Corvetas classe Tamandaré: aprovada a capitalização da Emgepron
Foi aprovado ontem o Projeto de Lei Orçamentária para 2018 (PLOA 2018) que inclui, entre outros programas das Forças Armadas, os recursos para capitalização da Emgepron para o início da construção das corvetas classe Tamandaré (CCT).
Nas páginas 944, 987, 1065 pode-se observar a emenda de R$1 bilhão para capitalizar a Emgepron para o projeto das CCT.
Vale ressaltar que esse valor foi considerado como reserva de contingência (na LRF 0,4% do Orçamento deve ser considerado como reserva de contingência, podendo então ser cancelado e remanejado).
O PLOA 2018 pode ser acessado clicando aqui.
A classe Tamandaré
A Corveta Classe “Tamandaré” (CCT) foi projetada pelo Centro de Projetos de Navios da Marinha do Brasil (CPN) sob o conceito “stealth”. Ela é uma evolução das classes “Inhaúma” e “Barroso”.
A CCT foi concebida para ser uma plataforma poderosa para missões diversas e para emprego contra ameaças aéreas, de superfície e submarinas.
O navio pode ser configurado com vários sistemas e armas, como canhões de médio e grosso calibres, metralhadoras e sistemas de controle tático.
A corveta também conta com convoo e hangar para helicóptero orgânico.
COLABORARAM: Alexandre Fontoura / Manuel Flávio
Excelente notícia. Agora só falta um parecer da MB quanto as propostas repassadas pelas empresas interessadas.
Gostaria de saber se em caso de uma encomenda maior dessas corvetas acabaria por diminuir o custo final de cada belonave, porque convenhamos só 4 unidades é pouco, muito pouco.
tomara que esses navios sejam construídos e comissionados a tempo de substituírem os barcos mais antigos, como as duas fragatas tipo 22 e as corvetas Inhaúmas; deixando a substituição dos demais navios de escolta por lotes adicionais dessas corvetas, ou na melhor das hipóteses, pelos navios do Prosuper. Só nao sei se as nossas Fragatas da classe Niterói seriam capazes de aguentar mais 10 ou quinze anos ateh serem substituídas.
Para esclarecer:
LRF=Lei de Responsabilidade Fiscal. Art. 22 da Lei.
4 unidades não resolve o problema. levando em consideração o tempo transcorrido entre os contratos iniciais e a entrega da primeira unidade, no mínimo 7 a 8 anos. ou seja , quando a ultima Tamandaré for comissionada, só teremos elas e a Barroso, que vai estar no osso . Uma marinha com apenas 5 escoltas pequenas e nada mais.
Vou colocar um trecho do relatório final cuja página (7)não foi divulgada na matéria (apenas como informação adicional): “O saldo do aumento da estimativa líquida, de R$ 4,7 bilhões, foi apropriado em programações não sujeitas ao teto de gastos: Fundos Constitucionais, reservas financeiras vinculadas ao FAT e ao FNDCT (R$ 270,7 milhões); implementação do voto impresso (R$ 250,0 milhões); complementação da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb (R$ 1,5 bilhão); participação da União no capital da Empresa Gerencial de Projetos Navais – Emgepron, para construção de corvetas… Read more »
Jelton Carlos 14 de dezembro de 2017 at 22:17
Melhor cancelar tudo.
Sou totalmente contra essa construção dessas corvetas pelo Engepron.
Vejo como desnecessárias.
Túlio, Emgepron não constrói corvetas…
Muito bom! Parabéns ao Ministro da Defesa que é um dos poucos que realmente tem feito alguma coisa pela MB. Não sou partidário e deixo siglas de lado mas ressalto o estilo do Sr. Jungmann que trabalha sempre nos bastidores em todos os ministérios que já passou. Também vale ressaltar o brilhante trabalho de resgate da MB pelo comandante Leal. Para 2018 teremos no primeiro trimestre a abertura dos envelopes para a melhor proposta de construção das Tamandarés já com dinheiro para iniciar a execução do projeto, teremos a aquisição do Ocean, o batimento de quilha de um scorpene, o… Read more »
Não gostei da palavra reserva de contingência,essa palavra deixa brechas
Beleza agora é rezar para não haver contingência de verbas ou remanejo.
Depois rezar mais ainda para a escolha certa dos estaleiros e entrega para provas no mar em dois anos e meio após batida a quilha.
