesmo no blog, a França ofereceu à Argentina, a escolha de 10 Super Etandard, para aproveitamento de peças nos SE argentinos, em razão de as células francesas estarem em mau estado.

Dalton

Hornet! Existe uma remota possibilidade de adquirirmos o super etandard quando os franceses nao o quiserem mais fazendo parte do Charles De Gaulle. Seria um enorme avanço sobre os skyhawks, mas certamente os avioes franceses nao viriam em tao bom estado e portanto ajudariam apenas por um curto espaço de tempo. Um projeto de submarino nuclear secará os recursos para outros sistemas de armas. Talvez tenhamos que esquecer o porta-avioes, assim como os australianos e argentinos fizeram e nos concentrar em algo mais pratico, como um LHD de tamanho medio, umas 25.000 toneladas. No caso de insistirmos em um porta-avioes…uma… Read more »

Hornet

Eu concordo com o Marine. Como ele bem lembrou, se os ingleses tivessem aposentados seus NAes, como pretendiam, um pouco antes da guerra das Malvinas…como será que eles teriam resolvido a parada? Ser é que teriam resolvido alguma coisa… No caso do Brasil, eu entendo e concordo que a prioridade no momento deva ser mesmo os subs. No entanto, acho que o Brasil já deveria começar a se planejar para ter algum (ou alguns) NAe efetivo para o médio prazo. O LM, em um post aqui no blog, chegou a comentar que a MB já estaria pensando num futuro substituto… Read more »

Douglas

Tudo se resume a orçamento. E não sei se estamos fazendo boas escolhas.

Noel

Tive informação, não lembro de quem, que durante as operações das tropas da ONU em Angola, anos 90, um destacamento do EB foi encurralado por tropas da UNITA. Sem nenhum apoio aéreo, esse destacamento só saiu dessa situação por meio de muita negociação, se alguém souber maiores detalhes confirme o caso. O que quero colocar é que, se a MB tivesse um NAe, com poder de fogo, as condições das tropas em terra seriam diferente. Evacuação de nacionais, em situação de risco, também é outro uso em que o apoio de um NAe é importante, lembrem o sufoco que a… Read more »

Wladimir

O Brasil não precisa de NAe. Pra que? Para projetar poder sobre a Venezuela ou o Paraguai? Nossa Marinha é de Defesa e não de ataque (me entendem né?) Na minha modéstia opinião, aposentaria o Opalão e investitria em subs. Com uns 12 SSK e uns 3 SBN, até a USN pensaria umas quinze vezes antes de nadar por aqui.

Marine

Wladimir, Pode ate ser que o Brasil nao precise hoje 02 Jan, 2009 de um NAe mas esses meios demoram decadas desde a necessidade aparecer ate serem incorporados a Esquadra. Entao se daqui a 10-15 anos o Brasil necessitar de um nao o teremos. Lembre-se que havia alguns que pensavam o mesmo sobre a RN e olhe que se nao tivessem NAes durante as Malvinas nao teriam necessidade nem de sair de casa pois a guerra ja estaria perdida. NAes tambem servem para o Brasil em cenarios de evacuacao de brasileiros de paises hostis, defesa de nossos futuros interesses ja… Read more »

Almeida

Concordo com o Marine. Tao importante quanto o projeto do SSN nacional, seriam 2 NAeHA de multiplo-emprego. Sem esses dois projetos eh melhor entao baixa a crista, comprar NaPaOcs e SSKs, desistir da cadeira no Conselho de Seguança da ONU e parar de cantar de galo. Mas mais do q isto eu tbm ja acho exagero.

Daniel

Opinião de civil: Tem que ter poder de fogo na terra, no mar e no ar.
Poder não se ganha, se conquista, e só pode existir poder político com força.
O que precisamos sim é trocar a turma do rancho, cozinheiros, pessoal dos almoxarifados, estafetas, adidos, milicos burocratas e militares obesos e sedentários e coquetéis e bailes de gala, por tropa profissional, enxuta e permanentemente ‘na ponta dos cascos’.
Não há autoridade sem poder de coerção. O resto é balela de ingênuo!
Feliz 2009.

Marine

O Galante esta certo, Os subs ainda sao armas altamente ameacadoras e os NAes sao verdadeiros deuses de guerra mas cada um tem uma funcao diferente. Os subs existem basicamente para negar o uso do mar, digamos uma arma estrategicamente defensora. Ja toda a razao de existencia de um NAe e a projecao de poder por longuissimas distancias atraves de seus avioes e GT, eles sao armas estrategicamente de ataque e de dominio naval possibilitando a sua Marinha presencia global de ataque principalmente se nao houverem campos/bases aereas disponiveis. Todos os dois sao indispensaveis a uma marinha de agua azul… Read more »

Alexandre Galante

Renè, ninguém sabe ainda o que aconteceu com o submarino perdido por Israel em 1967.
Nas Coréias os submarinos perdidos eram mini-submarinos. O submarino perdido pelos argentinos foi o Santa Fé, um velho Guppy que foi surpreendido na superfície.
Pouco uso? Em que mundo você está? Os SSK mudaram um pouco desde a Segunda Guerra…rs
Abraços…

Renè

Levaram a melhor? E na crise dos mísseis? Israel não perdeu um Sub em 67? E o conflito entre aa Koreias? E o sub dos arg (salta?)perdido nas Georgias do Sul? O padrão da marinha Indiana era uma piada à época, ainda hoje na trapalhada da Somália. Diferança, vê se o “San Luiz” acertou a RN. Talvez,após os nacionais-SOCIALISTAS sofrerem 75% de baixas com seus U-Boat, tenha se tornado bastante questionável o uso de SSK, daí o pouco uso.

