Com a recente transferência de seções já unidas do SBR-1 (futuro submarino Riachuelo – S 40) da UFEM para o estaleiro, muitos leitores ficaram curiosos sobre o “recheio” do submarino. As fotos acima e abaixo podem aguçar essa curiosidade, mostrando a disposição interna do submarino em uma bela maquete, exibida no IV Simpósio de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha, realizado em 30 e 31 de outubro do ano passado em São Paulo.

Pode-se ver no lado/bordo “transparente” da maquete, de proa a popa, os tubos de torpedos, o sonar, o sistema de armazenamento e carregamento dos torpedos e mísseis, com parte das baterias abaixo dele, o compartimento de controle e navegação encimado pela vela, os alojamentos e tanques de combustível e, por fim, as praças de máquinas com mais baterias no nível abaixo.

O outro bordo da maquete era “fechado”, dando uma boa ideia do formato esguio do SBR, que é um desenvolvimento da classe Scorpene francesa (submarino oferecido pelo Naval Group – ex-DCNS – para clientes de exportação, já que a Marinha Francesa só opera atualmente submarinos de propulsão nuclear).

Abaixo, ilustrações que também mostram a divisão interna do submarino e o perfil do SBR-1 Riachuelo (S 40).

 

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Gabriel

Boa noite, Sou leigo e caso alguém possa tirar essa duvida ficarei grato; lembro que a muito tempo atras li que os submarinos brasileiros de origem alemã tinham modificações no sistema de motorização em relação ao projeto original que o tornava mais confiável (salvo engano era algo que dizia que os subs brasileiros tinham quatro motores ao invés de dois). Apesar de não saber se essa informação é verdadeira (ou se tem algum sentido rsrs) gostaria de saber se os Scorpenes também foram modificados com base em exigências especificas da MB ou se veio tudo mais ou menos igual ao… Read more »

Bardini

Nosso SBR conta com aproximadamente 2.000 toneladas de deslocamento. Como todos os outros Scorpenes, apresenta leme em “+”; Não teremos sistema AIP, mas foi adicionada uma seção que proporciona maior capacidade ao paiol de mantimentos, Tanques de Óleo Combustível (OC) e melhoria nas acomodações (reparar maquete). O que gera por sua vez, um aumento de autonomia. Conta com a maior capacidade de acomodação para tripulação da série Scorpene: 35 ocupantes. Armamentos: Capacidade para: 18 Torpedos (F21) ou um mix de 18 torpedos e mísseis (SM-39). Poderia ser equipado com 30 minas. . Alguns sistemas que aparentemente, compõem o SBR: .… Read more »

Flávio Cardia

EU quero saber se afinal o leme será em X ou em + ?????????

Renato

Qual míssel será/adotado?

Caixeiro

Bom dia,
Quanto a mísseis, a matéria já diz o SM-39 lançado do tubo de torpedos, se a MB desejar tem a opção do SCALP míssel de cruzeiro, agora mísseis balísticos VLS não.

James chaves da silva

Olá! Acompanho há anos, mas devo ter deixado passar. Já foi publicado um compararivo das classes Tupi e Riachuelo? Dimensões, capacidades, deslocamento…

Tomcat3.7

Bela máquina viu!! Tomara a MB ,pra manter a escala, continue com encomendas, ao menos mais uns 10 com entregas de pelo menos 1 por ano a partir da entrega do ultimo dos 4 SBR e somando a mais uma encomenda futura de mais uns 3 ou 4 SNBR já nos deixaria muito bem aparelhados para negação do mar.

leonel testa

Nunao o Scalp tem maior alcance que os SM 39 ? E os torpedos do SBR qual o alcance ? Abraço

cfsharm

Fernando “Nunão” De Martini 19 de Janeiro de 2018 at 10:16

REsumindo rapaziada – deem uma pesquisada e LEIAM. RSRSRS.

Sds.

Sequim

Nunão, quanto aos mísseis de cruzeiro, você saberia dizer se há intenção da MB em utilizá – los ?

