As corvetas classe ‘Inhaúma’ e ‘Barroso’
O projeto que resultou nas corvetas da classe ‘Inhaúma’ e ‘Barroso’ teve início em 1977, quando a Marinha do Brasil iniciou estudos para substituir suas antigas corvetas e contratorpedeiros, por uma nova classe de navios-patrulha oceânicos (NPaOc). Conheça sua história e futuro na MB, com a possível construção de mais navios com projeto e sistema de armas atualizado
Alexandre Galante e Fernando De Martini
O “Projeto Corveta” teve início em 1977, quando o ministro da Marinha, almirante Geraldo Azevedo Henning determinou o desenvolvimento de um projeto para a construção no Brasil de navios-patrulha oceânicos (NPaOc). O objetivo era substituir tanto as 10 corvetas da classe “Imperial Marinheiro” (na verdade, rebocadores de alto-mar) na função de patrulha marítima quanto 12 antigos contratorpedeiros das classe “Gearing”, “Allen M. Sumner” e “Fletcher” (de 14 recebidos pela Marinha desde o final da década de 1950), fornecidos pelos Estados Unidos pelo MAP (Programa de Assistência Militar).
A estratégia naval brasileira, no contexto da Guerra Fria, preocupava-se com a ameaça submarina soviética ao tráfego marítimo do Brasil, em caso de uma confrontação entre as grandes potências nucleares, EUA e URSS, como ocorreu na Segunda Guerra Mundial, quando submarinos alemães e italianos nos atacaram.
A Marinha estava recebendo seis modernas fragatas classe “Niterói”, de projeto britânico, quatro delas especializadas na guerra antissubmarino, das quais duas construídas no Brasil. A ideia era aproveitar a experiência e o conhecimento obtidos com as fragatas e construir no País navios de menor porte e mais baratos, em maior número.
Vale lembrar que planejamento feito na década anterior, e que levou à classe “Niterói”, preconizava uma frota de 30 navios de escolta, cujo primeiro lote deveria ter sido de 10 fragatas, mas que ficou restrito a 6 devido ao custo.
Ainda em 1977, o Ofício nº 1652 do CEMA (Chefe do Estado-Maior da Armada) à DGMM (Diretoria Geral de Material da Marinha) estabeleceu características básicas do NPaOc: velocidade máxima mantida de 28 a 30 nós, cruzeiro de 17 nós, raio de ação de 6.000 milhas náuticas e tripulação de 165 homens. As missões seriam de patrulha marítima e escolta antissubmarino a comboios ou força naval, complementando a classe “Niterói” tanto ao longo do litoral quanto em travessias oceânicas.
Em 27 de dezembro de 1978, Ofício nº 1940 do CEMA à DGMM alterou algumas características: velocidade de cruzeiro de 15 a 17 nós, velocidade máxima mantida de 25 nós, raio de ação de 4 a 5 mil milhas marítimas e tripulação de 125 homens. Suas missões seriam defesa afastada ou aproximada do litoral em ações de superfície, escolta a comboios de cabotagem ou transoceânicos, integrar coberturas com as fragatas e, em tempo de paz, realizar patrulha marítima nas águas territoriais do País. Na época, foram divulgadas concepções artísticas com canhões de 57mm e 76mm, sem hangar para helicóptero. Com a evolução do projeto, incorporaram-se hangar e convoo para helicóptero orgânico e armamento similar ao da classe “Niterói”. O navio crescia.
O CEMA procedeu à revisão dos requisitos e, em meados de 1979, submeteu ao EMA (Estado-Maior da Armada) o relatório de estudo de exequibilidade, selecionando a versão “escolta-padrão”, agora denominada corveta. Iniciou-se a fase de concepção, que durou até dezembro de 1980. O projeto foi aprovado pelo ministro da Marinha, almirante Maximiano Eduardo da Silva Fonseca, pelo Ofício nº 1006 de 12 de maio de 1981, enviado ao EMA. Após discussões interministeriais, concluiu-se o projeto de contrato, em 15 de agosto de 1983.
O “Projeto Corveta” foi desenvolvido pela Diretoria de Engenharia Naval (DEN) com consultoria técnica da empresa alemã Marine Technik, em contrato firmado em 1º de outubro de 1981. Vale dizer que apenas 7,5% de mão de obra estrangeira foi utilizada nas fases de concepção e preliminar do projeto. Foi autorizada a construção de quatro navios, o primeiro par autorizado em 15 de fevereiro de 1982 e o segundo em 9 de janeiro de 1986. A Marinha planejava construir dezesseis corvetas, em quatro lotes de quatro navios, mas a falta de verbas diminuiu esse número para doze e, por fim, para apenas quatro, que ainda assim sofreram atrasos consideráveis na construção.
A construção da primeira corveta, a Inhaúma (V30), foi iniciada em setembro de 1983 no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), com lançamento previsto para junho de 1985 e entrega para junho de 1987. Todavia, o lançamento só ocorreu em dezembro de 1986 e a incorporação em dezembro de 1989. A construção da Jaceguai (V31), iniciada em outubro de 1984 também no AMRJ, também sofreu atrasos (embora seu tempo de construção na carreira tenha sido menor que o da Inhaúma), com lançamento em junho de 1987 e incorporação em abril de 1991. O financiamento para a parte mais cara dos navios, o sistema de armas, foi obtido junto a bancos estrangeiros. Já a plataforma e seus sistemas contaram com verbas locais e financiamentos de empresas estrangeiras que se consorciaram com brasileiras, no esforço de nacionalização.