Mauro Lima

KCT… eu estou sem TV por assinatura!

MMMMM!

Dunga

Imagina só se nossos “mui amigos y hermanos” ganhassem a guerra das Falklands, depois vinham aqui tomar a nossa Ilha de Floripa em Santa Catarina para umas ferias das tropas deles depois…Viva os Ingleses…

Roberto CR

E já que estão falando em programas de tv, inicia uma nova série no canal da National Geographic no dia 05/01/09 (segunda-feira) sobre diferentes modelos de porta aviões (com ou sem hífen?), as 20:00hs.
Espero que não seja na linha do do History Channel com o F22 derrubando até sombra.

Abraços

JACUBÃO

Esses nossos hermanos…

Mauro Lima

Eu li uma declaração em algum lugar, supostamente por um oficial inglês, que se a Guerra durasse mais umas 2 semanas a Inglaterra não teria como manter o esforço de guerra, e perderia para a Argentina.

O jogo terminou no limite do segundo tempo mesmo!

JACUBÃO

Que diga-se de passagem, quase mandou um Porta-Aviões Brianico a pique se os Argentinos não tivessem esquecido de prender o arame da bateria do torpedo, desperdiçaram uma chance única, segundo informações extra oficiais, e inclusive, eu tive a oportunidade de assistir na DISCOVERY que os própios Inglêses afirmaram que os argentinos não ganharam a guerra porque não souberam, pois os Britânicos achavam que as operações de guerra já estavam perdidas com o afundamento do cargueiro ATLANTIC CONVENYOR, que levou para o fundo do mar, uma carga preciosíssima de helicópteros, munições, mantimentos, etc, etc, etc…, que foi atingido em cheio por… Read more »

Tiago Jeronimo

Não sei porque continuar construindo NAE’s se até a marinha do peru consegue afundar eles…

Alexandre Galante

Tiago, após a Segunda Guerra, nos dois conflitos em que submarinos estiveram presentes, eles levaram a melhor: Guerra Indo-Paquistanesa de 1971 (uma fragata afundada) e Guerra das Malvinas (um cruzador afundado). Nos conflitos futuros, se as potências navais tiverem que enfrentar submarinos de potências navais menores, certamente enviarão antes seus submarinos para caçá-los, para só depois mandarem seus NAe às áreas de interesse. A Marinha Real Britânica venceria nas Malvinas sem NAe? certamente que não. Mas a liberdade para operar na área foi obtida antes pelos submarinos nucleares britânicos. Por outro lado, a única ameaça naval argentina a operar até… Read more »

Alexandre Galante

Leo, os novos NAe britânicos terão provisão para receber catapultas mais tarde, se for o caso.
A configuração STOVL (short take-off vertical landing) tem vantagens e desvantagens, mas o F-35B certamente terá um desempenho muito superior ao Harrier, o que de certo modo vai compensar.

Leo

Eu ainda tenho dúvidas se a Inglaterra fez a opção correta. Vai construir um navio grande e não vai aproveitar as vantagens da segunda pista em ângulo e das catapultas – embora estas últimas também tenham seus inconvenientes.

No fundo ela vai construir navios com as mesmas limitações dos Invecibles mas de maior porte. Me parece uma salada…

Wellington Amado

Culpar ISRAEL porque tem maior poder de fogo é cômodo e simpático para a sociedade. Imaginemos: Você e sua família estão em um restaurante, ou melhor você e inúmeras famílias estão em um restaurante que nada tem a ver com guerras e de repente aparece um homem bomba que explode o local . O que você mim diz se esse homem for palestino ? A palestina É conhecida também por sua covardia onde adota o homem Bomba(TERRORISMO) Gente!! Vamos olhar o outro lado da coisa. Vamos parar de ser hipócritas e culpar apenas o lado que tem maior poder de… Read more »

Mauro Lima

Tudo bem… é uma arma feita pro pior que o ser humano é capaz… mas é bonito pra KCT!!!

E nós aqui com aquela sucata flutuante… dá vontade de chorar…

A gente tinha obrigação de encomendar algo como Hyuga, Dokdo ou Cavour imediatamente, se temos realmente interesse e mostrar seriedade no âmbito de fazer parte do conselho de segurança da ONU!

Bosco

Não deixa o Ostra ver esse post que na sala dele já tem uma fragata.

Wilson Johann

O Brasil poderia ter um desses no futuro, e para baratear os custos, o componente aéreo poderia ser formado por Migs 29K, bem mais em conta em termos de custos de aquisição e operação, já que também dispensam o uso de catapultas.

Abraços!!!

Wilson Johann

Não sei qual o futuro dessas belonaves diante da ameaça submarina atual, mas parece que todas as grandes potências e os candidatos a tal, querem navios do tipo. Esse modelo ingles é bem interessante e parece introduzir um novo desenho em termos de porta-aviões, com uma coberta retangular e reta, maximizando sobremaneira o espaço para aeronaves no convés. Pelo visto, é o que mais rápido põe seus aviões no ar.

Abraços!!!

Renè

Sim, mas é este questionamento aos senhores especialistas: uma marinha baseada em submarinos, de negação como queiram, não é muito pouco flexível, tornando-se aí sim, apesar dos eufemismos, uma marinha de ataque??

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[…] acima na concepção gerada em 3D do CVF, Future Aircraft Carrier da Royal Navy, pode-se ver sua  versão CTOL. Há quem defenda que esta seria uma solução melhor, pois poderia […]

[…] No Reino Unido, os ‘brinquedinhos’ de £4 bilhões […]