A primeira fragata com capacidades reforçadas de defesa aérea

No dia 18 de abril de 2019, o Naval Group lançou a fragata FREMM Alsace. Primeira das duas fragatas de defesa aérea do programa FREMM (FREMM DA) destinadas à Marinha Francesa e contando com os mesmos desempenhos de guerra antissubmarino que as unidades anteriores, a Alsace se beneficia do aumento de capacidades em termos de defesa aérea.

Treze meses após o batimento de quilha do primeiro bloco, a FREMM DA Alsace é lançada do local de construção das instalações do Naval Group de Lorient. Nona FREMM multi-missão, é também a sétima da Marinha Francesa, encomendada pela OCCAr em nome da DGA.

Para responder aos requisitos operacionais, a FREMM Alsace integra as últimas evoluções ordenadas pela OCCAr (Organização para a Cooperação Conjunta no Armamento), de acordo com um planejamento de entrega inalterado. “O essencial da arquitetura da primeira FREMM projetada pelo Naval Group é conservado, mas sua polivalência será aumentada por capacidades aprimoradas em termos de guerra antiaérea. Essas modificações dizem particularmente respeito ao sistema de combate ”, diz Pierre-Jean Cuisinier, diretor do programa FREMM DA.

As adaptações técnicas trazidas pelo Naval Group são notavelmente traduzidas em um radar multifuncional mais potente, ferramentas de comunicação reforçadas, três consoles adicionais para o Sistema de Gerenciamento de Combate SETIS® no centro de informações de combate (CIC), com capacidades de defesa aérea aprimoradas usando os mísseis Aster 15 e 30. Em poucos dias, a FREMM Alsace também receberá seu novo mastro, otimizado para aumentar o desempenho de detecção.

“Este nono lançamento está marcando a colaboração entre o Naval Group, a DGA, a OCCAr e a Marinha Francesa para produzir navios que se beneficiam do contínuo aprimoramento das FREMM já produzidas. Graças ao bom domínio dos riscos tecnológicos, mas também à determinação e ao know-how das equipes do grupo, é um novo desafio bem-sucedido”, explica Nicolas Gaspard, diretor dos programas FREMM.

Além de garantir as mesmas missões de guerra antissubmarino do que as FREMM anteriores, o FREMM DA Alsace terá o papel de garantir a defesa aérea das principais unidades: o porta-aviões Charles de Gaulle ou um porta-helicópteros anfíbio, dentro do grupo aeronaval ou anfíbio.

As equipes do Naval Group e seus numerosos parceiros estão mobilizados para entregar as duas fragatas de defesa antiaérea Alsace e Lorraine, respectivamente no primeiro semestre de 2021 e no segundo semestre de 2022.

Sete FREMM foram entregues entre 2012 e 2018. A Aquitaine em 2012, a Provence em 2015, o Languedoc em 2016, a Auvergne em abril de 2017 e a Bretagne em julho de 2018.

No lado internacional, o Marrocos recebeu a Mohammed VI em 2014 e o Egito a Tahya Misr em 2015. A Normandie será entregue no verão de 2019 em conformidade com o planejamento contratual.

Características técnicas da fragata de defesa aérea FREMM

Fortemente armada, o FREMM DA Alsace utiliza os sistemas e equipamentos de armas de maior desempenho, tais como: o radar multifunções Herakles, os mísseis Aster 15 e 30 e Excocet MM 40 e até o torpedo MU 90. Os desempenhos do seu sistema de combate são reforçados com o aumento das capacidades de radar e comunicação, um novo radar e electro-óptico, e um Sistema de Gestão de Combate SETIS® equipado com funções específicas de defesa antiaérea.

  • Comprimento total: 142 m
  • Boca: 20 m
  • Deslocamento: 6.000 toneladas
  • Velocidade máxima: 27 nós
  • Tripulação: 119 (+14 para a equipe do helicóptero)
  • Acomodações: 165 homens e mulheres
  • Alcance: 6.000 a 15 nós

DIVULGAÇÃO: Naval Group

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Burgos

Quem pode , pode !!!
Quem não pode se sacode !!!

