Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro - AMRJ - 2

Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro - AMRJ

Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro - AMRJ - 2
Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro – AMRJ

Por Roberto Lopes
Especial para o Poder Naval

Faltando cerca de dez semanas para que a Marinha do Brasil (MB) anuncie o nome do consórcio internacional vencedor da encomenda de quatro escoltas da nova Classe Tamandaré, parte dos finalistas selecionados a 15 de outubro último para a reta final da disputa se move no sentido de oferecer aos almirantes brasileiros duas garantias: a de que sua proposta implicará na modernização do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) – sonho de muitos chefes navais –, e a de que a oferta de fabricação dos navios está lastreada no potencial de um estaleiro do território nacional com real capacidade de atender o serviço.

O grupo italiano Fincantieri, listado em terceiro lugar na relação de consórcios que compuseram a short list, já informou à MB: apesar de pretender construir os navios da série Tamandaré no VARD Promar – seu estaleiro do complexo portuário de Suape, no estado de Pernambuco –, realizará todas as manutenções dos navios em uma área selecionada das instalações do Arsenal do Rio, que se compromete a requalificar tecnicamente.

Na noite desta segunda-feira (07.01), um representante da empresa alemã ThyssenKrupp Marine Systems (TKMS) – classificada em segundo lugar no short list – garantiu à reportagem do PN, exatamente a mesma coisa: toda a manutenção das corvetas Tipo Meko A100, de 3.200 toneladas, a serem fornecidas à MB será feita no AMRJ. E que esse assunto será discutido diretamente entre as partes (TKMS e MB) durante uma reunião prevista para a semana que vem.

A conversa será importante por que alguns almirantes estão entendendo que a TKMS desistiu de finalizar os navios no estaleiro Oceana, da cidade de Itajaí (SC).

“Apesar de algumas partes ou seções [do navio] serem construídas em Santa Catarina”, explicou ao PN um oficial envolvido na análise das propostas, “as seções  principais e a montagem [do navio] serão feitas em estaleiro localizado no Rio de Janeiro”. Mas o PN ainda não conseguiu determinar a que estaleiro a fonte se refere: se a um privado ou ao próprio AMRJ.

A firme reviravolta dos concorrentes no sentido de prestigiar o Arsenal de Marinha vai ao encontro a uma antiga convicção de alguns almirantes, que sempre entenderam que o melhor para a MB em geral – e para a revitalização do AMRJ em particular – era fixar a construção da Classe Tamandaré no velho e histórico Arsenal sediado na Ilha das Cobras, na Baía da Guanabara.

Caso, por exemplo, do oficial ouvido (sob a condição do anonimato) pelo PN: “Historicamente os estaleiros privados brasileiros não conseguem dar continuidade à construção dos navios para a MB.  Desde o início deveríamos ter obrigado os concorrentes a construir os navios da Classe Tamandaré no AMRJ, por meio de uma grande reforma em suas instalações. Sempre defendi isso. Na forma como estão estruturados, nossos estaleiros privados não terão como se sustentar. Dependem exclusivamente de encomendas da Petrobras e da MB. A sacada da Fincantieri de modernizar parcialmente o AMRJ foi boa”.

NApOc Ary Rongel
NApOc Ary Rongel

Navio Polar – O debate sobre o local mais apropriado do território brasileiro para receber os contratos de construção de navios militares não é novo e, ao que tudo indica, terá novos capítulos já neste primeiro ano da gestão do almirante Ilques Barbosa Júnior como Comandante da Marinha.

Na manhã do último dia de 2018, ao conversar, pelo telefone, com a reportagem do PN, o diretor do Centro de Comunicação Social da Marinha (CCSM), contra-almirante Luiz Roberto Cavalcanti Valicente, não escondeu seu entusiasmo pelo fato de, no apagar das luzes de 2018, sua Força ter conseguido equacionar financeiramente a construção de um novo navio polar.

“O Ary Rongel [navio de pesquisas usado com maior intensidade pela MB em suas campanhas na Antártica] está chegando ao fim da sua vida útil”, lembrou Valicente. “Felizmente, com a ajuda do Ministério do Planejamento e do Tesouro Nacional conseguimos autorização para reunir os recursos necessários à construção de um novo navio polar, por meio da capitalização da EMGEPRON”.

