Os destróieres classe ‘Forrest Sherman’
Os canhões dos Forrest Sherman são de 5 polegadas / 54 calibres – ou seja, mais longos que os 5″/38 que equipavam os CTs da USN da época da Segunda Guerra Mundial.
Apesar de serem “só” três torretas, elas prometiam maior peso de fogo do que as três duplas dos Sumner / Gearing da IIGM, pela maior cadência de tiro. Mas, na prática, elas eram um pouco menos confiáveis que as antecessoras.
Os Forrest Sherman foram construídos tendo em vista replicar, com as tecnologias, armas e necessidades dos anos 50, os pontos fortes da classe Fletcher dos anos 40, que foram considerados os mais satisfatórios destróieres da USN na guerra – apesar do armamento mais poderoso e mais espaço para armas antiaéreas, as classes Sumner e Gearing (descendentes do design original dos Fletcher), eram consideradas insatisfatórias em alcance e velocidade, sendo também ainda mais molhadas na proa.
Era um projeto de destróier “de esquadra” (DD) para emprego geral (com ênfase na capacidade antiaérea com armamento de tubo) que visava ser construído em grandes quantidades se uma nova guerra naval de grandes proporções estivesse no horizonte, sendo sua contrapartida “low” o Dealey, praticamente da mesma época, como projeto de destróier “de escolta” (DE) para ser produzido em massa na mesma situação.
Já as escoltas antiaéreas dos Porta-Aviões eram maiores que os Forrest Sherman, e eram chamadas de fragatas. Mais tarde, fragata virou a designação para os DE.
Uma curiosidade: os Charles F Adams, da virada dos anos 50 para os 60 foram uma tentativa de fazer um destróier com mísseis antiaéreos (DDG) no mesmo casco / maquinaria dos Forrest Sherman. Mas o casco teve que ser aumentado para ser realmente efetivo na função. Alguns Forrest Sherman chegaram a receber sistemas de mísseis antiaéreos (substituindo as torretas à ré da superestrutura), mas pelo casco menor não podiam receber mais de um radar de direção de tiro de maior alcance nem o ASROC entre as chaminés.
Em suma, os Forrest Sherman são lindos, mas seu conceito “all gun” tornou-se ultrapassado muito rapidamente, mesmo com os mísseis antiaéreos da época sendo ainda pouco confiáveis .
NOTA DO EDITOR: o texto acima, originariamente, foi um comentário respondendo ao leitor “Guppy” sobre os canhões que equipavam a classe.
Obrigado Galante e Nunão. Post de navios que não têm nada de “quadrado retângulo”. Tinham o DNA dos melhores Destroyers americanos da IIWW.
Abraços aos dois.