A Marinha do Brasil realizou este ano mais uma Operação MISSILEX, desta vez usando como alvo o casco do Navio-Tanque Marajó, desativado em 2016 depois de 47 anos de serviço ativo.

O vídeo acima, que circula em redes sociais, mostra os navios da Esquadra Brasileira que participaram do exercício de tiro real realizando uma série de tarefas e um helicóptero SH-16 Sea Hawk do Esquadrão HS-1 lançando um míssil antinavio Penguin contra o casco desativado do NT Marajó.

A Marinha do Brasil divulgou há poucos dias a realização do primeiro lançamento do míssil antinavio nacional MANSUP, mas não informou qual foi o alvo utilizado.

Levando-se em conta o pequeno intervalo de tempo entre as notícias, inferimos que o MANSUP pode ter sido lançado contra o NT Marajó, mas as imagens não foram incluídas neste vídeo.

Na Operação MISSILEX 2017, quando a Marinha lançou o Penguin e o Exocet, também não incluiu o lançamento do Exocet no vídeo de divulgação.

Em 12 de setembro a MB realizou a Operação MISSILEX I 2018, quando lançou um míssil MM40 Exocet para verificar a robustez e a precisão da plataforma de navegação inercial de projeto nacional empregada no MANSUP.

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CRSOV

Não imaginava que um simples míssil Penguim fosse o suficiente para afundar um navio da tonelagem do Marajó !! No início do vídeo pelo que percebi tinha uma fragata sendo rebocada !! Porque isso ??

Marujo

Exercício de reboque.

Hugo

Treinamento, a Fragata rebocada aparece no abastecimento depois.

Pablo

leia a reportagem!!
“…Levando-se em conta o pequeno intervalo de tempo entre as notícias, inferimos que o MANSUP pode ter sido lançado contra o NT Marajó, mas as imagens não foram incluídas neste vídeo.”

José Luiz

Excelente é muito bom ver a Marinha realizando estes exercícios Missilex de lançamento de armamento real, lembrar que os argentinos foram prejudicados na guerra de 1982, por não terem lançado os seus torpedos em tiros reais. A combinação do helicóptero Sea Hawk com o míssil Penguin, aparenta ser a ponta de lança em termos de meios de superfície anti navio hoje, o que é um bom sistema, pois são poucas as marinhas com meios para impedir que o helicóptero se aproxime e realize o seu tiro e mesmo que a ogiva seja pequena o impacto é tremendo. Muito curioso para… Read more »

_RR_

José Luiz,

Impacto de Penguim na ex-Frontin:
comment image

Vídeo completo:
https://www.youtube.com/watch?v=KbVIFXS3GpU

Mesmo que o petardo não afunde seu alvo num primeiro momento, os danos claramente serão sempre graves para qualquer vaso abaixo das 10000 ton. full.

Será muito interessante ver a combinação Caracal/AM-39 operando…

paulo costa

Obrigado !!!
o Navio-Tanque Marajó por servir a Marinha do Brasil por 50 anos (1968-2018) com distinção

Marcelo Andrade

Show! Acredito que por ter sido construído seguindo as normas de construção de navio mercante, não ter muitas anteparas estanques, apesar de talvez, por set NT, ter o casco duplo. Daí o afundamento pelo míssil penguim, diferente da Corveta Frontin, a qual teve que levar mais pancada! Me corrijam os comentaristas aqui.

Marcelo Andrade

Ah tá, valeu Alexandre!

Adriano RA

Caros, tenho a impressão de que o navio já estava adernando quando o Penquin o atingiu. Será que o MANSUP já não o tinha atingindo?

Mauricio R.

O exemplar do MANSUP testado, tinha uma cabeça de guerra ativa ou a cabeça de telemetria????
Creio que o teste foi feito, com a cabeça de telemetria.

Paulo Silva

Tem um adendo!Nestes testes de missel, os navios são desprovidos de combustível, mísseis e materiais inflamáveis!Muitas vezes este Penguin pode afundar uma Corveta se pegar em um setor vital!