Como a Marinha pretendia transferir a tecnologia de construção de navios de guerra a estaleiros privados, o segundo par ficou a cargo do Estaleiro Verolme, com um prazo de entrega de 33 meses para a Júlio de Noronha (V32) e de 36 meses para a Frontin (V33). A primeira foi incorporada em outubro de 1992 e a segunda em março de 1994.
O projeto da plataforma
O projeto conceitual definitivo das corvetas mostrava características semelhantes às da classe “Niterói”, embora com porte menor: sistema de armas, proteção NBQ (Nuclear, Bacteriológica e Química) e propulsão CODOG (Combined Diesel or Gas Turbine – sistema combinado de motores diesel para velocidade de cruzeiro ou turbina a gás para velocidades de pico). Outras configurações de propulsão foram estudadas, comparando-se peso, volume, quantidade de combustível e raio de ação, velocidade máxima, custo no ciclo de vida e possibilidade de nacionalização. As análises da DEN foram encaminhadas ao EMA, que decidiu pelo CODOG.
Nos tanques de prova do SSPA (Statens Skeppsprovningsantalt) em Gotemburg, na Suécia, realizaram-se os principais testes com o modelo do casco: resistência à propulsão, manobrabilidade e comportamento no mar. Os testes foram positivos, contrariando experiências anteriores no IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas, em São Paulo) que indicaram possíveis problemas de mergulho da proa, com embarque de água, em mar grosso. Acabou se confiando mais nos testes suecos, o que depois se mostrou como um erro: o IPT é que estava certo. Voltaremos ao assunto mais à frente.
Houve especial atenção no projeto para que o navio fosse silencioso, visando as operações antissubmarino. O projeto dos hélices foi extremamente cuidadoso, sendo realizados testes de eficiência, cavitação, vibração e ruído. Foram adicionados calços flexíveis para a maioria dos equipamentos de bordo e também se atendeu a requisitos de resistência a explosões submarinas e baixa assinatura ao infravermelho e ao radar.
A meta de nacionalização gera uma classe de “quatro protótipos”
Para se atingir o maior índice possível de nacionalização, meta considerada fundamental, decidiu-se encomendar quatro navios de uma vez, e não apenas um protótipo, pois só com quatro unidades se conseguiria uma escala mínima inicial que compensasse os custos e riscos técnicos para a produção nacional de sistemas e equipamentos. Vale lembrar que os riscos financeiros também não eram pequenos: na época, a inflação só crescia, reduzindo o valor efetivamente recebido pelas empresas. Com isso, a classe de quatro navios passou a ser, praticamente, uma classe de quatro protótipos – o que tem precedentes em outras marinhas ao longo da história, como a americana.
Um exemplo de prioridade na nacionalização foi do sistema de propulsão. Rejeitou-se um atrativo financiamento externo que permitiria obtê-lo por completo, pois a contrapartida seria não participar na engenharia do projeto desse sistema, impedindo também que se nacionalizasse os equipamentos, prejudicando a autonomia na manutenção.
Enfrentou-se então o desafio de projetar aqui o sistema de propulsão, com o máximo possível de nacionalização. Assim, a turbina a gás GE LM-2500 (27.000hp) foi nacionalizada em 15% (base, invólucro, grupo de descarga de gases e outras peças) e os motores diesel MTU 16V956 TB91 de 3.900hp (dois em cada navio) em 42%. A engrenagem redutora Renk-Zanini é 71% nacional, o sistema de estabilização ativa por aletas da Vosper foi nacionalizado em 75% do seu custo e os sistemas de eixos e hélices KaMeWa foram 92% produzidos no Brasil. Outros exemplos são a máquina do leme Sperry, os geradores Siemens e os cabos elétricos da Pirelli,100% nacionais.
O projeto do sistema de armas
A concepção e especificação do sistema de armas recebeu especial atenção para atender aos requisitos operacionais, considerando-se características das ameaças de superfície, submarinas e aéreas formuladas pelo EMA. Num momento em que a guerra naval trazia novas ameaças como os mísseis antinavio, o tempo de reação foi considerado fundamental, juntamente com a precisão e a automação das armas.
No início da década de 1980, as soluções embarcadas eram baseadas em mainframes ou minicomputadores, sendo adotado o computador inglês Ferranti FM1600E (o mesmo das fragatas Type 22), evolução do FM1600B do sistema CAAIS da classe “Niterói”. O tempo de reação típico contra um míssil antinavio como o Exocet, ameaça considerada crítica pela alta velocidade e difícil detecção, era de 20 segundos. Com o míssil detectado a cerca de 12km do navio, o sistema tinha tempo suficiente para rastreá-lo, computar a previsão de tiro dos canhões antiaéreos e abrir fogo.
O Centro de Operações de Combate (COC) foi organizado em duas grandes áreas funcionais básicas: Comando e Controle (com os sensores de vigilância e os consoles dos operadores) e Direção de Tiro (com os sensores rastreadores de alvos e os consoles de controle de armas). No total, são três consoles: o de comando de guerra de superfície, o de armas abaixo d’água e o de armas acima d’água.
