O poder de destruição do torpedo pesado MK.48
Na sequência de fotos, o ex-contratorpedeiro de escolta HMAS Torrens (DE-53) da Marinha Real Australiana é atingido por um torpedo pesado Mk.48, disparado pelo submarino HMAS Farncomb (SSG-74) da classe “Collins”, num exercício de tiro real em 1999. O torpedo explode abaixo do navio e quebra sua quilha, demonstrando o terrível poder de destruição da arma contra alvos de superfície.
Caraca! Esse torpedo tem um poder de destruição incrível.
A MB vai ficar com Black Shark nos Scorpène e Mk.48 Mod 6AT nos IKL-209. Qual seria a justificativa para essa “despadronização”, ao sair do Mk.48 para o Black Shark nos Scorpènes, o sistema de combate?
Preado Bardini,
Originalmente, o sistema de combate francês, a ser utilizado nos submarinos da classe Riachuelo não esta integrado com MK 48. Nada que uma boa quantia não resolvesse. Só que, no momento, a MB não dispõe desses recursos.
Por isso a MB irá utilizar o mesmo torpedo que será utilizado nos SSN classe Barracuda. Este torpedo não é o Black Shark e sim uma evolução deste.
Grande abraco
Luiz Monteiro 25 de maio de 2016 at 21:36 . Grato pelo esclarecimento, Luiz Monteiro. . No meu “achismo”, dependendo do prazo de validade dos estoques que se tem de Mk.48, adaptar o Scorpène a ter a capacidade de empregar o modelo americano nem compense no final das contas. Aplicar tal montante ao projeto do Torpedo Nacional poderia ser avaliado como um melhor destino ao dinheiro, ou até mesmo, avaliar a compra de um maior numero dos torpedos que serão empregados nos novos submarinos. . Surgiu-me uma outra dúvida/curiosidade. A MB terá acesso ao “código fonte” do sistema de armamento… Read more »
É realmente assustador.
https://www.youtube.com/watch?v=7vaImLvZbPw
Prezado Bardini,
O número de torpedos MK48 adquiridos pela MB foi divulgado pela agência americana.
Concordo contigo. Porém, o desenvolvimento do torpedo pesado brasileiro ainda tem um bom caminho a percorrer. Está andando, em ritmo mais lento que o desejado, mas está andando.
A partir do sistema de combate francês, a MB pretende criar um sistema de combate tático nacional, especialmente, para submarinos.
Com esse SICONTA Sub, a MB poderá realizar a integração dos armamentos desenvolvidos por ela própria, pela indústria nacional e internacional. Claro que isso não é tarefa fácil, vide o que ocorreu no ModFrag.
Grande abraço
Amigio Luiz Monteiro há previsão da volta das corvetas jaceguai e inhauma e do ndcc mattoso maia ao setor operacional?
Prezados, Se me permitem fazer uma comparação bem simplista entre o MK48 e o Black Shark (não posso comparar com o futuro torpedo a ser adotado pela MB, pois não está operacional, cada um tem suas vantagens e desvantagens. O MK48 foi desenvolvido para ser utilizado em águas oceânicas. Portanto, abertas e com grande profundidade. Por isso, leva vantagem sobre o Black Shark na velocidade, alcance e na profundidade máxima de operação. Todavia, não é tão manobrável nem tão eficiente em águas razas e litorâneas. Justamente por isso, a Lockheed Martin foi contratada para atualizar o torpedo, vide a reportagem… Read more »
OFF TOPIC…, mas nem tanto!!!!
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Índia cancela aquisição de torpedos “Black Shark” para submarinos classe “Scorpene”:
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“India’s Ministry of Defence (MoD) terminated a USD300 million order for 98 Black Shark torpedoes from Whitehead Alenia Sistemi Subacquei (WASS) on 24 May, senior officials have told IHS Jane’s.”
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“The MoD’s decision follows corruption allegations related to a EUR750 million (USD764 million) contract, signed in 2010, for the purchase 12 AW101 helicopters from AgustaWestland: another Leonardo-Finmeccanica company.”
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(http://www.janes.com/article/60660/india-scraps-black-shark-torpedo-deal-for-scorpene-class-submarines)
Li que vão trocar pelo SeaHake (já ta quase certo) e tb estão sondando os russos pedindo adaptação de Shkval (isso é pouco provável).
Um abraço!
o black sharck é inferior o mk48 ou são da mesma classe?
Error black shark correto
Essas fotos são antigas, década de 90 se não me engano mas não deixa de ser impressionante!!! Acho que um torpedo destes faz mais estragos do que um MAN!!!
É impressionante mesmo.caraca!
Contar com um torpedo de corrida reta nos dias de hoje não seria uma opção de baixo custo para ser empregado em uma situação de bloqueio ou em alvos de oportunidade que não representem ameaça ao submarino?