Paulo

LBacelar

Assim como foi feito na Frontin

GUPPY

Pelo que eu sei o NT Marajó era single hull.

José Luiz

Sou muito fã deste míssil, geralmente o pessoal gosta dos gigantes como o P 800 e o Brahmos, mas o pessoal esquece que basta um Penguin passar pelas defesas para causar tantos danos em uma fragata que ela pode depois ser facilmente derrotada. É uma arma com muitas vantagens: Compacto pode ser mais facilmente levado por um helicóptero; Silencioso eletronicamente por não emanar emissões de radar; Capacidade realizar manobras no fim do curso de ataque para evitar por exemplos os CIWS; Imune as ECM e chaff. Bom para uso no litoral por não ter problemas com ecos de radar; E… Read more »

Felipe Maia

As demais marinhas latino-americanas dispõe de armamentos semelhantes? Fazem execicios desta natureza? Nunca ouvi falar.

Alessandro H.

Qual o alcance do Penguin?

Fabio Araujo

Temos as duas versões?

Edson Wagner Campos dos Santos

Pergunta, os A4 não podem ser configurados para o lançamento de Exocet ou o Mansup??

Blindman's Bluff
cipinha

Faz-se necessário a adoção de misseis anti-navio não só para os A-4, quanto pelos próprios Gripens da FAB, mesmo que seja apenas para criação de uma nova doutrina. No caso do A-4 eu acredito que pelas suas limitações e até pelo fato de não termos porta-aviões, Penguin pode ser um míssil adotado.

Matheus

Gostei das manobras entre o nem Bahia e o phm Atlântico

José Luiz

Pelo que pode se encontrar de informação pública os A 4 que voaram pelos EUA e outros países usaram operacionalmente os Maverick como míssil anti superfície e quer podem ser usados como arma anti navio, aliás na guerra Irã-Iraque, os F 4 Phantom fizeram um estrago danado em uma batalha naval contra as lanchas classe Osa do Iraque. Agora também existem fotos de A 4 com o Harpoon mas não sei informar sobre uso operacional.

Maurício.

O Penguin é o míssil ideal para o Skyhawk modernizado, não é tão grande e pesado como o Exocet.
Aqui um F-16 com o Penguin.
https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcRsJo8IMmwjs6nH331wzTrqF0MOF2goxpzFZSwXfsQjp5xQWU4b

José Luiz

O Penguin é pequeno e compacto, mas não foi integrado no A 4, não basta ir lá, colocar a aviônica, o cabeamento e pendurar o míssil no pilone, são necessários muitos testes aerodinâmicos etc. Para se resolver questões que permitam que o lançamento ocorra sem problemas, se procurar na net verá vídeos de teste de lançamento onde os artefato batem nas aeronaves depois de lançados. Os noruegueses integraram o Penguin no caça de uso deles no caso o F 16. E a versão do Brasil é a lançada de helicópteros a de aeronaves é diferente.

Maurício.

José, basta a Marinha querer integrar o Penguin e tudo se resolve, essas questões que você levantou valem para qualquer tipo de armamento novo que for integrado a aeronave, não é exclusividade do Penguin, os mísseis são basicamente os mesmos, a logística entre o Mk2 e o mk3 não deve ser tão diferente, basta a MB adquirir o mk3.

Marcos

@OFF TOPIC

Argentina vai enviar pilotos para treinar na Espanha e submarinistas para treinar no Peru. Pois é, que decadência.

https://www.lanacion.com.ar/2198162-primeros-pasos-para-mejorar-la-capacidad-militar-argentina?fbclid=IwAR2ZOdlhYz-XgkfqDsiWqoJxr_dFh7K2TRWOWLfArXEtxabghSTPOkfo_BY

india-mike

Excelente que a MB esteja fazendo exercícios Missilex anualmente.

