Odebrecht construirá estaleiro, base naval e submarino nuclear

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O texto da DCNS, disponível no site da empresa em inglês e francês, deixa claro alguns pontos até aqui pouco claros . Em relação ao contrato, o mesmo ainda aguarda aprovação (o que deve ocorrer em breve). Sobre a parceria coma a Odebrecht, esta participará das três maiores etapas. A primeira delas diz respeito à construção das obras civis do estaleiro que produzirá os submarinos. Ela também construirá uma “base naval para a MB” (sem especificar maiores detalhes). Num terceiro evento, a Odebrecht participará da construção da parte não nuclear do submarino nuclear da MB.

A seguir, o texto original da DCNS

DCNS has been awarded a major contract by the Brazilian Navy. The customer has entrusted DCNS with the design and construction of four conventional-propulsion submarines under a technology transfer agreement, the technical assistance for the design and construction of the non-nuclear part of the first Brazilian nuclear-powered submarine, and the support services for the construction of a naval base and a shipyard in Brazil. Regarding the nuclear submarine, the technical assistance provided by DCNS will be related to the non-nuclear part of the submarine, the Brazilian Navy being fully responsible for the nuclear plant.

The contract is part of a vast plan to renew and modernise the Brazilian Navy’s submarine fleet. It is also in line with the strategic cooperation agreement in defence signed in Rio de Janeiro today by Brazilian President Luiz Inácio Lula da Silva and French President Nicolas Sarkozy. The contract will come into force following a comprehensive approval process in Brazil.

DCNS Chairman & CEO Jean-Marie Poimbœuf commented: “We welcome the decision by Brazil’s highest authorities in favour of DCNS and our Brazilian partner, the Odebrecht Group. This success confirms our capabilities as an overall prime contractor, as well as our technological and competitive standing on the international market. It also confirms our ability to establish partnerships to handle in-country project work, just as we have done in other countries around the world.”

* DCNS will act as prime contractor for four conventional-propulsion submarines to be built by the Joint Venture that will be set up by DCNS and Brazilian partner Odebrecht. The submarines will be designed in cooperation with Brazilian teams under DCNS design authority to meet the Brazilian Navy’s specific needs: They will be ideally suited to the protection and defence of the country’s 8,500-kilometre coast. The first submarine is scheduled to enter active service in 2015. DCNS will produce key advanced-technology equipment in its own plants.
* DCNS will provide design assistance – under the Brazilian Navy’s design authority – for the non-nuclear part of the Navy’s first nuclear submarine, which will be built by the Joint Venture to be set up by DCNS and Odebrecht.
* DCNS will provide prime contractor assistance to Odebrecht for the construction of the naval shipyard that will build the five submarines covered by today’s contract, as well as a naval base for the Brazilian Navy.

The submarines proposed by DCNS combine advanced technologies, competitive pricing and optimal cost of ownership, and can be tailored to meet a full spectrum of operational naval needs. The designs for the Brazilian Navy will combine advanced technologies with innovations developed for other programmes, particularly with regard to hydrodynamics, acoustic discretion, automation and combat systems.

These submarines can be tailored to undertake all types of anti-surface and anti-submarine warfare missions, as well as special operations and intelligence gathering.

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Ulisses

Ótimo,mas será que isto poderia ser uma porta de entrada para Odebretcht entrar no ramo da construção naval?Atuar assim como atua a própria DCNS ou a Northrop Grumam ou a General Dynamics?

Douglas

entrar na construção naval logo pela porta dos submarinos, que é setor super especializado demandando muita experiencia de construção de meios navais é meio esquisito pra uma empresa que nunca construiu um vaso de guerra.

Engraçado, onde entra a turma do AMRJ e da Engepron???????? esta será sub contratada do sub contratado???? e depois reclamam dos custoas estratosféricos.

A conferir.

