Ecos da Euronaval 2012: a volta dos norte-americanos – parte 1

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Há muito que os navios de superfície encomendados pela Marinha dos EUA não podem ser adquiridos ou mesmo operados por marinhas de médio e pequeno porte. Por este motivo, os estaleiros norte-americanos pouco construíram para exportação nas últimas três décadas.

No entanto, a redução das encomendas da USN e a necessidade de “exportar para sobreviver” fez com que os estaleiros partissem para soluções criativas sem a necessidade de desenvolver navios completamente novos a partir do zero.

Um destes casos é o estaleiro Ingalls, que desenvolveu uma fragata multimissão a partir da classe Legend da Guarda Costeira dos EUA (USGS). O primeiro navio desta classe, o USGS Bertholf, entrou em serviço em 2008 e trata-se de um projeto bastante moderno. A proposta da Ingalls baseia-se do casco das Legend, mas com sistemas de armas e sensores bastante completo.

Além de um canhão de 76mm na proa, a proposta inclui sistema VLS para ESSM, oito lançadores de mísseis Harpoon, lançadores triplos de torpedos, CIWS ou SeaRAM e instalações para um helicóptero de médio porte (11 toneladas) com um convoo com área superior ao encontrado no DDG-51.

Além do projeto citado, no estande da Ingalls havia uma maquete de outra versão do mesmo projeto. Era uma versão mais simples, sem sistema VLS, laçadores de SSM e outros sensores ausentes. Com certeza um projeto muito mais acessível para marinhas sem grandes pretensões.

Segundo o estaleiro, é possível produzir duas unidades por ano (atualmente a cadência é de um Legend por ano para a USGS), sendo que a primeira seria entregue 18 meses após a assinatura do acordo. Trata-se de uma opção interessante para marinhas que procuram escoltas multifunção entra 4000 e 5000 toneladas.

FOTOS E IMAGENS: Forças de Defesa e Ingalls

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Mauricio R.

Design de navio antigo, velho, o convoo deveria alinhar c/ o gio da popa e a chaminé, mto grande aliás, deveria ser bipartida.
O mastro deveria ser deslocado p/ a frente, aonde está, quebra o alinhamento das superfíces.
Os SSM deveriam ficar em um “puxadinho”, a partir da estrutura do hangar.
Sinceramente, c/ um pouco de empenho e boa vontade, dá p/ fazer em cima do casco da Vosper MK-10.
Que apesar de velho, ainda é o melhor design de casco, disponível na MB.

Blind Man's Bluff

Mesmo sem saber nada sobre o pacote de sensores, me pareceu bem fraco como uma embarcação de escolta.

Fernando "Nunão" De Martini

Blind, Não achei fraco, achei competitivo. Apesar de não ser bonito e parecer “sem graça”, tem o essencial que se vê em escoltas por aí, pelo que se vê da maquete: Mastro com radar integrado Míssil antinavio Míssil antiaéreo de médio alcance em lançadores verticais Hangar e convoo para helicópteros médios Canhão de 76mm CIWS Há um pequeno domo de sonar Lançadores triplos de torpedos ASW (aparentemente estão na popa, junto aos lançadores de mísseis antinavio) O comprimento da classe que dá origem a esse projeto é muito parecido com a classe Niterói da MB, mas com boca significativamente mais… Read more »

eduardo.pereira1

Realmente beleza como as Fremm ele nao tem mas nao deixa nada a desejar ,como disse o Nunao, quando comparado ao que se encontra por ae, mas uma gotinha de furtividade deixaria bem mais interessante. Com este mastro e este lançador a Barroso ficaria bem interessante o canhao de 76mm tambem cairia bem e a gota de furtividade é claro.

Blind Man's Bluff

Nunão, contar com os ESSM para uma escolta anti-aérea é pedir muita pra essa plataforma. Ideal seriam os RIM-66 Standard, mas isso também necessariamente pede um pacote de sensores muito mais forte que o que cabem ali.

Hoje em dia quando se fala em Escolta, se fala em multi-missão. Seja ela de suporte a terra, anti-aereo bom e anti-asw pelo menos razoavel.

