MBDA assina MOU para fornecer sistemas de mísseis costeiros para o Qatar
DIMDEX 2016 (Doha) – A MBDA assinou nesta quarta-feira (30) um memorando de entendimento para o fornecimento de um sistema de defesa costeira para a Força Naval do Qatar (QENF). Este memorando vai pavimentar o caminho, a curto prazo, para um contrato com o valor de 2,64 bilhões de riais de Qatar (cerca de 640 milhões de euros).
O fornecimento deste sistema de mísseis costeiros permitirá à QENF monitorar o tráfego costeiro marítimo e impedir navios hostis de alcançar e ameaçar suas águas territoriais. Este sistema de mísseis pode utilizar dois tipos de munições diferentes – o Exocet MM40 Block 3 e o Marte ER (a versão com alcance estendido do míssil Marte), o que reflete a maturidade e excelência dessas munições. O sistema pode funcionar em modo autônomo com radar próprio ou, alternadamente, por dados através de uma rede de vigilância costeira mais amplo.
Antoine Bouvier, CEO da MBDA, afirmou que “este memorando representa o primeiro passo para a assinatura de um contrato para este novo e inovador sistema de mísseis costeiros. Esta é mais uma confirmação da confiança depositada pelas Forças Armadas do Qatar na MBDA para suas necessidades de defesa”.
“Com este memorando, a MBDA confirma o seu sucesso em sistemas que proporcionam capacidades operacionais avançadas aos seus clientes com um alto grau de acessibilidade”, disse Antonio Perfetti, Diretor Executivo do Grupo de Vendas e Desenvolvimento de Negócios e Diretor Gerente MBDA Itália. “Este acordo entre a MBDA e a QENF também mostra outro aspecto importante: um grande espírito de equipe multinacional que permite à MBDA enfrentar qualquer desafio”, finalizou.
Durante a feira DIMDEX 2016, que acontece entre os dias 29 e 31 de março, onde o memorando foi assinado, a MBDA exibe um modelo em tamanho real do sistema de mísseis costeiros.
DIVULGAÇÃO: Imagem Corporativa
Rafales, Exocets, Martes, o Qatar foi às compras.
Quem tem $$$ tem, quem não tem… vai se Qatar !!!
OFF
Inglaterra teme que Argentina reclame posse de amplas reservas de petroleo..
UN commission rules that the Falklands are within Argentinian waters – prompting fears the South American nation will lay claim to its valuable oil reserves
http://www.dailymail.co.uk/news/article-3513030/Argentina-hails-UN-decision-expand-maritime-territory.html?ito=social-facebook
não pode se basear no missil av-mt 300 que será usado no astros + o missil mansup e criar um sistema de defesa costeira…com mais poder do que exocet mm40 que será usado nesse sistema de defesa para o qatar…um astros naval…acho que deve ser mais fácil do que criar um missil desde do zero e mai econômico….
Mauricio, Eu não sou engenheiro aeroespacial ou coisa que o valha mas acho que é sim possível. Basta quererem. Até onde se sabe o alcance do AV-MT 300 é de 300 km com uma ogiva de 200 kg. Com a adição do radar ativo do MANSUP e mantendo a ogiva com o peso original, pode-se imaginar que com alguma redução do tanque de combustível e mantendo todo o resto intocável ainda seria possível um alcance de pelo menos 200 km, o que é bem condizente com os mísseis antinavios de médio alcance em estado da arte mundo afora. O míssil… Read more »
Maurício,
O Exocet referido na matéria é o Block 3 dotado de motor turbojato com 200 km de alcance.
Bosco,
O AV-TM 300 tem esse alcance máximo voando alto ou em um perfil semelhante a um sea skimming?
Abraço
Poderíamos fazer aqui… o primeiro estágio é de estado sólido logo depois entra a turbina, sem mistério:
Qual o mistério ?.
