Felinto Perry 4-8-2016

Trajetos feitos por navios na costa de Saquarema, RJ, podem ser vistos. Militar e caça AF-1 Skyhawk estão desaparecidos desde o dia 26 de julho.

Gustavo Garcia
Do G1 Região dos Lagos

ClippingNEWS-PAImagens feitas por satélite através do aplicativo MarineTraffic mostram as rotas das embarcações da Marinha na costa de Saquarema, Região dos Lagos do Rio, nas buscas pelo militar e o caça AF-1 Skyhawk que estão desaparecidos desde o dia 26 de julho.

Parte dos trajetos feitos pelo Navio de Socorro Submarino “Felinto Perry” e pelo Navio de Pesquisa Hidroceanográfico “Vital de Oliveira” podem ser vistos com detalhes.

As duas embarcações fazem rondas e vasculham o mar atrás de destroços da aeronave, mas, apesar dos esforços, nada foi encontrado até este domingo (7).

O aplicativo também mostra o posicionamento dos navios de buscas em tempo real, baseado em dados do Automatic Identification System (AIS), um sistema de monitoração que também é capaz de apresentar a velocidade das embarcações.

De acordo com a Marinha, as rotas de buscas exibidas no MarineTraffic são reais, mas podem não retratar 100% do trajeto feito pelos navios, pois as embarcações poderiam, em determinado momento, estar operando com o sistema de monitoramento desligado.

Analisando alguns trajetos, é possível notar que as embarcações fazem varreduras em áreas específicas, de acordo com detalhes do local do acidente e avaliando as correntes marítimas.

Vital varredura 4-8-2016

Caça some em treinamento
O desaparecimento do piloto e do caça AF-1 Skyhawk da Marinha aconteceu após um acidente, durante um treinamento padrão de ataque a alvos de superfície, em que duas aeronaves se chocaram no ar. Mesmo com o acidente, uma conseguiu retornar para a base de São Pedro da Aldeia, Região dos Lagos do Rio, enquanto a outra não foi mais encontrada.

O órgão afirma que a queda foi vista pelo piloto do outro caça AF-1 Skyhawk, que também participava do treinamento e se envolveu no acidente.

A Marinha abriu um Inquérito Policial Militar, que tem prazo para a apresentação de um parecer em até 60 dias após a abertura do processo, no dia 27.

Ex-militar opina sobre o caso
Para o especialista Alexandre Galante, ex-militar da Marinha e consultor em assuntos militares, defesa e acidentes aéreos, o caça pode ter se desintegrado ao se chocar contra a água dificultando a localização das partes da aeronave. Alexandre, que também é piloto virtual (pilota simuladores), conversou com o G1 por telefone diretamente do Texas, no Estados Unidos, onde mora atualmente. Confira a reportagem completa.

Sinal da aeronave
A Marinha revelou na terça-feira (2) que a aeronave era vista nos radares do mapa aéreo brasileiro e sumiu no ponto da queda, em Saquarema. O órgão informou ainda que o caça não possuía equipamento GPS (Global Positioning System ou Sistema de Posicionamento Global), mas tinha dois equipamentos Personal Locator Beacon (PLB), espécie de localizador para o piloto. Eles estavam instalados no colete, com acionamento manual; e no assento ejetável, com acionamento automático durante a ejeção do assento. Entretanto, segundo a Marinha do Brasil, “até o presente momento, não foi detectado qualquer sinal proveniente desses equipamentos”.

Vital de Oliveira - 1

Navio-sonda
O navio-sonda de Pesquisa Hidroceanográfico “Vital de Oliveira”, da Marinha do Brasil, atua próximo à costa de Saquarema desde a quarta-feira (27), junto com outras embarcações.

O navio tem 78 metros de comprimento, possui cinco laboratórios e tem capacidade para 130 pessoas. Entre os equipamentos estão ecobatímetros multifeixe, perfilador de velocidade do som e sonar de varredura lateral. A embarcação pode ser operada remotamente.

Navio de Salvamento Submarino Felinto Perry

Navio de Socorro Submarino
Capaz de efetuar mergulhos saturados até 300 m de profundidade, o Felinto Perry é um navio de apoio completo, equipado com câmaras de descompressão.

Ele foi adquirido pela Marinha do Brasil em 1988 e pode ser utilizado em tarefas de resgate a submarinos sinistrados e também para combates a incêndios em alto-mar.

FONTE: G1

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Carlos Campos

Uma pena ainda não terem encontrado o corpo do piloto, espero que a marinha ainda trabalhe mais tempo na procura

Deia Linhares

O Globo já deu que os navios abandonaram a busca. Nada, nem uma manchinha de óleo, apareceu. O que teria acontecido, na realidade? Porque choque no ar e ejeção já estão sem mora alguma.

Marcelo Andrade

Muito estranho, parece o caso de um helicóptero da MB, um SH-3, que também desapareceu sem deixar vestígios e só encontraram , por acaso, muitos anos depois.

No Museu Aeronaval, dentro da BAeNSPA, encontra-se alguns instrumentos dele.

Foi até tema de um caso especial da Globo, com o Kadu Moliterno interpretando um oficial da Aviação Naval.

Alguém lembra disso????

Zarapa91

Por que não estão seguindo a direção do vento predominante de superfície? Na II Guerra, houve tripulações sobreviventes que ficaram mais de um mês à deriva. Se bem que em meios providos de mais suprimentos.

Juarez

Esqueçam, o piloto está no avião no fundo do mar.

G abraço

Alex Faulhaber, RJ

Marcelo Andrade, eu cheguei a gravar em VHS esse episódio, acho que era uma séria chamada Brava gente na globo. Eu não sabia que a história era real. Espero que a família possa enterrar seu ente querido.

Deia Linhares

Não teria como avançar mais para leste? Pelo menos dividir os meios, cobrindo uma área maior. Ali é uma confusão de ventos, marés e correntes. Sei não…um evento desses, tão perto da costa e nada até agora. Enfim, rezemos e esperemos.

Deia Linhares

Escrito antes de encontrarem destroços…mais a leste. O pior é a perda humana.