Teste de tiro real do SeaRAM
Marinheiros do USS Porter (DDG-78), destróier de mísseis guiados estacionado em Rota, na Espanha, concluíram com êxito um teste de tiro real do sistema de mísseis SeaRAM no dia 4 de março. O SeaRAM, que substituiu o Close-In Weapon System (CIWS) na popa do Porter, é um sistema auto-suficiente de auto-defesa com capacidade de detecção e engajamento, combinando os sensores de um CIWS Phalanx com um lançador Rolling Airframe Missile (RAM) de 11 mísseis para pronto uso.
“A adição deste sistema de armas avançado no arsenal do Porter é extremamente bem-vinda”, disse o Comandante Andria Slough, oficial comandante de USS Porter. “É o culminar da cooperação de vários escritórios de programas e agências, tanto no mar como em terra, garantindo que aqui na linha de frente, cheguem os recursos de que precisamos, quando precisamos deles”.
A instalação do SeaRAM a bordo do USS Porter (DDG-78) ocorreu como uma resposta à necessidade operacional urgente de forças navais desdobradas na Europa. O USS Porter (DDG-78) é o primeiro de quatro DDGs que vão receber o sistema de mísseis SeaRAM Mk-15 equipado com mísseis de maior capacidade RAM Block 2.
Além disso, o tiro real do Teste de Qualificação dos Sistemas de Combate do Navio (CSSQT) representou o primeiro esforço de cooperação entre as agências NAVSEA e a área de testes El Arenosillo ao largo da costa de Huelva, Espanha. O sucesso deste CSSQT coroou um ano valoroso de esforço inovador para os profissionais de engenharia e aquisição no Naval Sea Systems Command (NAVSEA).
“Esta equipe foi capaz de ir do conceito em uma folha de papel branco para o teste de tiro real em 12 meses”, disse o contra-almirante Jon Hill, da Diretoria Executiva de Programas para Sistemas Integrados de Guerra (PEO IWS). “Nossas armas, integração do navio e especialistas em testes coordenados através de um número de comandos e organizações para identificar recursos, executar engenharia de requisitos críticos, entregar equipamentos, completar a instalação do sistema, e realizar o tiro em uma área de testes estrangeira… tudo em tempo recorde; profissionalmente e com a urgência de atender uma necessidade crítica dos combatentes”.
O PEO IWS é a Diretoria Executiva de Programas afiliada ao NAVSEA. É responsável por liderar tecnologias e sistemas de combate em navios de superfície e submarinos, e para a implementação de soluções da Marinha em todas as plataformas.
Maior poder de fogo no mesmo espaço, ótima solução !
O RAM Block 2 tem quase o dobro do alcance das versões anteriores (15 km contra 9 km), o que incrementa a defesa contra mísseis supersônicos.
Só uma pergunta, em nossa épocas áureas foi projetado um lançador terrestre de mísseis piranha, alguns obre a Vtr EE11 em sua versão de defesa aérea, outra versão era rebocada. Alguém tem algum info ou, o que acham, de uma versão instalada em uma Vtr Guarani, em outra vtr sobre rodas e uma instalada em fragatas do nosso futuro míssil A-Darter. Pois é lógico que temos que adaptar software, base de disparo entre outras, mas acho que não é assim tão difícil, ainda mais que nesse caso temos todo os “catálogo técnico”e o know how do desenvolvimento.
O R2D2 não ta de bobeira, não importa qual plataforma que seja, ele opera, desde Vulcan 20mm, X Wing, N1, F-15 israelense ou RAM, é o R2D2 na bagaça e não é bagunça
Artur,
A ideia do A-Darter é viável tendo em vista que praticamente todos os mísseis de curto alcance de 5ªG podem ser lançados da superfície.
Os mísseis Python V, AIM-9X, Iris-T e Mica-IR possuem versões lançadas do solo seja por lançadores conteiráveis (AIM-9X e Python V) seja por lançadores verticais (Mica-IR e Iris-T).
Também não tem nada demais a adaptação do Piranha II em um lançador conteirável. Há vários exemplos no mundo de mísseis de curto alcance que utilizam de lançadores assim: Chaparral, Tien Chien I (Antelope), WZ551D, etc.
Basta haver a vontade de fazê-lo… e din-din.
Pra mim o ideal seria um míssil sup-ar portátil no Guarani, da classe do Igla ou BRS-70, associado a um canhão. Não vejo com bons olhos um míssil “grande” num veículo como o Guarani.