O sistema será, portanto, o mesmo que vem garantindo a verba necessária ao Programa da Classe Tamandaré. Custo do navio polar? “Uns 300 milhões”, informa o chefe do CCSM.

E esse navio também será encomendado a um estaleiro no exterior, como foi o caso do navio de pesquisas hidroceanográfico Vital de Oliveira? “Não necessariamente”, rebate Valicente. “Poderia até ser feito aqui mesmo no Brasil, sob planos comprados a um estaleiro com experiência comprovada na construção de quebra-gelos”.

A encomenda do navio polar pode até parecer um aspecto menor do programa de recuperação dos meios flutuantes da MB, mas isso não passa de impressão.

Ela reforça o investimento que a Força Naval faz na recuperação de sua Estação Antártica Comandante Ferraz – destruída em um incêndio em fevereiro de 2012 – e recoloca a MB no time das Marinhas sul-americanas que vêm investindo em modernos navios de pesquisas polares – casos de Argentina, Peru e Chile (a Colômbia, sem dinheiro, optou por dotar um de seus navios-patrulha oceânicos classe Fässmer com reforços estruturais no casco que o tornam apto a travessias polares).

UH-3H da Armada Argentina

Helicóptero usado – Palco, em abril de 2007, de um incêndio que destruiu 70% das suas instalações, o quebra-gelos argentino ARA Almirante Irízar (indicativo de casco Q5), de 121,3 m de comprimento e 15.000 toneladas de deslocamento, precisou de dez anos para voltar à ativa.

As cifras exatas de sua reconstrução nunca foram suficientemente esclarecidas pela Administração Peronista de Cristina Fernández de Kirchner, mas estima-se que o custo para a Marinha platina não ficou abaixo dos 180 milhões de dólares.

De qualquer forma, o trabalho envolveu uma verdadeira ampliação das capacidades do navio: aumento da área de laboratórios de 74 m² para 415 m², e da capacidade de transportar pessoal, de 245 para 313 tripulantes e cientistas.

Agora, a Armada Argentina tenta obter, nos Estados Unidos, um helicóptero usado tipo Sikorsky SH-60 Sea Hawk, na versão aeronave utilitária, para substituir os antiquados UH-3H Sea Kings pertencentes à 2ª Esquadrilha Aeronaval de Helicópteros da Base Aeronaval Comandante Espora, que embarcam rotineiramente no navio.

A Marinha Peruana pagou 216 milhões de dólares para receber da indústria naval espanhola o navio de pesquisa oceanográfica BAP Carrasco (indicativo de casco BOP-171), de 95,3 m de comprimento e 5.000 toneladas de deslocamento.

O navio tem autonomia para viajar por 51 dias, transportando 50 tripulantes e 60 cientistas.

Maior que o Carrasco será o quebra-gelos que o Chile começou a construir em um de seus estaleiros, no primeiro semestre do ano passado: uma unidade com um importante conjunto de gruas na proa, três conveses de laboratórios e deck de voo à ré. Custo estimado: acima dos 200 milhões de dólares.

O navio brasileiro que substituirá o Ary Rongel deverá ter um comprimento de casco superior a 100 m, tonelagem na faixa das 4.500 toneladas, e capacidade de transportar pouco mais de uma centena de cientistas e operadores da Base Almirante Ferraz. Os almirantes esperam recebe-lo em 2022, último ano da gestão Ilques Barbosa, ou, no máximo, em 2023.

Dois mil e dezoito foi mesmo um ano para a Marinha do Brasil jamais esquecer.

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Aerokicker

Os Almirantes reclamam que os estaleiros particulares não terminam projetos e usam isso como desculpa para empurrar as obras para o AMRJ.

Oras, se os estaleiros privados não forem selecionados, não tiverem contratos para trabalhar e fazer a mão de obra valer o salário e não tiverem oportunidade para adquirir know-how porque o que aparece de fora sempre é sugado pelo poço sem fundo do AMRJ, vai ser meio difícil mesmo esse panorama de estaleiros desqualificados litoral afora mudar.