CM
Já que teremos Cash para a execução do projeto no que consiste em Start programado de componentes complexos como propulsão, instrumentos e armamentos posso então arriscar um palpite sobre as ganhadoras do projeto Tamandarés na primeira fase e segunda fase. Primeira fase: 1º China – exportamos o gusa e o minério de ferro para a China e eles conseguem nos vender o aço pela metade do preço praticado aqui pelas indústria de transformação que também exportam o aço. E com o aço naval não é diferente. Outro ponto a China com CLT ou sem (ou seja vai ao gosto do… Read more »
Não comemorem. Nada está garantido quanto a esse dinheiro. Na primeira emergência será o primeiro a ser contingenciado ou remanejado para outras áreas do governo.
Pergunta aos que estão acompanhando o NPa Maracanã: foi destinado no Orçamento R$3 milhões para 2018.
É pouco para o que ainda falta fazer?
Pedro 15 de dezembro de 2017 at 2:23
R$1 bilhão é grande demais para cortarem tudo ou grande parte. Primeiro, o Governo contingencia e vai liberando aos poucos. No final do ano, aquilo que não foi descontingenciado, virou corte. Nesse ano foram liberados 75% do orçamento previsto no PLOA 2017 para custeio e investimento.
hj até a royal navy fazendo navios na Coréia, vide… novos da RFA. Pelo menos uma coisa, o desenho é bem diferente da “quase submarino” Inhaúma. Mas só de pensar que o projeto sera nacional me dá calafrios.
So espero que nao demore 15 anos para construir cada corveta…
Sei que já está decidido, mas por U$ 350 milhões, não seria melhor a fragata dinamarquesa classe Iver Huitfeldt? Tem tudo o que a MB quer, desloca 6.000 tons., possui mísseis AA médio alcance, sendo inclusive considerado pela marinha americana. Sem contar que é um belo navio.
https://breakingdefense.com/2017/07/danes-tout-340m-stanflex-frigate-for-us-navy-but-whats-real-cost/
http://intercepts.defensenews.com/2014/11/sleek-modern-and-built-on-a-budget-denmarks-latest-frigate/
Esse e nosso maior problema. Se forem construidas no Brasil, vai ser o mesmo caso das Barroso que nao passou de uma unidade, sem falar no tempo de fabricação e o din din que some. Domara que fassam parceria com um estaleiro sueco, chines ou coreano que ai a coisa anda. Do contrario vai ser que nem nosso sub nuclear que nao vai sair nunca do papel e torra dinheiro aos milhoes.
Quanto ao projeto ser nacional não consigo entender a preocupação de alguns foristas, já que os pacotes de aplicação militar (não fabricados localmente) serão importados e instalados com supervisão dos seus respectivos fabricantes.
Sendo um profissional da área de gestão de projetos minha preocupação reside no contingênciamento dos recursos alocados na construção desses meios, o que sempre gera atrasos e consequentemente o aumento de custos.
Manuel Flávio 15 de dezembro de 2017 at 3:26
Pergunta aos que estão acompanhando o NPa Maracanã: foi destinado no Orçamento R$3 milhões para 2018.
É pouco para o que ainda falta fazer?
Manuel Flávio
Se é suficiente ou não, não sei!!
O que sei é que foram gastos quase isso (2.400,000) pela MB somente para o seu translado do estaleiro IESA que abandonou o projeto. Vai entender!!
wwolf22 15 de dezembro de 2017 at 7:12
O planejamento é que, da assinatura até a entrega do último navio, decorram 8 a 10 anos…
XO…
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aparentemente o Almirante Luiz Monteiro está otimista demais…dias atrás ele comentou aqui no PN a possibilidade de entrega entre 2022 e 2024 por conta de novas técnicas de construção e possibilidade de parte do trabalho feito no exterior…espero que ele esteja certo e você e eu errados.
abs
Dalton, se essa possibilidade de parte do trabalho ser feita no exterior for verdadeira, esse prazo dado pelo Luiz Monteiro pode ser exequível, como exemplos podemos citar o trabalho conjunto da saab com Cingapura nos LCS, e da Damen com a Indonésia nas suas fragatas, o tempo de entrega desses dois projetos foi mais curto do que o normal
Dalton, o Almte Monteiro certamente tem mais informações do que eu… ele, provavelmente, fez menção ao primeiro navio da classe… abraço…
Duas são as preocupações, a pequena quantidade de corvetas pra justificar o alto preço, já que vai desenvolver, que se construam ente 8 ou 10 pelo menos.
E a demora de construção dos meios.
Quem viver, verá.