Mas realmente seria muito curioso se o Mansup disparado em 27/11 não tenha tido o casco do ex NT Marajó como alvo. Pq testar só o lançamento, quando vc poderia avaliar o comportamento do missil no seu percurso completo, incluindo a detonação em alvo real? Sabendo da dificuldade de se “encontrar” um alvo para tais lançamentos, seria realmente muito estranho não aproveitar o Marajó que estaria lá flutuando “esperando para ser afundado” justamente no mesmo período. Alguém sabe a data exata da operação missilex2018?

Camargoer

Caro India-Mike. Você tem razão sobre a oportunidade que teria testar o Mansup contra o casco do Marajó. Acho muita coincidência divulgarem o video do disparo do Mansup e da Misselex na mesma semana. Talvez o objetivo principal seria testar o Mansup, dai aproveitaram para treinar com o Penguin, daí aproveitaram para fazer um exercício com toda a força-tarefa que apoio o testes e o disparo de míssil. Alguém deve ter pensado nisso, se não pensou ponto para nós que pensamos.

india-mike

Boa Galante, excelente trabalho de detetive (e olha que a data está parcialmente cortada pelo frame da câmera) 🙂 E como pôde-se ver tb no vídeo que q Barroso fazia sim parte do GT, quase com certeza pode-se afirmar que o Mansup foi disparado contra o Marajó. Que o missil não tinha cabeça de guerra e em seu lugar estavam equipamentos de telemetria já se sabia, mas será que ele atingiu o alvo? Ouso dizer que em caso positivo provavelmente a MB divulgaria tal informação. Eu sou um dos críticos do Mansup (pelo investimento em tecnologia “defasada”), mas não considero… Read more »

William

Creio que mais importante que o alcance são as manobras evasivas antes do impacto do míssil… e se eu não me engano esse mansup praticamente não faz manobra evasiva antes do impacto.

Marcius Diniz

Print do frame com a data completa
https://imgur.com/a/NwJKygh

Alfredo RCS

Provavelmente o MANSUP foi utilizado, mas se cabeça explosiva pois o teste seria para validar o sistema de navegação e outros subsistemas. utilizá-lo com carga explosiva seria uma temerosidade.

José Luiz

Caro Maurício não é simples assim não integrar o Penguin ao Skyhawk, não sou engenheiro aeronáutico, mas pode ter certeza que o custo é muito alto, o que inviabiliza totalmente para uma aeronave que tem pouca vida pela frente e um número muito pequeno de unidades. Sairia muito mais barato adquirir o Maverick de alguma versão, mas não sei se ele ainda esta em fabricação. Os Sea hawk tiveram a integração com o Penguin feita pelos EUA, o Brasil tem o AM 39 integrado nos helis franceses e parece que custou bastante. E acredito que se bastasse querer, nossas forças… Read more »

Maurício.

José, barato por barato então é muito mais vantagem a MB adquirir alguns kits para transformar bombas burras em inteligentes, já seria muito melhor que as bombas burras em uso hoje em dia.
Forças armadas requerem gastos, isso é inevitável, eu acho que seria válido a MB adquirir algum armamento inteligente para o Skyhawk, em especial algum míssil antinavio.

“E acredito que se bastasse querer, nossas forças militares seriam bem diferentes do que são.”

Nessa parte do seu comentário eu não teria tanta certeza disso, acredite, as vezes basta as forças armadas quererem, mas infelizmente estamos no Brasil…

José Luiz

Caro amigo você esta totalmente certo com relação a adquirir algum armamento inteligente para os nossos Skyhawk, alguma solução tem que se encontrada, pois um caça não é absolutamente nada sem os seus armamentos. E a situação deve ser bem crítica. Muito pouco foi divulgado sobre o que a marinha dispõem para os seus A 4, suponho que junto com os AIM 9 H devem ter vindo outros tipos de armamentos, como bombas “burras” do tipo Mk 81/82, pois os mesmos aviões aparecem em vídeos em 1991 realizando missões de ataque contra as forças do Iraque, com este tipo de… Read more »

Mauro Borges

Os A4 não possuem canhões após modernização?

Sequim

O torpedo lançado também tinha como alvo o Marajó?

