Entrega da última corveta do projeto Khareef para Omã
A corveta ‘Al Rasikh’, terceira e última do programa de Omã, foi entregue pela BAE Sytems em cerimônia realizada em Portsmouth
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Em nota divulgada na quarta-feira, 28 de maio, a BAE Systems informou a entrega da terceira de três corvetas do projeto Khareef (foto de navio entregue anteriormente acima) para a Marinha Real de Omã.
A corveta Al Rasikh, terceira da classe, tem 99 metros de comprimento e foi entregue interinamente em cerimônia realizada em Portsmouth, que contou com a participação de dignatários de Omã e do Reino Unido, com o hasteamento da bandeira de Omã pela primeira vez. Abaixo, foto da cerimônia.
O navio deverá seguir para Devonport, onde a tripulação passará por um programa completo de treinamento com a Marinha Real Britânica, com apoio da BAE Systems. Depois, fará a viagem de 3.000 milhas náuticas até Omã para se juntar às duas primeiras da classe, as corvetas Al Shamick e Al Rahmani, sendo que estas deverão iniciar suas provas finais de aceitação no país em meados deste ano, demonstrando a capacidade de desempenhar suas funções nas altas temperaturas do verão local.
Os navios têm características furtivas, assim como propulsão elétrica, e capacidade para se defender de ameaças aéreas e de superfície, segundo a empresa.
FONTE / FOTOS: BAE Systems (tradução e edição do Poder Naval a partir de original em inglês)
NOTA DO EDITOR: as corvetas de Omã e dos atuais navios-patrulha oceânicos da Marinha do Brasil, classe “Amazonas”, seguem o mesmo projeto básico, com algumas diferenças no desenho do casco e da superestrutura e, principalmente, com aplicações e armamentos bem diferentes. Clique nos dois primeiros links da lista abaixo para saber mais.
VEJA TAMBÉM:
Considero interessante comparar essa corveta com a CV03 – Nova Barroso (por mais que essa ainda seja apenas um esboço), em vez de comparar com a Amazonas.
A proa parece melhor desenhada e o convôo parece maior que o da CV03. Mesmo o deslocamento sendo menor.
Já o mastro parece menor, mas pode ser impressão.
Por essas e outras é que seria interessante ter as medidas dos navios.
Rafael, Essa corveta, com 99 metros de comprimento, é alguns metros mais curta que a Barroso (que tem 103), mas a boca é consideravelmente maior (se for a mesma da classe Amazonas, deve ter 13,5 metros, contra 11,4 da Barroso). Certamente, por conta disso, o convoo é mais largo. Já pela proporção comprimento x boca provavelmente mais próxima de 7×1 do que a da Barroso, que é de mais ou menos 9×1, provavelmente ela precisa de bem mais potência para atingir velocidades de pico. Isso calculando grosso modo, pois estou falando nas medidas totais, e não na linha d’água (e… Read more »
Rafael,
Acabei de conferir que a boca da classe “Khareef” é de 14,6 metros, o que dá uma relação comprimento x boca de 6,7 x 1.
http://www.naval-technology.com/projects/khareef-class/
Obrigado Nunão,
Esse é o lado ruim da boca larga…rs
Mas outras coisas também influenciam, não? O próprio desenho da proa abaixo da linha dágua e a altura do calado, certo?
Sobre o convôo, o Seahawk operará na Nova Barroso? Aliás, já pousou na atual?
Sim, o calado também é uma medida fundamental. Quanto maior o calado, maior a área de contato com o líquido, e maior o atrito. Mas há muitas outras variáveis, como o formato do casco em geral. Porém, ainda assim, é difícil que uma relação menor que 7×1 consiga a mesma velocidade que uma de 9×1 de deslocamento semelhante, mantendo-se a potência. Porém, há outras vantagens na boca mais larga, como maior volume interno e, conforme o caso, a possibilidade de sofrer menos na estabilidade com pesos altos, como radares, que teoricamente poderiam ser instalados mais altos. Quanto ao Sea Hawk,… Read more »
Ok, Nunão.
