Sindicato se reúne com trabalhadores do EISA
O Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro (Sindimetal-Rio) realizou, às 7 horas da manhã de hoje (08/07), uma assembleia com os trabalhadores do Estaleiro Ilha S.A. (EISA). Os metalúrgicos do EISA se encontram em processo de férias coletivas e enfrentam uma série de problemas que geram incerteza sobre o futuro do emprego de mais de 3 mil trabalhadores. O Deputado Federal Edson Santos (PT), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Naval, e o ex-Deputado Federal Edmilson Valentin, fundador da Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Naval e da Lei Valentim (que garantiu inúmeros postos de trabalho na Indústria Naval e Petrolífera), marcaram presença na atividade que contou também com a presença do Presidente do Fórum dos Trabalhadores da Indústria Naval, Joacir Pedro.
A assembleia reuniu centenas de trabalhadores que buscavam respostas sobre o futuro do estaleiro. Os trabalhadores do EISA encontram-se com seu salário atrasado (desde ontem), com dois meses de atraso no cartão alimentação e ainda não receberam os valores a que tem direito pelas férias coletivas determinada pela direção do estaleiro. O Presidente do Sindimetal-Rio, Alex Santos criticou a ausência de representantes da direção do estaleiro para dar uma resposta aos trabalhadores e avisou:
– Não podemos deixar nossa luta escondida. Temos que levar nossa luta a outras esferas e por isso contamos com a presença dos companheiros Edson Santos e Edmilson Valentim que irão nos ajudar a articular com ministérios e com a secretaria da Presidência da República em busca de uma solução para os trabalhadores.
O Deputado Federal Edson Santos lembrou que grande parte dos investimentos da Indústria Naval são fruto de uma política de governo, com muitos recursos públicos e que a situação na qual se encontram os trabalhadores do EISA são completamente inaceitáveis. Segundo ele:
– É inadmissível que um empresário pegue dinheiro público e faça o que está sendo feito com os trabalhadores do EISA. Eles não respeitam a legislação que protege os trabalhadores, então teremos que fazer com que eles passem a respeitar.
O ex-Deputado Federal Edmilson Valentim lembrou do seu histórico de lutas naquele local, desde quando ali ainda funcionava o EMAC, e salientou que o problema vivido pelo estaleiro não tem nada a ver com falta de encomendas, mas sim com uma má administração:
– Não é por falta de encomendas ou crise do setor naval que o EISA se encontra na situação em que está. Estamos diante de um problema de gestão de um grupo que mantém outros negócios no Brasil e fora do País, como a empresa Avianca por exemplo.
O Presidente do Fórum dos Trabalhadores da Indústria Naval, Joacir Pedro, valorizou o papel dos trabalhadores na retomada da indústria naval e falou que a hora é de “manter a unidade dos trabalhadores e lutar com a mesma força que lutamos na recuperação da indústria naval”.
Uma nova assembleia está marcada para o dia 14 de Julho, data em que se encerram as férias coletivas dadas pelo estaleiro. Durante toda a atividade, os diretores do Sindimetal-Rio distribuíram uma carta aberta cujo conteúdo segue abaixo.
Carta aberta à sociedade
Três mil trabalhadores do EISA podem ficar sem emprego
A apreensão dos trabalhadores do Estaleiro Eisa, na Ilha do Governador, toma a cada dia maiores contornos de realidade. A empresa passa por dificuldades. Neste momento, os cerca de 3.000 trabalhadores foram colocados em casa de férias coletivas dadas pelo Eisa e na data prevista para retorno – 30/06/2014 – receberam a informação de que a volta ao trabalho seria adiada para 14/07/2014, continuando de licença remunerada. O pátio da empresa, que hoje possui o maior número de encomendas do Brasil, está parado, o que deixa um futuro de incerteza para os funcionários e suas famílias.
O setor naval no Brasil, em geral, tem passado por um processo de soerguimento. Se durante os anos de 1990, o segmento praticamente fechou as portas e desempregou milhares de trabalhadores, agora já emprega mais de 70 mil pessoas em todo o Brasil. Em 2000, a indústria do petróleo representava cerca de 2% do PIB, e hoje chega a 12%, o que mostra a importância dessa indústria para o desenvolvimento do país e a geração de emprego. E o Rio de Janeiro, berço deste setor no país, tem tido papel destacado, gerando aqui a maior quantidade de empregos em relação aos outros estados.
Essa política, iniciada pelo governo federal em 2003, tem gerado milhares de empregos e garantido o sustento de muitas famílias, inclusive reaquecendo e fomentando, além da própria indústria naval, o setor de Navipeças.