Douglas mackdonald

Sem falar que o AMRJ demitiu quase todo efetivo da EMGEPRON, muitos deles com anos mais de 10 anos de experiência.

Vovozao

08/01/19 – terça-feira; bnoite; bons ventos para a MB; só que analizando as ofertas da TKMS; e da Fincantiere acho que desde o momento que informaram do 1 lugar da SAAB/DAMEM; comecaram a pensar uma maneira de superar a primeira colocada; só acho que a MB tem que analisar friamente estas ofertas; aquele velho ditado ”não existe almoço gratis”. Quanto a substituição do Ary Rongel; nao acho que valeria a pena uma compra do projeto somente para um navio; poderia ser feito mesma maneira das CCT’s a construção em estaleiros nacionais.

Jorge Augusto

SAAB/DAMEM tão só na surdina. Vai ser igual leilão do Pre-Sal. No ultimo segundo passa um cara correndo com a proposta que derruba toda as outras.

Roberto Bozzo

Ao que parece a um forte favoritismo entre a Damen/Saab e a TKMS… Se fosse por tonelagem, os alemães seriam favoritos; a MB pode se aproveitar pois o momento não é bom para os alemães, com os problemas da F-125 a TKMS devem estar buscando recuperar seu nome no mercado, sendo mais “maleáveis” numa negociação. Se a MB construísse todos os principais meios aqui, precisaria de pelo menos dois estaleiros para atendê-la durante uns 20 anos; com um fluxo constante de verbas (o que sabe-se não existe ainda) poderia construir fragatas no AMRJ, por exemplo. No estaleiro privado construiria as… Read more »

JonasN

O custo do navio polar será 300 milhões de reais ou dólares?

Baschera

Pense sempre um dólares….ou euros para uma nave deste porte e nível de especialização.

Sds.

Tomcat4.0

Não tem menção da SAAB/DAMEN neste texto, logo esta quietude sugere que estão de boa só esperando pra dar o Hipon e levar o contrato!!!

JonasN

O navio polar vai custar 300 milhões de reais ou de dólares?

Junior

300 milhões de reais

Esteves

Quebra-gelo? 300 milhões de dólares.

Junior

Agora fiquei em duvida, primeiro eu li que não seria um quebra gelo, se realmente for um quebra gelo vai custar mais ou menos 300 milhões de dólares que é quanto a marinha chilena esta gastando pelo seu, o problema é que o congresso liberou só 100 milhões de reais, com o dólar a mais de 3,50, isso não chegaria nem a 30 milhões de dólares

Caravaggio

“Helicóptero usado”

O governo Macri destruiu a economia argentina. No máximo eles podem comprar algo muito-muito-usado em 36 vezes no cartão.

Camargoer

Caro Colega. A marinha do Peru comprou um navio oceanográfico de 5000 ton e 95 m por US$ 216 milhões. O navio polar da MB deslocará 4500 ton e terá 100 metros… deve ser US$ 300 milhões.

LucianoSR71

É a Argentina tava uma maravilha nos governos Kirchner e o cara chegou e em pouco tempo acabou c/ tudo, né? Menos ideologia e mais fatos, sejam esses favoráveis ou não as nossas preferências, por favor.

Ricardo

Exato, Luciano! Vejo todos os dias aqui no RJ a imprensa metendo o malho no prefeito, as pessoas comentando que o anterior era o cara e esse é incompetente, mas ninguém para pra pensar que o antecessor deixou tudo avacalhado. É a máxima de se garantir no poder e quem vier depois que se dane.

Ricardo

Me permita um comentário: vejo essa retórica sempre repetida – o governo de fulano acabou com a economia – sem querer defender o Macri, mas o cara herdou a bagunça do casal 20 deles e está tentando descascar o abacaxi, igual a gente aqui… “nosso” casal 20 estuprou as finanças nacionais e agora o Bolsonaro vai ter que roer o osso.