Flamenguista

Nao sei se é o melhor, nem o pior, mas com certeza o mais belo dos submarinos convencionais.

Favaratti

o que quero é o submarino nuclear, com lançador de mísseis …. como estamos atrasados, bem falta verba, peçam emprestado ao cunha, cabral e seus co-irmãos, pois não quero citar nomes mais importantes em função de um certo julgamento

Jack

Bardini 18 de Janeiro de 2018 at 22:02
Show de bola Bardini !!!

Bosco

Pessoal, Mísseis de cruzeiro só funcionam se em uma quantidade relativamente grande. Meia dúzia não faz diferença e é só gastar dinheiro à toa. Para a Rússia que quer fazer propaganda serve, mas na prática é uma arma dispensável para 99% dos países. O único país que tem uma quantidade de mísseis de cruzeiro para ataque a alvos terrestres que pode fazer alguma diferença é os EUA com seus cerca de 12000 mísseis (Tomahawks, CALCM, SLAM-ER, JASSM, JASSM-ER), o resto só tem para situações muito específicas que não vem ao caso ao Brasil. E se viermos a ter mísseis de… Read more »

wardog1

misseis d cruzeiro sao dificeis de detectar e causam estrago suficiente em navios atracados, pontes, usinas hidroeletricas, fabricas, etc…

se lancar 2 ou 3 e 1 atingir o alvo, missao cumprida

leonel testa

Valeu Bosco abraço e obrigado

Dalton

E existe também na US Navy os 4 grandes SSGNs que o Bosco esqueceu de comentar ou não achou relevante comentar já que trata-se de submarinos de outra categoria…esses teoricamente poderiam embarcar 154 mísseis de cruzeiro em 22 silos verticais, 7 mísseis em cada silo, mas, pelo que já li, costumam embarcar algo como 120 o que continua sendo muita coisa.

Jr

Dalton, esses 4 SSGNs, são os Ohios que eram submarinos balísticos e foram transformados em sub de ataque??????

James Chaves da Silva

Fernando “Nunão” De Martini, muito obrigado!

Parabellum

Se não nos cabe possuir mísseis cruzeiro para ataque à alvos em terra, de que serve os navios de desembarque anfíbio?

Dalton

Jr…
.
submarino de ataque leva a designação de “SS” na US Navy..se for nuclear SSN e se for convencional SSK. Só existem submarinos de ataque de propulsão nuclear hoje em dia, das classes Los Angeles, Seawolf e Virginia.
.
No mais você está correto…trata-se dos primeiros SSBNs classe “Ohio” que por conta de obrigações de tratado com a Rússia deveriam ser retirados de serviço, porém, puderam ser reaproveitados e reclassificados como SSGNs ou em outras palavras submarinos com mísseis guiados de propulsão nuclear.
.
abs

Dalton

Parabellum…
.
navios de desembarque anfíbio podem servir para desembarque de tropas e equipamentos em
território brasileiro também…segurança interna.
.
Também funcionam como navios reabastecedores e em alguns casos como navios oficinas e são muito úteis em situações de desastres naturais , ajuda humanitária e missões de paz.
.
Não há muita expectativa do Brasil vir a utilizar “navios anfíbios” em algum desembarque
em praias inimigas e mísseis de cruzeiro para ataques à alvos em terra não são ideais para
se dar cobertura à tropas navais desembarcando, caso você tenha pensado nisso.
.
abs

Gerson Carvalho

Vale lembrar que a Rússia usou 26 mísseis de cruzeiro a partir do mar Cáspio contra alvos na Síria. O alcance dos mísseis Russos é bem maior do que os tomahawk. Então acho que os expertos devem ler mais sobre armas russas e mísseis de longo alcance. Afinal a Avibras estar desenvolvendo o AV-MT xxx porquê o alcance de 400 km é para exportação por regras internacionais, o nosso terá é claro alcance maior.