Infelizmente, a má administração e a falta de visão de futuro dos empresários têm dificultado o desenvolvimento de condições ainda melhores para o setor naval. O grupo Sinergy, além do Eisa, também é dono dos estaleiros Mauá, em Niterói, do Eisa Alagoas (em construção), e também da empresa de aviação Avianca. Esse grupo tem ainda participação no Estaleiro Brasa (Niterói) e outros negócios. Portanto, essa situação também deixa em estado de alerta os trabalhadores desses outros estaleiros.
Atualmente, os trabalhadores do Eisa (Ilha) já vêm enfrentando o atraso de salários e outros direitos. No ano passado, mais de 400 foram demitidos e muitos ainda estão lutando na justiça, através do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, para receber o que lhes é devido. Isto sem falar de práticas duvidosas, onde o estaleiro tem forçado demissões por justa causa no intuito de reduzir o que é dos trabalhadores.
Por isso, os metalúrgicos do Rio de Janeiro estão unidos para garantir a continuidade desses mais de três mil postos de trabalho no Eisa. Defendemos uma ampla articulação entre trabalhadores, empresários e governos para que seja encontrada uma solução que, em primeiro lugar, garanta todos os direitos dos funcionários; segundo, que a empresa continue funcionando para que os empregos sejam mantidos; terceiro, que possamos superar práticas arcaicas na relação capital e trabalho naquela planta industrial e que a indústria naval prospere e contribua com o continuo desenvolvimento do Brasil.
FONTE: SINDIMETAL-RJ
NOTA DO PODER NAVAL: o estaleiro EISA está construindo cinco navios patrulha da classe “Macaé” para a Marinha do Brasil.
Pelo visto já está mais do que na hora, de repassar essas encomendas das MB, a outro estaleiro senão o próprio AMRJ.
Ajuda a “treinar” p/ construir as CV-03.
Mauricio,
Fala sério rsrsrrsrsrssrss………………. vai que o pessoal do AMRJ veem esse seu comentário e resolvem ajudar:
– Vamos trazer para cá esses 5 patrulheiros inacabados e terminar por aqui mesmo, pois a MB precisa muito deles……………….
resultado da brincadeira: o projeto da CV-3 levará 29 anos para passar para a fase corte de chapas……………… rsrsrsrsrrsssss……………….
Abraços.
E os imbecis ainda falam em construir escoltas e PAs em nossos estaleiros, só rindo mesmo desta gente.
Grande abraço
Nossa indústria naval NUNCA voltará aos seus bons tempos, pelo menos não por este caminho.
Governo favorecendo determinados grupos; empresas “mui” amigas do Poder e máfias, digo, sindicatos, querendo mandar mais que todo mundo.
É só mais um buraco sem fundo para o dinheiro do pobre contribuinte brasileiro.
Precisariamos de pelo menos mais 10 navios dessa classe ,mas pelo jeito, se sair os que estão encomendados já dou Graças a Deus…
Se aos sete atuais navios classe Macaé (dois em serviço e cinco em construção) fosse possível acrescentar mais cinco – e creio que, com todos os problemas em estaleiros privados, teria lógica em construir uns três no AMRJ – a classe já chegaria a um bom número de 12, o mesmo da classe Grajaú. E se isso pudesse ocorrer antes da baixa dos primeiros da classe Grajaú, já significaria uma frota de 26 navios-patrulha entre 200t e 500t (12 Macaé, 12 Grajaú e 4 Bracuí), o que daria uma média de mais de 4 navios para cada um dos seis… Read more »
Nunão, por esta linha e raciocinio, a MB não teria mais Napas com menos de 500 tons?
Grande abraço
Prezado FERNANDO acho que os primeiros “GRAJAÚ” poderiam seguir o caminho dos Classe “PIRATINI” ( se o calado permitir) e irem para a Flotilha de Mato Grosso não é ?
Juarez, Não entendi a pergunta. A MB tem hoje 12 navios-patrulha, para uso no Atlântico, com 200t. Hoje eles são maioria frente aos quatro Bracuí e os dois Macaé, mas a tendência é que, no futuro, sejam sobrepujados em quantidade pela classe Macaé. Lembrando que os quatro classe Bracuí têm deslocamento ainda maior (dois deles servem no 5º DN, no Sul, e dois no 4ºDN, no Norte). Mendes, Pode até ser, embora o calado dos Piratini já seja um pouco maior do que o desejável para as condições do Pantanal (com 1,9m, é uns 30 cm maior que o do… Read more »
Prezados amigos Juarez e Nunao,
Não são só navios-patrulha de 500 toneladas (Classe “Macae”) que serão construídos. A MB está projetando um navio-patrulha de 200 toneladas tanto para uso oceânico, quanto fluvial.
http://www.mar.mil.br/cpn/#napa200
Quando entrar no site que indiquei acima, clique em: “estdo de exequibilidade” e em npa 200.