Mais à retaguarda ficaria o A-Darter num lançador vertical. Só que no caso parece que poderemos adotar o CAMM-L, que não deixa de ser uma versão mais sofisticada de outro míssil de 5ªG, o ASRAAM.
“Caro Bosco 24 de março de 2016 at 22:25
Pra mim o ideal seria um míssil sup-ar portátil no Guarani, da classe do Igla ou BRS-70, associado a um canhão.
Não vejo com bons olhos um míssil “grande” num veículo como o Guarani.”
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Melhor o Guepard então, compre-se mais se necessário. Lembro que os Chucrutes já estão com o pé no RS.
Para proteção de coluna, infantaria, artilharia, etc …..
Desdobra, cadê os mísseis que o Guepard lança ?
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https://www.youtube.com/watch?v=gDQlVPKCcjU
Achei:
https://www.youtube.com/watch?v=UtmpGA137hc
Os turcos tem umas soluções interessantes no tocante a defesa aérea…
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Esta, por exemplo, poderia ser uma boa pedida para ser “copiada” por uma Avibrás da vida:
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Projeta-se um sistema semelhante, integra-se uma meia dúzia de possíveis mísseis… Python V, A-Darter, Piranha, Umkhonto, Barak, Derby, etc… E estaríamos com média altura resolvida e um sistema lançador competitivo no mercado.
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Será que um sistema Sea RAM sairia mais em conta do que o Sea Ceptor como opção para equipar a futura Tamandaré?
Sinceramente, não entendi…
O phalanx geralmente é um canhão que dispara muito rápido para atingir mísseis que porventura tenham passado pelas outras camadas de proteção, geralmente protegidas com mísseis.
Aí, abandonam o conceito do canhão rápido por outro míssil?
Outra coisa interessante.
Fizeram isso (não sei o quê exatamente…) em doze meses. Do zero…
Ou seja, não precisa passar dez, vinte anos desenvolvendo sistemas.
É tudo muito fácil.
É só querer.
Os caras já sabem o que é e como se faz um míssil.
Ou seja, não há nada de zero…
É tudo uma questão de aperfeiçoar alguns sistemas.
Sebastião, O Sea RAM levou muito tempo pra ser desenvolvido. Acho que esses 12 meses é relativo à integração ao navio espanhol. Quanto à substituição da última linha de defesa por mísseis isso parece ser uma tendência. Não nesse caso específico já que o navio citado continuará a ter um Phalanx, mas de modo geral. Por exemplo, a classe San Antonio e o LCS só tem o RAM. O DDG-1000 só tem o ESSM. A confiabilidade e tempo de resposta dos mísseis têm feito a diferença, com a vantagem da interceptação se dar a uma distância maior, o que possibilita… Read more »
Correção: “navio espanhol” não. rsrsrs Navio americano na Espanha. Perdão!!!
Carlos,
Sem dúvida veículos antiaéreos autônomos sobre lagartas são essenciais para a defesa de forças blindadas e os melhores são os Gepards, Tunguska, Pantsir sobre lagartas, Tor, Roland sobre Marder, etc. Mas há espaço para veículos mais leves sobre rodas com sistemas mais leves e o Guarani é uma boa opção quando os Gepards já não derem mais conta do recado, dentro de uns 15 anos.
Um abraço.
Só para esclarecer…ou…complicar, o real motivo dos 4 DDGs baseados na Espanha receberem o SeaRAM é que eles não tem a capacidade de operar no modo anti mísseis balísticos e na tradicional defesa contra aeronaves e mísseis de cruzeiro ao mesmo tempo, ou fazem uma coisa ou fazem outra e o foco principal dos 4 DDGs é contra uma eventual ameaça de mísseis balísticos de alcance intermediário o que os deixa mais vulneráveis contra mísseis anti navios. . Navios novos e boa parte dos mais antigos que já possuem capacidade anti balística receberão a nova versão “baseline 9” que permitirá… Read more »
Bosco,
e quanto tempo leva a substituição dos 11 misseis do Ram? Parece-me pouco o numero de misseis que cada navio leva. Se cada navio levar dois Sea Ram são 22 misseis. Será que se podem multiplicar os sistemas de lançamento em caso de guerra?
