As novas Saar 4.5 israelenses
Devido a limitações no orçamento a marinha israelense cancelou planos de compra de dois navios LCS americanos e depois duas fragatas MEKO 200 alemãs. Agora estão estudando a compra de duas corvetas classe Saar 4.5 por cerca de US$ 500 milhões. Parte do financiamento virá da retirada de serviço de duas corvetas classe Saar 4.
O que chama a atenção na Saar 4.5 é a densidade de armamentos em um navio tão pequeno: um canhão Oto Melara de 76mm (2), um sistema Phalanx (15), oito mísseis Harpoon (5) e seis Gabriel II (3) anti-navio, 32 mísseis Barak antiaéreos (18), além de dois canhões Oerlikon de 20mm (17) e duas metralhadoras M2 (16) operadas manualmente. A imagem é de uma versão mais antiga das Saar 4.5. É bom provável que os novos navios sejam equipados com a torreta Typhoon equipada com um canhão de 25 mm e mísseis Spike-ER guiados por fibra ótica.
A escolha de um navio pequeno faz sentido em um cenário onde os adversários estão bem do lado e para uma marinha que não tem que operar a longa distância. Um mar fechado como o Mediterrâneo também é bem mais calmo comparado com mares abertos.
A imagem abaixo é de uma versão da Saar 4.5 equipada com hangar que aparece na página da internet do estaleiro Israel Shipyards. Israel já operou duas Saar 4.5 equipadas com hangar que foram vendidas para o México. Agora devem operar com apoio de aeronaves não tripuladas.
O meu medo em navios pequenos e de alta densidade/concentração de armas e sensores é que basta um tiro de um míssil pequeno, como um Sea Skua ou Penguin para um mission kill.
É absurda a diferença de tamanho e de armamentos se comparado com as Inhaúmas/Barroso.
Jacuba, meu fio
levar em cosideração o que são as SAAR para os israelecos e o que é uma barroso/inhauma em importancia no contexto mediterraneo oriental x atlantico sul (inteiro)
La eles sao tudo, aqui as comparações com os nossos, nao são “tanta coisa” assim, talves e possivelmente por isso esta configuração de armamento para os SAAR´s
Nautilus concordo contigo o binômio helicóptero-míssil fez com que o conceito de FAC fosse reavaliado por algumas Marinha exemplo: Africa do Sul. Mas o histórico de confrontos entre as forças navais daquela região mostra a vantagem tática em vários momentos de ataques rápidos e com grande volume de fogos as instalações portuárias de oposição. Jacubao grande jacuba a comparação entre as duas classes tem seus pró e contras, mas ainda é válida como diria meu orientador na base de pesquisa: “Toda pesquisa é útil até mesmo aquelas que comprovem que redonda é uma bola e uma bola é redonda”. Traduzindo… Read more »
Mas que dois lançadores verticais com 16 mísseis antiaéreos Barak cairiam muito bem na Barroso, ah cairiam! Eu sou daqueles entusiasmados pela indústria e capacitação nacional que acha que o projeto Niterói-Inhaúma-Barroso não deveria ter sido interrompido mas sim continuamente desenvolvido, ainda que devagar. Tivéssemos dado prosseguindo a classe Barroso, hoje poderíamos ter mais uma em estágio final de fabricação mas, mais que isso, retido o know-how adquirido e que hoje se perdeu. Podíamos até estar exportando para algumas marinhas africanas! Imaginem uma série de corvetas improved Barroso batch 2, trocando o pesado e ineficaz 114mm inglês por um moderno… Read more »
Para mim é difícil ” engolir ” os 3 navios de patrulha OC com apenas 3 metralhadoras e sem qualquer armamento AA / MM ( míssel ).
Almeida,
tenho a mesma opinião sobre os projetos. Os EUA chegaram onde chegaram errando muito e acertando com o decorrer do tempo.
É uma pena. Começa-se e perde-se tudo.
