O grupo de construção naval francês DCNS, que fabricará cinco submarinos em cooperação com a Marinha brasileira, inaugurou nesta quinta-feira em Lorient (oeste do país) uma escola de desenho de submarinos como parte de um acordo de transferência de tecnologia para o Brasil.

O contrato de 6,7 bilhões de euros (8,765 bilhões de dólares), um dos mais importantes assinados pela DCNS, prevê a fabricação de quatro submarinos convencionais, um submarino nuclear de ataque (SNA), uma base de submarinos e um estaleiro que estará pronto em 2012 em Sepetiba, no estado do Rio de Janeiro.

“É um contrato enorme. Trata-se de construir um pequeno Cherbourg e uma pequena Île Longue”, em referência à base de construção de submarinos de propulsão nuclear perto de Brest, no oeste da França, declarou o diretor da divisão de submarinos do DCNS, Pierre Quinchon.

No momento, em torno de 30 engenheiros navais brasileiros estão participando de um curso de 18 meses para a construção de submarinos na nova escola de desenho instalada na DCNS Lorient, como parte do acordo de transferência de tecnologia.

A venda foi fechada em setembro de 2009, durante uma viagem do presidente francês, Nicolas Sarkozy, paralelamente às negociações ainda em curso entre França e Brasil sobre o fornecimento de 36 caças para a FAB, pela Dassault.

O primeiro submarino convencional (70 metros de comprimento), cuja fabricação começou na fábrica da DCNS em Cherbourg com a participação de 130 engenheiros e técnicos brasileiros, será concluído em Sepetiba em 2012, onde outros três navios serão construídos.

Os submarinos convencionais deverão estar prontos em 2017.

O futuro SNA brasileiro, também construído em Sepetiba, deve estar em funcionamento em 2025.

FONTE: AFP

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Aldo Ghisolfi

Muito bom. Que nossos rapazes comecem a ir para lá. Urgente.

Robson Br

Olha…e os franceses não são confiáveis….rsrsrsrsr

Calheiros

É meu caro Robson Br, tb com a fortuna que estão recebendo e em tempos de vacas magras tudo se deve fazer pra não perder uma bolado dessa.

Lanterna Verde

Pois é Robson, se eles não são confiantes e não cumprem contratos como muitos diziam por aqui, este tipo de atitude inibe de uma vez por todas este tipo de acusação, por comentaristas, blogs e etc.

Lanterna Verde.

Marcelo

130 técnicos e engenheiros fazendo on the job training…se isso não é ToT confiável, não sei o que é.

Paulo Silva

Concordo plenamente com as palavras acima. Todos estavamos desconfiados sobre esta nova parceria com a Franca , e agora nao podemos deixar de dar o nosso reconhecimento. Se este mesmo processo de transferência de tecnologia acontecer com o Rafale, o caca mais caro sairá barato. A TT é tudo neste momento, para chegarmos a pensar em um caca de 5* geracao.

Abracos a todos!

Paulo

FJLC

Também acho excelente notícia e uma oportunidade de ouro para os nossos projetistas.

marujo

Muito boa notícia, mostra a END sendo colocada em prática.

jakson almeida

O senai da aula de desenho mecânico e cad muito mais barato.

Paulo Silva

Caro Jakson, o SENAI sabe fazer submarino convencional ou nuclear?

Abracos

Paulo

Gerson Victorio

rs..

MO

é pq nao ta na pauta do Senai

Lhes de incubencia que os cursos podem ser feitos aqui (desenho)

isso ta cheirando a curso de adm de cidade de vereador em resort no exterior

TOT eh TOT ensinar desenho é aqui …. …

Dalton

Achei este prazo de entrega dos 4 convencionais em 2017 otimista demais…e ainda mais otimista, a entrega do primeiro em 2012, mesmo parte construida na França e parte aqui.