O link da MB não está indo direto.
De fato, Luiz Monteiro, para uso futuro no 4ºDN.
O previsto é quatro unidades, e a ideia é construí-los no AMRJ como passo seguinte da retomada das atividades no Arsenal, após as atuais entregas de EDVM e EDCG, não é?
Exatamente, Nunao.
Quanto aos NaPa200, o CPN informa: “Navio-Patrulha de 200 toneladas O Navio-Patrulha de 200 toneladas (NaPa200) destina-se, prioritariamente, para exercer a fiscalização nas Águas Juridicionais Brasileiras (AJB), em conformidade com a legislação brasileira, por meio de Patrulha Naval (PATNAV e PATFLU) e em ações de apoio às atividades afetas à Inspeção Naval. Adicionalmente, poderá ser empregado no adestramento e formação do pessoal, no apoio à Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) em suas atividades na Bacia Amazônica, no controle das hidrovias da Bacia Amazônica e áreas ribeirinhas adjacentes, ou para negar o seu uso pelo inimigo, na defesa de porto,… Read more »
um embarcação com 2,30 m de calado seria “suitable” para ops oceanicas ? (projetando como seria esta embarcação)
Em tempo =
http://santosshiplovers.blogspot.com.br/2014/07/ms-nedlloyd-adriana-a8dg6-abril-de-2006.html
3 photos
MO, a meu ver seria tão adequado quanto um Gururu, já que as dimensões gerais e deslocamento são muito semelhantes (calado e boca praticamente iguais, comprimento um pouco menor).
mas o Fernandinho o Gururu não é um suprasumo em ops oceanicas, seja por estabilidade, sja por autonomia …
Acho que a classe Bracuí tb deveriam ser substituidos, são navios lentos e a idade (construídos entre 84 e 86) já pesa, são adaptados a função de patrulha!A lógica serio classe Macaé substituindo futuramente a Classe Grajaú, os Patrulhas Oceânicos de 1800 (Amazonas e os 5 do Prosuper) e uma classe entre 800 a 1000t com capacidade de receber helicopteros (algo em torno de 7-8 unidades). poderiamos ficar assim: Grajaú (12un) Macaé (18-20un) X 800-1000t (7-8 un) Amazonas (7- 10 un) Sendo que ao longo da construção os Grajaú vão começar a dar baixa na função de patrulha no oceâno,… Read more »
Caro amigo nunes neto! O papel é coisa maravilhosa, uma “lindeza, uma buniteza” como diria um certo deputado, mas vamos aos fatos, ahhh sempre eles, atrapalhando os nossos sonhos. Como está a situação hoje: “A situaçã do pobrema” é a seguinte como diria um colaborador da minha empresa: Temos a tês Napaocs novos, dois Mururus, quatro Bracuí, que se bateram corrida com uma tartaruga ,a tartaruga ganha, 12 Napas 200 tons que se restringem a operações mais costeiras e em aguas de almirante, aqui no sul por exemplo o troço não funga, e mal e porcamente conseguimos efetuar patrulhas constantes… Read more »
Recomendo aos amigos consultar os outros projetos/esboços no link indicado pelo Com LM. Lá tem até desenho 3D de um navio de apoio logístico.
Juarez ,dinheiro nunca foi problema, a copa só veio confirmar, o problema é, o que se elege como prioridade, fora os navios de 800-100t que sugeri, o resto é factivel, mas não vai sair fácil, a marinha vai ter que pressionar!Qual a sugestão dos amigos, a médio prazo da composição de nossa “Guarda Costeira”?Meu achismo diz:
12 grajaú
12 Macaé
8 Amazonas( Classe X 1500 / 1800 t)
Mais que essa dotação só se muita coisa mudar.Abçs
Caro nunes neto, a tua sugestão é bem pé no chão e exequível, o problema para isto que eu vejo esbarra na nossa conhecida incompetência em construção naval, custo Brasil e falta de gente qualificada e evidentemente no $$$$. Não se esqueça,a prioridade destes malucos que comandam a MB é ficar gastando dinheiro bom e coisa ruim, o motivo todo mundo sabe, são sempre os mesmos que ganham as concorrências de fornecimento de peças e de prestação de serviços, os já conhecidos “méuxxx irrrrrrrrrrmãos”, e infelizmente nada vai mudar, talvez um pouqinho para pior. Grande abraço PS torço para que… Read more »
O que a matéria não fala foi da manifestação dos trabalhadores ontem da Estrada do Galeão, Ilha do Governador. Depredaram patrimônio publico, entre eles o novo Hospital da Prefeitura, tão necessário a população mais carente de recursos nesta cidade. Minha mulher ficou presa ontem na manifestação e teve que voltar pra casa com meus sogros. Os dois doentes, nenhum deles conseguiu chegar sequer a farmácia, imagina só quem precisa do hospital. No mais é uma empresa privada E MAIS… do Grupo Sinergy, o mesmo que era proprietário da recém falida Sênior Taxi Aéreo, grupo do qual eu prefiro me abster… Read more »
Prezado amigo Juarez,
Obrigado pelas palavras.