No subsistema de Direção de Tiro (DT) implementou-se a flexibilidade de controle: qualquer um dos sensores de DT (radar, alça eletro-ótica, alças óticas) pode controlar, via computador, qualquer um dos canhões. Controles locais de emergência permitem que as alças comandem diretamente as armas, em caso de avaria dos computadores.
Houve grande participação brasileira em engenharia de sistemas, produção local de hardware, gerência técnica, documentação, testes, integração e comissionamento.
Mais lições da Guerra das Malvinas
Pouco tempo depois da autorização para construir as duas primeiras corvetas, em 15 de fevereiro de 1982, eclodiu a Guerra das Malvinas, quando tropas argentinas ocuparam as ilhas e a reação britânica resultou em combates aeronavais, trazendo muitas lições. Já falamos da necessidade de reagir rápido a ataques de mísseis do tipo “sea skimmer” (de voo rente ao mar) como o Exocet.
Outras lições estão relacionadas às avarias causadas por mísseis do tipo. Foi o caso do destróier britânico HMS Sheffield, que recebeu o impacto de um AM39 Exocet lançado por um jato Super Ètendard da Marinha Argentina. O míssil penetrou o casco, sem explodir – ainda assim, as chamas do propelente provocaram um violento incêndio, queimando cabos elétricos que emitiram fumaça tóxica, prejudicando seu combate. O fogo aqueceu a superestrutura de alumínio, que entrou em colapso. O navio afundou dias depois, quando era rebocado.
Projetos de navios de guerra foram reformulados após as lições daquele ataque, diminuindo-se o emprego de alumínio estrutural e incorporando-se cabos elétricos de materiais que não produzissem fumaça tóxica em caso de incêndio. O projeto da classe “Inhaúma”, mesmo já bem adiantado, absorveu essas mudanças: parte da estrutura de alumínio (que derrete à temperatura de 650°C, normalmente atingida em incêndios) foi substituída por aço (que resiste a 900°C), na superestrutura de vante e de ré, gaiuta com chaminé e hangar. As escadas em rotas de escape também são de aço.
Características principais das corvetas
A vida útil projetada de cada navio era de pelo menos 25 anos, a um custo de aquisição de US$150 milhões por unidade à época e índice de nacionalização de 40% desse valor. O sistema de armas, que representava 50% do custo, foi em sua maior parte importado, pois a fabricação no Brasil só seria viável com encomendas ainda maiores que as iniciais.
Escolheu-se o canhão inglês Vickers Mk.8 de 4,5 polegadas (114,3mm), mesmo modelo usado na classe “Niterói”, com capacidade antiaérea e antissuperfície; dois lançadores sêxtuplos Plessey Shield de chaff sobre o passadiço; dois lançadores duplos de mísseis superfície-superfície Exocet MM40 e dois reparos triplos Mk.32 para torpedos antissubmarino Mk.46; dois canhões de 40mm/L70 semi-automatizados em ambos os lados do hangar, que abriga um helicóptero orgânico Westland Super Lynx Mk.21A (SAH-11A), desempenhando missões de esclarecimento, ataque antissubmarino com torpedos, ataque a navios com mísseis Sea Skua e orientação além-do-horizonte (OTH) para os mísseis Exocet MM40 lançados pelo navio.
O principal sensor selecionado foi o radar Plessey AWS-4 de vigilância aérea e de superfície (com capacidade IFF – identificação amigo-inimigo), operando na banda E/F. O radar é dotado de MTI (indicador de alvo móvel), que remove “clutter” (retorno do mar e de terra) e permite o acompanhamento de alvos em voo rasante sobre o mar. O radar de navegação é o Kelvin Hughes e o sonar de casco passivo/ativo é o Atlas Elektronik DSQS-21C, de média frequência. Os canhões são direcionados por um radar de direção de tiro Orion RTN-10X, uma alça eletro-ótica Saab EOS-400 (TV, infravermelho e telêmetro laser) e duas alças óticas OFDLSE. Para a guerra eletrônica o sistema Racal Cygnus/Cutlass B1 tem capacidade de interceptação, análise e bloqueio eletrônico – este foi nacionalizado pelo Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM).
A propulsão CODOG permite velocidade máxima contínua de 27 nós (turbina) e máxima de cruzeiro de 18 nós (motores diesel). A autonomia é de cerca de 4.000 milhas marítimas a 15 nós.
Em operação
A primeira unidade, a Inhaúma, enfrentou diversos problemas quando começaram as provas de mar, embora isso seja razoavelmente comum de ocorrer em navios dessa complexidade: é com erros que se aprende, e a história dos projetos navais está repleta de erros e aprendizados. Porém, o fato de serem quatro protótipos, pelas razões de nacionalização já mostradas, não permitiu que defeitos percebidos na primeira unidade resultassem em mudanças de projeto nas três seguintes. O adiantamento da construção das demais limitou as modificações possíveis de fazer ainda na carreira, só sendo implementadas na fase de acabamento ou depois da incorporação. Precisou-se introduzir lastro para aumento da estabilidade, enquanto problemas como o mergulho da proa só foram corrigidos numa quinta unidade, a Barroso, lançada anos mais tarde.