Dunga

Verificamos que a Marinha do Brasil não tem nestes eventos citados (construção de base naval de submarinos, construção de estaleiro de submarinos e por fim a construção dos submarinos) nenhum poder de decisão, estes eventos são de carater POLÍTICO a nossa Marinha não foi consultada, não pode determinar nem uma licitação de capacitação tecnica das empresas envolvidas. Parece ficção científica mas é a realidade.

Fernando_MG

Prezados Douglas e Dunga. Sobre o fato da Odebrecht nunca ter construído um navio de guerra, creio que aqui no Brasil o único estaleiro que já construiu navios de grande porte foi o AMRJ (de pequeno porte temos outros estaleiros). Então qualquer estaleiro que fosse escolhido não teria experiência. O que eu acredito que a MB deseja é justamente qualificar uma empresa para a construção de navios tecnologicamente avançados. Assim como a FAB formou a Embraer e hoje tem uma Golden Share na empresa, a MB está aplicando um modelo vencedor na formação dos construtores de navios de guerra. A… Read more »

Dalton

Só uma pequena correçao:

Os porta-avioes americanos sao construidos pela Northrop Grumman Newport News .

Abraços

Fernando_MG

Ops, é verdade Dalton, obrigado.

Douglas

Dentro do seu raciocínio porque não contrataram direto a Engepron???????? Porque atravessaram a Odebrecht no meio?????? Os custos sobem com isso, além é claro, da Odebrecht não ter know how nenhum. Porque a MB se preocupou em divulgar nota sobre isso dizendo que não teve ingerência????? A Golden Share da MB será sobre um empresa que já nasce com controle estrangeiro. Diferente da Embraer que tem controle nacional. Ou seja, a decisão sobre investimentos pertencerá a franceses e não a brasileiros. Isso faz uma diferença fundamental. A Golden Share permitirá apenas veto sobre algumas questões, mas a administração e política… Read more »

Douglas

Acho que a MB preferiria a Engepron.

dai a nota publicada.

Fernando_MG

Douglas, a Engepron é uma empresa de projetos e gerenciamento de projetos, ela não constrói, só faz projetos e trabalha com outras empresas ou com o AMRJ. A Odebrecht tem o Know how para obras civis de grande porte, mas o meu comentário é o que você disse, um raciocínio, não vou defender a Odebrecht, ela que se defenda sozinha não é? Na verdade eu estava defendendo a posição da MB. Eu creio que o comando da Marinha quis evitar polêmicas com a imprensa ou outros interesses, se colocando como magistrado do processo. Só a fato da MB dizer que… Read more »

Douglas

Prezado Fernando_MG, Dentro do seu raciocínio, o acordo deveria ter sido feito com a Engepron, muito mais qualificada a absorver know how, pois ela tem massa critica de pessoal qualificado com experiencia em construção naval. Aceito seu argumento sobre a necessidade da Odebrecht para os trabalhos pesados de campo, então que a Odebrecht entrasse como contratada para a obra e não como associada para transferencia eventual de teconologia, pois o corpo de engenheiros civis e mecanicos da odebrecht entende tanto de engenharia naval quanto o pessoal da Engepron entende de construir edifícios e pontes… Mas me permita adentrar em mais… Read more »

Mar soberano

Fernando_MG, A Emgepron não é semi-privada, ou semi-mista. Essa figura jurídica não existe. Empresas privadas com participação estatal são chamadas Sociedades de Economia Mista. Empresas com capital somente estatal são chamadas Empresas Públicas. Esse é o caso da Emgepron, uma empresa pública de direito privado, ou seja, apesar de seu capital ser 100% da União, age no interesse do Estado como se fosse uma empresa privada. Com relação a tornar a Odebrecht a Embraer da Marinha, sinceramente, isso não faz o menor sentido. A Odebrecht é uma gigante privada, não havendo motivo para a MB ou a União, via MD,… Read more »

[…] Como o Estado informou no domingo, a Força já encontrou na Baía de Sepetiba, no litoral Sul do Rio, o terreno para o novo complexo naval, mas o início da obra depende da liberação do financiamento. Os trabalhos ficarão a cargo de um consórcio formado pela estatal francesa DCNS e a brasileira Odebrecht. […]