Pentágono fecha contrato para robôs submarinos coletores de dados
A Teledyne Brown Engineering receberá do Pentágono cerca de US$ 6 milhões para projetar, construir, testar e entregar o LBS-G (Littoral Battlespace Sensing Glider).
O planador submarino terá baixa assinatura, alta persistência e capacidade de caracterizar as propriedades do oceano que influenciam a propagação sonora, possibilitando fazer previsões de desempenho acústico para sonares e armas submarinas, dentro de áreas litorâneas de interesse.
A US Navy já vem testando modelos concorrentes de gliders (AUV – veículos subaquáticos autônomos) há algum tempo. Os AUV são pequenos robôs submersíveis, que navegam autonomamente por meses ou até anos, só emergindo quando precisam atualizar sua posição por GPS e enviar seus dados via satélite.
Eles são considerados planadores porque não usam hélices para se movimentar. Ao invés disso, eles alteram sua flutuabilidade, numa solução simples e elegante, que consome pouquíssima energia.
Para se deslocar, o AUV utiliza uma bomba para injetar ou retirar óleo de uma bexiga localizada na parte alagada do casco. Para subir, ele enche a bexiga, deslocando água e aumentando sua flutuabilidade; para descer, ele esvazia a bexiga. Para alterar o rumo, enquanto sobe ou desce, os AUV mudam seu centro de massa, deslocando a posição das suas baterias. Um par de asas fixas converte parte do deslocamento vertical em movimento horizontal, fazendo com que o planador siga a trajetória requerida.
Os AUV são semelhantes em termos de design a um torpedo com asas, construídos em alumínio, com casco de cerca de 1,5 a 2 metros de comprimento, abarrotados de sensores, baterias e eletroeletrônicos.
A US Navy planeja adquirir 154 gliders para coletar dados sobre correntes oceânicas e propriedades acústicas que podem afetar sonares em operações militares.
[…] NOTA do BLOG: o USNS Impeccable (foto abaixo) é um dos cinco navios do Military Sealift Command equipados com um sonar passivo rebocado de longo alcance (towed-array sensor system – SURTASS), que aumenta consideravelmente a capacidade de guerra anti-submarino da US Navy. A missão do SURTASS é recolher dados acústicos do oceano e, através de equipamentos eletrônicos a bordo, processar e proporcionar uma rápida transmissão de informações via satélite às estações em terra, para avaliação e análise tática. Clicando-se na foto menor, é possível ver um homem na borda do navio chinês, com uma vara, tentando “pescar” o cabo… Read more »
Prezado Galante Obrigado pela resposta, mas as baterias de vante podem girar e, se o CG delas não for concêntrico ao centro de giro, ela mudará a banda (roll), mas isso, até onde eu posso entender, não altera o rumo. Não aparecerá, devido à banda, nenhum esforço que provoque a mudança de rumo. Como as asas são do mesmo tamanho, mesmo com banda os lifts serão iguais. Já no leme de ré, como é maior na parte superior que na inferior, aparecerá um lift maior na parte superior, provocando uma elevação da popa, ou seja, provocando um trim, mas nenhum… Read more »
Ah. Já entendi… era melhor usar o lelho leme hehehehe
Mas o da foto inferior parece usar leme
Submarinos. Sempre eles!
Link meio fora do tópico, mas que suscita o sempre louvável estudo da história:
http://www.youtube.com/watch?v=KdytwjZXt_Q
Uma pergunta: como é que se procura um dispositivo destes? Como *caçar* um deles?
Pelo post imagino que um métodfo seria rastrear a comunicação com o GPS. É possível isso?
Castor, o leme do AUV é fixo. Na proa existe outro conjunto de baterias que se move, fazendo o giro longitudinal (roll).
A idéia é muito boa, perfeita.
Parece-me que existe um erro no post. Quando é dito “Para alterar o rumo, enquanto sobe ou desce, os AUV mudam seu centro de massa, deslocando a posição das suas baterias.” O deslocamento da bateria central muda o trim, ou seja, o ângulo de mergulho. A correção do rumo é feita pelo leme de ré ou, alternativamente pelo posicionamento das asas.
Forte abraço
Seria muita coincudência se um “peixinho desses” aparecer no entorno da base de ALCÂNTARA, como aquela bóia e o drone.