Depois de tantos anos embarcado, não tem como ver uma imagem dessa e não imaginar como seria com o navio cheio de marujos O navio operativo, cheio de munição e combustível, o estrago seria muito maior, e o desespero muito grande… No COC quando o navio atirava com o canhão de bombordo, já tremia tudo…. imagino recebendo um torpedo em cheio…
Bardini, o submarino fica muito exposto quando realiza ataque… Não acho que seja aceitável colocar tripulação e meio em risco para empregar uma arma mais barata… Quando navegamos com ameaça submarina, determinamos um plano de zig-zag para a unidade de maior valor e os escoltas ficam variando rumo e veloc para possibilitar a busca sonar… Acredito que o sucesso de impacto desse tipo de torpedo seja baixo na atualidade… Abraço…
XO 26 de maio de 2016 at 21:07 . Não me referia ao emprego deste torpedo contra este tipo de ameaça, e concordo com você, não valeria o risco. O que queria expressar é mais ou menos o seguinte: . Imagine uma situação extrema, em que a MB seja necessária para realizar um bloqueio a um país. Uma Venezuela, por exemplo. A Marinha Bolivariana não tem uma quantidade significativa de escoltas ASW para proteger suas águas, logo, haveria a possibilidade de um IKL topar com um mercante bolivariano desprotegido, será que valeria empregar um dos tão escassos Mk-48 neste tipo… Read more »
Desculpe… Nessa situação, sim, são boas as chances de sucesso… O caso é que os tp de corrida reta ocupariam espaço dos inteligentes…se o sub topasse com um escolta… Poderia fazer falta… Enfim, se o planejamento e o serviço de inteligência funcionarem… Vassoura no periscópio ao regresso… Abraço…
o torpedo faria o mesmo caso atingisse um porta-avioes?
Kolchak,
Sim faria um certo estrago, porém para afundá-lo ou incapacitá-lo definitivamente para fins de combate seria necessário uma salva de no mínimo 04/05 torpedos iguais espaçados ao longo do casco do CV.
Eu to achando que essa explosão não foi só da cabeça de guerra do torpedo, está muito grande… desconfio que o alvo possuia uma carga de muniçoes e combustivel para simular exatamente o impacto em caso real, pois nestes casos o estrago é bem maior pela capacidade de ignir o combustível interno. É só um palpite…
Deixo aos marujos do fórum maiores explicaçoes.
space j…
navios destinados a serem afundados durante exercícios são preparados até para evitar posteriores danos ao meio ambiente, sendo assim, nada de
combustível nem munição. Com certeza se tem uma boa ideia de como seria o torpedeamento de um navio com combustível e munição a bordo e o
resultado final seria o mesmo, já que nem mesmo se poderia contar com a tripulação para tentar salvar o navio.
abs
Pessoal,
A ogiva de um Mk-48 (290 kg)não é muito superior ao dos mísseis antinavios. O diferencial aí não é o poder destrutivo da ogiva mas sim o fato do torpedo explodir abaixo do navio, não atingindo-o diretamente, o que faz com que o navio se parta ao meio devido ao próprio peso.
A explosão abaixo do navio cria uma “bolha” que faz o navio se partir.
Bosco, um RBS-15 aerolançado já partiu uma corveta ao meio nos anos 90, tenho as fotos.
Acho que isso complementa o que o Bosco já falou: http://www.eng.nus.edu.sg/EResnews/0306/rd/rd_12.html
Space,
Eu não duvido. Mesmo porque uma ogiva (ou bomba) vindo de cima (míssil vindo de cima ou realizando manobra pop up) pode ter sua espoleta programada para explodir de forma retardada e abaixo do navio, depois de atravessá-lo, fazendo o mesmo efeito que um torpedo pesado. E claro, pode ser que a simples explosão de uma ogiva faça um navio partir, mas com as ogivas de mísseis médios (que não passam de 250 kg) não é a norma partir uma fragata. Pode até afundá-la, mas partir, com certeza é exceção. http://www.ausairpower.net/XIMG/Warship-JDAM-SBD-1.png
Bardini,
Legal o artigo! Não conhecia.
Valeu!!
Muito interessante as fotos. Para efeito comparativo, alguém saberia dizer qual a diferença entre este Mk.48 e os Mk.8 que afundaram o General Belgrano? O poder de destruição parece ser semelhante, confere?
Jeff, boa tarde. . O poder de destruição é diferente, pois são modos diferentes de impactar o alvo. O Mk.48 é do tipo cuja ogiva explode abaixo da quilha do navio, fazendo com que o próprio deslocamento de água e forças para cima, “empurrando” o navio para fora da água, maximizem o efeito da explosão, podendo mesmo quebrar o navio em dois (partindo a quilha). . Já a ogiva do Mk.8 empregado contra o Belgrano explodia por espoleta de contato, seja, “batendo” no casco do navio. Os efeitos não eram poucos, e as fotos da proa destruída do Belgrano impressionaram,… Read more »
Nunão e Jeff, A espoleta de contato deve ter um pequeno retardo pra permitir a penetração no casco. Vale salientar que torpedos de corrida reta só utilizados contra unidades de superfície e navegam próximos à superfície atingindo o alvo pouco abaixo da linha d’água. Um torpedo guiado de uso misto (anti-submarino e anti-navio) quando utilizado contra alvos de superfície é capaz de navegar submerso, inclusive para esconder a trilha que possa haver, e utiliza uma espoleta de proximidade (magnética e de pressão) capaz de detonar a ogiva abaixo da quilha. Vale salientar que um ótimo torpedo de corrida reta é… Read more »
Sim, Bosco, tanto que o segundo torpedo que atingiu o Belgrano penetrou no casco antes de explodir, maximizando a destruição interna e matando mais de duas centenas de tripulantes. Porém, ainda assim, especula-se que o navio poderia ser salvo se estivesse com as portas à prova d´água fechadas para manter a estanqueidade dos compartimentos não atingidos diretamente pela explosão – isso seria bem mais difícil no caso de uma ou mais explosões bem-sucedidas de torpedo abaixo da quilha, que rachasse a mesma, causando colapso estrutural.
Obrigado pelos esclarecimentos. Eu li aquelas postagens sobre a guerra das Malvinas e o uso do Mk.8 que foi preferido pelo comandante do submarino, se não me engano por ser mais antigo e confiável, e além disso ainda fazia um estrago maior que o outro que havia disponível no submarino, mais moderno que o Mk.8.