Sequim

Mestre Bosco, obrigado pela ilustrativa aula. Grande abraço.

joseano

Por que a MB( qdo tinha se decidido pelo U-214 e depois ficou com o Scorpene) alega que o AIP não é adequado para as condições de uso no Atlantico Sul ? Qual é a explicação técnica pra isso? Por que operacionalmente não é vantajoso ? Entendo que economicamente isso praticamente inviabilizaria o Sub Nuclear, mas pelo que sabe pelo menos oficialmente a desculpa da MB era técnica e não econômica para justificar a opção pelo não uso do AIP.

Rennany Gomes

Fora todos os outros gastos mais logística ainda sete vezes mais por milha navegada. WOL a marinha fez escolha certa!

Carlos Alberto Soares

Fernando “Nunão” De Martini 19 de Janeiro de 2018 at 19:49 Muito boa essa postagem, sinceramente desconhecia tal comunicado. Aproveitando sobre U 214: https://www.facebook.com/FIDFNational/photos/a.198211430218119.42551.120310668008196/1026125110760076/?type=3&theater CONTINUANDO SOBRE O TEMA TÓPICO: “O lado transparente do SBR” Achei o título fantástico, irrepreensível e muito adequado. Um dia teremos tal título as avessas, não vai demorar muito. E contínuamos com sérios problemas, perguntas repetidas, repetidas, repetidas …. afirmações sem nexo, sem nexo, sem nexo …. Pergunta: porquê temos que ter mísseis de longo alcance em SBR ou SSN ? O Bosco já respondeu, mas gostaria da resposta do(s) insatisfeito(s). SM 39 lançado submerso é… Read more »

Carlos Alberto Soares

Leram o link que coloquei sobre o Riachuelo ? Aqui á mais completo, tenderam ?

Nunão,

Faltam ainda duas seções a serem montadas e o serão na Base.

Muitas fotos e desenhos:

https://www.google.com.br/search?q=submarino+scorpene+por+dentro&sa=X&rlz=1C1GGRV_enBR751BR751&tbm=isch&tbo=u&source=univ&ved=0ahUKEwibkcz5reXYAhUOmJAKHfFzDogQsAQIJg&biw=1280&bih=694

Flávio Cardia

Olha, no meu caso garanto que não foi por falta de acompanha a trilogia nem as notícias em geral, muito pelo contrário, até pq aqui mesmo tem matéria falando que o “nosso Scorpene” teria leme em X sim..

http://www.naval.com.br/blog/2008/12/28/submarino-sbr-um-scorpene-diferente/

E muitas ilustrações oficiais tanto da MB quanto da Naval Group mostram lemes em X…..

comment image

http://defesaeseguranca.com.br/wp-content/uploads/scorpene1.png

comment image

comment image

Enfim, posso ter perdido alguma matéria falando que isso foi definido, mas não foi por não acompanhar e ficar soltando perguntas sem nexo não.
Abs

Nilson

Com a explicação acima parece que o AIP não funcionaria no caso da MB também por questões táticas. No final de cada patrulha teria que voltar ao RJ para recarregar o AIP. O diesel pode ser abastecido em qualquer base. Pelo que entendi, se o conflito fosse nos extremos sul ou norte, o submarino com AIP ficaria limitado, enquanto o diesel poderia reabastecer e continuar no teatro de operações para uma nova patrulha, sem ter que voltar ao RJ. Aproveito para perguntar: hoje ainda se usa reabastecer submarinos no mar, igual era feito na 2GM com os U-boat?? Se for… Read more »

Dalton

Nilson…
.
provavelmente você está referindo-se aos submarinos apelidados de “vacas leiteiras” que
foram projetados exclusivamente para reabastecer submarinos de ataque para os mesmos poderem permanecer mais tempo em missão.
.
Apenas 10 foram completados o que foi muito pouco e não se pode dizer que tiveram sucesso pois a operação de reabastecimento era complicada e mesmo perigosa.
.
Não é prática de nenhuma marinha reabastecer seus submarinos convencionais no mar…o mesmo precisa retornar à base para reabastecimento de combustível e também de víveres o
que um submarino de propulsão nuclear também necessita.
.
abs

sub-urbano

Flamenguista

Verdade cara, muito bonitas as linhas desse Submarino.

