Projetos em Segurança e Defesa Nacional são temas de chamada Pública

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Fragata Defensora

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Defensora e plataforma

Trabalho pode se estender por até dois anos. Ideia é que investigações científicas sejam formadas por equipes interdisciplinares

O ministro da Defesa, Celso Amorim, e o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva, anunciaram chamada pública para o desenvolvimento de pesquisas e projetos em Segurança Internacional e Defesa Nacional. De acordo com Amorim, o edital fica pronto “dentro de três ou quatro semanas.”

“Esta chamada, voltada exclusivamente para o campo das ciências humanas, constituirá na primeira etapa do programa almirante Álvaro Alberto. Os principais objetivos são a produção de análises que possam ser úteis para o processo decisório das necessidades da defesa”, explicou o ministro.

O presidente do CNPq comemorou a novidade. “O salto para o futuro só é possível se integrarmos o conhecimento de forma estratégica. Pesquisas na área de defesa são importantes para o avanço do País como um todo”, afirmou.

Pela iniciativa, é necessário que um pesquisador-líder monte o projeto, que poderá ser de pesquisa, publicações, cursos, eventos, entre outros. Esse profissional precisa estar ligado a algum programa de pós-graduação, acompanhado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação.

Segundo o professor Antonio Jorge Ramalho da Rocha, diretor do Instituto Pandiá Calógeras, a ideia é que as investigações científicas contempladas pela chamada pública sejam formadas por equipes interdisciplinares e interinstitucionais. As pesquisas poderão se estender por até dois anos.

O Pandiá Calógeras é o órgão do Ministério da Defesa que tem como missão promover o pensamento entre a sociedade civil e a academia e o estímulo à produção de conhecimentos sobre o setor.

Encontro nacional

A novidade foi anunciada durante a abertura do VIII Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (ABED), realizada na noite desta segunda-feira (8), em Brasília (DF). O evento vai até esta quarta-feira (10) e tem como tema principal “A segurança e defesa no Atlântico Sul.”

Na ocasião, o presidente da ABED, Manuel Domingos Neto, lembrou que “são cada vez mais numerosas e melhores as análises na área”. E mostrou aos presentes a primeira edição da revista da associação.

Atlântico Sul

Ficou a cargo do ministro da Defesa proferir a palestra que deu início ao VIII Encontro. Na exposição, Celso Amorim ressaltou a cooperação do Brasil com os vizinhos dos dois lados do Atlântico Sul.

Sobre isso, destacou o apoio dado pelo país, nos anos 90, à Namíbia na formação de sua Marinha. Também citou a recente vinda do ministro da Defesa de Angola ao Brasil, ocasião em que foi assinado memorando de entendimento.

Ainda disse que “é por meio do Atlântico Sul que passa 95% do comércio brasileiro”. “Essa área pode ser alvo de novas e velhas ameaças de todas as formas”, ponderou. “Nossas riquezas naturais têm relevância no cenário internacional.” Por conta disso, acredita que “desenvolver a capacidade de defesa é uma responsabilidade.”

Amorim explicou à plateia, em sua maioria de jovens estudantes, que o projeto do novo submarino à propulsão nuclear da Marinha “reforçará a capacidade de a Força Naval operar em toda a extensão do Atlântico Sul.”

Por fim, afirmou que Exército e Aeronáutica também atuam na proteção da costa marítima do país. Neste caso, a Força Aérea Brasileira (FAB) realiza a vigilância da área de Salvador (BA), onde aviões P-3 Orion sobrevoam.

No caso do Exército, destacou que tem sido atualizada a doutrina da instituição com foco na importância estratégica do “chamado Saliente Nordestino” (expressão usada para abranger os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas), no caso de um eventual conflito no Atlântico Sul.

FONTE: Ministério da Defesa

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