Porém, depois de corrigidos os principais defeitos, a classe “Inhaúma” passou a receber elogios pela capacidade de guerra eletrônica e de pontaria, e isso numa época em que a classe “Niterói” ainda gozava de muito prestígio. Aos poucos, os “fragateiros” reconheceram as qualidades das novas corvetas.
Mudanças de planos e a longa construção de mais uma corveta
A ideia de se construir mais doze navios (para um total de dezesseis) foi formalmente abandonada em 1992, após anos de hesitação e indecisão. Simplesmente não havia recursos para um programa de construção desse porte, em época de inflação galopante.
Ainda assim, em meados de 1993 a Marinha anunciou a preparação de uma derivação do projeto, com um casco aumentado e sistema de armas mais leve. A quantidade de novas corvetas caiu de doze para duas, e o corte de metal para o primeiro navio foi iniciado em 21 de dezembro de 1994. Uma segunda encomenda foi prevista para 1995, mas concretizá-la ficava cada vez mais difícil, e foi necessário adquirir quatro fragatas britânicas Tipo 22 usadas para cobrir as últimas baixas de contratorpedeiros antigos (outras haviam sido compensadas por quatro contratorpedeiros de escolta classe “Garcia”, dos EUA, recebidos em 1989). Também se definiu uma extensa modernização da classe “Niteroi”, enquanto se gerava as exigências operacionais de uma nova classe de fragatas, para entrar em serviço 10 anos depois. Enquanto isso previa-se que a primeira corveta aprimorada fosse lançada em agosto de 1998 e incorporada em 2000.
Em janeiro de 1996 o ministro da Marinha, almirante Mauro Cesar Rodrigues Pereira, declarou que ainda esperava conseguir fundos para uma segunda unidade, sugerindo que havia em discussão um plano para dez unidades (presumivelmente as 4 da classe “Inhaúma” e 6 da nova versão). Mas a própria construção da primeira corveta aperfeiçoada, batizada Barroso, já sofria seguidos atrasos: o lançamento marcado para junho de 1999 só ocorreu em dezembro de 2002 e a incorporação, programada para junho de 2006, só foi possível em agosto de 2008, somando 14 anos desde o início da construção!
Finalmente a Barroso
O casco da quinta corveta tem 103,4m de comprimento e é 4,2m mais longo que o original, mantendo-se a boca de 11,4m. A extensão foi acompanhada do aumento da borda livre à proa, que também recebeu “bochechas” semelhantes às da classe “Niterói” para melhorar as qualidades marinheiras e diminuir o embarque de água em mar grosso. Os estudos da nova proa tiveram o auxílio do Swedish Maritime Research Centre SSPA. O convoo foi estendido para operação mais segura de helicópteros e a coberta à proa também foi estendida em um metro, aumentando o conforto da tripulação de 145 militares.
A superestrutura abaixo do passadiço foi modificada para aumentar a furtividade. O mastro principal é mais baixo e leve, o tamanho da chaminé foi reduzido e o convés 01 foi estendido, com portas de acesso reposicionadas. Com isso, o COC também ficou um metro mais longo.
A praça de máquinas foi estendida em dois metros para acomodar motores MTU 20V1163 mais poderosos e maiores, com 7.850hp cada, permitindo velocidade máxima de cruzeiro (só com motores diesel), superior a 20 nós, mantendo-se o alcance de 4.000 milhas a 15 nós.
O canhão de 4,5 polegadas foi mantido (instalou-se canhão retirado do convés de popa da fragata Constituição durante a modernização do navio), assim como os mísseis Exocet MM-40 (em novos lançadores) e os reparos triplos nacionalizados (SLT Ares) para torpedos antissubmarino. Já os dois canhões Bofors 40mm/L70 semi-automatizados da classe “Inhaúma” deram lugar a um único Bofors 40 Trinity Mk.3 CIWS sobre o hangar, porém totalmente automatizado e mais efetivo.
Na eletrônica, os lançadores de chamarizes de proteção antimíssil foram substituídos pelo sistema similar SLDM do IPqM (Instituto de Pesquisas da Marinha) usado nas fragatas modernizadas, instalando-se o sistema de guerra eletrônica Defensor, também nacional, para alerta-radar (MAGE). Foi selecionado o radar de busca AESN RTN-20S e o radar de direção de tiro RTN-30X, ambos empregados pela classe “Niterói” modernizada. Foram instalados também dos radares de navegação Furuno e Scanter Therma. A mudança mais importante foi o sistema de controle tático e comando e controle Siconta Mk III, nacional, no lugar do Ferranti CAAIS-450/WSA 421 da classe “Inhaúma”. O sonar de casco é o EDO 997C.
Porém, foi preciso diminuir a nacionalização em outros itens, devido à perda de escala. Por exemplo, os hélices deixaram de ser de fabricação nacional.
Mais corvetas
Em meados de 2012 a Marinha solicitou ao Ministério da Defesa a construção de mais quatro corvetas derivadas da classe “Barroso”, possivelmente em estaleiros privados nacionais.