FABIO MAX MARSCHNER MAYER

A economia da Argentina já estava destruída quando Mauricio Macri assumiu a presidência. Inflação alta (e manipulada), gasto público descontrolado, aparelhamento do Estado e corrupção generalizada. Se não conseguiu resolver todos os problemas, é porque simplesmente é impossivel de fazê-lo. Mas foi uma gestão que buscou atacá-los e dar soluções. Em uma economia muito dependente do dólar, acabou sendo mais afetada que, por exemplo, a do Brasil, pelo aumento da quotação da moeda americana. Os efeitos positivos do governo Macri serão vistos no futuro, pena que é improvável que ele se reeleja, mas o próximo governante argentino, em não sendo… Read more »

Fabio Jeffer

Impressionante, se não for no Rio não ganha. Nossa Marinha não consegue sair dali, por isso é pequena. Nossos almirantes ainda estão no Brasil Imperial. Ta na hora de expandir e diversificar os locais de produção, desenvolvimento e pesquisa de nossos meios navais. Definitivamente é Marinha do Rio de Janeiro e não Marinha do Brasil.

Fabio bezerra

Meu caro, quem dera estivesemos no Imperio!
A marinha do imperial do Brasil era, salvo engamo a 3 ou 4 do mundo.

Dalton

É um dos mitos criados por monarquistas que é difícil dirimir … na verdade a marinha brasileira não fez parte nem do clube das 5 maiores,nas décadas que durou o Império…Reino Unido, França, EUA, Rússia, Holanda, superada pela Alemanha quando esta surgiu estavam na frente.

wilson

As mais poderosas marinhas na época eram as do Reino Unido, França, Russia, Espanha e Turquia. A Marinha Brasileira era equivalente a America e a Marinha alemã só passa a ganhar força após 1880.

Rafael Oliveira

Até o Galante acredita nesse mito, conforme matéria que saiu no Forte sobre o Império do Brasil.
Obrigado por trazer luz ao assunto, Dalton.

Renan Henry Braga

Segunda depois da Inglaterra

Elton

A marinha brasileira sempre foi uma marinha costeira e mesmo no imperio era bastante limitada,não tinha uma frota de águas azuis capaz de se projetar no outro lado do oceano com grandes e numerosos combatentes navais,podia até ser grande em números como e até hoje mas quantas embarcações eram capazes de combater grandes navios em alto mar ?

Eduardo ALM

Somente o Riachuelo e o Aquidabã teriam capacidade de projetar poder fora da costa brasileira, isso já nos últimos anos do império,
Lembro de uma postagem que desmistificou essa informação usando fontes da época onde o Império aparecia com a 15 maior Marinha do Planeta.

wilson

Vai depender do período. 1. da independência até a guerra da cisplatina praticamente toda a marinha poderia operar em águas azuis(chegou-se a 96 navios) 2. até 1857 ainda era uma marinha de águas azuis(maioria dos navios eram portugueses) 3. até 1864 os navios construídos eram para operar na Bacia do Prata 4. Guerra do Paraguai, construção de navios fluviais(a maioria dos navios anteriores a esta guerra eram muito grandes para operarem nos rios) 5. de 1870 até 1880 as construções navais se concentram em navios de alto mar, é nesse ano que a marinha atinge sua maior força sendo a… Read more »

Dalton

Depende da fonte também Wilson e em qual/quem se quer acreditar…nunca li nada em livros sobre essa suposta quarta posição da marinha brasileira, mesmo que por curto período, mas há na Internet quem diga que a marinha brasileira chegou a ser a terceira. . Segundo o “Power at Sea”, por exemplo, na década de 1870, as 5 mais poderosas marinhas foram, Reino Unido, França, EUA, Rússia e Holanda. . Supondo que a marinha brasileira tenha sido a quarta, mesmo que por um curto período de tempo, deve ter sido algo tão efêmero que passou praticamente despercebido e da quarta posição… Read more »

wilson

Como na época já havia jornais sensacionalistas as informações ficam muito contraditórias. Mas o que você falou esta correto depende muito das fontes e de quem se quer acreditar. Só para citar um exemplo de matéria sensacionalista da época, quando o Brasil recebeu o Riachuelo um jornal americano disse que ele sozinho seria capaz de destruir toda a marinha americana.(matérias como essa fizeram com que eles praticamente copiassem o Riachuelo no encouraçado USS Maine, que explodiu em 1898). O único dado que eu sei é confiável é sofre a estabilidade política deste período, com os outros muitas vezes se contradizendo… Read more »

