Estados Unidos desenvolvem drone caçador de submarinos
A guerra anti-submarinos sempre foi realizada por capitães atentos que procuravam seus alvos nos mares antes de lançarem contramedidas como cargas de profundidade ou torpedos para abater os inimigos submersos. O trabalho requer habildade e experiência, assim como o que há de mais avançado em sonares e radares. Mas agora o Pentágono pretende desenvolver drones caçadores de submarinos capazes de perseguir o alvo por mais de dois meses.
Em vez de ser lançado ao mar, como os os veículos não-tripulados menores em operação atualmente, o “Veículo Autônomo de Trajetória Contínua” deixará seu ancoradouro, realizará patrulhas ao longo da costa, e então perseguirá submarinos inimigos até que deixem a área. O único envolvimento humano na operação é manobrar o drone em baías movimentadas.
O veículo não terá armamentos, nem evitará ser detectado pelo inimigo. “O desafio é criar e planejar um sistema que seja capaz de rastrear os submarinos e, ao mesmo tempo, evite o tráfego de superfície”, explica John Dolan, principal desenvolvedor de sistemas na National Robotics Engineering Center da Carnegie Mellon University (CMU). A instituição está trabalhando em conjunto com a empresa Science Applications International Corporation (SAIC), dentro de um contrato no valor de 58 milhões de dólares com duração de três anos.
Dolan comenta que a universidade pretende construir algo novo, um veículo “que não desista” independente das intempéries no mar, ou de como o alvo se comporte. “Esse robô estará [no mar] por conta própria durante muito tempo sem intervenção humana. Mesmo que ocorram imprevistos”, explica Dolan.
Expecificações como comprimento, peso e propulsão ainda são desconhecidas. Pesquisadores da CMU estão trabalhando atualmente na autonomia e nos sistemas de controle do drone, enqunto a SAIC constrói a plataforma. O veículo precisa ser capaz de navegar pelo oceano enquanto persegue submarinos, e também enviar dados atuaçlizados aos operadores e comandantes.
De acordo com o Capitão-de-Mar-e-Guerra Bill Sommer, encarregado do do programa de guerra anti-submarina da Naval Postgraduate School, no estado da California, o raciocínio por trás desse tipo de embarcação é simples: dinheiro. “Construir um navio de guerra é um dos empreendimentos mais caros que existem”, afirma. Sommer também aponta que o tamanho da frota está diminuindo com o tempo, e cada navio precisa desempenhar mais tarefas no mar. “É por isso que precisamos de autonomia. Precisamos de mais dados para cobrir a área de forma confiável”, explica.
Segundo informações da Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA) – agência militar responsável por pesquisas em áreas estratégicas – uma vez em operação, o drone caçador de submarinos será capaz de operar por até 80 dias e percorrer 6.200 quilômetros sem reabastecimento.
FONTE: Discovery News (Tradução e adaptação do Poder Naval a partir de original em inglês)
PUTZ!… Quem sabe trocamos nosso nuke por drones? O drone caçador SE aprovado, e tudo indica que o será, vai ser o futuro.
Não dá para trocar Aldo !
Segundo nosso Ministro Celso “Farol de Cancun” Amorin, o SSN destina-se à dissuasão, e este drone para localizar submarinos nem armado será, então de nada adiantará contra os CVNs, LHDs, LPDs,
LSDs, CGs, DDGs, LCSs etc de um certo país aí… 🙂
Se o drone não é armado o que impede o submarino opositor no meio de águas internacionais de despachar seu grupamento de mergulhadores de combate para um exercício de demolição de drone…
Sei não, não achei uma idéia tão boa assim…
daltonl: che, eu entendi esse drone como um elemento de dissuasão também, só que pela sua simples presença navegando e informando, entendendo-se que ele está visceralmente ligado aos subs. Acho que precisamos mesmo é de uma boa e grande matilha de subs convencionais (até mesmo em substituição do nuke) por isso é que acho que uns poucos drones como esse caçador seriam a grande solução. Mesmo porque elementos de defesa ele haverá de ter de sobra, senão ele nada mais é do que um simples alvo para ser mandado ao fundo.
Giba:
Pessoalmente acho o conceito esquisito mas creio que ele deva ter as contramedidas necessárias para esse tipo de hipótese