O programa das novas corvetas visa, segundo a Marinha, a construção inicial de quatro navios para emprego em áreas costeiras e oceânicas, com elevado índice de nacionalização de componentes e equipamentos. O reprojeto trará novas funcionalidades, aumentando a flexibilidade, o poder combatente e a capacidade de contrapor ameaças múltiplas. Espera-se também promover o crescimento da Indústria Nacional de Defesa, desenvolvendo-se equipamentos para emprego nos navios e envolvendo universidades, empresas e outras instituições nacionais de pesquisa.
O Centro de Projetos de Navios da Marinha do Brasil, localizado no AMRJ, desenvolveu sozinho as duas primeiras etapas do programa: a fase da determinação da exequibilidade dos requerimentos de alto nível do sistema (RANS) e o Projeto de Concepção. O centro lançou então uma concorrência para o “Projeto Preliminar de Contrato” da nova corveta brasileira, vencida pelas empresas Projemar Engenharia e Participações S/A e estaleiro VARD Niterói S/A. O projeto preliminar fará parte da documentação do processo de seleção de estaleiros contratados para a construção.
Conhecido como “terceiro projeto de corveta” – CV03 ou classe “Tamandaré”, o navio terá um deslocamento ligeiramente maior que o da Barroso, com um desenho mais furtivo, novos sensores e armamento antiaéreo incluindo mísseis mar-ar, atualmente em seleção.
Conclusão
A defasagem do cronograma das corvetas, juntamente com a desativação de navios antigos, obrigou a Marinha a adquirir navios de segunda-mão, como vimos. Essas compras de oportunidade resolveram um problema urgente, mas prejudicaram seriamente a indústria naval e de defesa do País, sendo também soluções temporárias.
É necessário que a Marinha possa continuar o processo de nacionalização de meios e sistemas com a construção de mais corvetas, para que não se perca (ou melhor, para que se recupere, pois parte da experiência se perdeu com a saída e aposentadoria de pessoal) o que foi realizado com tanto sacrifício. É preciso obter o mínimo essencial para manter a massa crítica de engenheiros e técnicos, evitando-se ficar para trás.
A construção naval militar deveria ser uma das prioridades do País. Neste século, a capacidade de se defender e demonstrar poder (mesmo sem guerra) para alcançar objetivos políticos será vital para um país rico em recursos naturais como o Brasil.
Com o “Projeto Corveta” a Marinha alcançou a capacitação tecnológica para conceber, controlar e executar todas as fases de obtenção de navios de guerra. O caminho agora é seguir adiante, sem interrupções, evoluindo sempre.
Artigo publicado originalmente na revista Forças de Defesa número 10
Nada contra, tudo a favor ……. falta somente achar o dindim $$$$$.
2º levantamento recente, os desvios e over price em tudo que envolve Petrobras, coligadas, controladas etc ….. já ronda os US$ 80 Bi, sim Bi e de dólares,
Certamente teríamos as Forças Armadas mais bem equipadas do cone sul, mas acrescento …. com um novo desenho de FFAA’s. Não esse que ai está.
Como sou grande defensor de MRO, Retrofit, Reformas, Overhaul etc …. e creio que o GF/MinDef não vão nos trazer nada de novo, executar esses procedimentos em tudo que seja viável é um caminho, manter-se-ia o pessoal qualificado, de alto ao médio nível e orar para que um dia sejamos um País.
Está posta a pergunta: Quais as naus que a MB podem e devem receber tal procedimento ?
Faríamos no Brazil ? Com apoio de sistemistas/fornecedores qualificados ?
Ou deslocaríamos nosso pessoal técnico e executaríamos “fora” ? (Tempo de execução e cu$to Bra$il) !
Eu sou fã desse navio (Barroso e Inhauma). Acho-os muito equilibrados. Pra mim o maior defeito sempre foi o canhão principal, que deveria ter sido o Super Rapid de 76 mm, no mais, quase que perfeita para nosso TO.
Bosco,
Concordo contigo, e iria mais além, acrescentaria mais um Radar DT ou alça optronica, e um SAM tipo RAM ou Sea Crotale ou alguma variante de MANPADS.
Será que ainda dá pra pedir pra Papai Noel pra ter como instalar o EOS e o MANPADS em um PMG?!
A Barroso foi sem dúvida um bom salto tecnológico, mas levou anos. Desanimam as pessoas envolvidas. O Brasil precisa de anos de amadurecimento, não só na defesa, mas principalmente no que tange a educação. As vezes queremos que o Brasil produza sua própria tecnologia por orgulho, ufanismo, mas não dá Agora não dá.. As coisas aqui ficam impressionantemente caras. Acreditar que apenas o sucateamento da MB (meios de superfície) seja o problema, é entender a MB de maneira infinitamente superficial. Não vejo um remédio para a MB, e quem dera fosse apenas a compra de novos escoltas, docas, apoio. Talvez… Read more »
Desnecessário falar dos problemas de design das Inhaúma, mas que foram solucionados com a Barroso. A corveta Tamandaré, sendo uma evolução dessa, poderia até ter uma consultoria internacional no seu projeto. Não duvido do projeto. Contudo, volto a bater na tecla: não há no Brasil estaleiro em condições técnicas para a construção. Atrasos, sobrepreço e problemas de fabricação são absolutamente inevitáveis. A CV03 custará um destróier. Os NPa 500 estão parados no falido Eisa. Gastou-se uma fortuna em um projeto estrangeiro ultrapassado e não há perspectiva de entrega. A tragédia perfeita. Quantas vezes isso já se repetiu? Insisto que a… Read more »
O Siconta, o torpedo pesado nacional e o míssil anti-navio são iniciativas plenamente válidas. Há diminuição da efetividade quando a inteligência está nas mãos de terceiros que podem repassa-las ao inimigo. As forças armadas brasileiras tem estoques baixos e em caso de conflito todas as portas se fecham. Há possibilidade de exportação se a venda alcançar um preço justo. Mesmo se pagando um pouco mais por um equipamento com desempenho um pouco menor, ainda vale a pena.
