IstoÉ: Gripen NG é o novo caça brasileiro
Avião sueco desbancou propostas dos Estados Unidos e da França e foi escolhido pela presidenta Dilma. Disputa se arrastava desde 1998
–
Contrariando as especulações em torno das propostas americana e francesa, a presidenta Dilma Rousseff escolheu o caça sueco Gripen NG, da Saab, como opção final do programa FX-2. Fontes militares e diplomáticas confirmaram à ISTOÉ com exclusividade o resultado oficial, que será divulgado às 17h em coletiva de imprensa pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, e o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito.
A opção pelo jato sueco era a última entre os três finalistas, uma vez que o avião está em desenvolvimento e ainda não foi provado em combate. O Rafale, da francesa Dassault, preferido do ex-presidente Lula, acabou rejeitado por Dilma por conta do alto preço de contrato e custo de manutenção. Já o F-18, da Boeing, preferido da FAB, tornou-se uma opção política inviável depois do escândalo de espionagem da agência NSA americana.
O anúncio põe fim a um processo que começou em 1998, ainda no governo Fernando Henrique, e foi sucessivamente adiado. Passou por reformulação durante a gestão de Lula, seguindo as diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa, e acabou nas mãos de Dilma. O contrato da Saab prevê transferência de tecnologia e nacionalização progressiva. Inicialmente serão adquiridos 12 caças, num total de 36, ao custo de aproximadamente US$ 4 bilhões.
Avaliação técnica
A opção pelo Gripen NG considerou uma detalhada avaliação técnica da Copac, a Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate da FAB. Um dos aspectos que mais pontuaram na concorrência foi a promessa de que a aeronave seja totalmente fabricada no Brasil. O baixo custo e a praticidade também pesaram na escolha. O computador de bordo do Gripen é muito mais simples que o dos demais, o que facilita a integração de diferentes tipos de armas. O míssil ar-ar A-darter, produzido pela Mectron, é um desses equipamentos.
A África do Sul, inclusive, já opera o A-darter no Gripen JAS-39 e tem obtido sucesso nos testes. Na balança do poder geopolítico, o caça sueco se diferencia pela baixa dependência tecnológica das grandes potências. O único ponto negativo é justamente o fato de o Gripen NG ser um protótipo, o que deve adiar a pretensão brasileira de operar um caça de quarta geração no curto prazo. No dia 31 deste mês, os Mirage-2000 serão aposentados definitivamente. Enquanto isso, a defesa do espaço aéreo brasileiro será feita pelos F-5 modernizados. Uma solução paliativa, mas a única possível após tantos adiamentos.
FONTE: ISTOÉ (reportagem de Claudio Dantas Sequeira)
NOTA DO EDITOR: as imagens que ilustram a matéria são um convite aos leitores para discutirem, neste post, a possibilidade da Marinha do Brasil também adotar o Gripen no futuro, numa eventual versão naval (Sea Gripen) a ser desenvolvida, caso seja confirmada a escolha do Gripen no F-X2 da FAB.
VEJA TAMBÉM:
- Saab apresenta o caça Sea Gripen na NAMEXPO 2013
- Saab Sea Gripen é destaque na LAAD 2013
- Saab Sea Gripen é destaque na LAAD 2013 – parte 2: visita do comandante da MB
- Desenvolvimento do ‘Sea Gripen’ depende de interesse externo
- ‘Sea Gripen’ para Índia e Brasil
- Saab vai instalar data-link no porta-aviões tailandês ‘Chakri Naruebet’
- Modernização da esquadra: o contra-ataque francês
Se for, era o que eu queria. O mais barato de manter, o que podemos ter em quantidade para substituir a frota de F-5 e A-1. Fico na torcida para daqui a pouco.
Pena que demorou demais. Agora é arregaçar as mangas e trabalhar para que quando começarem a chegar, encontre um ambiente totalmente preparado.
Que sejam vindos e tenham uma excelente folha de serviço na FAB.
O site do O Globo fala que a compra foi fechada por US$ 4,5 bi. Isto parece indicar que o Gripen foi mesmo o escolhido.
Agora, se o que dizem é que a opção da FAB era pelos F-18, e o Brig Saito tiver confencido a gerenta a não ficar de birra com usamericanus, não me espantaria que se a quantidade tiver sido reduzida para uns 24 F-18 ao invés de 36…
Mas do jeito que essa gente é, deve ter dado Gripen mesmo.
