Navio-Varredor ‘Abrolhos’ deixa o serviço ativo da Armada

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M19

O Navio-Varredor (NV) “Abrolhos” despediu-se do serviço ativo da Armada no dia 20 de agosto em cerimônia presidida pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante-de-Esquadra Wilson Barbosa Guerra. A mostra de desarmamento do NV “Abrolhos” foi realizada na Base Naval de Aratu, em Salvador (BA). Estavam presentes o Comandante de Operações Navais, Almirante-de-Esquadra Elis Treidler Öberg; o Comandante do 2º Distrito Naval, Vice-Almirante Luiz Henrique Caroli; e o Comandante nomeado do 2º Distrito Naval, Vice-Almirante Cláudio Portugal de Viveiros, além de ex-comandantes do Navio e convidados.

Acumulando 1.305 dias de mar e 176.828,9 milhas náuticas navegadas em quase quatro décadas de serviço, o NV “Abrolhos” adestrou muitas gerações de marinheiros nas Operações de Contramedida de Minagem, uma vez que foi desenvolvido para varrer minas de contato e de influência. O navio foi construído em madeira, com baixa assinatura magnética e equipado para tarefas de varredura mecânica, acústica, magnética e combinada.

O Capitão-de-Mar-e-Guerra (Ref) Luiz Frederico Carvalho de Barros, primeiro Imediato e segundo Comandante do NV “Abrolhos”, manifestou a emoção em estar presente ao desarmamento do Navio. “Veio à minha lembrança, como um filme, todo o carinho e o trabalho que tivemos na preparação do Navio para cumprir bem a sua missão”, declarou.

O Contra-Almirante Cláudio Henrique Mello de Almeida, que comandou o NV “Abrolhos” nos anos de 1996 e 1997, também revelou ter boas lembranças do seu Comando, destacando a primeira viagem internacional do “Abrolhos”, por ocasião da Operação Águas Claras II, realizada em conjunto com a Armada Uruguaia.

Quinto navio da Classe Aratu, composta por um total de seis navios-varredores, o “Abrolhos” foi construído pelo estaleiro ABEKING & RASMUSSEN, na cidade de Lemwerder, na Alemanha, e teve a quilha batida em 25 de maio de 1973, sendo lançado ao mar no dia 7 de maio de 1974. Foi incorporado à Armada em 25 de fevereiro de 1976, quando passou à subordinação do Comando do 2º Distrito Naval.

FONTE: Marinha do Brasil

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Adam

1305 dias de mar em 40 anos dá um mês no mar por ano, mais ou menos. Meio pouco né? Ou é uma média normal?

MO

Oi Adam um NV não permanece constantemente no mar, nesta conta no padrao MB os NPa (Co, Pa Oc) são os que mais navegam, ate devido a naturesa da função

XO

Adam, os Navios param periodicamente para manutenções, fora quando ficam indisponíveis por avaria… de qualquer forma, tirar a média não dá uma idéia exata, depende da época… por exemplo, quando eu comandei o M20 em 2004, fiz apenas 13,5 dias de mar… abraço…

XO

Acrescentando, atualmente, existe um período de disponibilidade anual (varia de acordo com a classe de Navio), o qual indica a quantidade de dias de mar que o Navio deveria fazer… com isso, seria possível programar as manutenções e imobilizar o meio em períodos definidos… abraço…

Marcelo Andrade

XO,

Valeu pelas informações, entretanto, é uma pena a baixa de um navio sem ter um para substituí-lo, mas…..

Terra Brasilis

Realmente tanto o comentário do Adam como o do XO ( que é profisional do segmento ) servem de comparação, mas 1305 dias ~ 3,5 anos, considerando 40 anos de operação, independente dos PMG ou em missão, dá menos que 10%…mesmo não dando uma idéia exata, a matemática é clara.
Realmente, o flerte entre o que deveria ser disponibilizado a MB e o que é oferecido para treinamento e operação é extremamente desproporcional.