Essas poderiam competir de frente contra corvetas e fragatas antigas tipo a Perry, mas não contra as atuais fragatas europeias: Sachsen, as De Zeven, as Alvaro de Bazan, nem mesmo contra as FREMM/FREDA (Aster-30).

Fernando "Nunão" De Martini

“Blind Man’s Bluff em 30/10/2012 as 10:09 Nunão, contar com os ESSM para uma escolta anti-aérea é pedir muita pra essa plataforma.Ideal seriam os RIM-66 Standard…” Mas onde eu falei em escolta anti-aérea com Standard? Estou comparando o navio em questão com outros de emprego geral, multimissão, que são equipados com mísseis de defesa de ponto ou pouco mais do que isso (categoria do Mica VL e Umkhonto atualmente) ou mísseis de defesa de área curta, nesse caso sendo Aster 15 e ESSM os principais. Você está falando de outra categoria, que é das fragatas que priorizam a defesa antiaérea… Read more »

Blind Man's Bluff

Sem falar que baseando-se nessa maquete, aquele VLS é mto pequeno para garantir uma capacidade real de defesa.

daltonl

Cada silo do VLS acomoda 4 ESSMs, então meros 8 silos responderiam por 32 misseis, 16 silos por 64, assim por diante.

As fragatas que vc citou estão em outra liga de letalidade e preço, mas,
pensando em marinhas como a Filipina, Tailandesa por exemplo que não podem ter nada mais sofisticado, o projeto torna-se interessante.

Blind Man's Bluff

Nunão, obrigado pela sua resposta, vc tem toda a razão. Quando eu penso em escolta, penso numa formação centrada em “high valuable assets”, no caso um porta-aviões, navios de logistica, navios anfibios e C3. Mas como vc mesmo disso, a padronização por alto é um custo que não cabe a um país aspirante e sim a um veterano como os EUA, UK e Russia e França. Ao mesmo tempo é fundamental que qualquer grupo de tarefa tenha necessariamente entre 3 a 8 “super-fragatas/destroyers” multi-função ou ao menos dedicadas a guerra anti-aerea, baseando-se no conceito de defesa de camadas, cobrindo cada… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Qual a configuração ideal da futura marinha brasileira na opinião dos srs.? Blind, (Em primeiro lugar, longe de mim querer ter toda a razão. Eu quero mesmo é debater) A Marinha do Brasil tem planos para operar 18 escoltas em sua futura “primeira frota” e, depois de equipar esta primeira, eventualmente equipar uma “segunda frota” com esse mesmo número ou um pouco menos. Mas fiquemos com uma frota só, ao menos por enquanto… Penso que, para uma frota de 18 escoltas novas, substituindo paulatinamente as atuais e levando em conta também os planos de construção de novas “Barroso”, o meu… Read more »

Blind Man's Bluff

No caso do Brasil, esqueci de dizer, acredito que nossas atuais escoltas, dado o upgrade aparentemente planejado, ocupariam o lugar dessa fragata americana.

joseboscojr

Blind, Há um programa que visa dar aos ESSMs o dobro do alcance (100 km) e um radar ativo na mesma célula (280 kg). Salvo engano é o ESSM Block II. Interessante nesse projeto é não haver radares de iluminação dedicados, como no outro projeto baseado no LCS Freedon. Ou eles estão pensando já nos ESSMs Block II ou então a “iluminação” será dada pelo radar de varredura eletrônica, que muito provavelmente deverá ser um AESA. Como o objetivo do projeto é cortar custos de desenvolvimento o navio ficou com algumas características da classe Legend, que foi pensada para a… Read more »

daltonl

Concordo com o Nunão… a ambiciosa meta de 18 principais combatentes de superficie, que tivemos durante a década de 90, não será alcançada tão facilmente e provavelmente nova redução ocorrerá nos proximos anos.

Um pequeno reparo na futura constituição da marinha francesa é que as 11 FREMM em construção/projetadas já incluem duas ER, então, a meta é ter 4 navios “antiaereos” 2 Horizon e 2 FREMM, 9 FREMM para uso geral/antisubmarino e as 5 La Fayettes, totalizando 18 principais combatentes de superficie e não 20.

abs

Blind Man's Bluff

Comparando as FREMM-ER com as Horizons, o que vcs opinão sobre a capacidade anti-aerea?