Marinha testa drone para patrulhar a Amazônia Azul
Avião não tripulado é controlado remotamente e pode identificar embarcações e avistar cidades a quilômetros de distância; militares farão testes com aeronaves diferentes para definir compra
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A Marinha do Brasil testou nesta terça-feira, 18, um veículo aéreo não tripulado (vant) da empresa americana Boeing. O objetivo do teste foi analisar as características do vant, para a escolha dos equipamentos que serão comprados com a função de patrulhar a Amazônia Azul (3,6 milhões de km² ao longo de todo o litoral brasileiro, área de expressiva biodiversidade marinha). O teste foi realizada em alto mar, a 12 km da costa de Arraial do Cabo, na Região dos Lagos fluminense. O aparelho decolou do navio-patrulha oceânico Apa.
Chamado de drone, o vant é um pequeno avião com câmera e sem piloto que sobrevoa o mar e é controlado remotamente por um operador dentro do navio. Com ele é possível aumentar o campo de visão dos militares, que poderão identificar outras embarcações e até mesmo avistar cidades no litoral, a quilômetros de distância. Os militares brasileiros ainda não testaram o veículo na altura máxima (6 mil metros), por isso ainda não sabem o limite de alcance do pequeno avião.
O vant testado na terça é o modelo ScanEagle, fabricado pela Boeing em parceria com a subsidiária Insitu. Semelhante a um avião, mede 3,11 m entre as asas fixas e até 1,71 m de comprimento. A estrutura pesa entre 14 kg e 18 kg (vazia) e 22 kg com combustível. Com autonomia de 24 horas (pode sobrevoar um dia inteiro sem precisar ser abastecido), o vant alcança velocidade máxima de 41 metros por segundo.
Em maio, a Marinha fará novo teste com o Camcopter-S 100, da empresa austríaca Schiebel. Parecido com um helicóptero, o modelo possui asa rotativa e autonomia de 15 horas.
Diferentemente de outros vants adquiridos pelo Brasil, o que será comprado pela Marinha servirá (o) somente para patrulha marítima. “Esses modelos não têm armamento e só podem ser usados para vigilância no mar. Com esses testes, a Marinha analisa o quão boa é essa vigilância e a capacidade de detecção dos equipamentos”, afirmou o engenheiro aeronáutico responsável pela coordenação dos testes, capitão-de-fragata Marcelo Rodrigues.
Até 2023, a Marinha planeja adquirir cinco sistemas, que incluem uma estação de controle, antenas sinalizadoras e duas ou três aeronaves (o número vai variar de acordo com o fabricante). Ou seja, em nove anos, o País terá de 10 a 15 vants. Até 2030, essa quantidade deve dobrar, de acordo com a Marinha. Cada sistema custa em média US$ 6 milhões.
FONTE / FOTOS: Estadão (reportagem de T. Constâncio, fotos de F. Motta)
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Eu não sei o q falta mais na MB, ambição ou dinheiro…
Até 2013 os X-47 deixarão de ostentar o X na frente e, provavelmente, estarão operacionais em bons números na USN… e a MB, ou melhor, as FAA brasileiras ? 30 VANTs
Corrigindo: Até 2030 os X-47 deixarão de ostentar o X na frente e, provavelmente, estarão operacionais em bons números na USN… e a MB, ou melhor, as FAA brasileiras ? 30 VANTs
Em tempo. Maios Kamsarmax, este particularmente eh lindaum =
http://santosshiplovers.blogspot.com.br/2014/02/mv-rosco-palm-vria2-descarga-de-carvao.html
Pergunta: E SE der azar e o drone detectar alguma ofensa à Amazônia Azul?
O que é que a MB faz?
VANT Kamikase…irá ser jogado bem na torre de comando de quem ousou ofender..kkkkkk
Muito boa notícia.
Quanto ao número, a MB tem que comprar de acordo com o número de navios aptos a operá-los.
Não adianta comprar um número maior que o de navios, lembrando que esses Vants são para serem usados em navios e não para serem operados da costa.
“aldoghisolfi 19 de fevereiro de 2014 at 18:50 Pergunta: E SE der azar e o drone detectar alguma ofensa à Amazônia Azul? O que é que a MB faz?” Vai lá para fazer o que precisar ser feito, simples assim. O Vant servirá para esclarecimento, aumentando a consciência situacional da tripulação do navio. Numa altitude como a divulgada na matéria, ele pode “enxergar” bem mais longe do que o radar do navio-patrulha consegue, devido à curvatura do planeta “esconder” do radar do navio os alvos de superfície que estejam além do horizonte. Sabendo que há algo a averiguar numa posição,… Read more »
“mdanton 19 de fevereiro de 2014 at 19:37 VANT Kamikase…irá ser jogado bem na torre de comando de quem ousou ofender..kkkkkk” Mdanton, Torre de comando eu não sei se existe. O mais próximo é Torre de controle, que é coisa de aeroporto. Acho que não vai fazer muito sentido o navio partir do Rio, por exemplo, para jogar o drone na torre de controle do Santos Dumont ou do Galeão. Mas, se você está falando de ponte de comando, ou melhor, de passadiço, acho que é bem mais barato e eficaz aproximar o navio do alvo em questão, fazer todos… Read more »
Essa é sem dúvida uma iniciativa barata e altamente louvável.
Não precisa custar bilhões para ser eficaz.