Quanto ao bonde da construção naval, nós perdemos.
Uma coisa que acho péssima são essas licitações. As empresas colocam um preço e depois quando começam vão aumentando alegando aumento de custos. Deviam obrigá-las a fazer pelo preço contratado. O resto é desculpa.
Por que desnecessário falar de problemas. Eu me interesso por eles. Desconsiderá-los numa narrativa seria passar a ideia de que esses navios foram construídos facilmente e que não existiam dificuldades técnicas, econômicas, pessoais. Por que é vergonha de falar o que deu errado? É cultural isso.
Não temos industria naval de qualquer tipo, sem isto não há construção naval militar.
Mauricio R.
Sucinto e verdadeiro.
Itacir
Como se faz em qualquer lugar do mundo. Empreender é assumir riscos, menos no modelo de capitalismo de compadrio brasileiro.
OFF TOPIC… . …mas nem tanto!!! . Descomissionada a 1ª fragata projetada e construída na Índia. . “The Indian Navy has decommissioned its first Godavari-class guided-missile frigate. The vessel, said to be the country’s first indigenously designed and constructed warship, was retired in a decommissioning ceremony in Mumbai on 23 December.” Godavari was laid on 3 November 1978 by Mazagon Dock Limited (MDL), launched on 15 May 1980, and commissioned on 10 December 1983. Two other ships in class, INS Ganga (F 22) and INS Gomati (F 21), were commissioned on 30 December 1985 and 16 April 1988 respectively. .… Read more »
Eu creio que, para os próximos 30 anos, com 11 unidades da classse Tamandaré (produzidas na cadência de 2 em 30 meses, uma no AMRJ e uma no exterior) e a Barroso remotorizada e com sistemas modernizados no padrão CV03 (inclusive o canhão Super Rapid 76mm), para substituir as Greenhalgh, Niterói e Inhaúma remanescentes, mais quatro subs classe Riachuelo, mais dois NaPOc classe Amazonas e a finalização dos NaPa classe Macaé, a força de superfície, de submarinos e os meios distritais da MB estariam bem equipados.
Bem armadas para minha opinião seria, canhão 76 mm Super rapid, 12 lançadores Aster 15, logo atras do canhão, Exocet MM 40 , um 30 mm gooalkeeper CIWS em cima do hangar do helicopetero. Melhor ter uma Marinha eficiente pequena que uma gigante velha.
Excelente texto.
A matéria do PN não é a toa, pois estas corvetas vão ter que durar mais uns dez ou doze anos, porque dada a a tual situação financeira que não será revertida caso da deposição da chefe de quadrilha e a ascensão de um governo sério antes de 2020, então provavelmente veremos a MB tirar leite de pedra delas, fazer PMGs e talvez até alguma modernização.
Submarinos classe Riachuelo, kkakakakakakakak, aguardem para ver o que vai acontecer……
G abraço
Porque será que não levaram a sério o Instituto Brasileiro que previu os problemas do Navio e aceitaram a opinião dos Suecos, hein?? Certo que não lembraram do “Wasa”! Será que vai rolar o mesmo…”critério”… para os Submarinos Franceses? Em tempo, que barquinhos feios essas Corvetas parecem “caixotes” mal flutuantes, embora o recheio eletrônico seja satisfatório. Essa classe Tamandaré foi pensada como patrulha para o mar territorial ou serão planejadas desde o início para escoltas “trans-oceânicas” e partes de grupos de batalha de Porta-aviões” como se tenta fazer com as pobres Inhaúmas?
Prezados, as Inhauma tiveram seu valor, mas careceram de uma manutencao mais frequente… o Navio tem suas qualidades, mas alguns defeitos, dos quais destaco: proa baixa (o 4,5 penava com tanta agua embarcando), geracao de energia inadequada (o grupo motor-gerador nao aguentava o tranco, somente com planta dividida, 2 na linha), acomodacoes da Guarnicao sem o minimo de conforto ( a coberta da Div. I cheirava a oleo, amigo…), convoo reduzido (dizem que o menor do mundo em que pousa o Lynx)… mesmo assim, passados 6 anos na V33 e uns 450 DM na classe, ainda tenho um grande afeto… Read more »
XO, apesar do baixo perfil da proa, o peso do 4,5 não influi também no caturro? Um canhão mais leve, tipo o 76mm ou 57mm não aliviaria em parte o mergulho da proa e o embarque de água com mar grosso?
Adriano, nao sei, sinceramente, se o peso da torreta faria diferenca… o formato da proa, acredito eu, eh a razao para o problema… eu nao sou engenheiro, entao minha opiniao eh baseada no que vivenciei… se vermos o caso da Barroso, que tem proa semelhante aas FCN, essa teoria fica reforcada… abraco…
Ok XO, grato e abraço.
