‘Au revoir’, Normandie: Egito quer FREMM, e quer pra já
Segundo jornal francês, fragata já construída para a França e atualmente em provas de mar poderia ser adaptada para entrega ao Egito. Negócio daria fôlego ao orçamento de defesa francês e ajudaria a lançar programa de fragatas médias, compensando suspensão das três últimas de onze FREMM planejadas
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O jornal francês La Tribune publicou notícia nesta quarta-feira, 26 de novembro, que o Egito estaria disposto a adquirir uma fragata FREMM por mais de 600 milhões de euros (cotação do navio excluindo armamentos), e que a França estaria pronta para entregar a fragata Normandie.
Decididamente, o Egito está com apetite para equipamentos militares. Após contrato para quatro corvetas Gowind por 1 bilhão de euros, e interesse demonstrado no caça Rafale (24 aeronaves por 3,6 bilhões de euros), agora o Egito quer uma fragata multimissão FREMM e tem bastante pressa, de acordo com diversas fontes. Estas asseguraram que o país quer um navio para 2015.
Uma entrega rápida de FREMM para o Egito viria a calhar para a França, que estaria pronta para entregar a Normandie, segundo exemplar destinado à Marinha Francesa, para o país árabe. A DCNS, que está fazendo as últimas preparações do sistema de combate, deveria entregar a Normandie nas próximas semanas, mas uma entrega ao Egito envolveria diversas mudanças em relação à versão francesa. Ainda assim, seria plenamente possível fazer as modificações dentro do prazo pretendido pelo cliente.
Há um problema a resolver, porém: tripulação e treinamento. O Egito já sofre com uma escassez de pessoal qualificado para navios sofisticados, e o desafio seria treinar tripulantes em tempo recorde. Outra alternativa seria contar com uma tripulação-chave (francesa) que preparasse o pessoal egípcio antes de repassar o navio.
A entrega de uma FREMM ao Egito daria algum fôlego ao orçamento de defesa da França. Isso porque a exportação da FREMM é importante para a implementação bem-sucedida da Lei de Programação Militar, assim como a exportação do caça Rafale, esta mais importante ainda. Uma exportação também permitiria mais créditos para lançar o programa de uma fragata de porte médio, que poderia ser adquirida no lugar das três últimas das onze encomendas planejadas para a FREMM, atualmente suspensas.
FONTE: La Tribune (tradução e edição do Poder Naval a partir de original em francês)
FOTOS: DCNS e Marinha Francesa (a imagem do meio é da Aquitaine)
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Fragatas “pesadas” e médias, fazendo um hi-low mix seria interessante para a MB… as fragatas de 6000 tons mais dedicadas a defesa aérea e as médias (talvez 4500/5000 tons no máximo) dedicadas a ASW/ASuW….
Também gosto da idéia di hi-low-mix, mas, para mim, a unidade padrão escolta da MB teria que ter, no mínimo, 4 mil toneladas. A construção da CV-03 é uma bobagem. Quem vai construir uma unidade de 2,7 mil toneladas constrói uma do porte mínimo de uma Niterói.
Aliás, é uma asneira de todo tamanho numa armada como a nossa, com suas dificuldades de operação e manutenção, pensar em fragatas de seis mil toneladas.
A Marinha do Egito mantém os seus navios firmemente atracados no porto – a FREMM dara um toque diferete ao conjunto, uma Knox aqui, uma OHP ali e uma FREMM, um par de novas corvetas, uma Knox … todos lindos e enferrujando juntos.
Qualquer um que acompanhou os distúrbios pode ver como os tanques e blindados do Exercito do Egito estavam novinhos em folha, mesmo tendo sido comprados 30 anos atras (M-60 e M-1) enquanto os seus soldados desfilavam com capacetes de metal e AK-47.
e eles tem uma tremenda frota de AH-64 … ninguém sabe para que.
Exatamente Thomas_dw…. isto está me cheirando a corrupção da braba….
Aliás, ele vão pagar os franceses com o que ?? a mesada do Tio Sam…. ou com a receita do Canal de Suez ??
SDs.
Thomas e Baschera,
eu nem queria entrar nesse mérito, minha pesquisa dos últimos 20 anos de venda da DCNS está chegando ao fim e até agora mais de 70% das exportações é para reinos totalitários ou ditaduras terceiro mundistas… enfim.
Grande Abraço.
quem paga sera a Arabia Saudita que esta financiando uma serie de pacotes de armas para o Egito.
o Marroco comprou uma também – nem da para criar uma infraestrutura de apoio.
