Porta-aviões USS Abraham Lincoln testa ATARI
OCEANO ATLÂNTICO (NNS) — O USS Abraham Lincoln (CVN 72) foi o primeiro garoto no bloco a obter um novo ATARI. Não, não o icônico sistema de jogos dos anos 80, mas um sistema projetado para pousar remotamente aeronaves em um porta-aviões. Os amigos de Abraham Lincoln, os outros navios, deveriam estar com ciúmes.
O ATARI, ou Aircraft Terminal Approach Remote Inceptor, foi, pela primeira vez, demonstrado com sucesso durante uma operação de toque-e-arremetida em um porta-aviões durante a realização de qualificações e testes de voo a bordo do Abraham Lincoln. A ATARI dá aos Landing Signal Officers (LSOs) a capacidade de assumir e manobrar as aeronaves durante as operações de recuperação.
“Fiquei realmente impressionado com a capacidade do LSO de pousar meu avião”, disse o tenente John Marino, um piloto de testes dos “Salty Dogs” do Air test and Evaluation Squadron (VX) 23, e o primeiro piloto a pousar uma aeronave em um convés de voo usando o ATARI. “As condições eram realmente difíceis, e foi realmente impressionante o sistema funcionou perfeitamente. Em um dia calmo, teria sido um pouco chato, mas isso foi definitivamente mais desafiador”.
Desenvolvido na Naval Air Station em Patuxent River, Maryland pelo Naval Air Systems Command (NAVAIR), o ATARI foi originalmente testado em um Learjet em 2016, realizando aproximações em terra. Em 2017, os F/A-18 foram equipados com esta tecnologia e, após extensos testes e garantia de qualidade, o VX-23 estava confiante o suficiente para testar seu sistema no mar.
“Havia algum nervosismo porque o estado do mar era muito ruim”, disse Marino. “De volta ao aeródromo, o teste foi fácil.”
Os LSOs são capazes de assumir o controle de uma aeronave a até cinco milhas de distância usando o ATARI. O sistema demonstra um método potencial para recuperar um veículo aéreo não tripulado (UAV) usando a capacidade do LSO de observar e corrigir erros de glideslope e de alinhamento. Embora não tenha a intenção de ser um método primário para recuperar aeronaves, ele fornece um sistema de backup relativamente barato no caso de um LSO precisar intervir e usar seus conhecimentos e treinamento para orientar com segurança uma aeronave.
Junto com o ATARI, uma van equipada com o sistema ATARI foi trazida a bordo e montada atrás da plataforma dos LSOs para permitir que os engenheiros observassem as aproximações em tempo real, monitorassem os dados de segurança de voo e garantissem que os passes transcorressem suavemente. A van gravou os dados de voo para os engenheiros analisarem mais tarde e permitiu que o VX-23 testasse seu sistema sem precisar instalá-lo no Abraham Lincoln.
“Não temos veículos não tripulados baseados em porta-aviões na frota hoje, mas eles virão em breve”, disse Dan Shafer, engenheiro de veículos aéreos da NAVAIR. “Esse é um método de pouso alternativo em potencial e nosso sistema teve um bom desempenho”.
Assim como seu homônimo, o ATARI usa um joystick para controlar um UAV, ou neste caso para fins de teste, um F/A-18 equipado com o sistema e um piloto de segurança sentado no cockpit. Os LSOs usam os joysticks para fazer correções e pousar com segurança a aeronave no convés de voo.
“Pegamos o cara que está pilotando a aeronave e o levamos para a plataforma do LSO”, disse Buddy Denham, engenheiro sênior da NAVAIR e criador do ATARI. “Você está efetivamente usando pequenos joysticks para guiar um avião de 40.000 libras, e é quase como se estivesse jogando videogame.”