Esperemos que sim Jr…minha previsão otimista baseava-se no tempo de entrega da “Inhaúma”
uns 7 anos a partir da assinatura de um contrato, mas, certamente, navios podem e devem ficar prontos na metade desse tempo, principalmente navios relativamente pequenos.
abs
Essas corvetas demorarão demais para ficar prontas e a quantidade encomendada é muito pequena. Devido a atual situação da nossa esquadra seria melhor comprar por pratilheira algumas embarcações mais modernas, pois a maioria de nossas escoltas está no final da vida útil. É importante o país buscar autonomia na produção de armamentos, algo que o Brasil sempre fez mas não consegue dar continuidade quando adquire tal capacidade. Depois de termos embarcações realmente modernas patrulhando nossas águas aí sim o Brasil terá tempo para desenvolver seus próprios projetos e lutar para que o a capacidade de produção adquirida não seja perdida… Read more »
((( Manuel Flávio 15 de dezembro de 2017 at 3:32 )))
Faço votos para que não haja contingenciamento. Vamos ver quando a LOA chegar ao “Meirelles mãos de tesoura” o que vai ocorrer. Eu sinceramente não me permito ser otimista nesse país.
Gustavo… . a encomenda de 4 unidades é de um primeiro lote apenas… lotes subsequentes podendo ser de navios melhorados ou mesmo diferentes podem ser encomendados enquanto se procede a construção das 4 primeiras unidades…é normal…não se encomenda muitos navios de uma vez só e muito se pode aprender com um primeiro lote a ser repassado para lotes subsequentes. . A classe “Inhaúma” inicialmente teria 16 unidades, não todas necessariamente iguais, mas, apenas uma unidade bastante modificada de um segundo lote a “Barroso” foi concluída…mas… então as fragatas classe “Niterói” haviam sido recentemente modernizadas e havia um mercado de usados… Read more »
Excelente notícia.
Temos que construir muitas e inclusive vender para países na America Latina e Africa.
Vamos Brasil.
Lamentável. Nascerão já completamente incapazes de enfrentar o TO moderno.
O problema é o tempo…..de 8 a 10 anos, dentro do prazo. Em se tratando de Brasil, infelizmente teremos 4 (QUATRO) corvetas operacionais lá pelos idos de 2035……se as tivermos
Se a ideia são 4 corvetas, teremos no máximo 2 ou nenhuma, assim funciona os nossos programas de armamentos.
Trata-se de corveta ou fragatas leve…não se espera muito de um pequeno combatente de superfície ou combatente de superfície de segunda classe…da mesma forma que a US Navy não espera que um “LCS” possa fazer tudo.
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Navios menores podem complementar navios maiores e/ou ser utilizados em missões para o
qual um navio maior seria sub utilizado e/ou operar em áreas mais benignas, portanto há
espaço para navios do porte e características da futura classe “Tamandaré”.
TUKHAV nao sou especialista mas acho que as tamandares vao ser muito bem equipadas principalmente por ser corvetas
Vender para outros paises? Com os nossos impostos e a legislação de trabalho mais restritiva do mundo? Com milhares de fiscais em fila nas portas das fabricas querendo criar dificuladades?
Nossa ertrutura arrecadatória que não leva em conta as leis economicas, nos condenam ao atrazo industrial irremediável. Temos exelentes estaleiros e técnicos capacitados, mas a burocracia estatal tudo corroi e ao invés de incentivar desestimula. Tremos que comoprar semi sucatas se quisermos manter algum tipo de força naval que não seja irrelevante em qualquer TO.
Este é o problema…reserva de contingência e não % do PIB!!
Já nasce morto, sabemos disso, em todas as esferas das FAAs.
Ganha-se tempo, cala-se a mídia e as cobranças dos militares, e no fim se cancela, minimiza, ou adota-se algo que não é ideal.
E ao meu ver, estas corvetas são simplórias, de baixo deslocamento, com uma defesa AAW/ASW E ASuW deficientes…é quase uma guarda costeira….o que na verdade, não passa de ser nossa marinha hoje.
Ótima notícia !
Mas esse prazo de 8 a 10 anos e essa tal de reserva de contingencia me deixa com o pé atrás…
8 a 10 anos?!
Nessa hora vem a memória que os malvados comunistas chineses lançam 8 corvetas por ano…
Só a type 056, foram 33 navios construídos em 4 anos.
E não custa relembrar que o Brasil demorou 14 anos para construir a corveta Barroso.
La vai mais dinheiro jogado pelo ralo, e navios que bom nada. Se nao comprar de fora vai ser oque acontece sempre em tudo que construção no Brasil. Independente do setor que for nunca se termina nada e a grana vai fora. Exemplos nao faltam!
