50 anos da ‘Guerra da Lagosta’
O governo brasileiro enviou ontem cinco navios da Marinha para patrulhar o litoral de Pernambuco.
A ação visa defender a região contra as embarcações francesas tripuladas por pescadores de lagosta e contra o Tartu, navio de guerra da França destinado a proteger os lagosteiros. O Brasil tenta surpreender os franceses, que devem chegar às águas sul-americanas nos próximos dias.
A decisão, tomada com o alto comando de Marinha, Aeronáutica e Exército, teve apoio do presidente João Goulart, que ainda espera uma saída diplomática para o caso.
Nota publicada pelo jornal Folha de São Paulo em 25 de fevereiro de 1963
FONTE: Folha de São Paulo
Prezado Poggio,
Sinto falta daquela matéria especial sobre a Guerra da Lagosta, de sua autoria, que havia aqui no Poder Naval e que foi retirada. Se o amigo pudesse disponibilizar novamente os frequentadores deste Blog ficariam muito bem informados dos desdobramentos e acontecimentos deste episódio.
Abraços
tambem gostaria de saber dessa materia.
Lições do passado para serem aplicadas no presente: um país sem meios de patrulha costeiros adequados sofrerá invasões de outros países. Parece que ainda não aprendemos a lição…
SDS.
O episódio recebeu o nome de “Guerra da Lagosta” em razão do objeto de disputa entre as nações envolvidas.
Entretanto, se fosse considerado o nível de discernimento do governo de um desses contendores sobre os temas de defesa, deveria ser lembrado como “Guerra do Camarão”.
Quem quiser saber mais é só comprar o livro, A Guerra da Lagosta, é muito interessante o desfecho do episódio.
Há um incidente ainda menos conhecido, que foi o da Canhoneira Panther. Em 1905, Henrique Wolland desertou da canhoneira alemã SMS Panther e soldados alemães desembarcaram no litoral de Santa Catarina, com ordens de encontrá-lo e prendê-lo, em uma clara violação de soberania. Mesmo ameaçado com um conflito bélico com o Império Alemão. Rio Branco não se intimidou chegando a considerar enviar navios da Armada para meter a pique a Panther, conforme dito em telegrama a Joaquim Nabuco. O incidente terminou com um formal pedido de desculpas emitido pelo chanceler alemão, e a demissão do comamdante da Panther. Mas foi,… Read more »
Aliás, as encrencas da Panther não param por aí: ela se envolveu em outro incidente no Marrocos em 1911, chamado “crise de Agadir”.
Se perguntarem para o nosso antigo presidente semianalfabeto aonde foi que aconteceu a Guerra da Lagosta é capaz dele dizer que foi na terra do Bob Esponja. Bom, mas como hoje a França é nossa aliadíssima, amissíssima e parceríssima aliada estratégica, nós podemos dormir tranquilos que além deles nunca mais tentar nos atacar, se aparecer algum outro país malvado querendo nossa lagosta os franceses virão até aqui nos defender. Então, gastar dinheiro comprando meios para nossa Marinha para quê? Não precisa mais não. Vamos gastar é com a Copa do Mundo mesmo.
Nas relações internacionais nãoexiste amizade e sim interesse… essa é a melhor lição da Guerra da Lagosta, lição esta que acreidto válida até hoje.
Aliás, se eu não estiver enganado, o Foch (R99) serviu de navio de apoio as operações francesas naquele evento.
SDS.
Era o Clemenceau
No dia 11 de fevereiro de 1963 partiu de Toulon (França) um Força-Tarefa capitaneada pelo navio-aeródromo Clemenceau. Acompanhando o navio-aeródromo seguiam o cruzador De Grasse, os contratorpedeiros Cassard, Jaureguiberry e Tartu (classe T53), as corvetas Le Picard, Le Gascon, L’Agenais, Le Béarnais, Le Vendéen (todos classe T52), o navio-tanque Baise e o Aviso Paul Goffeny . A princípio, deveria ser somente mais uma comissão pela costa oeste da África para mostrar bandeira e realizar exercícios de rotina.
Parágrafo extraído do texto “Operação Lagosta – a guerra que não aconteceu (2ª parte)”, publicado pelo Poder Naval em 2007
Isso mostra a importacia de Forças Armadas fortes, preparadas e com armas nucleares a disposiçao. Lembrando que a imprensa francesa lembrava que tinham a França tinha a disposiçao armas nucleares.