O governo dos EUA virou refém do lobby de fabricas que recebem o credito militar, eles recebem contratos baseados em creditos futuros, dai que nao da para cancelar encomendas, e la vao mais F-16, AH-64 e M-1 para o Egito que nem sabe o que fazer com mais unidades.
“…é uma asneira de todo tamanho numa armada como a nossa, com suas dificuldades de operação e manutenção, pensar em fragatas de seis mil toneladas.” Márcio… não é não ! Um navio de 6000 toneladas não necessariamente significa custar MUITO mais que um navio de 4000 toneladas, aliás, as nossas T-22s já deslocam totalmente carregadas quase 4500 toneladas. Os especialistas navais consideram 6000 toneladas, totalmente carregadas, o mínimo para se ter um eficiente principal combatente de superfície com boa capacidade de armas, sensores, etc. A espinha dorsal da US Navy será dentro de alguns poucos anos constituída por Arleigh Burkes… Read more »
daltonl bom dia.
Dentro do que esplanou, não seria mais viável a MB, dentro do PROSUPER, adquirir fragatas de 6000 tons para defesa aérea em vez das EG e desenvolver uma espécie de Niteroi Mod para ASW/ASuW ? A meu ver teríamos ganhos financeiros e tecnológicos maiores do que comprando de um estaleiro estrangeiro.
Oi Roberto… veja que fragatas na faixa de 5500/6000 toneladas são consideradas o mínimo ideal para um bom desempenho tanto na função EG como AA. Os franceses queriam 4 “Horizon” que são maiores que as FREMM mas tiveram que contentar-se com duas devido ao custo e planejam dotar 2 futuras FREMM de capacidade AA de longo alcance para compensar, pois, não serão a mesma coisa que uma “Horizon”. Ressuscitar a “Niterói” um projeto dos anos 60 seria na minha opinião cara e sem sentido quando já temos em mente o que deverá ser o “low” que são as fragatas leves… Read more »
Bosco, no lugar das Tamanduas coloque as Meko A 200 semelhantes as Sul Africanas com um rapid 76mm na proa um Milenium na popa e um VLS CAMM a ré do canhão principal. Sonar e radar 3 D de pontamísseis mar mar Harpoonh ou MAN, idem par sistemas EW, e tá feito o serviço.
Grande abraço
daltonl citei as Niterói como exemplo, não para usa-las realmente…. mas entendi seu raciocínio.
Então a MB esta indo no caminho certo com o ProSuper (se um dia sair) e as Tamandaré.
Aliás, falando nas CV03, tem alguma novidade ? O contrato de desenvolvimento acabava agora em novembro e nada foi noticiado.
Prezado Roberto,
Em razão de algumas questões ocorridas durante o ano, em julho o contrato foi suspenso por 60 dias. Desta forma, o prazo final para entrega, também foi prorrogado por 60 dias.
Assim, o prazo que venceria 26/11/2014, foi prorrogado para 25/01/2015.
Abraços
Caso todos os 12 NPa 1800 ton sejam obtidos, eles serão assim distribuídos:
1°DN – 4 unidades
3°DN – 3 unidades
4°DN – 2 unidades
5°DN – 3 unidades
Agradeço Cmt.
Dalton, se insisti numa plataforma mais leve é porque deve ser mais barata. Para uma armada que tem que substituir todas suas escoltas praticamente na mesma época, uma plataforma destas a que me referi deveria ser mais factível.
No mais, concordo com o Juarez: preferia ver belonaves do porte de Meko 200 na MB do que a CV-3. Trata-se de um projeto que já mostrou suas limitações, ainda que seja alterado. Se um navio de quatro mil toneladas é pequeno para a moderna guera no mar, como você mesmo ressaltou, imagina um com menos de três mil.
Marcio… o que ressaltei é que +/- 4000 toneladas é “pequeno” para um grande combatente de superfície, termo usado pela US Navy , “Large Surface Combatent”, mas que pode ser aplicado para qualquer outra Marinha. Se uma determinada Marinha possui navios de 4000 e outros de 2000 toneladas também é possível chamar os primeiros de de Principais Combatentes de Superfície, mas, é uma questão de semântica. O que importa é que navios de cerca de 6000 toneladas são importantes, mas, como é impossível ter uma Marinha constituída apenas por “grandes” deve-se procurar uma mistura adequada que deverá entre outras coisas… Read more »