O conceito da Type 31e Leander

O conceito da Type 31e Leander

O conceito da Leander dos estaleiros Cammell Laird e BAE Systems

O conceito ‘Leander’ para a fragata Type 31e da Royal Navy desperta interesse da indústria britânica

Os estaleiros Cammell Laird (CL) e BAE Systems juntaram-se para competir pelo programa de fragata Type 31e com seu conceito “Leander”. O CL será o contratante principal da BAE Systems, fornecendo os conhecimentos de design e integração de sistemas. Mais detalhes do projeto Leander surgiram e parece que o CL e seus fornecedores estão determinados a fazer uma oferta muito crível. Do ponto de vista da RN, é encorajador notar que evidentemente haverá uma forte concorrência entre a Leander da dupla CL/BAE Systems e a Arrowhead da dupla BMT/Babcock .

Em 20 de fevereiro, o Cammell Laird, a BAE Systems e a Society of Maritime of Industries organizaram uma conferência de fornecedores que atraiu 200 delegados de potenciais empresas da cadeia de suprimentos no Reino Unido e no exterior. A demanda era tão alta que um segundo evento para mais de 100 empresas será realizado no próximo mês. O CL vê a resposta extremamente positiva da indústria como um forte apoio aos objetivos e aspirações da Estratégia Nacional de Construção Naval publicada pelo governo britânico no ano passado.

O diretor de projeto do CL, Tony Graham, disse: “Para ganhar essa competição, devemos ser melhores, mais baratos e mais rápidos do que qualquer outro … fundamentalmente, reconhecemos que este navio tem que funcionar tão logo fique pronto”. O MoD deverá fechar o contrato da Type 31e em março de 2019 e se a proposta da Leander tiver sido bem sucedida, poderá ver o corte de aço começando em Merseyside em março de 2020.

O CL diz que identificaram oportunidades para exportar a Type 31e para cerca de 20 clientes no exterior além dos 5 navios para a Royal Navy e eles esperam construir um negócio de exportação com base na Leander. A BAE Systems possui uma rede de relações globais em regiões como a América do Sul e o Golfo, que será um recurso útil ao comercializar a Leander no exterior. O governo está empenhado em ajudar nesta campanha de exportação e trabalhar em parceria, de uma forma que esteve em grande parte ausente na construção naval do Reino Unido há várias décadas.

De acordo com o CL, o design da Leander será flexível e poderá entrar rapidamente na produção, oferecendo custos de propriedade modestos. Os três principais custos de vida útil são tripulação, combustível e sistema de combate. A Leander tem um perfil flexível, é muito eficiente em termos de combustível e o sistema de combate BAE Systems já está sendo usado pela Royal Navy. O design deve ser de baixo risco com um projeto de engenharia direto.

O engenheiro-chefe da Type 31e da BAE Systems, Gavin Rudgley, ofereceu mais detalhes sobre o design da Leander. Espera-se que o navio tenha cerca de 4.000 toneladas de deslocamento e 120 metros de extensão com uma tripulação de cerca de 120 e capaz de operar nos extremos do Golfo ou do Ártico. O design foi desenvolvido a partir da corveta classe Khareef.

Evolução do casco

OPV classe Amazonas
Corveta classe Khareef
O conceito da fragata Type 31e Leander 

O projeto Leander usará sistemas maduros e comprovados de outros navios, incluindo os navios de patrulha oceânicos (OPV), destróieres Type 45, fragatas Type 26 e OPV classe River Batch 2 e projetados para serem robustos e fáceis de manter. A baia de missão do navio é uma versão reduzida da que já foi projetada para a fragata do Type 26.

Os sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado (HVAC) são baseados na experiência adquirida com a Khareef e o Type 45. Ele irá transportar o radar Artisan Type 997 e o sistema de mísseis antiaéreos Sea Ceptor comprovado. Para os 5 navios da Royal Navy, esses sistemas serão removidos das fragatas de Type 23 à medida que forem desativadas e serão montados nos novos navios, ajudando a reduzir custos.

A classe Khareef é propulsada por motores diesel gêmeos e é assumido por simplicidade e economia que a Leander contará com propulsão totalmente diesel.

Embora possa haver muitos que desejam ver a competição da Type 31e ser vencida por qualquer um menos a BAE Systems, é claro que o Leander tem uma vantagem sobre seus concorrentes, dada a propriedade de tecnologia madura e propriedade intelectual, juntamente com a experiência recente de construção de navios de guerra já no mar com a RN.