Dalton

O “Riachuelo” era o que havia de melhor na época sendo construído na Inglaterra e os americanos não queriam mais ficar atrás dos europeus…até então eles estavam mais preocupados em construir navios mercantes. . Veja por exemplo o HMS Dreadnought que tornou-se um paradigma, mas, o que poucos sabem é que os EUA construíram o “South Carolina” na mesma época e que de certo modo era até mais revolucionário já que todos os canhões estavam montados na linha central…o “Dreadnought” foi terminado antes e levou a fama. . De qualquer modo ter um ou dois navios dos mais poderosos do… Read more »

wilson

Você esta totalmente certo em sua colocação.
eu gosto muito de pesquisar equipamentos militares e batalhas travadas não importando a arena em que ocorreram.
E pelo o que eu já pesquisei todos os países que são grandes potencias navais, o são dentre outros motivos pela eficiência em combate que sua marinha tem, a marinha do Brasil nunca lutou contra uma potencia naval(o mais perto disso foi contra Portugal), por este e outros motivos (como a capacidade industrial nacional) o Brasil era visto na época imperial e em 1910 como uma potencia mediana.

Marcos Campos

Me parece que existe um equivoco quando se refere a Armada Imperial Brasileira como sendo uma das 4 Marinha do mundo na época, talvez por misturarem Marinha de Guerra com Marinha Mercante, visto que absorvemos muito do que era de Portugal e ainda expandimos. Tínhamos uma Marinha Mercante de respeito.

Renan Henry Braga

Bem isto e marinha do Rio não do Brasil
Nordeste não tem uma fragata que preste
Rio grande do sul nada tbm
Fica meia dúzia meia boca no rio
E salário aposentadoria 80% do orçamento
Não dá né

LEONARDO ALVES MACIEL

Poderia ser a MEKO A200 de 4000 toneladas.

Theo Gatos

Desculpe ser chato editores, mas acredito que o mais correto neste caso seria “vai ao encontro de” e não “de encontro a” como na frase.. “De encontro” dá a conotação de ir em choque, de maneira contrária ou discordante, o que não me pareceu o caso pelo que li no texto.
.
A frase é: “A firme reviravolta dos concorrentes no sentido de prestigiar o Arsenal de Marinha vai de encontro a uma antiga convicção de alguns almirantes”
.
Sds a todos!

Theo Gatos

Sobre o valor do navio polar, pelo ritmo de liberação para capitalização da Emgepron, se o valor for em dólares, vai demorar muito para se atingir os R$ 1,1 bilhões para pagar pelo navio. O congresso liberou R$ 100 milhões… Se for os R$ 300 milhões até já terá uma bela parte já “alocada” pelo navio… Ou é uma entrada bem pequena que eles liberaram só para início de construção…
.
https://www.dw.com/pt-br/brasil-vai-investir-r-100-milh%C3%B5es-em-novo-navio-para-ant%C3%A1rtida/a-46714990
.
Sds

Elton

Nossas escoltas tão de bengala e desdentadas e os almirantes pensando em navio polar ?sério?

Haroldo A Fiocco

Então vamos pegar a verba de tudo, tudinho mesmo e colocar só em escola. Tá bom assim!! Para cada coisa há a sua verba alocada.

gabriel

Fugindo um tanto do assunto, alguém sabe dizer sobre as alterações nos uniformes dos militares, com um padrão parecido com o da US Navy? desde já, agradeço se obtiver resposta

Fernando XO

O que está em estudo é um camuflado para Navio, em 2 peças… seria usado para quem está embarcado, ao invés do uniforme cinza interno, mas somente quando o Navio estiver atracado… no mar, continua o macacão operativo azul, semelhante aos que a US Navy emprega…abraço…

Rafael Oliveira

Por mim, desativavam o AMRJ e privatizavam suas instalações.
Muito mais barato terceirizar a manutenção do que contratar trocentos marinheiros, que futuramente se tornarão inativos e deixarão pensões.
Melhor pegar o dinheiro e contratar a manutenção ou, na falta de dinheiro, nada fazer, do que fazer esses longos PMGs em que não há dinheiro para fazê-lo, mas gastam-se fortunas com a mão de obra ociosa em volta do navio fingindo que estão realmente fazendo a manutenção/modernização do navio.
Além de toda hora ficarem gastando dinheiro planejando a reforma do AMRJ.