Um abraço
Fidalgo, Na USN só o LCS, o DDG-1000 e a classe San Antonio é que não possuem defesas em camadas. Desses navios o DDG-1000 possui grande capacidade de lidar com ataque de saturação tendo em vista ter muitos ESSMs disponíveis para lançamento vertical, direcionados por um radar faseado do tipo AESA. Já o San Antonio possui dois lançadores Mk-49 RAM com 21 mísseis cada, que mais ou menos se sobrepõem e um deles pode dar proteção pelo menos parcial quando sob ataque enquanto um dos lançadores é remuniciado. Sobra só os LCSs que colocam toda a sua defesa hard kill… Read more »
Fidalgo… complementando o que o Bosco escreveu e também ao que escrevi acima é preciso notar que o embarque do SeaRAM é uma medida paliativa já que novos navios e atualizações de antigos irão implementar o ESSM dos quais até 4 podem ocupar um único silo vertical em mais unidades e futuramente o SM-6. . Foi com certa dificuldade que 4 SeaRAM foram alocados para os 4 DDGs permanecendo o “vulcan phalanx” dianteiro que também pode ser utilizado contra pequenas embarcações, mas, por enquanto, nenhum outro DDG, nem mesmo o que está prestes a ser comissionado receberão o SeaRAM. .… Read more »
Então Bosco, por isso deixei o questionamento, pois o que mais nos falta é vontade. Boa lembrança do Carlos Alberto, bem que os nosso Gepard poderiam ser do modelo e ter vindo com o lançador.
Já quanto o sistema turco é outro tipo,pois o lançamento é vertical, mas muito interessante mesmo. Gostei..
Abraço amigos e boa Páscoa
Ops. o termo correto é “os nossos Gerpard’s”
Sebastião
Pelo que entendi é o seguinte, me avisem o contrário, o míssil tem alcance de até 15 km, ele é lançado, se o atacante sobreviver, pode-se usar o canhão,
Penso que faltaram falar sobre os sistema que reconhece o lançador, e envia antes um míssil…
O Bosco sem perceber, apresentou uma nova oportunidade no mercado, um canhão com recarga automatizada, ou com 15 mil cartuchos carregados…
Também e´um nova oportunidade esta solução…
Em um CIWS com carregamento automático, a temperatura do canhão limitaria o número de disparos.
Bardini, desculpe pelo off-topic… em outra matéria você colocou uma apresentação da Saab sobre o FS2020, poderia postar novamente ?
Eu ia baixar, mas deixei pra depois e “perdi” a matéria….. Agradeço.
Bardini
é possível refrigerar com água.
há de se considerar a vida util do cano em função do número máximo de rounds disparados.
. Roberto Bozzo, . Resumindo, era uma apresentação específica de um Workshop à respeito do FADEMO – Future Combat Aircraft Design Study and Demonstration -, que trata de uma forma de se projetar e pesquisar novos conceitos de aeronaves a um custo mais baixo, como as pesquisas do projeto GFF – Generic Future Fighter – da SAAB em parceria com universidades Suecas. Com o advento da vitória do Gripen no F-X2, o Brasil estará inserido em um GFF2 e receberá acesso aos dados de pesquisa do GFF anterior, que tratava do FS2020. Mas a mais projetos sendo desenvolvidos em conjunto… Read more »
Bardini, agradeço a atenção e o link.
Kfir,
O Kashtan russo tem remuniciamento automático, tanto do canhão quanto dos mísseis. O problema é a complexidade e a penetração na estrutura do navio, o que dificulta a modularidade já que o navio tem que ser projetado especificamente para receber o sistema.
Quanto ao míssil RAM, o Block 2, com seus 15 km de alcance, permite um segundo lançamento até contra mísseis supersônicos.
Já o Block 0 e 1 permitem um segundo lançamento somente contra mísseis subsônicos.
No caso de não resolver, pra quem tem disponível, ainda tem o CIWS como último recurso, na faixa de 1,2 km.
Este sistema seria um excelente tapa buraco para as Corvetas Inhaúma que não dispões de um sistema adequado de defesa AA, e não implicaria em grande modificações no navio por ser praticamente autônomo na guiamento.
G abraço
Os EUA não vendem para nós o phalanx para nós vi um semelhante russo com dois canhoes rotativos e uns 8 misseis no sistema , os almirantes poderiam ter isto para armar as corvetas e fragatas do Brasil. Com dinheiro os russos vendem,tem ver a integração se não sai muito cara