O então capitão de fragata Giovani Corrêa a bordo do NPaOc Amazonas, em 2012

O então capitão de fragata Giovani Corrêa a bordo do NPaOc Amazonas, em 2012

O então capitão de fragata Giovani Corrêa a bordo do NPaOc Amazonas, em 2012
O então capitão de fragata Giovani Corrêa a bordo do NPaOc Amazonas, em 2012

Por Alexandre Galante
Editor-chefe da Trilogia Forças de Defesa

e

Roberto Lopes
Especial para o Poder Naval

O Comando da Marinha do Brasil (MB) escolheu um capitão de mar e guerra (CMG) recém-promovido (2017) mas experiente no treinamento ministrado pela Marinha Britânica a tripulações navais estrangeiras, para ser o primeiro comandante do Porta-Helicópteros Multipropósito Atlântico (A140), ex-HMS Ocean.

No primeiro semestre de 2012, o então capitão de fragata Giovani Corrêa foi a Portsmouth, na Inglaterra, buscar o Navio-Patrulha Oceânico (NPaOc) Amazonas (P120), primeiro dos três Navios de Patrulha Oceânica construídos pela BAE Systems a ser entregue à Força Naval Brasileira.

O Amazonas deixou o litoral inglês rumo ao Rio de Janeiro em agosto daquele ano, após seus tripulantes terem cumprido um rigoroso programa de treinamento em alto mar conduzido pela FOST (Flag Officer Sea Training), uma unidade especial de adestramento da Marinha Britânica – a mesma que, mês que vem, conduzirá o treinamento a bordo do Atlântico, antes que ele seja formalmente liberado para seguir viagem com destino à Baía de Guanabara.

O Poder Naval teve a oportunidade de conversar com o comandante Giovani Corrêa a bordo do NPaOc Amazonas em outubro de 2012, quando o navio chegou ao Rio de Janeiro e, em outubro de 2013, durante a Passex com os navios de guerra chineses. Giovani Corrêa sempre foi muito atencioso e prestativo com os jornalistas, demonstrando tranquilidade e competência no comando do navio.

No porta-helicópteros Atlântico, o treinamento do FOST vai priorizar as recomendações acerca de navegação e vigilância, bem como os procedimentos operacionais de segurança, que, no caso do Atlântico, terão foco nas manobras com aeronaves (pousos, decolagens, abastecimento e movimentação dos aparelhos nos diferentes conveses) e em áreas menos específicas como combate a incêndios, controle de danos e emergências mecânicas, alagamento, combate à pirataria e salvamento de pessoas no mar.
O treinamento dado pelo FOST aprofunda o conhecimento da Marinha do Brasil nos procedimentos da Royal Navy.

PHM Atlântico A140
PHM Atlântico A140

Avaliação – O porta-helicópteros comprado pela MB chegará à Base Naval do Rio de Janeiro no mês de agosto, e sua primeira tarefa será desembarcar uma diversificada carga de equipamentos não instalados para essa primeira travessia sob o pavilhão nacional, suprimentos e peças de reposição, que serão, em parte, encaminhados aos depósitos da Diretoria de Abastecimento, na Avenida Brasil (uma das principais vias de acesso ao centro do Rio).

Os quatro lanchões de desembarque Mk.5B serão levados ao Comando do 1º Esquadrão de Apoio, na Ilha de Mocanguê, em Niterói, unidade da Força de Superfície que tem, entre as suas atribuições, executar a manutenção de 1º escalão das Embarcações de Desembarque da Esquadra.

Na chegada ao Brasil, o navio e sua tripulação serão submetidos a uma demorada avaliação operacional. Em seguida os tripulantes tomarão parte em novos treinamentos no mar, coordenados e monitorados pela Comissão de Inspeção e Assessoria de Adestramento (CIAsA) do Centro de Adestramento Almirantes Marques de Leão.

O objetivo da avaliação do CIAsA é reforçar o estado de prontidão do navio, requisito essencial para que a unidade possa dar início às suas missões de segurança marítima, de buscas e resgates, bem como de operações de ajuda humanitária.

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vicente de paulo

excelente

Roberto Silva

Muito bom, e a transferência foi feita hoje cedo.

Augusto L

Novo ele, a percepção no imaginário público é sempre de um comandante “velho”. As vezes ele pode ser velho e só ter cara de novo tbm, não sei kkkkk

Marcos

Boa tarde editores

Seria possível uma atualização da seguinte matéria com os dados do SBR

http://www.naval.com.br/blog/2008/12/02/scorpene-marlin-versus-u214-o-duelo-tecnico/

Desde já agradeço

XO

BZ, Giovani !!! Cadência da Turma GM94 !!!

Bosco

Sem querer ser deselegante fazendo comparações, mas esse capitão Giovani lembra nosso amigo Galante. Parece que gostar do mar vai fazendo os caras ficarem parecidos. rsrssss

FJJ171

Parabéns duplo ao novo Comandante! Primeiro pelo excelente comando que ganhou e – tudo correndo bem, sem percalços no meio do caminho – pela porta aberta ao Almirantado que (imagino eu) duas comissões desse tipo indiquem…. ainda mais uma da nova nau capitanea!

Pra manter a analogia com o momento atual, fez o trabalho direito e recebeu sem impedimento na entrada da area, mas ainda falta finalizar…
🙂

Que seja bem vinda nossa nova Nau Capitanea e que façam uma travessia tranquila da poça!

Galeao Cumbica

Galante,

como funciona dentro da Marinha ou das Marinhas pelo mundo este assunto de capitao, pois em plataformas de petroleo os comandantes se revesam em turnos de 28×28 dias ou 14×14 dias, agora na Marinha so ouco diser que so tem um capitao, e quando este estiver de folga?

obrigado
Galeao

Marcos

A diferença entre Marinha de Guerra e Mercante é que a de Guerra NÃO tem folga. Se por algum motivo o Comandante se ausentar por motivo de saúde ou férias regulamentares, assume o Imediato.

Burgos

Geralmente um Capitão de Mar e Guerra já tá beirando seus 30 a 34 anos de Marinha !!!
Traduzindo: ele não é novo !!! Mas também não é velho !!!
Um Contra Almirante recém promovido já tá com seus 38 a 40 anos de Marinha !!!
Aí tirem as suas conclusões !!!
Kkkkkk

Danilo José

Parece irmão gêmeo seu Alexandre Galante ! Muito parecidos.

Albuqurerque

Parabéns a MARINHA DO BRASIL. fico triste por não poder mais trabalhar no reparo naval de seus navios. E.T.A.M.R.J. e A.M.R.J. grandes escolas que tive na minha vida, mas tudo passa, ficam as lembranças.

David Lucena Reis

Se não me engano, ele foi o primeiro Chemaq da Corveta Barroso.
Vi ele na Barroso várias vezes, quando servi na Inhaúma.

Sérgio Duarte Martins

Burgos 29 de junho de 2018 at 20:15

Geralmente um Capitão de Mar e Guerra já tá beirando seus 30 a 34 anos de Marinha !!!
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CMG boyzão, só na Marinha dos EUA.
Na MB, ele já está carcomido pelo tempo.