Zé z

Deveriam transferir as instalações da Marinha pra junto da base de submarinos, em Itaguaí, mesmo que aos poucos. Já houve ideias sobre isso no passado, mas nossa Marinha parece ter a barbatana encravada nas margens da Guanabara. Vai continuar sufocada, vai continuar sentada no baú do tesouro, mas contando moedas. A Ilha das Cobras deve valer bilhões, tá em pleno centro do Rio.

UmPassante

Até os EUA têm estaleiros estatais para manutenção de seus navios.

Rafael Oliveira

Problema dos EUA, o qual, aliás, tem uma esquadra gigantesca, entra em guerras e etc. Não é parâmetro para o Brasil.

Mauricio Pacheco

Concordo plenamente, só quem já passou por um PMG no AMRJ sabe como funciona, passei por um, com o submarino Riachuelo S22, precisava de três operários e uma Kombi, pra apertar um parafuso!

Esteves

Capítulo passado, Tamandarés nos estaleiros privados para prover os estaleiros nacionais que estão inoperantes. Encomendas, pedidos, perdões fiscais e bota os estaleiros privados pra rodar. Capitulo atual, Choradeira. O Arsenal da MB envelhecido, esquecido, desaparelhado foi enfiado na goela dos consórcios. Pode fazer ou montar em outro lugar, mas acaba no Arsenal pra quebrar o champanhe, tirar foto e sair no YouTube? E não esquece de dar uma mão de tinta no Arsenal. Meses de debates, opiniões, publicações, adiamentos, sofrimentos e torcida para as Tamandarés significarem mais que outra obra pública. Não entendi. Para não descontentar o governador começa a… Read more »

Marujo

Fracassos da iniciativa privada na construção naval: unidades da classe Grajaú, transferidos para estaleiros alemães; cinco unidades da Classe Macaé, das quais duas paralisadas no Estaleiro do dono da Avianca. Logo, almirantes tem motivo de sobra para se preocupar.

Rafael Oliveira

Uma coisa é você contratar o estaleiro EISA caindo aos pedaços. Outra bem diferente é contratar a Damen, a Fincantieri, a TKMS ou o Naval para construir navios. Há uma enorme diferença em tamanho e competência.

Paulo Costa

Ao contrario de muitos aqui, defendo a escolha da Fincantieri para construir as corvetas da classe tamandare por 04 motivos: 1º O projeto e o nacional ou seja usou-se no seu desenvolvimento toda a experiencia adquirida na construção das fragatas niterói, corvetas inhauma e barroso. 2º O projeto sendo nacional toda vez que a Fincantieri Vender uma corveta dessa a Marinha do Brasil recebe os royalties que vao ajudar a construir mais navios. 3º A Fincantieri alem de gerar empregos em Pernambuco na VARD Promar, realizará melhorias nas instalações do Arsenal da Marinha do Rio e se compromete a requalifica-lo… Read more »

Lemes

A Ficantiere vender corvetas baseadas nas Tamandaré? Para que? Ela tem projetos próprios muito mais modernos e de sua propriedade. Esquece! Esse projeto da Tamandaré é uma jaboticaba ultrapassada e que, caso seja escolhida, será uma jaboticaba que não dará frutos.

Paulo Costa

Um estaleiro naval em conjunto com engenheiros da Emgepron fizeram o projeto da CCT e vem voce que so fez barquinho de papel na vida e acha que pode chamar de jabuticaba….kkkk

cara seja humilde …

Flávio Henrique

O 2° ponto é difícil de o ocorrer….
Querendo ou não o AMRJ terá que ser modernizado para pelo menos poder fazer manutenção nas embarcações..
Sobre Porta Aviões, teve uma discussão de qual embarcação civil tem complexidade próxima, número de compartilhamentos estanques , e a conclusão foi que seria os navios de cruzeiro observando que a fincanteri e o STX são os maiores construtores…

Paulo Costa

Na postagem fica claro que a Fincantieri vai fazer melhorias no AMRJ para poder fazer manutençoes nos navios.