Isto deve ocorrer no final deste ano.
Abraços
“Lá tem até desenho 3D de um navio de apoio logístico.”
Aliás imagem bastante parecida c/ os novos classe “Tide” da RFA britânica.
Sugestão para o quesito EDVM ou EDCG:
LCU-R
(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2014/07/uhac-b-roll-by-cpl-matthew-j-bragg.html)
uiz Monteiro 15 de julho de 2014 at 23:07 #
Prezado amigo Juarez,
Obrigado pelas palavras.
Isto deve ocorrer no final deste ano.
Abraços
Quem bom, até lá admiral Moon e seus celenterados estarão indo para o pijama.
Grande abraço
Disso sabemos, caro MO, mas cumpre a missão (apesar das limitações) ao menos mais próximo à costa e exceto em estado de mar muito desfavorável. Lembrando que para esse novo patrulha de 200t a missão principal é: “efetuar Patrulha Naval (PATNAV e PATFLU), para a vigilância e defesa do litoral e de áreas marítimas costeiras, em especial na fronteira marítima norte e no rio Oiapoque;” Disso, acabo intuindo que, enquanto os “Gururus” cumpriram até hoje muitas das missões oceânicas na falta de navios mais adequados, agora esse tipo de missão que exige maior capacidade de enfrentar mar agitado, mais alcance… Read more »
Fernandinho
bom então talves, talves mais uma vez ei la pegaremos o navio errado (penso eu, SALVO pelo adendo de nao poder o que eu pensoser PAFLU), mais uma vez ficaremos descbertos nas missões SAR oceanicas, poderiamos ter tudo isto e algo mais em um so tipo de navio oceanico, e talves por preços proximos … bom, enfim …
em tempo =
http://santosshiplovers.blogspot.com.br/2014/07/mt-celsius-miami-v7ct9-em-santos.html
8 photos
por falar em construção naval, um dos nossos, construido aqui no Mauá, que foi nosso e virou norte coreense =
http://santosshiplovers.blogspot.com.br/2011/02/mv-ra-nam-hmaa-classe-sd-14-mark-iii.html
Srs, boa noite.
Este projeto de 200ton não ficaria “sobreposto” ao projeto das PAF colombianas ?
Creio que não, Roberto.
Esse de 200t de que estamos falando seria para o Quarto Distrito Naval (Belém e foz do Amazonas) enquanto os patrulheiros colombianos que eventualmente operem na Marinha, até onde sei, seriam para o Nono (Manaus e rios interiores), onde já operam novas lanchas de mesma origem. Ou seja, ambientes e necessidades consideravelmente diferentes.
Huuuummm… entendi Nunão. Agradeço.
Mas os de 500ton não serviriam também para a função dos de 200ton ? Assim cria-se escala e se reduz custos…. A meu ver é melhor ter mais unidades de um tipo do que algumas de 2 tipos, aumentando custos nas 2 categorias.
O Quarto distrito naval (Belém) também Patrulha os rios interiores do Estado do Pará, que não são poucos nem pequenos( o amazonas atravessa o Estado de oeste a leste), inclusive utilizava as antigas Imperial, e hoje utiliza a classe Bracuí e já ” ouvi dizer” que em algum momento empregou os Gururu, apesar disso não ser aparentemente rotina, pois as hélices podem sofrer danos ao chocar com os bancos de areia e troncos tão comuns nesses rios, em outras palavras o Quarto não faz só patrulha Costeira!Abçs
Sim, Nunes. Tudo isso está resumido no comentário do Luiz Monteiro lá em cima, das 9h11 do dia 15.
Lembrando também que, antes das corvetas classe “Imperial Marinheiro”, o serviço de patrulha mais sistemática da calha do Amazonas, após a Segunda Guerra Mundial, foi experimentado com as corvetas (ex-navios mineiros) classe “Carioca” construídas no AMRJ no final da década de 30, para as quais teve que ser estabelecido um sistema de pontos de reabastecimento ao longo dos rios devido ao grande consumo das máquinas a vapor (o que foi minimizado com suas sucessoras, já equipadas com motores diesel).
“Corsario137
15 de julho de 2014 at 20:21 #”
http://www.senioraereo.com.br/
Faliu mesmo ?
Procurei noticias a respeito e não achei.
Tens algo por ai para postar ?
No aguardo,
Sds