Com redução de encomenda de FREMM, França pensa em novo navio menos capaz
Segundo reportagem do site Defense News, devido ao corte nas encomendas de fragatas FREMM, em redução que foi revelada pela última edição do Livro Branco de Defesa da França, poderá haver o desenvolvimento de um novo navio de combate, de menor capacidade.
O Governo Francês, ao invés de comprar onze fragatas multimissão FREMM da DCNS, vai adquirir oito (ou mais) unidades. Seis deverão ser da versão antissubmarino e duas da versão antiaérea, sendo que estas últimas ficarão para o final da encomenda.
Para manter trabalhando o escritório de projetos da DCNS localizado em Lorient, no Oeste da França, há conversações programadas para 2015 ou 2016, referentes a contratos de desenvolvimento de um futuro navio de combate. Este será um navio de menor capacidade do que a FREMM, planejado para depois de 2020, segundo a reportagem.
Quanto a submarinos, os seis modelos nucleares de ataque da classe “Barracuda” receberam o sinal verde. Porém, a entrega do primeiro deles deverá ser atrasada.
FONTE: Defense News (tradução do Poder Naval a partir de original em francês)
NOTA DO EDITOR: este é apenas um dos assuntos tratados por extensa reportagem do Defense News (clique no link para ler o original em inglês), que destacava a encomenda de drones Reaper pelos franceses e a questão do caça Rafale ser prioridade frente à modernização dos jatos Mirage 2000D. Esses outros assuntos são temas de matérias no Poder Aéreo.
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Alguém pode me explicar porque estes navios, e outros ingleses, possuem os painéis todos enrugados, parecendo que são feitos de papel e não de aço? O aspecto é horrível, de produto mal acabado, e deve ser ruim para o RCS, não?
Almeida…
todo navio é feito de chapas, nesse caso, de aço que são soldadas e dependendo da iluminação aumentam esse aspecto “de papel”, que vc
mencionou, mas é normal para navios de todas as nações.
abs
E afinal, a MB vai comprar essas FREMM?
A quantas anda o programa de aquisições da MB? Ta igual ao FX2?
Alguma previsão? To por fora.
Pois é, esta completamente parado, não falaram mais nada. Tem propostas inglesa, alemã, italiana, francesa, coreana e espanhola. Nada de cronograma de escolha. A princípio ainda continuam sendo 05 escoltas na faixa de 6000 toneladas, 05 navios de patrula oceânica, na faixa de 1800 ton, e um navio de apoio logistico, sem que as aquisições dos navios de patrulha oceânica tenham interferido na compra de mais 05. Outra coisa que não se falou mais foi do escândalo envolvendo altos funcionários do governo italiano e o ex ministro Jobim, em uma pretensa propina caso ocorresse a aquisição das FREMM italianas (que… Read more »
Colombelli,
Obrigado pela explanação. Quanto as NaPaOc compradas de Trinidad, compramos somente os navios ou o projeto também? Ou seja, temos licença para produzir localmente outros modelos?
Digo, outras unidades?
Quanto ao Prosuper, algum candidato dito favorito?
A MB tem tradição de comprar navios ingleses mas o lobby da DCNS hoje é o mais forte.
Eu acho que este tipo de noticia pode trazer reflexões para a MB. O que esta sendo dito ai em resumo é que em função dos custos elevadíssimos de um navio de guerra moderno, mesmo uma fragata, somado a isto o atual momento militar da primeira metade do século, de conflitos irregulares e /ou de baixa intensidade, que a Marinha da França precisa de um navio mais simples se não quiser ficar reduzida a menos de uma dúzia de escoltas. Isto acontece também no poder aéreo seja hoje ou no passado. Quando se descobre que um caça ficou caro demais… Read more »
A marinha francesa já tem o seu navio de menor capacidade (para usar a nomenclatura da matéria) e é a La Fayette.
Agora se a DCNS pretende projetar um navio de menor capacidade, podemos supor que é algo entre uma La Fayette e uma Freem.
A La Fayette tem deslocamento de 3,5t, contra 5,8t da Freem. Se pensam em algo aí por volta das 4,5t posso chutar que simplesmente a França não vai comprar! Pra quê ter um navio deste tipo se você já tem os dois citados na matéria?
Correção: onde escrevi “os dois citados na matéria”, leia-se: “os dois que citei”.
Sempre pensei que as FREMM fossem Fragatas multimissão. Agora estou lendo: Fragatas FREMM antiaéreas e Fragatas FREMM antissubmarinos.
Afinal elas são multimissão ou especializadas ?
Bom…se for considerado que a La Fayette foi comissionada em março de
1996, ela estará chegando ao fim de sua vida em 2026, depois de 30 anos
de serviço, então os requisitos e o orçamento para uma classe substituta deverão estar nos planos muitos anos antes.
Ernani,
Se ela operar o ASTER 30 eles chamam de multimissão antiaérea, se ela operar o ASTER 15 é só multimissão mesmo.
rsrsrssss
Quanto ao termo multimissão, as variantes são capazes de cumprir várias missões, mas ainda assim foi planejado uma ênfase numa ou outra missão, seja nas FREMM italianas ou francesas Por exemplo, na popa do modelo francês com ênfase na guerra antissubmarino, há um compartimento para abrigar um sonar rebocado. No modelo italiano de emprego geral, se não me engano, esse espaço é ocupado por uma doca para lançar lanchas rápidas. Já a futura fragata FREMM francesa com ênfase em defesa aérea terá um mix de mísseis mar-ar Aster 15 (médio alcance) e Aster 30 (longo alcance) nos seus lançadores verticais,… Read more »
Já quanto aos novos navios de menor complexidade, um chute é que, a princípio, serão complementares às atuais “La Fayette” e, depois, substitutos para a classe. Faz mais sentido pensar num deslocamento parecido com o da classe “La Fayette” ao invés de algo intermediário, o qual não significaria, talvez, uma grande redução em complexidade e custos em relação às FREMM, a não ser que se pense a princípio em navios inicialmente bem “pelados” para depois receber mais armamento. Mas, para isso, bastaria cascos de FREMM com menos equipamentos sofisticados… Mas deve-se levar em conta que um dos fatores que levam… Read more »
Obrigado a todos pelos esclarecimentos.