TukhAV 15 de dezembro de 2017 at 11:26
Qual é a sua definição de “TO moderno” ?
Quando o navio estiver saindo do estaleiro, poderemos comemorar.
Não antes.
Dá azar.
Esse projeto é excelente pra MB. Moderno, equilibrado. Sobre os valores, não posso ser leviano de comentar pois não trabalho no meio, não conheço detalhes e negociações. Basear preço por wikipedia desconsidera questões estratégicas de governo, balança comercial, trade-off, etc.
Mestre XO, avisa aí em BSB que 10 anos vai infartar o povo aqui, eu incluso.
Abs!
Capitalizar a ENGEPRON?? meu Deus, seria melhor FECHAR a ENGEPRON, aquilo não passa de cabide de empregos para inativos e afins…
… se a esperança é gastar 4,5 Bilhões e ter os barcos operando em 8 anos, como quem vai gerenciar vai ser a ENGEPRON então vai custar no final mais de 10 Bilhões e 20 anos para entrega. NÃO adianta achar que vai ser melhor que isso por apenas 4 corvetas pequenas, lentas e inapropriadas para o cenario do Atlantico sul.
À Argentina também tem “corvetas” até menores que a “Barroso” e não são “inapropriadas”
para o Atlântico Sul…o que é apropriado ?
A gente que é leigo acha tudo caro, mas esquece a complicação que é fabricar um navio, eu me surpreendi com a complexidade da tubulação desta Makassar class em construção, a gente ve um navio e esquece o recheio, imagine isso tudo velho com 40 anos de uso.
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Não gostaria de ser pessimista, mas não dá pra evitar. . São 4 navios que serão entregues em 8 a 10 anos, se não tiver atrasos. E sempre atrasa. Não acredito em segundo lote, até mesmo porque em 10 anos muda muita coisa. Este segundo lote deverá ser contratado 4, 6 anos apos a assinatura do contrato do primeiro lote, exatamente como se planejava fazer com os submarinos e não tivemos nada até agora. Na metade da próxima década os Tupi começam a dar baixa sem substituição. . Ficaria muito mais satisfeito com a compra de NaPaOc e mais submarinos,… Read more »
Zorann, O planejamento sempre incluiu navios de superfície, no caso era o Prosuper, mas como um financiamento internacional para as construções (nos moldes do que foi o Prosub) não vingou pois o Prosuper foi engavetado, no lugar do Prosuper entrou um programa mais modesto, das corvetas. Em nenhum dos casos (Prosuper completo ou corvetas) se visava esperar alcançar a meta anterior (Prosub) antes de lançar a nova, mas sincronizar o início dos dispêndios com os navios de superfície com a redução já programada dos valores das parcelas do financiamento do Prosub. Nesse sentido, iniciar a construção de corvetas não significa… Read more »
Luiz Floriano Alves 15 de dezembro de 2017 at 12:03
Perfeito. Exatamente isso. Com as leis trabalhistas que temos e os impostos draconianos brasileiros, não temos condições de competir em pé de igualdade com NINGUÉM e exatamente por isso o setor produtivo depende do dólar a um patamar de no mínimo R$ 3,50 para exportar. Aqui tudo é caríssimo de se fazer. E ainda há aqueles de que defendem as coisas do jeito que estão.
Seria estranho se não houvesse “mudança de planejamento”…quando revejo algumas anotações
que fiz sobre a US Navy e a marinha russa por exemplo, poucos anos atrás e comparo com hoje,
é de assustar !
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Guardadas as devidas proporções, isso em alguns casos, a grande maioria está fazendo malabarismos para adquirir novos meios ou manter por mais tempo os já existentes.
Poh comparar a marinha da Argentina e piada ne? Um pais que ta com todas as suas forças armadas completamente quebradas! Quer comparar compara com o Chile entao po!
Sandro, não tem nada de piada comparar, como o Dalton fez (se é que é disso que você está falando) o fato da Armada Argentina ter corvetas de porte até menor que a Barroso, e operar com elas no Atlântico Sul, com o fato da MB pretender construir corvetas (maiores que a Barroso) e operá-las também no Atlântico Sul. O comentário dele é muito pertinente, mesmo porque as corvetas argentinas Meko 140 (que aliás vários comentaristas costumam elogiar muito quando desejam falar mal das nossas…) foram especificadas conforme as necessidades deles, o tipo de mar que eles enfrentam, assim como… Read more »