Antes da aterrissagem, a aeronave precisou realizar primeiro três passes para garantir que todas as condições estivessem seguras e que o sistema pudesse de fato assumir o controle da aeronave enquanto estivesse no mar. Na quarta aproximação, os engenheiros de sistemas e os LSOs sentiram-se à vontade para fazer os toques e arremetidas.
“O deck estava jogando significativamente, balançando e caturrando”, disse Denham. “Foi particularmente difícil pousar naquele dia e mostramos que é possível usar esse sistema mesmo quando as condições não são ideais.”
O teste do ATARI foi realizado ao longo de dois dias em conjunto com as qualificações do porta-aviões. Embora não esteja atualmente previsto para a implementação em toda a frota, ainda assim o sucesso lhe dá potencial para futuras aplicações. Os engenheiros do ATARI analisarão os dados coletados a bordo do Abraham Lincoln e farão ajustes para testes adicionais no mar.
Veja no vídeo abaixo o trabalho dos LSOs a bordo de outro porta-aviões, o USS Gerald R. Ford
FONTE: US Navy
Impressionante! A tecnologia desenvolve-se de forma acelerada. E nós ficamos na esteira do progresso, por absoluta falta de investimantos. O pouco que se faz perde-se na obsolenscia e na falta de encomendas. Precisamos acordar e criar centros técnicos de ponta. Talvez um ITM ou Instituto Tecnológico da Marinha, nos moldes do ITA. Continuar comprando o estritamente necessário e no lmite, de verbas limitadas será o fim de nossa independencia.
É, poderiamos criar um ATARI para usar no nosso Porta aviões tb !!
ops, pera….
Só se for o video game
river raid.
Luiz Floriano Alves 3 de Abril de 2018 at 15:45
A Marinha não irá criar um “equivalente ao ITA” pois ela já possui sua escola de engenharia. Seu nome é Escola Politécnica da USP.
Sds.
“Precisamos acordar e criar centros técnicos de ponta. Talvez um ITM ou Instituto Tecnológico da Marinha, nos moldes do ITA.”
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legal…
Poderia explicar pq o IPqM não te serve?
IPqM não tem nada de tecnológico em pesquisas militares. está mais voltado a pesquisas do mar, e não aos meios navais. por isso não serve. Só para você se situar, servi 5 anos nessa OM. Na verdade o pessoal de lá hoje só toma café e fica no whatsapp o dia todo pq não tem material para trabalhar. Pronto, falei.
Caro Floriano, para formar seus engenheiros, a Marinha tem convenio com a Escola Politecnica da Universidade de Sao Paulo. Lembrando que o ITA eh uma escola e nao um centro de pesquisas.
Em São José dos Campos existe um centro de pesquisa avançado da Força Aérea. Fica fora das dependências da Base.
Que tenham uma boa partida! o jogo é divertido hehehe
Fui ludibriado pelo título…
No Brasil nós temos os GENIUS . . .
Também temos o pense bem
O jogo é legal, pena que cada avião do tem uma vida…
Vão brincar de River Raid!! Kkkkkk
Já ia correndo comprar o novo Atari e jogar River Raid em 3d! pilotando um f18, ou f35!!! st4
Quando eu era jovem e vendia o almoço para comprar a janta, vivia pedindo para os amigos e colegas da escola para deixarem eu jogar só um pouquinho com o ATARI deles, agora não largo mais o XBOX do meu filho, só no simulador de voo.
Kkkkkkkk!
Quase um ano depois de ter sido completada a modernização de meia vida que durou mais de 4
anos, o USS Abraham Lincoln finalmente recebeu dias atrás mais de 1.500 toneladas de
munição …e isso é apenas metade do que ele pode carregar.
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O carregamento marca o início de um processo que irá prepara-lo para sua primeira missão
pós modernização no ano que vem, mas, ele continuará servindo no papel de escola para
novos pilotos e mantendo a proficiência de pilotos veteranos…função de todos os NAes.