Também mais uma vez há flutuação quanto a data de entrega do nuclear, 2025 na matéria acima, parece-me mais realista do que
2020 ou 2022 como anteriormente ventilado.

jakson almeida

Paulo se o governo investir serio ate o senai faz um sub.Agora como disse o MO isso ai ta parecendo curso de vereador.Se é pra fazer TT os engenheiros deviam e estar na DCNS.

Mineiro

Dalton disse:
17 de setembro de 2010 às 11:30 .

Prezado,

O que pude entender da mátéria, salvo engano, foi que o estaleiro será entregue em 2012, e não o submarino.

Cordialmente.

Carlos Augusto

O Jackson sempre doutrinado pelo o sofista do blog, ensinar é uma atividade nunca exercida pelos alemães aqui no Brasil, agora os franceses fazem isso ai não são confiáveis, vai entender. Não preocupa não jackson eles vão fazer de igual maneira com relação ao Rafale, para nossa alegria.

Paulo Silva

Caro Jakson, para que o GF efetue este investimento, é obrigatório ter a tecnologia dos Subs, e é este o motivo de estarmos comprando o subs franceses, com a transferência de tecnologia. A verdade é a seguinte:nenhum outro país, que detem esta tecnologia, em escessao a franca, aceitou o que o nosso governo pleiteava, que seria transferir este conhecimento.

Paulo

Ozawa

“No momento, em torno de 30 engenheiros navais brasileiros estão participando de um curso de 18 meses para a construção de submarinos na nova escola de desenho instalada na DCNS Lorient, como parte do acordo de transferência de tecnologia.” São engenheiros civis ou militares ? Se civis, é possível compor sua remuneração de forma a valorizar suas aptidões técnicas adquiridas por tais especialidades, se militares, ihhhh…, vão amargar o soldo da patente ? Não serão cooptados a sair da força por remuneração mais atrativa ? Com o boom da indústria petrolífera pós pré-sal, seja na Petrobas, ou outra empresa de… Read more »

Marcelo

Srs, a designação “desenho” pode ser culpa da tradução. Desenho em várias linguas é sinônimo de projeto. É até infantil pensar que os técnicos e engenheiros foram lá para aprender a desenhar. isso é coisa de quem não tem como criticar (não conseguiu desqualifcar a iniciativa) e ainda assim tenta atrapalhar de alguma forma. O título da matéria está mais condizente. Outra coisa os 130 técnicos e engenheiros não estão na escola e sim na DCNS, ou seja além da escola há também o “on the job training”. Aos detratores da França (paisinho mequetrefe para alguns aqui), será difícil falar… Read more »

Cláudio Melo

Um post desses e aparece comentarista para opinar sobre SENAI, curso para vereadores…

É desanimador…

Mas, enquanto os cães ladram a caravana passa.

Marcelo, Paulo Silva, Marujo,

É isso mesmo. Estamos progredindo e caminhando em direção aos nossos objetivos.

Abraços,

Cláudio Melo.

Dalton

Caro Mineiro…

“O primeiro submarino convencional… cuja fabricação começou na fábrica da DCNS …será concluído em Sepetiba em 2012”

O texto não menciona o estaleiro, sabe-se que o primeiro submarino será trazido incompleto da França e concluido aqui no Brasil.

O que talvez quiseram dizer , pensando melhor, é que o submarino incompleto será trazido para Sepetiba em 2012, para ser concluido em
data posterior, 2015 ???

abs

robert

não queria, mas vou falar de FX-2 …

Qualquer uma das 3 concorrentes que fizer no FX o que a DCNS tá fazendo agora, ganha meu voto!

Realmente é assim que funciona ToT.