Almeida,
Quase concordo contigo, somente que não acho que a MB, assim como as demais forças singulares, deva levar a indústria pela mãozinha; quer, quer, não quer, temos quem faça.
Como aconteceu c/ a classe “Grajaú”, aonde metade dos cascos teve que ser construída na Alemanha, devido a porqueira do controle de qualidade e ao gerenciamento quase criminoso de projeto, dos estaleiros nacionais.
Infelizmente quem deveria zelar pela capacidade das ffaa, fez absolutamente o contrário, além de expressamente contribuir p/ sucatea-las, rifou nossas parcas capacidades aos seus próprios interesses paroquiais e de seus patrocinadores de campanha.
Almeida,
realmente uma pena, a perda de tecnologia resultante da descontinidade na fabricação de navios de escoltas, que poderiam ter gerado classes novas e não remakes de unidades já existentes. Não nos cabe sonhar com Barroso B2, pois foi um navio projetado em outra época, para demandas já superadas. Os NPaOCs, para missões policiais, não precisam de armamentos mais poderosos dos que já tem.
Mas Mauricio R., a Barroso não foi desenvolvida pela EMGEPROM (da MB) e construída no Arsenal de Marinha? Eu estive lá no 1o DN servindo quando ela tava em construção. Sempre achei que fosse um projeto orgânico da própria MB e não subcontratado.
marciomacedo,
Não desmereço a necessidade dos NaPaOcs de 1800t armados com metralhadoras para fazer trabalho de resgate e patrulha costeira, de jeito nenhum.
Minha proposta de uma Barroso batch 2 é para completar os navios de combate de superfície, nossas escoltas. Ou alguém aqui acha que teremos dinheiro para adquirir e manter 14 FREMM de 6000t? Ou até mesmo apenas 10? Isso pensando-se em apenas uma esquadra, sendo que a MB tem planos para duas. Um mix de corvetas de 2000t a 3000t modernas e modestamente armadas, mais fragatas de 6000t seria bem interessante na minha opinião.
Acredito, Almeida, que a escolta de 6 mil toneladas é uma miragem de nossos almirantes. Acho que plataformas novas de 4 mil toneladas (T-23, por exemplo) dariam conta do serviço da MB. em uma quantidade razoável. Temo que, se continuar assim, teremos em breve um FX naval.
Pode ter certeza de que o PROSUPER terá o mesmo caminho que o FX-2…
Nautilus, Sea Skua ou Penguin são realmente grandes ameaças, mas israel não está ameaçado com inimigos assim equipados. Os SH60 turcos tem o Penguim, mas também estão preparados para se defender, nem que seja com os F-16 fazendo CAP.
Dario, navio de patrulha não tem que ter mísseis ou sistemas sofisticados. São navios para missões policiais. Um exemplo seria o resgate do voo 447. Usaram uma fragata niterói muito mais cara sendo que podiam ter usado um navio de patrulha com menos homens e custos.
“marciomacedo disse:” 24 de janeiro de 2012 às 17:22 Marciomacedo. Eu não acho que seja uma miragem dos nossos almirantes planejarem adquirir escoltas de 6000 T para a MB. Esses navios são ideais para dar ao Brasil uma boa capacidade dissuazória, eu disse boa, pois o tamanho do nosso litoral justificaria 5x mais navios desse porte, mas a MB sebe da dificuldade de tirar dinheiro dos nossos políticos que não estão nem aí para e defesa da nação e eu tenho até mêdo desses caras lotearem o Brasil para vender depois, então 14 unidades já seria de muito bom grado… Read more »
Almeida,
E depois da Barroso???
Só as “Grajaú” e as tralhas da parceria estratégica.
Ainda bem que existem pessoas esperançosas como você, Jacubão.
Eta pekenina nervosa……
Eu diria realista e não esperançoso. Aqui no Brasil não dá para ser esperançoso, infelizmente e sim pessimista.