http://www.globalsecurity.org/military/systems/munitions/images/slcm9.gif
Lucas, Como eu já vi várias configurações fica difícil saber já que não se sabe ao certo como ele será e nunca li nada a respeito. Pela última configuração apresentada ele parece não ser apropriado para um voo “ultra-baixo” sobre terra, como o Tomahawk, por exemplo. Ele parece mais um míssil que voa mais alto, em altitude média. Isso não implica que uma versão antinavio não possa ser sea-skimming, já que sobre o mar é diferente por não ter alterações de relevo. Um míssil capaz de “colar” no solo deve ter uma asa de menor corga e maior envergadura e… Read more »
Kfir, O AV-MT 300 já tem tudo no lugar, só falta o seeker por radar ativo (ou IIR) que pelo visto já dominamos tendo em vista o MANSUP. As dimensões do AV-MT 300 são compatíveis com um seeker de radar ativo na banda Ku ou X, utilizadas por mísseis antinavios. Também poderia ser adicionado um data-link. Muito provavelmente o AV-MT já deve contar com um altímetro radar. – Lucas, Para o voo ultra baixo de mísseis, sobre terra, além da aerodinâmica adequada é preciso utilizar um método de navegação apropriado, como o Tercom, o Terpron, sistemas que utilizam mapas digitais… Read more »
Obrigado, Bosco,
Talvez, seria mais prudente afirmar que para a função anti navio seria mais “fácil” colocar a propulsão do AV-TM 300 no MANSUP, do que o radar do MANSUP no AV-TM. Até por uma questão logística, já que o MANSUP será compatível com os lançadores do Exocet que já possuímos, enquanto que o AV-TM necessitaria de um lançador próprio.
Abraço
Lucas,
Eu acho que não. Do jeito que você sugere pra mim é mais difícil já que adaptar o sistema propulsor do AV-TM (incluindo o booster) no MANSUP no final ele seria algo totalmente diferente.
Quanto aos lançadores, vale salientar que os “lançadores” são containeres (tubos) selados. Ou seja, é só fazer containeres próprios para o AV-TM antinavio.
Um abraço.
Quem é o inimigo ? Ivan o mapento pode fazer melhor:
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https://www.google.com.br/maps/place/Qatar/@25.3260454,50.6361915,9z/data=!3m1!4b1!4m2!3m1!1s0x3e45c534ffdce87f:0x1cfa88cf812b4032
Sr. Soares.
Ora, o Irã. A pouco mais de 200 km. O jeito é se prevenir, o que com petrodólares é fácil.
Carlos, . É só ‘subir’ a visão do mapa que vc postou. Ou, se preferir, dar uma olhada neste aqui: http://2.bp.blogspot.com/-0gN46asqwuI/Twxx_zyxGPI/AAAAAAAAL1w/3TjdGowur4I/s1600/Mapa-Politico-de-la-Region-del-Golfo-Persico-5403.jpg . O alvo é o vizinho do outro lado do Golfo Pérsico e a intenção é ter uma capacidade autônoma de interdição das águas em torno do istmo do Qatar. . Interessante a opção por mísseis guiados por radar, quando há novos SSM mais modernos e furtivos guiados por IR, como os norueguês Naval Strike Missile (NSM). . Aparentemente com guiamento por radar ativo e/ou passivo, com link de dados, seria possível um maior controle. O que pode ser… Read more »
Ivan 31 de março de 2016 at 10:24
Delfim Sobreira 31 de março de 2016 at 9:56
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Alguém imagina o Qatar sendo atacado sem que os outros países interfiram a seu favor ?
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Principalmente Saudi Arabia !
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Dinheiro jogado fora ?
Ivan,
Gostei:
Naval Strike Missile (NSM).
http://www.raytheon.com/capabilities/products/nsm/
Ivan,
Hoje há poucas opções de misseis antinavios com seeker IIR, daí ainda os guiados por radar ativo serem mais cogitados. Parece ainda haver algum preconceito em relação aos mísseis guiados por IIR por serem em tese sensíveis às condições climáticas.
Os mísseis guiados por IIR com alcance médio são somente o SLAM-ER e NSM.
Um abraço.
Um outro míssil antinavio guiado por IIR é o Maverick F, mas é de curto alcance e não médio.
Vale salientar que tem os mísseis Penguin e Hsiung Feng II, médios, que utilizam seeker IR (sem formação de imagem).
Não há consenso acerca de classificação de mísseis de cruzeiro antinavios (ASCM) em relação ao alcance mas mais ou menos aceita-se essa classificação:
Curto alcance: até 30 km;
Médio alcance: entre 30 e 300 km;
Grande alcance: além de 300 km.