Mineiro

Prezado Dalton, Mais uma vez peço vênia para discordar de você, em parte. No final do parágrafo segundo, o texto faz menção ao estaleiro, vejamos: “…uma base de submarinos e um estaleiro que estará pronto em 2012 em Sepetiba, no estado do Rio de Janeiro.” Sendo assim, o texto fala sim no estaleiro, e pelo que pude entender o que estará pronto nessa data será o estaleiro e não o 1º. Sub. Quanto a sua nova assertiva, tenho a mesma posição, pois também acredito que assim que as obras do estaleiro estiverem prontas, o 1º. sub será montado aqui. No… Read more »

RobertoPB

Está claro e realçado em negrito no texto , que náo se trata de um curso de desenho :

” curso de 18 meses para a construção de submarinos na nova escola de desenho instalada na DCNS Lorient ”

Engenheiros aprendem desenho desde o pré primário ok ???

Trata-se de um curso para ‘construção’ de submarinos

O curso será ministrado na escola de desenho (Design) da DCNS

Podemos voltar ao assunto sem colocar mais pilha ?

Andre Luis

Acho prudente não pensarem que o mesmo pode acontecer no FX2.

Paulo Silva

Caro André Luis, posso até compreender que você esteja desconfiado, já que é dificil de acreditar que a Franca irá passar toda tecnologia do Rafale, mas o que podemos notar é que a exemplo dos subs, isto pode , e deve acontecer. Em todos estes anos, a FAB e Embraer já fizeram vários negócios em que pouco se ganhou em transferência de tecnogia. Colocando o item de TT em contrato, acredito que teremos o mesmo retorno que estamos tendo no SBR.Acredito que podemos ter esperanca, nao é?

A7X

É fogo….

Tem gente que não tem argumento e fica inventando histórinha pra criticar.

No mais, a DCNS tá cumprindo a sua parte. Também pelo preço que estamos pagando não poderia se diferente.

Abs.

GUPPY

Boa notícia. Quebra bastante o pessimismo de muitos comentaristas do Blog. Temos é que torcer para que tudo transcorra conforme planejado. Vamos melhorar a nossa capacidade de negação do uso do mar assim que os nossos Scorpènes forem comissionados. E acredito que esses engenheiros vão melhorá-los ainda mais. Vide o Tikuna(Improved Tupy).

Abs

M1

Eles estão com medo de perder o FX. isso sim!

Renato

Boa correção de título, isso estava com muito mais cara de design (projeto) que desenho.

Fuzila

Gostaria de saber se os alemães fizeram o mesmo na época de aquisição dos IKL-209 (Classe Tupi)?

Pela notícia, podemos afirmar que os engenheiros brasileiros estão aprendendo a teoria do desenvolvimento de submarinos. Não estão assistindo somente a linha de montagem das estruturas dos mesmos.

A França está cumprindo sua parte do contrato, para o desespero de muitos críticos aqui do blog, os quais nem passaram perto desse post …

Ps: Acreditar que os engenheiros atravessaram o Atlântico para aprender a desenhar é o cúmulo da vontade de criticar …

A7X

Fuzila disse: 17 de setembro de 2010 às 21:54 “A França está cumprindo sua parte do contrato, para o desespero de muitos críticos aqui do blog, os quais nem passaram perto desse post …” É amigo Fuzila, tem gente que só sabe criticar, mas quando vêem om post como esse nem dão as caras. “Ps: Acreditar que os engenheiros atravessaram o Atlântico para aprender a desenhar é o cúmulo da vontade de criticar …” É o cúmulo da trollagem mesmo. É a incapacidade e falta de humildade de chegar aqui e reconhecer que nesse caso os franceses estão cumprindo o… Read more »

HMS TIRELESS

Mas fica aquela perguntinha? Por que motivo uma escola financiada com dinheiro brasileiro funciona na França? Certamente pelo fato de que estamos pagando a transferência de tecnologia não só para nós como também para terceiros países que assinarem contratos similares com os franceses…..

