Mais um sonho de consumo
DCNS apresenta navio de apoio da nova geração
Falando a especialistas internacionais reunidos em Londres, entre 9 e 10 de dezembro, durante a “Afloat Support and Naval Logistics conference”, a DCNS fez uma apresentação sobre a sua nova geração BRAVE (Bâtiment RAVitailleur d’Escadre) de navios-tanque e de apoio logístico, em desenvolvimento para a Marinha francesa e clientes internacionais. Ao aumentar as exportações, o Grupo espera aumentar a receita em 50 a 100% ao longo dos próximos dez anos.
O navio de apoio BRAVE é a mais recente adição ao portfólio de produtos da DCNS. O conceito foi apresentado na feira 2010 Euronaval em Paris no final de outubro, onde atraiu a atenção considerável, presumivelmente, pela simples razão de que o reabastecimento em alto-mar é a chave para o apoio logístico naval.
O conceito multi-uso BRAVE serve para as missões atualmente desempenhadas por até três tipos de navios da Marinha francesa. Estes incluem o reabastecimento de produtos secos, munições e combustíveis, juntamente com a manutenção e reparos. De acordo com estudos DCNS, quatro navios BRAVE permitiriam à marinha francesa reduzir sua frota de apoio e equipes em 50%, aumentando a carga total em 30% e cortar custos operacionais.
O conceito BRAVE foi projetado desde o início com os clientes internacionais em mente. O projeto básico podem ser adaptado para produzir versões com um comprimento total variando de 165-195 metros. Volumes de bordo e as áreas também podem ser facilmente adaptadas para aumentar a capacidade do tanque ou acomodar uma equipe de comando da Força Naval, tropas e equipamentos e leitos hospitalares adicionais para missões humanitárias.
Todas as marinhas precisam obter cargas mais pesadas para locais distantes mais rapidamente, reduzindo os riscos associados ao reabastecimento em alto-mar. Esta é precisamente a razão pela qual o projeto BRAVE apresenta duas plataformas mistas, cada uma projetada para lidar com ambos os combustíveis e carga seca.
Nas últimas décadas, a DCNS desenhou e construiu uma dúzia de navios de apoio à Marinha francesa, assim como para a Marinha da República Argentina, da Royal Australian Navy e da Royal Saudi Naval Forces. A maioria desses navios ainda está em serviço.
Gostei de ler as expressões-chave para as FFAA de um país como o Brasil (com restrições orçamentárias): otimização de meios (multifuncionalidade) e racionalização de custos (menos meios são necessários para manter várias capacidades operacionais).
O Brasil podia dar uma olhada na idéia.