Caramba estava pensando no novo console que a Atari ia lan;ar kakakakak
Até que enfim uma boa notícia que mostra o quanto estamos evoluídos!!! Enquanto eles ainda estão no Atari para a nossa alegria a Tectoy relançou o Mega-Drive!! 100% fabricação nacional!!! E se o Mega-Drive for muito caro para nós a Tectoy está lançando tbm Atari…. Mas aí é sem a entrada para cartuchos…
Kakakakkakakakak akkakak
Desculpa pessoal não pude aguentar!
Submarino com XBOX, Porta aviões com ATARI, Corveta com Mega Drive, caça com Playstation, tanque com GameBoy… a coisa tá ficando show, kkkk
A USAF usou 1760 PS3 para fazer um super computador!!!
Se não me engano os Nimitz são bem mais velhinhos que o Atari
O “Atari” foi lançado nos EUA em 1977 enquanto o USS Nimitz foi comissionado na US Navy em 1975 e os dois seguintes da classe foram comissionados em 1977 e 1982 antes do
“Atari” chegar ao Brasil em 1983…portanto o jogo e o NAe são contemporâneos.
Na 1ª foto é uma “boy band”: New Kids on the Deck
kkkkkkkkkkk….quase caí da cadeira rindo com essa. Ótima.
Embora sejam quatro, parecem bastante, pela pose algo anárquica, com os Beastie Boys.
Offtopic
https://sputniknews.com/us/201804041063186384-us-combat-ship-montreal-ice/
Então esses navios não podem navegar no Atlântico norte na virada do ano (inverno)?
Nonato, veja que o congelamento não foi no Atlântico, foi no Canal de São Lourenço (St. Lawrence Seaway).
Para mim não deixa de ser preocupante a “banalização da guerra”.
Muitos aqui podem até não concordara, mas agem (ou escrevem) dessa forma, mas a guerra virou ‘brinquedo de gente “grande” ‘.
Mais alguém teve a impressão que a primeira foto parece de alguma boy band??? oeiahoeihioae
Tipo, The navys, The crew members… aeoihaeioheao
KKKKK ta parecendo mesmo…..New Kids on the Ship
A ideia de usar essa foto foi essa mesmo, é muito maneira! 🙂
Meus caros debatedores…quando estagiei no ITA, decada de 60, tinhamos um forte componente de pesquisas. Alemães faziam testes com cópias da V-1 e outra rquipe fazia o protótipo do Kolibri, um aparelho hibrido de helicóptero e avião. Seria o precursor dos Osprey, V-22? Outra pesquisa que lembro: protótipo de um planador de alta performance, pai do Urupema. O tunel de vento testava protótipos de aviões, em projeto. Pena que não tenham continuado nesta linha de Pesquisa e Desenvolvimento (R&D).
Se há um sistema capaz de assumir remotamente uma aeronave e fazê-la pousar, o que impede de, no futuro próximo, essa tecnologia derivar para uso defensivo? Hackear uma aeronave inimiga e fazê-la desviar, cair, etc?
O “HAND OFF”, que já é largamente utilizados nos caças dos Porta Aviões, não cumpre esse papel???
Pelo que entendi do texto é um método de pouso alternativo que será mais eficiente
quando se tiver aeronaves não tripuladas operando a bordo dos NAes de maneira regular o que deverá acontecer a partir de 2025 quando deverão ser incorporados à Ala Aérea gradativamente entre 4 e 6 aeronaves não tripuladas de reabastecimento, tarefa hoje levada a cabo por aeronaves de caça e ataque “Super Hornets”.
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O USS Carl Vinson foi o primeiro NAe a receber um centro de controle para aeronaves
não tripuladas em 2016.
Ninguém lembra do odyssey da Philips???
Esqueceram do Pong.
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Estes garotos na foto estão bisonhos !
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Mas eu acho legal este sistema principalmente para o pouso de aeronaves com carga bélica não utilizada, avariadas e com pilotos cansados e/ou feridos.