marujo

Há alguns anos, quando da visita do equivalente norte-americano ao CM da Marinha do Brasil, aventou-se a aquisição de caça-minas da US Navy. Agora, graças ao Dalton, sei que eles não estão disponíveis para transferência. Depois, noticiou-se que algumas unidades da classe italiana Leirice nos tinham sido oferecidas. A última notícia é que o Brasil estava conhecendo a solução sueca, muito mais barata e, assim, possível de ser adotada pela MB. O fato é que a primeira unidade dos Aratus está sendo descomissionada(outros, certamente, o seguirão) sem que tenha sucessor definido. Será que algum companheiro do blog, talvez o X.O,… Read more »

Jorge Knoll

– Triste ver a MB se apiquenando, sem conseguir repor a nave retirara de serviço. Até quanto assistiremos de braços cruzados o sucateamento e a pequinês de uma esquadra que um dia já foi a honra dos mares do SUL, e hoje, não tem 9 naves em condições de navegação, quando outra chegou a ter mais de 100. Meus pêsames MB

X.O.

O unico projeto que eu conheco nesta area foi a modernizacao da eletronica (armario de regulacao) dos NV, conduzida pelo IPqM… De qq forma, caso os demais Navios sejam retirados do servico, a lacuna deverah ser coberta… Por enquanto, porem, a ForMinVar nao eh prioridade, ateh onde eu sei… abracos…

Roberto F Santos

O que me chamou a atenção foi a quantidade Almirantes presentes, 2… 4 estrelas 2… 3 estrelas etc etc…………Foi muito Whisky, canapés, passagem aérea e diárias para essa turma.
agora pergunto . A Marinha tá em crise ?

Juarez

Mas deveria ser prioridade, porque minas são relativamente baratas e de fácil operação, fechou o porto acabou a marinha.

Grande abraço

Airacobra

O bozo tava presente, que bom

Éder Oliveira

Sr. Adam, excelente observação.
Acredito que não seja possível/plausível tendo em conta a disponibilidade “programada”, mas sendo assim… seria interessante tomar um tipo “leasing” (se possível, novamente)?
Éder

XO

Juarez, ainda devemos lembrar que, dando uma olhada nas isobatimétricas, a maior parte do nosso litoral é passível de minagem… abraço…

XO

Os 3 estrelas são, como diz o próprio texto, o atual e o próximo Com2DN, ou seja, são da área… o CEMA preside esse tipo de cerimônia e o CON representa o Setor Operativo…
Não estava lá prá saber como foi o evento, mas foi emitido um Memorando do próprio CM com determinações sobre a contenção de gastos… assim, acredito que não foi a “farra” que alguns aqui insinuam…

Marcelo-SP

Mais um que vai, sem substituto… Algumas grandes Marinhas, em épocas de contenção, enxugam o número de vasos de forma planejada a manter um padrão mínimo de operacionalidade. A Royal Navy, por exemplo. A nossa, infelizmente, está simplesmente apodrecendo…

Marcelo-SP

Fico só imaginando o nível de operacionalidade da geringonça nuclear submergível, quando, se um dia, ficar pronta… Temo, sinceramente, pela segurança de nossos marinheiros. Com o ritmo atual de recursos, melhor nem colocar na água. Abastecer seu reator, de jeito nenhum.

Luiz Monteiro

Prezado amigo Juarez,

O programa mais importante para a MB no momento é a “Recuperação da Capacidade Operacional (RCO)”, que consiste na revitalização de meios, estruturas e sistemas já existentes no inventário da MB.

Entretanto, se surgirem oportunidades para obtenção de meios, seja por construção ou pelas compras de oportunidade, a MB o fará.

Abraços

Marcelo-SP

Acho impensável, hoje, novas aquisições. Não conheço tão de perto a realidade da Marinha. Mas acompanho a do Exército por meio de alguns amigos oficiais. O que ouço deles é que, chegamos a uma situação na qual, se pudessem, mandariam a tropa toda para a casa para não gastar nem com o dia-a-dia. Quando se fala em meios terrestres, recuperar a capacidade operacional, ainda que mais custoso do que mantê-la, não é tão complexo, demorado e caro como em meios navais ou aéreos, a começar pelas próprias instalações. Sem falar em sistemas de armas e comunicação que, em todas as… Read more »

Dalton

Com exceção do Albardão que como o Abrolhos completou 40 anos, os demais 4 são até um pouco mais antigos, incorporados entre 1971 e 1972 e em que pese possam estar em melhores condições, não deverão durar muito mais. Da forma como vejo, estes navios são importantes para se manter uma doutrina, mas, não são e nunca foram prioridade, visto o pequeno número adquirido e pequenos quando comparados com navios costeiros de outras nações como a classe Lerici italiana por exemplo. A US Navy vê a mina com preocupação, mas, em áreas onde opera e não em casa, tanto que… Read more »

Juarez

Dalton, existe alguma disponibilidade de usados no mercado?