Galante,
Ainda não li a matéria toda (sem tempo), mas ta muito boa. Continue produzindo matérias assim que eu vou ficar muito feliz…
oportunidade perdida antes e durante a era PT no poder. Sucateamento da esquadra, do ARSENAL DA MARINHA no Rio de Janeiro e a perda do projeto aqui em destaque. PROSUB corrupto e superfaturado ajudou a piorar. Vai ter que recuperar o Arsenal antes de qualquer coisa. O da Odebrecht que e dane.
Amigos, vendo o Joker falar sobre MANPADS, imaginei agora uma cena bizarra: um marinheiro com um Igla no ombro, mirando em uma aeronave inimiga. Seria isso ridículo, ou nem tanto?? Kkkkkkk
Boa noite a todos! 🙂
Tamandaré, É normal haver manpads em navios americanos, russos, etc. Os americanos sempre levam o Stinger em seus navios. – Joker, Realmente só tem um DT com radar nas corvetas, o que indica que somente um alvo pode ser engajado por vez, embora o possa tanto pelo canhão de 40 mm quanto pelo de 114 mm simultaneamente. O que pode servir no caso de um ataque múltiplo seria usar a alça EO, mas não sei se ela suporta a operação no modo ar-sup contra mísseis ou aeronaves de alto rendimento. Vale salientar que só a Barroso é que tem uma… Read more »
As Barroso e agora na forma das Tamandaré, mostram que temos como prover otimas soluções nacionais. Faço coro ao colega Mauricio R, na qual sem industria naval, jamais haverá poder naval. Nosso erro, foi ter colocado todo o peso do renascimento de nossos estaleiros calcados somente no petroleo. Obvio que a Petrobras seria uma alavanca, mas já era totalmente desnecessário o nivel de percentual nacional obrigatorio ( poderia haver percentual menor) ao tempo que a navegação de cabotagem continua sem qualquer percentual de proteção. Nos EUA, a navegação de cabotagem é protegida por creio eu, 40% de exigencia de bandeira… Read more »
Bosco, a EOS faz o tracking por contraste, entao, acredito que seria muito dificil fazer a aquisicao de um missil pelo operador… no entanto, existe um recurso no sistema que permite um sensor ” apontar” outro sensor… assim se o RTN estvesse trecado no alvo, seria passado o comando “EOS acquire RTN”, dai a alca aponta para o mesmo alvo e o trabalho do operador fica mais facil… tudo isso, porem, somente funciona se a manutencao e alinhamento estiverem em dia, bem como o adestramento do pessoal… Os 40mm, teoricamente, tem condicoes de reagir contra um missil, operando em remoto… Read more »
Veleu XO.
Bosco e XO, boa tarde,
senhores, o trinity 40mm/L70 da Barroso e Niterois modernizadas tem uma espécie de “antena diretora própria”? Pergunto isto pois observando as torretas de perto observei que alinhado ao canhão 40mm existe um “prato” pra mim parece uma pequena antena radar. Está correto isso?
Ela (a antena) está visível na foto desta publicação onde a Barroso está de popa para a câmera visto de lado parece um “tambor” sobre a “raiz” do tubo de 40mm bem junto a articulação de elevação.
Mig…
na minha opinião vc está vendo parte da antena de comunicações via satélite que encontra-se atrás do canhão e não ligado ao canhão, ao menos é o que entendi sobre sua dúvida.
abs
Se for a antena junto da torreta sobre o tubo alma, acredito que seja um pequeno radar para medir a veloc de saida dos projetis… isso eh um dos parametros de balistica interna, a ser inserido no sistema para calculo da solucao de tiro… nos 40mm das classe Inhauma, tinhamos de instalar o radar para obter essa informação… abraco…
https://www.youtube.com/watch?v=lO49knxj8lY&feature=youtu.be
Otima materia. Projeto de Estado exige homens de Estado. Capital se obtem com capacidade administrativa, com boa gestao do recurso publico.
Bosco e XO,
Muito obrigado pelos esclarecimentos. É bom ver a opinião de quem entende.
Quando falei em um radar DT pensei em um outro a ré, para se contrapor a um ataque de saturaçao. Sobre MANPADS, pensei exatamente na familia Mistral, meu pensamento estava no sistema SIMBAD, que ja é conhecido da MB, mas o SADRAL parece mais adequado.
Mig, Como o XO disse essa antena mede a velocidade dos projéteis e esses dados são utilizados para a correção dos tiros subsequentes e para programar a espoleta inteligente dos projéteis 3P. Só a Barroso tem uma versão do Bofors 40 mm com esse radar. O radar de controle de tiro está situado acima e pouco atrás do passadiço, com forma de prato e ladeado por câmeras. Ele é o responsável pela solução de tiro AA tanto dos canhões de 40 mm (um só na Barroso) quanto do canhão Mk-8 de 114 mm. A Barroso tem uma alça eletroópitca (estabilizado… Read more »
Bom dia!
Senhores embora o canhão Super Rapid , 76 x 62 mm, seja uma arma eficaz e de qualidades comprovadas, eu ,particularmente acho que um canhão no calibre 127 mm seria mais adequado em função de maior alcance e letalidade.
