Tripulação do ‘CdG’ em formatura para foto na Líbia

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Como é tradição em operações prolongadas de navios-aeródromo, os tripulantes do Charles De Gaulle formaram para fotos o nome da operação HARMATTAN no convoo, em letras gigantes.

O CdG já alcançou a marca de 220 dias de mar em 9 meses de operação, o que representa 80% do tempo desde que voltou a operar em outubro de 2010.

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Guilherme Poggio

Não devem estar muito ocupados.

Ivan

Interessante observar nesta foto o ‘nariz curto’, estilo Rafale, do CDG.

Até parece que falta um pedaço do navio.

Observando os US Carriers com mais que o dobro do deslocamento, percebemos que estes optaram por uma proa “tipo capô de V8”, bem longa.

Certamente são exigências de projeto, para se adequar ao tamanho e deslocamento planejados.

Sds,
Ivan.

Guilherme Poggio

Na verdade a ilha foi avançada ao máximo para que a mesma não interferisse nas operações de pouso e a catapulta de proa foi recuada.

Uma catapulta mais a vante implicaria em um navio com deslocamento muito maior (leia-se mais caro).

daltonl

Também contribui o fato dessa aparencia “atarracada” a necessidade de um convoo em angulo de cerca de 200 m de comprimento, mais comprido que o do São Paulo ou dos Essex modernizados dos anos 60 e 70, para operar com segurança o E-2C.

Dinho

Nada como enfrentar um inimigo que não representa perigo algum.

Estão mais tranquilos que nos exercícios que participam, onde tem a preocupação de não passar vergonha.

Só queria ver se essa guerra do Sarkozy não contasse com o apoio dos EUA ou Otan, se estariam nessa tranquilidade toda.

jacubao

Uau!!!!! 220 dias de mar em 9 mêses de operação. Eu tenho 1000 dias de mar em 14 anos de embarque, mas com uma média dessa do CDG, já teria uns 3100 dias de mar.
Primeiro mundo é outra coisa, mas no Brasil FAs não dão votos, né?

Marine

Ooo Galante e Jacuba,

Marinheiro e a toa no mundo todo hein?! 😉 Hehehe

Semper Fidelis!

Ozawa

Em reportagens lidas, não me recordo se aqui no PN pois não o vi nos posts relacionados, foi suscitada a necessidade de um alongamento no convôo em ângulo do ‘CdG’ justamente por conta da operação dos E-2C.

Alguém tem alguma informação atualizada sobre isso ?

Ozawa

Iria ser uma espécie de “puxadinho em ângulo”…

daltonl

Depois de permanecer inativo metade do ano de 2007, todo o ano de 2008 e metade do ano de 2009, o CDG tem estado continuamente ocupado desde outubro do ano passado.

Aproximando-se de 4 meses de apoio às operações na Libia, o CDG,
em breve estará cruzando o mediterraneo de volta a sua base para
uma merecida manutenção.

Fazendo um paralelo com o USS Abraham Lincoln que já permaneceu
quase 10 meses longe de sua base, cerca de 3 meses a mais que o normal, quanto tempo a mais o CDG poderá aguentar ?

daltonl

Ozawa…

essa estensão do convoo em pouco mais de 4 metros já foi feita há uns dez anos atrás.

abs

Ozawa

Grato, Dalton. Mas me ocorreu ter lido a respeito há uns 2 anos no máximo, e mencionando uma reforma que ainda estaria por vir a depender das operações efetivas com o E-2C.

De todo modo, grato mais uma vez.

daltonl

Na verdade Ozawa o “grande” problema é que o E-2C ao pousar, não tinha espaço suficiente para virar para a direita e deixar o convoo livre, então um trator era requerido para puxar a aeronave para trás, o que consomia tempo…assim estenderam o convoo em angulo na parte dianteira em pouco mais de 4 metros.

A imprensa lá não perdoou o fato do navio ter levado tanto tempo para ficar pronto e muito acima do preço e “massacraram” mais uma vez o CDG.

