Marinha holandesa detona mina submersa na via marítima de Westerschelde
Um navio caçador de minas da Real Marinha Holandesa detonou ontem (16) uma mina marítima na região do canal de Wielingen, a movimentada entrada pelo sul para o estuário de Westerschelde. O explosivo representava ameaça direta à navegação na área.
Na noite anterior, a Marinha recebeu um relatório de um navio pesqueiro que havia içado em suas redes um objeto que parecia ser uma mina, e depois teria jogado-a de volta ao mar. O navio anti-minas HNLMS Willemstad não perdeu tempo em chegar até o local e tentar encontrar os explosivos, que foram localizados e indentificados nesta manhã com a ajuda de sonares. Descobriu-se que a mina era do modelo GC alemão, uma das mais infames da Segunda Guerra Mundial
“Além da mina ser equipada com detonadores acústicos e magnéticos, também tinha um petardo. O que a tornava uma ameaça direta à navegação neste canal tão movimentado”, explicou o comandante do Willemstad, Capitão-de-Corveta Michael Woltman. Após a identificação do armamento, mergulhadores acoplaram uma carga explosiva à mina, que, em seguida, foi detonada em condições controladas. Ainda este mês, o HNLMS Willemstad se juntará à flotinha da OTAN voltada às contramedidas de minagem para caçar explosivos no Mar do Norte.
Livre de minas
A tarefa dos navios de varredura é manter o alto-mar, os litorais, portos e acessos marítimos livres de minas, tanto nas áreas designadas para missão quanto no Mar do Norte. Nessa região, quase toda semana pescadores acidentalmente encontram minas submersas da época da Segunda Guerra. O fato de que, mesmo após meio século, esses explosivos continuam sendo perigosos se tornou evidente em 6 de abril de 2005. Nesse dia, três tripulantes no pesqueiro holandês OD-1 perderam a vida quando uma bomba lançada de uma aeronave nã época da Guerra explodiu no convés da embarcação. Após esse incidente, a Marinha Real Holandesa iniciaou a operação “Cooperação Benéfica”. A procura por explosivos antigos foi intensificada com colaboração da Marinha belga. A idústria pesqueira da Holanda também contribui ativamente sinalizando os armamentos encontrados por acaso e reportando-os à guarda costeira. O explosivo então é desativado pelo pessoal da Marinha.
FONTE: NavalToday