O Cammell Laird também tem história de sucesso moderna e está demonstrando sua competitividade global, garantindo uma série de pedidos de construção naval. É claro que a Leander será um concorrente formidável.

FONTE: savetheroyalnavy.org

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Top Gun Sea

Para os 5 navios da Royal Navy, esses sistemas serão removidos das fragatas de Type 23 à medida que forem desativadas e serão montados nos novos navios, ajudando a reduzir custos.

Que situação vão canibalizar, aproveitar componentes de uma embarcação com mais 25 anos uso em um vaso novo, que estranho isso!
E assim vão só diminuindo as possibilidades das Type 23 mais novas para as marinhas da América latina.

Dalton

Não exatamente a mesma coisa, mas, navios (Cutters) da Guarda Costeira dos EUA da classe “Famous” receberam componentes, inclusive canhões de 76 mm de fragatas descomissionadas da classe “Oliver Perry” para diminuir custos na extensão de suas vidas úteis para além de 2030 !
.

Top Gun Sea

Off Tópic – não menos importante!
Tirando ideologias, siglas e bandeiras partidárias, nosso Super Ministro da Defesa continua fazendo a diferença.
http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2018-02-22/temer-primeiro-conselho-militar.html

Roberto Bozzo

Olha, se fosse possível apresentar projetos ainda não executados ao processo das Tamandaré, este Leander seria candidatissimo….

Roberto Bozzo

“Ele irá transportar o radar Artisan Type 997 e o sistema de mísseis antiaéreos Sea Ceptor comprovado. Para os 5 navios da Royal Navy, esses sistemas serão removidos das fragatas de Type 23 à medida que forem desativadas e serão montados nos novos navios, ajudando a reduzir custos.”

De acordo com este trecho, quem futuramente for comprar as Type 23 que derem baixa, as levará”peladas” pois os principais itens serão reaproveitados; provavelmente os mesmo ocorrerá com os Phalanx do Oceano, não virão na compra dele pela MB pois serão reutilizados em outras embarcações, provavelmente nas próprias Type 31e.

Bardini

Pelas imagens, parece que não tem capacidade ASW…

Mercenário

Top Gun Sea

Canibalizar? Eles simplesmente vão aproveitar os NOVOS sistemas que estão sendo instalados gradualmente nas Type 23 (Artisan 3D e Sea Ceptor).

O cronograma ATUAL é de baixa da primeira Type 23 em 2023, com entrada em serviço da primeira Type 31e.

Quanto ao design da “Leander”, ao que parece é uma evolução da “Khareef”, com algumas soluções das Type 26 (mission bay).

Com o teto de preço definido pela RN, não sei se a proposta final da CL efetivamente terá o canhão médio, o Sea Ceptor e o Phalanx que aparecem nas imagens.

Saudações

Fernando "Nunão" De Martini

“Que situação vão canibalizar, aproveitar componentes de uma embarcação com mais 25 anos uso em um vaso novo, que estranho isso!”

Top Gun Sea,
Os componentes mencionados no texto, para reaproveitamento, são itens recentemente instalados em modernização, como o radar Artisan e os mísseis Sea Ceptor. Ou seja, componentes instalados há poucos anos, e não há 1/4 de século.

ADRIANO M.

“Embora possa haver muitos que desejam ver a competição da Type 31e ser vencida por qualquer um menos a BAE Systems, é claro que o Leander tem uma vantagem sobre seus concorrentes, dada a propriedade de tecnologia madura e propriedade intelectual, juntamente com a experiência recente de construção de navios de guerra já no mar com a RN”.

A reputação da BAE está tão ruim assim no UK?

Ronaldo de souza gonçalves

Estão o sonho das type-23 acabará comprar uma fragata de 20 anos é pelada não dá,eu acho que nem o chile vai querer.È muito estranho que com o dinheiro das vendas eles,ajudam na construção da fragata em si.

Fabio Aguiar

“O design foi desenvolvido a partir da corveta classe Khareef”
Muito bacana ver um projeto de navio patrulha dar origem a uma Corveta e depois a uma fragata.

Burgos

Não é pro nosso bico !!!
Muito cara !!!

Marcelo Carmo Santos

Belo navio. Quem dera se a MB pudesse encomendar umas 5 unidades dessa beleza…

Satyricon

Leanderé?

