Estaleiro nacional lança embarcação blindada com características furtivas

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O projeto pioneiro foi desenvolvido pela DGS Defence, que utiliza criatividade, inovação e alta tecnologia em engenharia naval

 

A DGS Defence acaba de lançar a segunda lancha da linha DGS 888 Interceptor, com blindagem e tecnologia stealth (de baixa percepção por radares). A embarcação, produto inédito no país, foi apresentada esta semana a militares e autoridades dos governos federal e estadual, no Iate Clube do Rio de Janeiro.

Detentora da patente do modelo, a DGS Defence investiu na embarcação o que há de mais moderno em tecnologia de proteção balística. Sua cabine é blindada em nível NIJ III (utilizada antes somente em aviões de combate), o que a torna resistente a disparos de projéteis calibres 7,62 mm, e tem visão noturna.

Para garantir alta performance, a propulsão do DGS 888 Interceptor é feita por três motores de popa Evinrude que juntos geram 900 HP, permitindo velocidades superiores a 50 nós. O casco é fabricado em copolímero de etileno, plástico de engenharia de alto peso molecular – material também empregado em coletes a prova de bala e na blindagem de viaturas de combate –, o que oferece a essas embarcações extrema resistência a situações adversas.

Com foco em sustentabilidade, a DGS desenvolveu essa embarcação com materiais 100% recicláveis. A cabine, de alumínio, e seu casco podem ser totalmente reaproveitados. Além disso, durante o processo de fabricação, os resíduos do corte são aspirados, ensacados e enviados para empresas de reciclagem. No processo de produção, não são gerados ruídos acima de 80 decibéis, gases, fumos nocivos nem contaminação de água.

“Desenvolvemos uma nova geração de lanchas militares para o Brasil. Não existe similar no país. É uma grande conquista da equipe da DGS, que levou quase um ano para desenvolver o projeto do DGS 888 Interceptor”, explica Abilio Di Gerardi, fundador e presidente do estaleiro DGS Defence.

 

Sobre a DGS Defence

A DGS Defence é um estaleiro carioca dedicado a projetos e construção de embarcações militares, com o uso de alta tecnologia em engenharia naval. Cada lancha DGS é um projeto exclusivo, desenvolvido a partir das necessidades e características especiais de cada missão.

“Criamos uma nova geração de embarcações militares para o governo brasileiro, baseada em inovação tecnológica, desenvolvimento de novos materiais e alta tecnologia naval”, afirma Abilio Di Gerardi, presidente da DGS Defence. “Todas as embarcações tem alta resistência durante a operação – são insubmergíveis e utilizam materiais incombustíveis na sua fabricação, além de oferecer economia operacional, com custo de manutenção extremamente baixo”, explica Abilio Di Gerardi.

Fundada em 1998, a DGS Defence desenvolveu e detém a patente das embarcações tubulares rígidas híbridas (Extreme Hull – XH®). Também possui vários atestados de capacidade técnica de seus clientes, entre os quais Marinha do Brasil, Odebrecht e OceanPact, além de ser homologada pela Marinha do Brasil. E é o único estaleiro do país que produz um modelo de lancha de interceptação e patrulha blindada, de alta velocidade e com sistema de baixa assinatura radar (tecnologia stealth), a DGS 888 Interceptor.

Entre outros modelos de sua linha de produção, destacam-se: a DGS 600, que tem capacidade de transportar até oito tripulantes, possui motorização de 115 a 200 hp e suporta até 1.100 kg de carga, e a DGS 750, com capacidade de transportar até 11 tripulantes, motorização de 150 a 400 hp e capacidade de suportar até 1.520 kg de carga. Todas tem casco extreme hull – podendo ser arrastadas sobre qualquer superfície, como pedra e areia –, e são insubmergíveis e não pegam fogo.

FONTE: Madiba Comunicação

FOTOS: DGS Defence

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Giordani RS

“…e tecnologia stealth…”

Hã???????

MO

sera que alguem vendeu a ideia que os malacos dicam plotando as embarcações dos DEPOM/NEPOM da vida com radares e empurrou esta “ideia” pros caras ?

Facilidade para abordagem/transporte de equipe para isso não me ficou muito clara … penso que isso seria mais importante, alem de blindagem, claro …

Daglian

Não sou nenhum especialista em engenharia naval muito menos em tecnologia stealth, no entanto, embora eu perceba um certo tratamento furtivo na embarcação, basta olhar para sua traseira para perceber que ela não é assim tão “stealth”. Os três motores expostos desta maneira devem provocar uma detecção muito fácil devido às suas posições, e ao calor e ao ruído gerados por eles. Além disso, o policial ou militar posicionado tal como na imagem, creio eu, contribuiria também para facilitar a detecção da embarcação. Assim, continuo sem entender exatamente o propósito desta embarcação ser stealth… Ora, se for principalmente combate ao… Read more »

aldoghisolfi

Apesar da embarcação não ser lá tudo o que o artigo apregoa (stealth com exposição de 900hp na culatra?!), fico muito contente por termos a possibilidade de contarmos com um meio que possa substituir com vantagens as lanchas colombianas e não sei qual a outra que as FFAA e a Polícia Federal queriam adquirir.

Daglian

aldoghisolfi,

Essas lanchas não substituem as lanchas colombianas de maneira alguma. São totalmente distintas.

Requena

Daglian

Pensei a mesma coisa. Acredito que essa é uma lancha patrulha pra ser utilizada por Polícias e Capitanias dos Portos.

Já as lanchas colombianas apesar de serem “lanchas patrulha” são lanchas com “cara de combate” mesmo.

Aqui um link sobre elas: http://fdra.blogspot.com.br/2011/04/guerra-fluvial-lancha-patrullera-de-rio.html

aldoghisolfi

Daglian e Requena: realmente, são muito distintas inclusive qunato à utilização. Compara: Misión Lancha Patrullera de Río [LPR] + Características Generales de la LPR-40 [pies] e suas Capacidades Operativas y de Vigilancia. Grosso modo, e me expliqum onde erro, vejo essa nossa, pequena mas mais eficiente, a começar pela potência instalada e disponível (900hp x 503 bhp). Não é uma lancha “cara de combate”, não sendo isso o que se propõe. Aliás, uma melhor apreciação das características da lancha colombiana mostra que todo o tamanho dela é para uma tripulação de 4 homens e não fala na capacidade de transporte… Read more »

adrianobucholz

E agora contrabandista tem radar ? ? ? ?????

Requena

aldoghisolfi

Elas podem não prever transporte de tropas, só que o poder de fogo delas é maior que o da “nossa”.

Te garanto que a Marinha prefere encarar as FARC(citando um exemplo de possível inimigo no teatro amazônico) usando uma LPR40 do que a DGS 888…

No mais tá ai uma boa sugestão de pauta para as próximas revistas Forças de Defesa…

aldoghisolfi

Positivo, Requena! Mudei de opinião e concordo contigo, porque realmente é assim.