Esteves

O projeto nacional atende a ala nacionalista do Almirantado. Caso fosse possível fazer aqui não haveria necessidade de uma licitação internacional. A Ficantieri tem centenas de projetos e de execuções navais. Não faz sentido vender qualquer outro meio que não pertence a ela. Todos os concorrentes prometeram realizar obras no Arsenal. Pelo menos, é isso que tem sido divulgado. Se o Brasil não reúne condições físicas, humanas, técnicas, econômicas e financeiras para construir escoltas atuais, é de se concluir que meios como porta-aviões estão fora do nosso alcance. Negócio é negócio. Estreitar relação é coisa de gente estranha que caminha… Read more »

Osvaldo serigy

Feliz 2019 a todos aqui que fazem o PN e Forças de Defesa. E também aos excelentes leitores. Novo formato dos comentários, gostei e parabéns. É foi um ano muito especial o de 2018 para MB cheio de conquistas e vitórias. E como o PN tinha comentado em uma postagem poderíamos ter surpresa até o fim de 2018, e tivemos a conquista desta embarcação de pesquisa para coroar o brilhante ano de 2018.

FERNANDO

Putz, pq, no Rio de Janeiro, é problema com o carnaval??
Avisa ao Almirantado que o carnaval da Bahia é bom pacas!!
Não consigo entender.

Luiz Monteiro

Prezado,

Não há qualquer exigência da MB para que os navios sejam construídos no RJ.

Os concorrentes que por ventura ofereçam a modernização do AMRJ e a manutenção dos navios nesta OM, o fazem pois entendem que seus estaleiros privados devem ser utilizados somente para construção de meios navais e não sua manutenção.

Desconheço qualquer predileção da MB pelo RJ. Apesar de ser gaúcho, considero que esse bairrismo não contribui para o país. Devemos aprender que o Brasil é um só e não estados independentes.

Abraços

art

A natureza móvel dos meios navais torna a localização de sua base muito menos importante. consultando foruns antigos já tinha a seguinte informação para comparar Austrália: tem uma Marinha praticamente do mesmo tamanho que a nossa (mas em melhores condições) mas tem que cobrir 3 oceanos e uma maior área. 2 Bases navais. Uma principal e outra secundária (a secundária tem algumas fragatas estacionadas apenas) uma no leste e outra no oeste. França: Marinha com número semelhantes de meios mas anos luz a frente em termos de capacidade. Também tem que cobrir dois litorais totalmente separados (Atlântico e Mediterrâneo) –… Read more »

FERNANDO

Não entendo, muita exigência.
Pq não pode ser privado.
Que me lembro, a Barroso levou tanto tempo para ser construída, e quando entrou em serviço era mais velha que meu avô.

Kommander

De saco cheio da Marinha já, só isso. Muita burocracia e muito ego alto. (Senão for assim, não é Brasil)

Luís Henrique

Não temos mais informações sobre os finalistas?

O que cada um ofereceu? Vantagens e desvantagens? Armamentos e sensores?

Já estamos em Janeiro. Só saberemos os detalhes depois do anúncio do vencedor?

Luiz Monteiro

Prezado,

As informações são classificadas para a MB. A MB não pode divulgar. Todavia, os concorrentes podem. Caso estes queiram, podem divulgar suas propostas.

Abraços

Luís Henrique

Obrigado Monteiro.

Me passaram a informação que a MB poderia estar cogitando o uso de 2 mísseis antiaéreos.
Fiquei animado pois poderia indicar o uso de algum míssil para defesa de área.

Isto procede?

JonasN

Seria interessante que fosse criada a partir do do programa CCT uma nova empresa entre o estaleiro nacional vencedor e a emgepron para manter o conhecimento e ate mesmo facilitar vendas a outros países de NaPa e corvetas.