O av-mt 300 e mansup possuem uma certa similiaridade…se tivesse comprometimento do governo e das empresas teriamos um muito bom sistema de defesa da costa… Poderia se basear no astros e criar um astros naval..existem outros projetos que se baseiam no mesmo chassi do astros..como o obuseiro autopropulsado da empresa francesa NEXTER…do sistema de defesa antiaéreo CAMM-L da empresa francesa MBDA… O futuro militar será baseado nessa concepção…um equipamento modular….com vaarias funções sobre um mesmo projeto ou chassis…. O novo tanque da russia se baseia nessa ideia…o projeto possui mais de dez configurações…tanque…transporte de tropas…carro anfibio…transporte de tropas de combate…ambulância..etc….tudo… Read more »
Falando em AV-MT 300, tenho uma dúvida. Qual a diferença entre este míssil:
E este:
Bardini, eu creio que a versao com 2 asas de maior envergadura seja a versao mais recente. Sera que exisitirao 2 versoes, uma com 300 km (poderia ser exportado) e outra com 500 km de alcance?
Bosco
Muito obrigado pela gentileza de ter respondido!
Eu notei que, me corrijão se estiver errado, o produto da avibrás para uso naval, ele teria de ter logo depois do radar/ir, uma solução ( 4 pequenos propulsores) para que ele não acendesse muito facilitando a localização da plataforma lançadora…procurei um vídeo do míssil russo que faz isso ao ser lançado de plataforma vertical.
Faz tempo que não construo nada em eletrônica da vontade de fazer o radar só por lazer…
Será que dá para lançar este de tubo de torpedos?
achei
https://www.youtube.com/watch?v=HNztSsjmLYU
Kfir,
Implementaram esse módulo de controle de atitude no Brahmos porque ele não conta com um sistema TVC, que geralmente é utilizado em misseis lançados verticalmente de modo a ser colocado no curso.
No caso de um hipotético AV-MT 300 antinavio ele pode muito bem ser laçado a partir de lançadores fixos inclinados e aí não precisaria desse módulo de controle de atitude.
Bosco
Mas já temos o produto pronto, não seria interessante temos navios com lançadores verticais? Um fragata com lançadores verticais?
ver nos 4:28
https://www.youtube.com/watch?v=gjrRVpkTCJE
Kfir,
Sem dúvida acho que temos que dar um salto qualitativo e nossos próximos escoltas devem vir com lançadores verticais, pelo menos para mísseis sup-ar. Quanto aos mísseis antinavios ainda acho que lançadores fixos inclinados são mais adequados para nossa realidade tendo em vista que mísseis lançados de seus próprios containeres podem ser adaptados a navios de qualquer tonelagem e sem os tais lançadores verticais.
Um abraço.
Caro Marcelo,
.
Talvez possam ser duas versões do mesmo míssil, apenas apresentando diferença na asa, pois ambos são realmente muito parecidos. Agora, em termos de alcance… Ai já acho que a coisa fica por volta dos 300 km mesmo. Ainda mais se comparado com um MM 40 Block 3, que tem menor alcance e aparenta não ser muito discrepante em termos de dimensões (Aliás, ambos são bem semelhantes em aparência, não?).
Ao que parece, o AV/MT-300 terá duas versões, conforme já apresentada pelo presidente da Avibras ao então ministro da defesa Jacques Wagner (existem fotos mostrando que há dois tipos sendo mostrados ao ex-ministro). Uma com asas de planeio, para voos “ultra baixos”, conforme descrito pelo Bosco, e outra com asas para voos tipo sea skimming (rente à água). O que não se sabe, até então, é se o alcance se limitará os 300 km (para exportação), ou se haverão outros com alcances maiores (para consumo interno).
kfir, você é capaz de projetar um radar?
antigamente eram comuns revistas com projetos simples de eletrônica.
hoje em dia, desconheço.
Mas seria muito interessante…
Querido Fonseca
projetar talvez não, mas poderia tentar, ia consumir muito tempo, na curva de aprendizagem, já montei aparelhos e ajudei nos testes de desenvolvimento de rádios enlaces, em um projeto na Elma comunicações aqui no rio.
Mas com o projeto na mão, monto rapidinho.
veja só
NOTA O GOOGLE TEM sistema de censura, e é MUITO BEM FEITO, vc só v o que eles querem.
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d8/Seeker_of_Kh-31_missile.jpg
O alcance dessa classe de mísseis é limitado pelo MTCR.
https://www.youtube.com/watch?v=CE6Egq3rP1E
Maurição,
Se você se refere à classe do AV-TM 300 ela é limitada em alcance apenas para a exportação. Se o Brasil quiser pode fazer uma versão para uso doméstico com alcance acima de 300 km.
Bosco, você não tem nenhuma notícia sobre o AV-TM 300? Se vai sair mesmo, como anda o projeto etc?