GIL

a noticia é boa, sobre o SNA me da a impressão que cada dia essa gente alarga a estreia do mesmo, daqui a pouco falaram que é pra 2030, se não chover kkk sobre os rafales todos sabemos que é um excelente avião, prova dissa é o que passa no fx indiano, que desde logo é muito mais serio que o nosso. creio que quem questiiona a qualidade do rafale deve deser questionado. porém tenho que dar razão a aqueles que questionam nossa capacidade financiera para manter um bimotor caro, já nem falo do typhon que dizem que é ainda… Read more »

Vader

Ora, por 20 BILHÕES DE REAIS não fazem mais nada que a obrigação…

Vader

Ah sim, e quem viver verá o quão disso será efetivo… ressaltando que para o bem do Brasil torço para estar errado quanto a nossos “sempre confiáveis parceiros estratégicos”…

marcos

pode dar tudo certo…
mas sempre vai ter um bando de xarope pra fica reclamando de tudo…
Huuuu povinho falador…

Nick

É bom que esses engenheiros sejam muito bem remunerados, se não o mercado vai levar eles.

[]’s

Rambo

Caro Jackson… Não perca seu tempo dizendo que o SENAI faz submarinos. Os engenheiros navais dos quais a matéria fala não são todos engenheiros navais de formação (Engenharia Naval na UFRJ ou USP). Essa designação “engenheiro naval” é dado à todos os engenheiros, de qualquer habilitação, que entram para a marinha (eletricista, mecânico, produção, químico etc.). Engenharia naval propriamente dita são outros 500. Posso falar por experiência própria: sou engenheiro naval e oceânico de formação (UFRJ) e no meio acadêmico não aprendemos nada sobre submarinos. Os conceitos são os mesmos, mas não temos nenhuma experiência. A parte estrutural e de… Read more »

CADÊNCIA

Prezados amigos que estão tão interessados em saber da Construção de Submarinos e estão com muitas dúvidas. A palavra DESIGN que aparece na reportagem da DCNS, quer se referir a PROJETO. Trata-se de uma Escola de Projeto de Construção dos Submarinos que envolverá a Classe “Scorpène”. Acho que a nossa Classe dos Convencionais deverá chamar-se MERLIN em função do fim da parceria DCNS / NAVANTIA e, possivelmente, a Classe Barracuda, que deverá orientar a fabricação do casco do Submarino Nuclear Brasileiro. Na realidade, como em qualquer Projeto de Construção de Navios de Guerra (Superfície e Submarinos), são necessários o uso… Read more »

Paulo Silva

Caro Cadencia, muito boa a sua explanacao sobre nosso SBR. Sempre que quizer, nos brinde com mais informacoes.

Abracos

Paulo

Rambo

O Cadência confirmou o que eu disse. Nas faculdades de engenharia naval do nosso país (ufrj e usp, desconsiderando o curso da ufpa, que é voltado para hidrovias) não “ensinam” projeto de submarinos. NADA, absolutamente NADA. Por isso a marinha manda seus engenheiros e técnicos para o exterior. Ela mais que ninguém conhece suas necessidades!
abraços

CADÊNCIA

Prezado FUZILA, no caso dos Submarinos classe “TUPI”, também ocorreu a transferência de tecnologia. Oficiais, Engenheiros e Técnicos brasileiros estagiaram na HDW (Howaldtswerke-Deutsche Werft GmbH), na cidade de Kiel, Alemanha. O Projeto incluia a fabricação do Primeiro Submarino da série, o “TUPI”, na Alemanha e, em seguida, os outros seriam construidos no Brasil com supervisão e acompanhamento dos Engenheiros Alemães, que ficaram no Brasil durante período estabelecido em contrato. Assim, construimos no nosso país, os seguintes Submarinos: “TAMOIO”, “TIMBIRA”, “TAPAJÓ” e “TIKUNA” (considerada uma nova classe). Por favor, quando falar ou escrever do SB “TAPAJÓ”, não acrescente “S”.Pois, não é… Read more »

CADÊNCIA

Caros Amigos Paulo Silva e Rambo agradeço os comentários .

Abraços,

O Cadência