_RR_

Interessante. Nada contra prestigiar o Arsenal. Mas aí temos um problema: estaremos inserindo mais um agente na negociação, o que, teoricamente, pode aumentar o preço. No meu entender, ou se moderniza o AMRJ de uma vez, legando a ele a construção dos vasos e a capacidade para mantê-los, ou se repassa isso a indústria privada. Aliás, penso que um programa muito mais racional poderia contemplar a modernização do Arsenal e a construção de seções dos cascos em suas instalações, com as outras partes sendo construídas no estaleiro proponente. Isso poderia economizar tempo e sairia talvez muito mais em conta. Muito… Read more »

Souto.

Amigo XO alguma informaçao sobre a compra de dois navios
caça minas da Suecia??

Fernando XO

Prezado Souto, estou às escuras com relação a esse assunto… abraço…

Bardini

Modernizar o AMRJ é garantir o futuro da Força de Superfície…
.
Projetar e integrar sistemas e blocos, bem como manter a Força de Superfície. Essa é a capacidade que a MB deveria tentar assegurar. É a parte complicada para a indústria privada.
.
Querem beneficiar a ABIMDE?
Contratem a construção de blocos aqui, de quem oferecer a melhor proposta.
Deem preferência para as empresas que trouxerem seus sistemas pra cá, via “Make in Brazil”.

Rafael Oliveira

O que garante o futuro da Força de Superfície é ter dinheiro e saber empregá-lo.
Isso independe absolutamente de ter ou não o AMRJ.

art

Isso aí… o seguinte montagem no AMRJ, os Blocos podem ser feitos em outros estaleiros sob supervisão do AMRJ.

Jadson Cabral

Deixa ver se eu entendi. O vencedor vai transferir a tecnologia para o estaleiro que construirá as embarcações mas quer investir no ARMJ para realizar toda a manutenção. Para onde vai toda a mão de obra e conhecimento adquiridos? O que o estaleiro fará sem novas encomendas?
Essa coisa de construção local tem um potencial enorme para ser um desperdício de dinheiro.

Elton

Seria bem mais fácil se fossem encomendados e feito contrato de manutenção com o país de origem porque a nossa frota vai ser para sempre uma mistura de navios doados,comprados de segunda mão e alguns novos que vão ser usados até o osso e nunca vai passar de uma dúzia de combatentes navais.

Luiz Floriano Alves

A melhor opção de fabricar estes barcos no Brasil, não passa pelo AMRJ. Estabelecimento estatal carrega toda uma burocracia e uma carga de encargos insuperáveis grando custos absurdos. O AMRJ deve ser aperfeiçoado para a sua missão mais evidente: a manutenção e aperfeiçoamento dos equipamentos da MB.

Felipe Souza

Eles querem que a manutenção do navio seja feita no AMRJ , nada mais natural já que a Esquadra está baseada no Rio. Mas para isso terão de fazer algumas modernizações.

Minha esperança é que a oferta sueca/holandesa seja a escolhida , os suecos são confiáveis , vide a parceria no Gripen.

E quem dera fossem 8 corvetas de uma vez. Estas compras a conta gotas são um saco.

Antonio Cuvirdes

Belo material!!!

Curvides

Haroldo A Fiocco

Minha preferência é pelas SIGMA 10515 da Damem Saab, gosto de perfil da superestrutura, não parece simplesmente “empilhado”, o Castelo de proa em ângulo além de favorecer o desvio de ondas de radar, ondas de água numa tempestade, é um diferencial arquitetônico, claro beleza é o que menos conta.
O anteparo nas bordas vejo um ponto forte com a segurança contra marinheiro Bizonho,
Quanto as armas, acho suficiente. Capacitada a guerra AA,AS,ASu,AE.
Bom hangar, mix de sistema de propulsão.

LEONARDO ALVES MACIEL

Bardini
Bom dia,desculpa a pergunta de leigo,mais poderia á Fragata Meko a200 lançar misseis tomahawk.

LEONARDO ALVES MACIEL

Fragasta Meko a200 pode lançar misseis tomahawk