Uma dúvida. Caso o Brasil escolha adquirir uma “FREMM”, qual seria a melhor proposta? a francesa ou a italiana? E a diferença de custo de aquisição e manutenção são grandes?
Alguém poderia me esclarecer. obrigado.
Eder, os franceses argumentam que a propulsão das suas é menos complexa que a das italianas (sim, há diferenças entre elas). Já os italianos argumentam que as suas são melhor armadas. Na verdade, a configuração final é a gosto do freguês, embora desvios mais profundos em relação ao que já se produz originariamente num e noutro país impliquem em custos. Creio que o que acabe fazendo pender para uma ou outra (ou mesmo para ofertas de outros navios de outros países) esteja muito menos em questões técnicas e mais de cooperação industrial, offsets e escolha política. Então não creio que… Read more »
A propósito das duas FREMM, o comentário há época que surgiu o programa de superfície era que a proposta italiana era a favorita em vista de todas, mas ai os senhores Tarso Genro e lula, contrariando uma decisão do STF, e querendo salvar um “amigo e companheiro”, o terrorista Batisti, negaram a sua extradição, e os atritos com a Itália puseram tudo a perder. Hoje o Batisti está ocupando um cargo comissionado não recordo onde.
Caro amigo Colombelli, em resposta a sua pergunta eu li no Estadão que o Battisti mora aqui em São Paulo em um apartamento cujo fiador é o Suplicy.
Ps: Eu gosto desse blog porque os leitores aqui muitas vezes esclarecem até mais que os artigos, fico até com vergonha de comentar alguma coisa kkk
Obrigado Nunão…
A modernização da Barroso parece que vai sair mesmo do papel, porém as Inhaúma’s estão em processo de modernização com casco “velho” e equipamentos novos, não sei quanto aos sistemas de armas/radares.
Quanto ao PROSUPER, acho que a marinha só escolherá um projeto com a transferência de tecnologia e a idéia inicial eram das escoltas serem produzidas aqui no Brasil com perceria de alguém lá de fora.
Por um lado, aos poucos a MB está criando uma doutrina de construção militar naval, com a produção dos Npa’s 500 e NHoFlu em estaleiros privados.
nain, nao tem enhauma em processo de modernizassaum naum …
As Inhaúma parece que estão em processo de “enferrujação” sem perpectiva de volta, pelo menos por enquanto….
Grande abraço
“…os franceses argumentam que a propulsão das suas é menos complexa que a das italianas…” Porém mais lentas. As duas combinam 1 (uma) turbina GE/Avio LM 2.500 (sim, aquela americana da General Eletric) com 2 (dois) EPM (Eletrical Propulsion Motors) Jeumont e quatro geradores diesel, MAN na francesa e Isotta Fraschini (mais potentes) na italiana. Mas a diferença principal está no arranjo da propulsão: – A versão francesa é CODLOG – COmbined Diesel eLectric Or Gas, com velocidade final de 27 nós; – A versão italiana é CODLAG – COmbined Diesel-eLectric And Gas, com velocidade final de 30 nós. Para… Read more »
Outro PDF interessante, este específico das versões francesas e italianas da fragata FREMM:
http://www.acabiz.com/library/pdf/The-FREMM-Architecture-a-first-Step-towards-Innovation-261.pdf
Outro detalhe interessante para pesquisar.
As novas turbinas navais da General Eletric LM 2500+G4, a mais recente versão, estão entregando até 47,370 shp (ou 35,320 kW).Bem mais que as mais antigas usadas nas Inhaúma (23,000 shp) e na Barroso (27,490 shp).
As LM 2500 utilizadas pelas FREMM são da nova versão G4, entregando algo em torno de 42,900 shp (ou 32.000 kW)
Off topic,
de vez em quando também , quando oportuno, abrir o Forças Terrestres, tem uma turma que fala e não tem oposição, tá fácil pra eles.
Sei não daltonl, os navios norte americanos me parecem bem mais lisos. Será que as chapas de aço norte americanas são mais grossas ou de melhor qualidade que as européias?
E sim, que venham 5 fragatas de 6000t no PROSUPER e que sejam acompanhadas por pelo menos mais 5 corvetas “improved” Barroso tirando aquele pesado canhão de 114mm na proa por um Super Rapid de 76mm, mísseis AA VLS de defesa de ponto como Barak, Umkhonto ou similares, uns 8 mísseis sup-sup modernos como o RBS-15, NSM, Exocet block 3 ou similares e sensores mais modernos.
Uma MB enxuta porém muito capaz.
Almeida…
tive a oportunidade ver alguns AB de perto e os cascos não são assim tão lisos como vc pensa. Inclusive em alguns locais algumas chapas foram retiradas e outras um pouco mais grossas colocadas devido a problemas de empenamento sem falar que existem algumas barras verticais ao longo do casco para fortalecimento e são visiveis em fotos também.
exemplo , ver o post do ZP da transpetro, observar a ré da superestrutura, como por exemplo