Vovozao

19/04/19 – sexta-feira, btarde, espero que também as nossas mekos 100/200 evoluam durante os 10 anos entre a construção da primeira e a última, sistemas de armas/ radares, acompanhando a evolução do mercado. Senão quando recebermos a última estaremos defasados.

Grozelha Vitaminada Milani

Liga pro Mc Fly e pede o De Lorean emprestado.

Comprem no futuro de 2090 para entregar em 2030 – qdo recebermos as 4 Fragatas Leves. Assim estaremos na vanguarda tecnológica sempre até acabar a vida util delas. Fragatas High-Lander Mekos BR … NUNCA estaremos defasados! NUNCA!

Cada um que me aparece…

Não tem fake news, tem bad trip news!

Willber Rodrigues

Parque industrial maduro + um governo comprometido dá nisso.
A Itália e a França encomendaram cada uma 10 navios de uma vez, não contingenciaram verbas, as obras não atrasaram, e suas indústrias lançaram seus navios no prazo estipulado, sem sobressaltos. É capaz de encomendarem mais lotes.

Bardini

Não é bem assim não… Os franceses por exemplo, cortaram um bocado de FREMM do pacote que se pretendia, de 17 unidades. Agora estão partindo para a FTI.

Willber Rodrigues

Mesmo que o plano original tivesse sido 17, mas cortaram pra 10, ainda assim o n° de fabricados será maior do que o n° de cancelados. E ainda tem a Itália que tambem está adquirindo suas FREEM conforme o combinado, e não abandonou o projeto.

Mercenário

10? Negativo, serão apenas 8. O título da matéria causa confusão no leitor. Duas das nove estão em serviço em marinhas africanas.

Dalton

As 8 “FREMM” estão na verdade substituindo 3 “Tourville”, 7 “Georges Leygues” e duas “Cassard” e para ajudar a tapar o buraco os franceses “promoveram” as 5 fragatas “La Fayette” para se chegar ao novo total de 15 principais combatentes de superfície composto também pelas duas “Horizon” e mais sério, também abriram mão de um segundo Navio Aeródromo.
.
Pode parecer ainda muita coisa, mas, diante de tantas obrigações,
o “CDG” no momento está no Oceano Índico por exemplo, falta navio, faltará “FREMM”.

Vovozao

20/04/19 – sábado, bdia, Dalton, acho que você se enganou nesta conta: 1) pelo que foi noticiado a marinha Francesa só ficará com 3 Lá Fayette’s que irão sofrer uma atualização; 2) pelas informações que foram noticiadas a La Fayette’s estará de passagem pelo Brasil ( RJ), as pessoas mais ”bem” informadas falam que ”alguns” almtes. iriam fazer uma visita de ”boas vindas”, tomate, estamos necessitando, vi ontem 2 fragatas focadas no AMRJ, 3 no BNRJ, só aí são 5, uma vindo Líbano, outra lá. (7), será que a outra está operacional??? Parece que por trás dos prédios na BNRJ,… Read more »

Dalton

Vovô… no fim das contas as 5 “La Fayettes” eventualmente serão substituídas por 5 “FTIs”, as 3 que serão revitalizadas
garantirão alguns anos de serviço a mais, apenas isso.
.
Quanto a localização das fragatas brasileiras acredito que seja isso mesmo, mas, nem todas estarão no mesmo grau de apronto, até por conta da “Defensora” estar parada desde 2010.
.
abs

Carlos Campos

é um err o meu ou o radar da Herakles é mais moderno que o radar da FREMM italiana?

filipe

Vamos de 4 MEKO A100-BR, e quem sabe no futuro de MEKO A-400N, vamos esquecer as FREMMs… Dos franceses já temos os Submarinos, Navios Anfibios e Portaviões.