Otto Lima

Fabio Aguiar 22 de Fevereiro de 2018 at 22:28

A Vosper Thornycroft, que hoje faz parte da BAe Systems, fez exatamente o mesmo durante a Guerra Fria. As corvetas Mk 1 construídas para Gana evoluíram para as corvetas Mk 3 da Nigéria, depois para as fragatas Mk 5 (Classe Alvand) do Irã, as fragatas Mk 7 (Classe Dat Assawari) da Líbia, as corvetas Mk 9 (Classe Hippopotamus) da Nigéria, as fragatas Type 21 da Royal Navy e, por fim, as fragatas Mk 10 da Marinha do Brasil, a bem sucedida Classe NITERÓI.

Otto Lima

A propósito, o radar 3D de busca combinada Artisan Type 997 é o mesmo que virá com o HMS Ocean para a MB.

Marujo

Esta escolta tem chance na competição para a Classe Tamandaré?

HMS TIRELESS

ADRIANO M, durante a construção dos Type 45 pela BAe o preço aumentou tanto que tiveram de cortar o número de navios pela metade. Esse e outros motivos certamente levaram o MoD a encomendar a nova classe de petroleiros de esquadra (Tide Class) aos estaleiros Daewoo da Coréia do Sul em que pese o fato dos mesmos terem sido projetados pela BMT Limited.

HMS TIRELESS

Uma pergunta: Essa baia de missão aberta não aumenta o RCS do navio?

Otto Lima

Marujo 23 de Fevereiro de 2018 at 9:31

Teria, se uma das premissas do projeto da Classe Tamandaré não fosse a oferta de conceitos já em uso por outras marinhas.

HMS TIRELESS

Otto, a depender da interpretação que se dê essas Leanders poderiam ser habilitadas no certame afinal ela descende de navios que já estão em serviço na RN, na Marinha de Omã e na própria MB.

Pessoalmente eu penso que o conceito desse navio é interessante e poderia inclusive justificar o amalgamento dos programas das classes tamandaré e do PROSUPER em um único navio a ser construído em quantidades maiores, gerando economia de escala.

Tallguiese

Pois é, não é só em dragon ball que faz fusão!!! Kkkkk. Brincadeirinha, só pra descontrair.

Dalton

Tire…
.
a baia poderá eventualmente ser fechada, através de portas corrediças…como aliás
foi feito na classe “San Antònio” da US Navy por exemplo.
abs

Marujo

Bingo, Tirelless.

HMS TIRELESS

Gostou do navio Almte. Dalton? A meu ver me parece uma boa proposta, de baixo risco e equilibrada, embora eu não tenha gostado do arranjo de propulsão exclusivamente a Diesel. Se seguir a sorte da classe que que lhe inspirou vai fazer muito sucesso.

Augusto L

Sou que no modfrag das Niteróis foi colocado um sonar novo, que já ouvi que é o mesmo que as type 45 usam, não sei se é vdd mas acho que a Tamandaré poderia reutilizar alguns equipamentos de fragatas desativadas ou em via de ser desativadas, há bem que ela poderia.

Marco Passamani

O projeto do casco das FN é considerado muito defasado para os dias de hoje? Pergunto isso no sentido do mesmo ser aproveitado para a futura CT, obviamente com recheio moderno, caso nenhuma proposta seja do gosto da MB.

Otto Lima

HMS TIRELESS 23 de Fevereiro de 2018 at 9:47

Além das fragatas Leander, que tal uma classe de NPaOc baseada em uma versão simplificada da corveta Khareef, mantendo-se o armamento de tubo e o hangar para helicóptero?

HMS TIRELESS

Otto, eu preferiria como NPaOc um derivado da Classe Amazonas que incorporasse algumas características da Classe River Batch 2, especialmente o convés maior para helicópteros.

Top Gun Sea

-Fernando “Nunão” De Martin;
-Mercenário;
Obrigado pelos esclarecimentos.

Otto Lima

HMS TIRELESS 23 de Fevereiro de 2018 at 15:47

Essa também seria uma boa opção, pois assim a MB poderia operar os Sea Hawk de outras plataformas além do Ocean.

Luiz Floriano Alves

Ms, se essa Khaaref é baseada nas River, nós já temos a propriedade do projeto base, que veio no pacote das naves classe Amazonas. Teriamos que recorrer aos nossos engenheiros para reforçar a estrutura e compartimentar melhor, para controle de danos de combate. Colocar maquinas condizentes e çolocar armametos (em bom estado da arte) obtidos de barcos que estão dando baixa.