O Governo do Uruguai informou à oposição do “assédio” que supostamente os navios da Marinha sofrem no Atlântico Sul por parte de navios argentinos e colocará o assunto na reunião entre os chanceleres dos dois países amanhã em Buenos Aires, informou nesta terça-feira a imprensa local.

Segundo o jornal “El País”, o ministro da Defesa uruguaio, Luis Rosadilla, que foi hoje à Comissão de Defesa do Senado para falar dos tratados e convênios bilaterais assinados pela nação sul-americana, colocou a questão para os legisladores e qualificou de “atitude grave” o suposto comportamento argentino.

Fontes do Senado uruguaio consultadas pela Àgência Efe não puderam confirmar isso, enquanto a Chancelaria indicou que o ministro das Relações Exteriores, Luis Almagro, não vai fazer nenhuma declaração até se reunir com seu colega argentino, Héctor Timerman, nesta quarta-feira.

Segundo o “El País”, Rosadilla disse a Câmara Alta que a cerca de 20 dias se registram “interferências” na navegação dos navios uruguaios, que constituem uma atitude de “prepotência” por parte da Argentina.

Aparentemente, a informação veio da divisão de inteligência da Armada, após receber a denúncia dos navios militares supostamente prejudicados.

O periódico acrescenta que a Marinha argentina realizou mensagens de advertência nas quais exorta os navios uruguaios a se retirarem dessa área de navegação com o argumento de que encontram-se em águas de jurisdição argentina.

Para o “El País”, o suposto incidente desponta como “um novo episódio da difícil relação bilateral os dois países mantêm”, que nos últimos anos sofre o pior conflito em décadas devido a instalação de uma fábrica de celulose de capital finlandês no lado uruguaio da fronteira comum.

FONTE: EFE

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