A pouco mais de um ano e meio, conversava com um certo oficial da marinha sobre o uso de VANTs em navio da esquadra, no caso Corvetas e NDCC e NDD. Ele tinha me falado que ate se falou certa vez, mas que a visão era de médio prazo e o máximo, a curto prazo, seriam drones para alvos. Nessa conversa saíram dois modelos foram mais discutidos, o ScanEagle e S-100. Na visão do oficial o S-100 teria mais vantagens politicas de ser adquirido que o ScanEagle, eu apostava no ScanEagle pela questão de espaço dos navios e lido sobre… Read more »
Fernando “Nunão” De Martini 19 de fevereiro de 2014 at 20:43 #
“Vai lá para fazer o que precisar ser feito, simples assim”.
Era esta a resposta que temia e, oxalá me digas o contrário, mas não acredito que seja simples assim, não.
Vai lá para fazer o que precisa ser feito… salvo a abordagem em algum barco pesqueiro, SE a questão for com outra Marinha, não vejo possibilidade alguma de qualquer atitude defensiva.
Vai lá, mas “com que roupas” a MB faria o que precisaria ser feito?
Não sei se é impressão minha, mas me parece que o Governo, as Forças Armadas e até a Polícia Federal fazem muita questão de dizerem que os vants não são armados. Não é apenas uma questão de explicar o que são e para que servem. É uma negação peremptória. Há uma política muito clara de se tentar desassociar os vants em uso no Brasil, dos vants usados pelos EUA para caçar e matar inimigos. Pelo jeito, não teremos vants armados tão cedo no Brasil (a menos que o quadro político mude). Sobre os Vants em si, interessante a MB estar… Read more »
“aldoghisolfi 20 de fevereiro de 2014 at 7:20 Vai lá para fazer o que precisa ser feito… salvo a abordagem em algum barco pesqueiro, SE a questão for com outra Marinha, não vejo possibilidade alguma de qualquer atitude defensiva. Vai lá, mas “com que roupas” a MB faria o que precisaria ser feito?” Aldo, A resposta à sua última pergunta está no meio da minha primeira resposta à sua pergunta inicial: “Sabendo que há algo a averiguar numa posição, o navio-patrulha altera o curso para interceptar o alvo e segue os procedimentos da Patrulha Naval conforme a situação e a… Read more »
“Até 2030 os X-47 deixarão de ostentar o X na frente…”
Alfredo, só complementando, até o momento não se sabe se o X-47 da Northorp será o vencedor pois há outros três
concorrentes.
O X-47B é apenas um demonstrador e a Northrop pretende desenvolver o X-47C que será maior e talvez ele venha a ser conhecido como MQ-47C e embarcado nos NAes da
US Navy.
Se alguma outra marinha terá aeronaves similares em seus NAes na próxima década é ainda especulativo.
Tô com o Bosco, marinha de guerra, operacional, se constrói aos poucos, nos detalhes.
Faz completo sentido os nossos novos navios patrulha operarem UAVs de esclarecimento como esse e o Camcopter. Estão multiplicando sobremaneira sua capacidade de vigilância e otimizando o valor investido no vetor.
Palmas para a MB por esta iniciativa. Se fizessem seu dever de casa sempre assim, com os pés no chão e focado em suas necessidades, eu não reclamaria tanto do almirantado.
5 Vants ate 2023 ?!?!
eu entendi direito ?!?!?!?!
Eu que sou um critico costumeiro da MB, aplaudo a iniciativa, até forma, testando e averignado qual a melhor doutrina: Asa fixa, ou rotativa, e principalmente começando com Vants de pequeno porte para mais adiante, após a doutrina assimilada, partir para equipamentos de maior desempenho.
Grande abraço
Em tempo, operação não muito comum, embarcaçações transportadas no convés =
http://santosshiplovers.blogspot.com.br/2014/02/ms-frida-scan-v2bm4-transportando.html
14 fotos
As forças policiais não poderiam utilizar esse tipo de drone na vigilância de comunidades de alto risco?
comunidade eh o vulgo favela ou por exemplo no RRJ tbm ha a comunidade da Barra ?? kkkkkk
Rafael, Posso falar sobre as que eu observo com mais atenção. Aqui no RJ, as polícias já tiveram acesso à vigilância de um dirigível e esta produziu ótimos resultados. Apesar do dirigível ser grande, facilmente avistável, vulnerável a determinadas condições climáticas e etc. Um belo dia, o contrato foi pro saco e nunca mais se falou nisso. Depois disso, a polícia daqui chegou a usar Vants em algumas operações, também com excelentes resultados, obviamente. Mesmo assim, nada foi pra frente. Pelo menos não ainda. Só pra citar um exemplo de falta de visão no equipamente dessa tropa, o Bope ainda… Read more »
Deal Point Mayuan , preciso no comment !!! Parabens
Simples para mim:
Mestre Bosco, Estimado Juarez Martinez, Conhecedor Joker endossaram.
Tô dentro, excelente e parabéns.
Caraca, enfim uma notícia da MB que eu consigo bater palmas, ufa !
Se os Imperialistas do Norte resolverem invadir o Brasil para tomara Amazônia Azul – não localizei no mapa ainda onde fica isso -, não vai ter NaPOc que dê jeito, nem Vant Kamikaze!
não sei pq mas um dia o tiro vai sair pela culatra por causa deste termo boboca … um dia vai se voltar contra a propria MB ,não sei pq, mas sei la …
MO
O Recreio dos Bandeirantes tem uma comunidade
“Terreirão”.
Anda-se, compra-se, come-se bem, tem vários tipos de PreSer com bons preços e é mais seguro que qualquer bairro da Zona Sul, Barra etc ….
Só conhecendo !
não ate acredito, claro que pode-ser bem legal
a questao são estes terminhos de midia moderninhos como comunidade, trabalhador virou colaborador (ate ser mandado embora), amazonia roxa. forssas de çegurança e por ai vai