Andrigo

Mk.48? Houve detonação ou só o disparo simples?

Elton

Os sea hawk da MB não podem disparar o agm-84 ou míssil de porte equivalente. porque se o caracal dispara o am-39 e a marinha até algum tempo atrás tinha sea king capazes de disparar o exocet e são helicópteros de porte semelhante

Mauricio R.

Na internet encontram-se imagens do SH, equipado com o míssil israelense “Delilah”.
A página deste míssil na Wikipédia em inglês, cita que devido ao seu tamanho compacto este possa ser carregado pelos BH/SH, mas não diz se já foi homologado em nenhum dos dois modelos deste helicóptero.

Foxtrot

Interessante nesse e outros vídeos é ver que os SH possuem disignador laser . O que seria extremamente interessante para as FAAs desenvolver uma versão aero lançada do MSS1.2 com maior carga bélica, alcance e cabeça de busca e travamento. Sabe-se que é ou era plano do EB desenvolver uma versão do MSS 1.2 aero lançada denominada M.A.S ( Míssil Ar Superfície), porém não se tem mais notícias. Uma opção barata e rápida de desenvolvimento do MT-300 contra navios, seria dotar o míssil de uma caneta laser. Assim o mesmo se guiaria até o alvo automaticamente e com engajamento e… Read more »

cipinha

Interessante seria o desenvolvimento do FOG-MPM, bom alcance e mesmo hoje tendo alguns concorrentes, daria uma boa capacidade de ataque fora da linha de visão.

Mauricio R.

Mais barato do que ficar esperando deitado essa “Mectron 2.0” aka “SIATT” realmente desenvolver o MSA 5.1, seria adquirir o míssil israelense “Spike ER” ou “ER2”, que já existe e encontra-se em franca produção seriada e integra-lo aos helicópteros da MB.
E é muito mais barato ainda, que esperar deitado pois sentado vai cansar, a Avibras desenvolver algo que não seja diretamente relacionado ao Astros.

Helio

Tenho fotos do Marajó abastecendo o Minas Gerais, lá pelos idos de 85/86.

Alexandre Mendes

Só quero entende é como é que qualquer drone de 2 mil reais tem camera 4k e imagens de helicopteros militares sempre são ruim

ODST

Alexandre Mendes

O vídeo está super comprimido, com certeza a definição estava MUITO melhor para quem estava operando.

Saldanha da Gama

Orgulho de deixar o peito quase estourando,mesmo com as dificuldades por que passa a marinha. Não sei se meu coração resiste em ver a Marinha com os novos subs, inclusive o nuclear, as corvetas novas que virão da licitação, as usadas efetuadas em compra de oportunidade, mas com certeza não resiste se efetuarmos a aquisição de um NAE, equipado com F18 ou F35 ( pode ser Gripen, Rafaele, ou SU)

Sequim

Galante, grato pela resposta.

James Marshall

Que hajam mais exercícios como esse com a nossa atual frota como alvo. Lógico que com nossos novos meios de superfície, submarinos e mísseis desenvolvidos no Brasil. A partir de janeiro o Brasil voltará a ter FFAAs dignas do tamanho e importância de nosso país.

Marcos

Creio que não iriam lançar o MANSUP com ogiva explosiva em seu primeiro teste no mar.

Foxtrot

Mauricio R. 3 de dezembro de 2018 at 19:45 Mais barato do que ficar esperando deitado essa “Mectron 2.0” aka “SIATT” realmente desenvolver o MSA 5.1, seria adquirir o míssil israelense “Spike ER” ou “ER2”, que já existe e encontra-se em franca produção seriada e integra-lo aos helicópteros da MB. E é muito mais barato ainda, que esperar deitado pois sentado vai cansar, a Avibras desenvolver algo que não seja diretamente relacionado ao Astros. E onde está o desenvolvimento em adquirir mísseis Israelenses? A questão aqui é desenvolvimento e não aquisições. E engano seu meu caro, a Avibras já ofereceu… Read more »