Torço para que faça história na FAB, como seus antecessores!
Bem, torcia pelo Vespão… Mas é melhor um Gripen em Anápolis que um FX voando…
Se for Gripen, a participação brasileira seria assim:
http://i267.photobucket.com/albums/ii309/akivrx78/gripen_ng_br.jpg
E os EEUU não foram de todo derrotados…
Ozawa,
Os EEUU não foram nada derrotados e se for confirmada realmente a opção pelo Gripen E/F, isso vai impactar até mesmo no preço dos SH… e a cadeia logistica dos motores vai ser ampliada.
Agora sobre a tal participação Brasileira, acho que essa que você postou já deve estar bem alterada, temos que levar em conta a participação Suíça.
Resando. 🙂
Sobre a NOTA DO EDITOR:
– Minha sujestão é bem simples: façam o A-12 São Paulo de ALVO para os novos caças… imaginem o mega recife artificial que essa banheira se tornaria. A falna marinha e nossos bolsos agradecem, é melhor afundar essa vergonha de maneira mais construtiva.
Sds.
Caros Se o Gripen utiliza motor americano, ele também é bom negócio para os americanos. Eles não iriam fornecer uma planta de motor estratégico (que por sinal, é o mesmo do f-18) se não tivessem interesse no desenvolvimento do avião. O caça sueco também era o único Mach 2, opera sistemas de ponta e é capaz de fazer frente a Typhoon e Rafale na arena ar-ar. É bom lembrar que a NG virá com motor mais leve e mais potente. A assinatura posterior da índia (encorajada pela decisão brasileira), pode impulsionar a adesão ao programa Sea Gripen em triangulação com… Read more »
ninguém ao vivo nessa coletiva?????
Marcos,
Tenta a NBR.
Agora é oficial:
http://www.saabgroup.com/en/Air/Gripen-Fighter-System/Gripen-for-Brazil/
Ninguem ao vivo nessa coletiva.isso so demonstra o grande interesse que o assunto defesa nacional tem para as grandes redes de TV.Lamentável!
infartei
NBR transmitindo
Gripen NG: vencedor
Nunão
Grato. Tô lá!!!
A plateia esta com muitas pessoas
Se havia a opção pelo F-18, os únicos culpados são os próprios EUA.
Falaram ai em um avião de 5ª geração.
Embraer, principal contratante!
Amorim já pode mudar de nome: sabão!
Estou de saída.
Preciso ir a um hospital porque estou infartando com esta notícia.
Pensem num gordo que está feliz.
Cade o mestre yoda?
“O caça sueco também era o único Mach 2, opera sistemas de ponta e é capaz de fazer frente a Typhoon e Rafale na arena ar-ar. É bom lembrar que a NG virá com motor mais leve e mais potente.” Observações razoáveis. Mas agora que a coisa está resolvida, e podemos debater de forma mais, digamos, desapaixonada, minha questão é a seguinte: o Rafale (que teria sido minha escolha), seria uma boa opção para a FAB? Não podemos deixar de considerar, por exemplo, o fato de que o grupo francês M88E é considerado mto avançado (embora tenha aspectos ainda não… Read more »
Bitt, O SPECTRA não é melhor nem pior que o dos outros concorrentes. A Dassault é que sempre soube aproveitar esse nome pomposa para vender seu produto. A suíte defensiva do SH tem um nome feinho e pouco chamativo (IDECM) mas que é tão ou mais capaz que o SPECTRA. A diferença maior, pró Rafale, é que o SPECTRA conta com um sistema de alerta de aproximação/lançamento de mísseis, e o SH não conta com este recurso, que é mais usado para a defesa contra mísseis portáteis guiados por IR. Numa situação provável de operar a baixa altitude numa área… Read more »
Só pra complementar, dizia-se que o SPECTRA era capaz de prover o tal do “cancelamento ativo”, que é a capacidade de fazer o caça ficar “invisível” aos radares usando de técnica de emissão ativa de RF de modo tão sutil que iria fazer o caça sumir das telas dos radares.
Isso nunca se comprovou e parece não passar de lenda.
Curiosidade:
Outro que dizem ter esta capacidade é o B-2 (????)
Representantes da MB deverão participar da próxima reunião entre a FAB e a SAAB.
A participação da MB ficará restrita a viabilidade, custos e os prazos para desenvolvimento de uma versão naval do Gripen NG para emprego em navios-aeródromo dotados de cabos de parada e catapultas.