Outro dia estava comparando as linhas suaves e bonitas do Mistral da marinha francesa com os horrorosos trombolhos yankes da classe Wasp.

Dalton

sub-urbano…
.
claro que gosto é gosto…pessoalmente acho um “Wasp” muito mais bonito que um
“Mistral”…de vários ângulos são até parecidos só que o “Mistral” por ser mais curto e estreito,
passa a sensação de estar “acima do peso”… de qualquer maneira…o “Wasp” é um navio muito maior , seria preciso uma versão do “Mistral” com deslocamento máximo acima de 40.000 toneladas para se poder comparar efetivamente a “beleza” de ambos.
abs

Nilson

Dalton 20 de Janeiro de 2018 at 9:08 “Não é prática de nenhuma marinha reabastecer seus submarinos convencionais no mar” Dalton, muito obrigado pela resposta. Vou continuar no assunto mais um pouco, se eu estiver sendo imbecil ou impertinente basta ignorar, ok? Parece que os alemães também abasteciam os subs com outros tipos de navios, além das vacas leiteiras. Lembro-me do episódio do corsário Atlantis, que quando foi pego na botija pelo Devonshire estava abastecendo o U-126. Isso mais no começo da guerra, era final de 1941. Talvez depois tenham parado, por falta de navios e avanço dos radares, que… Read more »

Carlos Alberto Soares

Bavaria Lion 20 de Janeiro de 2018 at 8:33

Leu e não entendeu ? Ou entendeu ? (rs).

Dalton

Nilson… . é sempre um prazer trocar ideias sobre tudo o que se comenta aqui já que meus amigos de “carne e osso” não se interessam por tais assuntos , então não dá para “ignorar” mesmo que achasse seu comentário “impertinente”o que não é. . De fato há o caso do “Atlantis”…tenho em minha coleção de navios de metal um primo dele o “Kormoran” que também era capaz de “reabastecer”submarinos…mas…veja que os cruzadores auxiliares alemães além de poucos e operando muito dispersos uns dos outros também não tinham essa função de reabastecimento como prioritária, apenas, aproveitava-se da situação/ocasião diferente das… Read more »

Delfim Sobreira

Há vantagens, e desvantagens, ao se colocar os profundores no castelo do submarino ?

Nilson

Dalton 20 de Janeiro de 2018 at 14:11
Mais uma vez obrigado, Dalton, com sua explicação compreendi que o reabastecimento em alto mar era uma habilidade necessária e/ou útil num conflito de grandes proporções, de vários anos de duração (p. ex.: a saga do Atlantis, salvo engano, nunca se repetiu, 603 dias de missão sem atracar), mas nos dias de hoje tornou-se desnecessária, pois não há previsão de conflito de grande duração.

Nilson

Dalton, a propósito, sua coleção é muito abrilhantada pelo Kormoran, um mercante armado que corajosa e habilmente afundou um cruzador, o Sidney. A saga dos corsários alemães na 2ª Guerra é fantástica.

Dalton

Delfim…
.
há muita discussão sobre isso na internet…tanto que não cheguei à uma conclusão, mas, como
há submarinos com os lemes na “Vela” e outros com os lemes na parte dianteira do casco
acredito que não haja uma diferença significativa entre ambos os casos…na US Navy é
visto como uma vantagem significativa ter os lemes no casco para quando se precisa quebrar o gelo em operações no Polo Norte.
abs

Dalton

E o meu modelo Nilson tem uma pequena lancha torpedeira e um hidroavião também…que como
você sabe faziam parte do equipamento de vários dos cruzadores auxiliares alemães…e de fato a saga deles foi “fantástica”.
abraços

Flávio Cardia

Obrigado Nunão!