Bardini

“e quem sabe no futuro de MEKO A-400N, vamos esquecer as FREMMs”
.
Como se fosse mais fácil ter uma MEKO-400 do que uma FREMM…

Sincero

E o Brasil cada vez ficando pra trás.

Marcelo R

E impressionante como saem fragatas enormes e novinhas dos estaleiros da França e Itália, com toda a crise econômica que assola a Europa, com todos os problemas sociais ocasionados pelos imigrantes que vem descaracterizando socialmente e economicamente estes paises, parece que mesmo assim não afetam as suas Marinhas, diferentemente de outros países que não conseguem por no mar nem mesmo um patrulha de 55,00m, armado com um canhão de 40mm…. E muito menos corvetas com armamento de patrulhas para uso oceânico, são barcos com capacidade de um navio de combate de uso global, parece que estamos em um país aonde… Read more »

André Luiz

Geopolítica e história passou longe do seu entendimento em.

Enes

O cenário politico daquela região, obriga que esses países estejam sempre prontos para o cenário de conflitos.

Estudante

Que coisa linda! Como eu quero ver o Brasil com FREMM, esse navio é excelente. MB, comprem FREMM!

Luiz Floriano Alves

Se vamos mandar nossos marujos enfrentarem um inimigo preparado, o mínimo que precisamos é uma frota de navios como esses. Modernos e bem armados. Podem ser atingidos, sim, porém o oponente vai pensar muitas vezes, nas perdas que pode sofrer. O navio de escolta ainda é a peça chave no TO do Atlântico Sul.

juca

sete fremm em 6 anos e o brasil 4 corvetinhas em 10 anos,é triste,pra quem duvida é só olhar cortes orçamento!

Jorge Knoll

Isto sim que se pode chamar de FRAGATA

Heli

Interessante notar que navios modernos como as F100 e as FREMM (assim ocmo as Horizon e as Type 45) deslocam de 6000 a 7000 mil toneladas e transportam “apenas” 32 silos de misseis. Uma OHP levava 41 SM1 e as Type 42 levavam 20+15 misseis Sea Dart, com deslocamentos na faixa dos 4500 a 5100 mil toneladas. Ou seja, a tendencia dos desenhos stealth (entre outros fatores, como espaço para radares fixos, hangar, etc) incrementou muito o deslocamento, mas nem tanto a capacidade de carregar misseis. Com as KDXII levando 64 vls e deslocando de 4,5 a 5,5 mil tons.… Read more »

Dalton

Uma FREMM pode embarcar mísseis de maior tamanho como o “Scalp Naval” similar ao “Tomahawk” e silos verticais podem acomodar mais de um míssil como o “Sea Ceptor”, 4 dos quais podem ser acomodados em um único silo e também há previsão de adicionar silos verticais extras para o míssil “MICA” de origem francesa, então depende do que o cliente quer. . Um “T-45” e uma “Horizon” são equipados com 48 silos, mas, há espaço para mais só que não é exercido porque há um número limitado de mísseis, muitas vezes um navio com capacidade ainda maior pode ter vários… Read more »

Mercenário

Heli,

A FREMM italiana possui apenas 16 silos. Nenhuma deles possui 32, tampouco podem disparar mísseis maiores como o tomahawk na configuração atual.

Dalton,

Tenho dúvida se a FREMM possui espaço disponível para mais células VLS.

Dalton

Mercenário…
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as FREMM italianas tem espaço para adicionais 16 silos, de maior profundidade para eventualmente embarcar mísseis maiores, como o “Scalp Naval”, totalizando 32 silos como nas francesas.
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Adicionais “VLS” para o míssil “MICA” fizeram parte de um estudo para a marinha grega e poderiam ser inseridos paralelamente ao hangar.
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abs

Ersn

Enquanto a MB tiver essa mentalidade de pobre metido a rico e achar que pode construir navios de primeira linha com 100% de conteudo nacional nunca vamos ter meios de combate de primeira linha em quantidade que são necessários,os exemplos tão aí enferrujado e encostados no AMRJ:tupi ,inhauma e Niterói.