Estaleiros do Rio se juntam de olho nas rodadas do pré-sal

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Com R$ 70 milhões para investir, Mac Laren e Rio Nave formam consórcio

 

Lançamento do navio Sérgio Buarque de Holanda no Estaleiro Mauá.

Bruno Rosa

vinheta-clipping-navalApós a presidente Dilma Rousseff ter autorizado a 11ª rodada de licitações de campos de petróleo, para maio deste ano, dois dos mais tradicionais estaleiros do Rio decidiram juntar suas forças, de olho em novas encomendas. O Mac Laren Oil e o Rio Nave, ambos na Baía de Guanabara, anunciam nos próximos dias a criação do Consórcio Rio de Janeiro.

O consórcio nasce com cerca de R$ 70 milhões para investir e mais de 3,2 mil funcionários. Gisela Mac Laren, dona do estaleiro, fundado em 1938, diz que há muitas oportunidades para o setor de óleo e gás. Hoje, segundo o Sinaval, o sindicato que reúne as empresas do setor naval, há outros nove estaleiros em construção.

Atualmente, diz o Sinaval, há 367 embarcações sendo construídas no país. Segundo Ariovaldo Rocha, presidente do sindicato, há a perspectiva de que as encomendas aumentem ainda mais nos próximos dez anos, elevando o número de empregos dos atuais 62 mil para 100 mil até 2017.

– As rodadas são uma oportunidade de crescimento para o setor. E a criação do consórcio visa a capturar isso. Já iniciamos a ampliação do cais e a modernização das instalações. A união com a Rio Nave é importante, pois vamos ter um setor aquecido daqui para frente, com a exploração e a produção de petróleo e gás. Com as regras de conteúdo local do governo, há muita demanda – disse Gisela.

Pelo acordo assinado, o espaço do Rio Nave, fundado em 1886 e comandado por Mario Ouro Fino, será usado para a construção dos cascos. Já o cais da Mac Laren será destinado à integração e ao acabamento das embarcações.

– Os dois estaleiros são complementares. As conversas para a criação do consórcio começaram há seis meses – destacou Gisela.

As duas companhias pretendem concentrar a sua atuação na construção de embarcações de apoio e disputar o projeto das sondas de perfuração para o pré-sal. Assim como outros estaleiros do país, o consórcio tem como parceira tecnológica a sueca GVA, subsidiária da americana KBR.

– As sondas de perfuração (28, encomendadas pela Petrobras) para explorar o petróleo no pré-sal formam o principal projeto hoje do país – explica Gisela.

Para fortalecer o setor naval do Rio, o governo do Estado do Rio também está construindo, por R$ 250 milhões, um polo de navipeças em Duque de Caxias. O objetivo é atrair investimentos privados de R$ 1,5 bilhão e gerar cinco mil empregos.

FONTE: O Globo, via resenha do EB

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