abs

Soyuz

O CDG partiu de uma premissa errada de projeto, sua propulsão nuclear. O real motivo para o emprego deste meio de propulsão é a geração de demanda para o reator nuclear frances K-15 também empregado em seus submarinos nucleares. Esta escolha comprometeu o projeto em alguns pontos chave. A velocidade do CDG é cerca de 5 nós abaixo do padrão de um porta aviões americano por exemplo ou mesmo do Foch, pode parecer pouco, mas 5 nós a mais gera aumento da massa de lançamento da aeronave de forma a se considerar, não esqueça que estamos falando de energia então… Read more »

daltonl

“O CDG partiu de uma premissa errada de projeto, sua propulsão nuclear.” Penso que não é bem assim caro Soyuz ! Até porque os tempos eram outros… Os franceses perceberam no fim dos anos 70 que as futuras aeronaves (Rafales) seriam mais pesadas e “beberiam” mais do que os Super Etandards, portanto um NAe convencional de tamanho similar ao Foch, não seria muito eficiente. Ocorre que na época, 30 anos atrás, não se via com bons olhos construir um navio com comprimento superior ao Foch, cerca de 260 m, provavelmente antevendo problemas com a doca onde se daria a construção.… Read more »

Soyuz

Daltonl, Sendo esta a hipotese mencionada por você a correta, isto não muda o fato de que o CDG é um navio caro de se operar e cuja disponibilidade para um navio da sua idade é critica, sendo o mesmo alvo de uma série de criticas quando a preço e disponibilidade. Igualmente é notório que o deslocamento do navio se comparado ao grupo aéreo que ele deseja operar não é compativel, necessitando de modificações posteriores no projeto. Também não muda o fato que mencionei que todos os porta aviões no mundo nesta faixa de deslocamento serem convencionais e não nuclear,… Read more »

daltonl

Soyuz… da mesma forma que os EUA não prosseguiram com mais NAes da classe do USS Enterprise, pois aprenderam com as limitações deste e projetaram algo melhor como o USS Nimitz, da mesma forma, os franceses, fariam a mesma coisa com um segundo NAe nuclear. Ele seria uns 25% maior, porém continuaria menor que os futuros CVFs britanicos e acomodaria catapultas de 310 pés/90 metros…mas novamente como aconteceu com o CDG que sofreu inumeros cortes, o “fome zero” deles, o projeto foi indefinidamente adiado até que apareceu a possibilidade de cooperação com os britanicos…nada oficial, pois os franceses estavam ”… Read more »

Soyuz

“Não estou dizendo que NAe não tenha pontos fracos, o custo deles é maior e uma dor de cabeça quando são descomissionados, mas na minha opinião e é apenas minha opinião, valem o que pesam.” Queria deixar bem claro que também não tenho nada contra porta aviões, pelo contrário os admiro como armas navais magnificas. A questão é sobre o CDG, na minha opinião um projeto “tipicamente frances”. Sobre o CDG, também temos premissas diferentes sobre o navio. A minha visão é que os franceses quiserar aproveitar a demanda de reatores nucleares de seus submarinos e isto congelou o navio… Read more »

daltonl

Soyuz… continuando nossa conversa interrompida… o que “congelou” o tamanho do CDG foi o tamanho da doca seca; não que os franceses não tivessem docas gigantes, mas apenas Brest, tinha condições técnicas para lidar com um navio de tal complexidade. Para vc ter uma idéia, o ex-Foch, hoje São Paulo teve sua construção iniciada em Saint Nazaire, mas depois de lançado ao mar, foi levado até Brest, onde o “Clem” foi construido, para ser terminado. Nenhuma marinha do mundo seguiu o exemplo francês…mas…que outra marinha construiu um NAe de verdade, seja convencional ou nuclear? Nenhuma. Espanha e Italia tiveram que… Read more »

Soyuz

Você tem a hipotese de que o que limitou o tamanho do CDG foi “doca seca”, então considere a seguinte hipotese. Você é um engenheiro naval frances e o CDG esta em fase de estudos. Existe um requerimento de aumento de 20% do deslocamento do navio passando dos atuais 38.000 ton para 45600ton. Quais as opções quanto a propulsão? 1) Continua com os dois reatores K15 e verifica que a velocidade do navio que já é 20% abaixo da classe Clemenceau e Nimitz vai cair ainda mais, podendo ficar abaixo de 25 nós. 2) Introduz um terceiro reator de submarino… Read more »

daltonl

Soyuz… mesmo hoje, um navio mais longo, teria que ser construido em Saint Nazaire e depois levado para Brest…na época, não se quis fazer isso, achava-se que o CDG era de tamanho suficiente ,então a limitação da doca foi preponderante e é informação aberta na Internet, não estou especulando sobre isso. Nunca consegui encontrar nada sobre a “culpabilidade” do K-15 no projeto…o que há de concreto é que um segundo NAe nuclear teria que ser maior que o CDG afim de abrigar novas tecnologias, como a catapulta de 90 metros e o aumento no custo foi considerado proibitivo, mas ao… Read more »