Acredito também, mas não tenho certeza, que o calibre maior possui uma maior variedade de munições , projéteis com calibres menores que o tubo, para aumentar o alcance, munições propelidas por foguetes etc.
Em caso de apoio de fogo também acho que seria mais efetivo.
Saudações a todos e um feliz 2016.
Flávio, O problema é o porte de uma corveta para um canhão desse calibre. O apoio de fogo exige em tese grande quantidade de munição. Só pra você ter uma ideia um Burke leva 600 projéteis de 127 mm. Se formos ver pelo deslocamento do navio uma Barroso iria levar no máximo uns 150 projéteis. E um canhão maior iria piorar a defesa AA de ponto, notadamente a antimíssil. O Mk-8 de 114 mm é dito ter capacidade antiaérea, mas não antimíssil e um canhão de maior calibre seria ainda pior (canhões italianos de 127 mm são mais capazes na… Read more »
Caro Bosco, obrigado pela resposta. Realmente não levei em consideração o porte do navio, e só considerei o canhão principal como antisuperficie, pois considerei os outros usos como secundários, deixando a defesa antiaérea e defesa de ponto para os mísseis e canhões CIWS. Em sua opinião , qual seria o porte adequado de um navio, para ser armado com um canhão desse calibre (127 mm)? As fragatas classe Italiana Lupo deslocam 2500 T ( deslocamento max) e são armadas com com 127/54 mm, são de porte pouco maior que a Barroso 2350 T (deslocamento max). A classe Maestrale , também… Read more »
Flávio, Esses navios que você citou são fragatas de uso geral com defesa antimíssil consistente, formada pelo sistema Albatroz, por dois reparos DARDO (2 x 40 mm) e por dois canais de tiro AA. Nesse caso em que pese a classe Lupo ter deslocamento muito perto das corvetas brasileiras elas até que podem se dar ao luxo de terem um canhão principal mais apto ao apoio de fogo e à função antinavio e secundariamente à defesa AA. No caso dos italianos que operam naqueles mares fechados a coisa talvez faça sentido, mas sem querer ser insistente, elas ficariam bem melhor… Read more »
Na verdade as classes Lupo e Maestrale possuem três canais de tiro, podendo envolver até três alvos independentes.
Vale salientar que os canhões Otobreda de 127 mm italianos são melhores para a função AA do que os canhões Mk-45 americanos, com o dobro da cadência de tiro, conseguindo isso às custa de ter quase o dobro do peso. Apesar disso ambos não são apropriados para a defesa antimíssil.
Valeu Bosco. Nessa faixa de deslocamento que sugeri acho as MEKO A-200SN da África do Sul excelentes navios, e elas são armadas com seu preferido 76 mm rsrsrsrs…mas que eu trocava ele por um 127 mm eu trocava…rsrsrsrsrsrs. Agora fora de brincadeira ,com o um canhão 76mm mais um 35 mm, no quesito antimíssil, ela está muitíssimo bem armada. Ainda , 8 exocet , 16 misseis antiaéreos umkhonto , canhões de 20 mm, metralhadoras .50, tubos lança torpedos… É de impor respeito. Se fosse o caso e padronizar a frota e equipar duas esquadras como preconiza a END acho que… Read more »
Um dado curioso sobre radares de direção de tiro AA é que após a retirada das fragatas Perry a USN não opera mais nenhum navio com eles. A USN não opera canhão com função AA (salvo o Phalanx que tem seus próprios radares). Até os LCS não usam os canhões Mk-110 de 57 mm para defesa antiaérea e não têm radar DT. Além do Phalanx a defesa antiaérea dos navios americanos é formada só por mísseis (RAM, Sea Sparrow, ESSM, SM-2 e SM-6). Os únicos radares de “direção de tiro” operados pela USN são na verdade radares “iluminadores” para os… Read more »
Bosco, vendo agora seu comentário das 19:26 h, percebo que me ative aos armamentos e de nada adianta ter armamentos de ponta se não houver uma integração adequada com sensores capazes.
Sds.
Flavio, O que eu considero uma corveta ideal para nós: 1 canhão 76 mm Super Rapid, um reparo duplo de canhões 40 mm (DARDO, etc.), pelo menos 4 mísseis SSM (poderia ser o Exocet Block 3), 2 lançadores triplos de torpedos, lançadores de mísseis Sea Ceptor (16??), um helicóptero. E espaço para dois canhões de 25 mm (que podem ser retirados da Classe Amazonas), mas que não vejo como essenciais no nosso TO. – Já as fragatas (as tais de 6000 toneladas): 1 canhão de 127 mm, dois reparos duplos de 40 mm, 8 SSM, 2 lançadores triplos de torpedos,… Read more »
Valeu meu amigo, boa noite.
Sds.
quanto custaria uma barroso nova hoje?
Excelente artigo. Ótimo conteúdo para os interessados em História da MB. Obrigado!
Tinha que por na prisão o esperto que colocou esse canhão pesado de 114,3mm que esse monstro destruiu as corvetas …
A verdade é que precisamos de no minimo 08 fragatas novas, alem de 08 Corvetas/fragatas tamandarés na força de superfície e mais uns 08 NPaOC/corvetas nos meios distritais.
So assim, teríamos a Marinha do Brasil forte de novo