França já cadastra empresas de guardas de segurança para navios das rotas africanas e asiáticas
O Ministério do Interior da França cadastrou as duas primeiras empresas de segurança privadas francesas interessadas em oferecer os serviços de agentes de segurança que serão embarcados em navios comerciais com o objetivo de prevenir e, eventualmente, repelir o ataque de piratas, especialmente em rotas africanas e asiáticas.
O novo serviço já foi regulado por legislação específica. As companhias Prorisk International Sarl – sediada na cidade francesa de Brest – e Prorisk International Limited – sediada na Ilha de Wight, no Canal da Mancha – tiveram seus registros acolhidos pelo Centro Nacional de Atividades Privadas de Segurança do Ministério do Interior, e, a partir de agora, estão habilitadas a oferecer seus préstimos a armadores que possuam embarcações de bandeira francesa.
O Grupo Prorisk (http://www.prorisk-international.fr/prorisk-international.php) foi criado em 2010, por ex-oficiais da Marinha francesa, para prover “proteção aos navios em zonas de alto risco de pirataria” e também treinamento e equipamento às entidades privadas interessadas em conhecer modernas técnicas de proteção no mar.
Os guardas de segurança usarão uniforme, capacete, colete balístico e armamento automático portátil que, eventualmente, poderá ser de maior calibre e posicionado em pedestais nos costados das embarcações. Esses agentes estarão sintonizados via rádio com as frequências das diferentes guardas costeiras, e terão um canal de acesso à rede de comunicações da Marine Nationale.
A autorização concedida pelo governo François Hollande para o início dessas atividades é vista por alguns observadores como uma crítica velada à incapacidade da Agência Europeia de Defesa de, mesmo em coordenação com marinhas africanas e asiáticas, prover o adequado patrulhamento das áreas mais sujeitas aos ataques dos piratas, no Golfo da Guiné, no Chifre da África, no litoral de Bangladesh e no Estreito de Málaca.
Recentemente, como forma de se aproximarem das principais potências militares europeias, Colômbia e Chile ofereceram navios de guerra para integrar a chamada Operação Atalanta, que luta contra os piratas aquartelados no litoral da Somália.