Grande abraço

Danilo José

Existe perspectiva alguma de substituição deste meio ?

Dalton

Juarez…

há muito pouco ainda mais quando o ideal seria substituir
6 por 6.

Dos mais comentados e/ou conhecidos…

Há apenas 10 Lerici italianos que serão retirados entre 2018 e 2025 e os primeiros a serem retirados terão mais de 30 anos de uso.

Os “Tripartite” estão sendo revitalizados e muitos já foram vendidos para outras nações.

Os britânicos possuem 15 o que é considerado excessivo
diante do tamanho da Royal Navy, mas, metade já está com 30 anos ou mais e os restantes tem sido usados como patrulheiros também.

abraços

Roberto F Santos

Senhor XO, não sei se vc serviu na força, passei 5 anos nos Fuzileiros e tenho laços até hoje de amizade com a Marinha, quando falo que foi uma farra, o digo pelo lado financeiro, mostra de desarmamento é um momento triste para qualquer marinheiro ou fuzileiro, o que falo é que devido a crise, ir fazer a solenidade não precisava tantos estrelados, visto os gastos que falei. Crise é crise, nenhuma marinha que se preze pode ter um interruptor de liga/ desliga. Portanto ao meu humilde ver, acho exagero ir para mostra de desarmamento de um navio pequeno, 2… Read more »

XO

Prezado Roberto, sou da casa como você (mas sou da gola, como vocês dizem), ainda estou na ativa… compreendo o seu argumento, apenas tentei explicar porque os Oficiais Generais estavam lá, pontuando que ou já estão na área, pelo exercício do cargo, ou fazem parte do protocolo… somente isso… abraço e AD SUMUS…

Roberto F Santos

Valeu !

ABULDOG

Esse navio não poderia ser aproveitado para operações na Amazônia ou Pantanal?

ABULDOG

Adaptando para patrulha de rio?

marujo

E na Holanda e na Bélgica, não excedentes de navios de contra-minagem que brevemente serão desativados?

marujo

Texto correto:
“E na Holanda e na Bélgica, não existem excedentes de navios de contra-minagem que brevemente serão desativados?”

Rafael Oliveira

Pessoal, tudo bem que estamos na pindaíba, mas comprar navios varredores usados, ainda mais trintões, não dá. Uma coisa é comprar navios com mais de 3000 T usados (que eu não acho uma boa ideia, mas ainda é compreensível). Outra é comprar esses naviozinhos usados. Faça uma licitação internacional, não coloque o nome de PRO-MIN, e veja a melhor oferta. Ou passa lá na Suécia, encomenda meia-dúzia de “Landsorts”, com um empréstimo do Banco Sueco, juros baixíssimos e início de pagamento em 2018, chora um desconto em nome da parceria (e dispensa de licitação) e deixa a MB no estado-de-arte… Read more »

Dalton

marujo…

Holanda e Bélgica usam os “Tripartites” que mencionei acima, ao menos por enquanto, não há perspectiva que sejam retirados e foram revitalizados justamente para se aguentarem mais tempo em serviço.

abs

Juarez

Sinuca de bico Dalton…..

Grande abraço

Roberto_A

faz tempo que nossos marinheiros e comandantes merecem novos varredores… mas sequer conseguimos manter os meios em serviço! #UmaLastima

Flávio

Boa noite .
Senhores tenho a mesma pergunta

de ALBUDOG, 28 de agosto de 2015 at 11:43 # .

Os navios não poderiam ser reaproveitados em outros

funções menos especializadas?

Os navios de aço quando dão baixa vão para o

desmonte, o que acontece com esses que são

de madeira?

sds.

Guilherme Poggio

Uma pena.

Nós aqui do Poder Naval batemos tanto nessa tecla da importância da contraminagem…