Decisão sobre a compra da versão do F-35 pelo Reino Unido ainda não foi tomada

O Reino Unido ainda está indeciso sobre qual a versão do caça F-35 seria comprada: o modelo de decolagem convencional ou decolagem curta e pouso vertical (STVOL sua sigla em Inglês). A decisão pode implicar em profundas modificações do desenho de um dos dois porta-aviões da classe Queen Elizabeth em construção.

Informações do Jane’s dão conta de que o primeiro-ministro britânico, David Cameron, solicitou ao Departamento do Tesouro um estudo independente sobre os custos associados com a possível alteração de um desses porta-aviões para operar o F-35C, o modelo de descolagem convencional.

Há pouco mais de um mês, soube-se que o Governo britânico pode estar pensando em abandonar a decisão tomada em 2010 para adquirir a versão F-35C e voltar ao seu plano original para adquirir o F-35B (STVOL).

Naquela época o Defense News citou o conteúdo de uma carta do porta-voz da defesa do Partido Trabalhista na oposição, Jim Murphy, sobre a questão que originou as dúvidas sobre o impacto da mudança de modelo sobre o futuro porta-aviões britânico.

A mesma agência também publicou as impressões do analista do Instituto Internacional de Estudos, Douglas Barrie, apontando para a possibilidade de o Reino Unido desconsiderar a aquisição da variante convencional “estar mais relacionada com as implicações financeiras de se mudar o desenho dos navios com as questões relacionadas com a própria aeronave.”

De acordo com Jane ‘s a decisão do Primeiro-Ministro Cameron em solicitar uma revisão independente deste programa reflete duas preocupações principais. A primeira diz respeito à reviravolta constrangedora em um dos componentes do núcleo de defesa e estratégia de segurança do governo de coalizão. A segunda está relacionada com uma possível reação adversa a decisão poderia ter sobre o governo e a Marinha dos EUA.

O programa do porta-aviões britânico da classe Queen Elizabeth inclui a construção de dois navios, embora apenas apenas um deles esteja garantido na Royal Navy. O segundo poderia até ser vendido para um aliado.

A construção do primeiro desses navios, o HMS Queen Elizabeth, que será o maior navio da história da Marinha britânica, deu um passo importante esta semana. Conforme relatado pelo periódico The Telegraph nesta segunda-feira, duas seções do navio de 11.500 toneladas foram unidas e serão soldadas nos próximos dias.

No total, o navio terá 65.000 toneladas, três vezes mais do que classe atual Invincible.

FONTE: infodefensa

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Mauricio R.

O F-35C corre o sério risco de se tornar uma espécie de Le Jaca, operado somente pela US Navy, em que pesem algumas unidades encomendadas pelo USMC ao contrário do F-35B, que terá bem mais usuários.
Tdos os navios de projeção de poder, em construção ou entrando em operação na Ásia neste momento, tem a capacidade de operar a versão V/STOL do F-35.

Almeida

Estão perdidinhos! Mas quisera eu a MB estar perdida assim…

giordani1974

Triste fim da industria aeroespacial inglesa…e não por falta de capacitação, somente por decisões políticas…uma mais equivocada que a outra…e não só com os ingleses, o canadá também jogou no limbo da história a sua prolífica industria aeronáutica…

Vão acabar sem nada. Sem aviões e estão(os políticos) tentando deixar a RN sem NAes…

Marcelo

Mauricio R. disse:
15 de abril de 2012 às 18:55

para falar a verdade, acho que bem feitinho mesmo, vai ficar só o F-35A….porque é bem mais simples que o B, e o C não deveria ser difícil de fazer, mas aposentaram todos os velhinhos da Grumman que projetaram o Tomcat (entre outros mitos da av naval) e agora a coisa está tão patética que nem sabem onde botar o gancho!!!
Saudações.

Marcelo

quanto à indecisão da Inglaterra eu ia dizer que está amis engraçada que o FX-2, mas aí em pensei um pouquinho e….melhor não dizer nada. ô pobreza!!!

Mauricio R.

“…mas aposentaram todos os velhinhos da Grumman que projetaram o Tomcat (entre outros mitos da av naval) e agora a coisa está tão patética que nem sabem onde botar o gancho!!!”

É só falarem c/ o pessoal do SH, que está na Boeing, eles sabem aonde se deve instalar o gancho de parada.

Mauricio R.

O F-35B ganha o favor dos militares britânicos:

(http://www.defensenews.com/article/20120416/DEFREG02/304160002)

giordani1974

Bons Tempos da McDonnell Douglas Corporation…

Ivan

Os ingleses usaram os porta-aviões como navio capital em combate antes dos japoneses ou dos americanos… o ataque a Taranto (11 de Novembro de 1940) foi anterior a Pearl Habor (7 de Dezembro de 1941). Também foram os ingleses responsáveis por significativos avanços nos porta-aviões convencionais, como a pista em angulo (p.ex.). Quando as finanças não permitiram usar os PAs convencionais, novamente os ingleses reinventam o uso de aviões embarcados e criam os versáteis e pequenos porta-harriers, que foram determinantes nas Malvinas/Falklands. Mas agora perderam a mão e erraram feio… Um porta-harrier (ou futuro porta-lightning) é um navio aeródromo mais… Read more »

giordani1974

A Inglaterra é uma Ilha de Páscoa moderna…resguardada as proporções, óbvio…definham a cada dia e tudo por más decisões…o que salva eles ainda é a credibilidade do sistema bancário e os petrodólares lá depositados…

daltonl

Não é “perseguição” Ivan…mas vc há de convir que os britanicos entraram em guerra antes que americanos e japoneses, então usaram o NAe antes, porque mesmo em 1940 a aviação naval britanica era uma “piada” quando comparada ás respectivas americana e japonesa e nem italianos nem alemães possuiam NAes. O que não tira o brilhantismo e a audácia do ataque a Taranto. Dois anos antes, os USSs Lexington e Saratoga não apenas “atacaram” Pearl harbor como também San Francisco com grande sucesso. Um ano antes, em 1939, a US Navy concentrou 4 de seus NAes em manobras que segundo li,… Read more »

Vader

O F-35C tende a ser o mais poderoso dos 3 JSF, com maior raio de combate e maior carga paga.

Em contrapartida, a mobilidade proporcionada pelo F-35B é incomparável.

Decisão difícil. Mas que dificuldade boa hein? 😉

giltiger

O F-35 (variante A ou C) será um jato militar com características de velocidade final e manobrabilidade apenas suficientes que se garantirá firmemente na qualidade de sua suite eletrônica. Já o F-35 B pelas limitações adicionais impostas pelo seu projeto complexo, as limitações decorrentes do pouso pairado vertical e os previsíveis problemas operacionais do equivocado sistema de turbina ventral para o voo vertical em separado ao da turbina principal com apenas um bocal móvel (diferente do sistema do Harrier com uma só turbina com 4 bocais móveis) é um desastre econômico-militar-operacional prestes a acontecer e que matará muitos recursos e… Read more »

daltonl

O recém empossado governo trabalhista em 1965 cancelou o P.1154
o harrier supersonico e também o TSR-2 por causa dos altos custos então não me parece que os americanos foram responsaveis.

Este mesmo governo também cancelou o CVA-01, um NAe que teria dimensoes semelhantes ao CVF de hoje.

Algo similar aconteceu ao “Super Tomcat” e a US Navy teve que se virar com o Super Hornet.