Compreendo a mecânica envolvida.
E além de ser mais larga, a Khareef é mais pesada também.
Então tem que caprichar nos motores e se preparar com os gastos com diesel. Aliás, ambas optaram pela CODAD, o que é uma economia inteligente, ao meu ver,
Ainda, mesmo sendo mais espaçosa, a tripulação é de 100 pessoas, enquanto na Barroso é de 154 e na Nova Barroso fala-se em 185.
Enfim, cada Marinha escolhe o que priorizar em seus navios.
Rafael, Independentemente da cultura e doutrina de cada marinha, deve-se levar em conta que a Barroso e as vuturas CV03 deverão cumprir um espectro de missões maior do que essas corvetas de Omã. Por exemplo, a guerra antissubmarino, que demanda armamentos, sensores, consoles, sistemas, paióis, tudo isso para ser gerenciado, manuseado e guarnecido em turnos de serviço. Vejo muitas vezes comentários (não estou falando de você nem desse assunto de agora, e sim de outros exemplos) dando a entender que é “só” colocar um par de lançadores de mísseis mar-mar e de mísseis mar-ar e pronto, num passe de mágica… Read more »
Sem problemas, Nunão. Meu comentário teve um tom crítico à MB quanto à tripulação e eu gostei do seu contraponto. Inclusive é perfeitamente aceitável que um navio que execute mais missões, tenha uma tripulação maior e nossas corvetas tem função antissubmarino, enquanto à Khareef não. O que me causa certo espanto é que a justificativa para a nossa tripulação ser maior é que a MB não usa tanta automação quanto outras marinhas e que ela julga necessário ter mais gente para lidar com eventuais danos no navio. Isso é uma verdade ou esses argumentos estão mais para lenda da internet?… Read more »
“Porém, ainda assim, é difícil que uma relação menor que 7×1 consiga a mesma velocidade que uma de 9×1 de deslocamento semelhante, mantendo-se a potência.” O navio omânico tem bulbo na proa, abaixo da linha d’água, o que o casco “Nova Barroso” não tem. Nem mesmo p/ o sonar. Esse bulbo ajuda a diminuir o atrito c/ o meio liquido, mas não é o mesmo que dispor de uma turbina a gás. “Ainda, mesmo sendo mais espaçosa, a tripulação é de 100 pessoas, enquanto na Barroso é de 154 e na Nova Barroso fala-se em 185.” A redução no tamanho… Read more »
Mauricio,
O custo da automoção deve ser bem mais barato do que pagar soldo, viveres, “espaço ocupado e peso das pessoas no navio”, aposentadoria, etc.
Não sei dizer se há uma equipe de manutenção nesses navios e o que ela consegue fazer. Tampouco sei quanto aos nossos.
Mas, não deve ser “o fim do mundo”, senão, não seria o padrão nas marinhas ocidentais de primeira linha, atualmente.
As marinhas de primeira linha, mesmo em épocas de crise, tem orçamento e custeio adequados; a nossa nunca.
Bom, no PA costumam aparecer discussões sobre quanto custa a hora de vôo do avião X versus o Y.
Seria interessante saber o custo da hora (ou melhor, do dia) de navegação de navios
Com uma diferença importante: uma avião de caça/ataque tem um ou dois tripulantes.
Um navio de guerra tem dezenas ou centenas. Então isso tem que ser levado em conta. Mais ainda se o orçamento da MB é menor do que o das marinhas de primeira linha.
OFF TOPIC…
..mas nem tanto!!!
Marinha da República da Irlanda comissiona novo OPV:
(http://www.defense-aerospace.com/article-view/release/154014/irish-navy-commissions-new-opv.html)
a) Tem canhão de 76mm,
b) Não tem convoo, hangar e nem helicóptero orgânico.