Marinha dos EUA lança novo programa para criar aeronaves autônomas
A Marinha dos EUA revelou um plano de cinco anos para um programa de US $ 100 milhões para criar helicópteros não tripulados capazes de reabastecer tropas e resgatar soldados feridos do campo de batalha.
O Wall Street Journal relata que durante a próxima década, os militares pretendem criar aeronaves autônomas que possam ajudar os soldados a realizar incursões noturnas e selecionar alvos para o ataque.
O contra-almirante Matthew Klunder, chefe de pesquisa da Marinha, chamou os avanços com os helicópteros autônomos de “verdadeiro salto à frente da tecnologia”. O programa da Marinha colocou o sistema por meio de execuções de testes bem sucedidos na Base dos Fuzileiros Navais em Quantico, Virgínia.
Usando um aplicativo especial e um tablet, os operadores, após meia-hora de treinamento, foram capazes de dirigir pequenos helicópteros para pousar por conta própria. Os helicópteros podem escolher as suas próprias rotas, escolher locais de desembarque e mudar seu destino se detectar obstáculos inesperados que surgem na última hora.
Klunder disse à Reuters que o principal objetivo do desenvolvimento de helicópteros autônomos para reabastecimento tropas é reduzir a necessidade de utilização de comboios terrestres para entregar comida, água e armas. Comboios de terra são alvos atraentes para combatentes inimigos. Um estudo feito pelo Exército de 2003 a 2007 mostrou que uma pessoa foi morta ou ferida para cada 24 comboios de reabastecimento de combustível no Afeganistão e um foi morto ou ferido para cada 29 comboios de reabastecimento de água.
Para alguns, a utilização de aeronave autônoma evoca imagens de “drones assassinos”, capazes de escolher alvos e caçá-los sem supervisão humana.
Respeitando essas preocupações, o Pentágono criou diretrizes especiais destinadas a garantir que os militares não possam permitir os drones de realizarem “missões de matar” sem o envolvimento humano.
Drones Autônomos que requerem menos supervisão humana também podem causar tensão fora do Pentágono, uma vez que diminuem a atuação militar propriamente dita. O que pode acarretar em cortes no orçamento.
A frota de drones do Pentágono tem capacidade limitada de operar de forma autônoma. O drone de combate experimental da Marinha, o X-47B, fez seu primeiro pouso em um porta-aviões em julho de 2013. O Exército, também, quer criar um robô que pode operar por conta própria para ajudar os soldados a procurar suspeitos.
Ainda há muito o que se desenvolver quanto às novas capacidades desses drones, como voar à noite e em condições meteorológicas difíceis. Mas as autoridades militares expressaram confiança de que poderiam começar a usar o sistema em um ano.
FONTE:Fox News
