Fragatas União e Liberal operando no Líbano

Fragatas União e Liberal operando no Líbano (clique na imagem para ampliar)

País, que vai incorporar mais área marítima, deve sair de missão da ONU para deslocar navio

Por Igor Gielow/Folha de São Paulo

O Brasil vai retomar sua prioridade estratégica para o Atlântico Sul, inclusive com a desativação de sua presença na única missão naval das Nações Unidas. Falta hoje, contudo, capacidade à Marinha para dar dimensão militar à pretensão.

Em agosto, a ONU (Organização das Nações Unidas) ratificará ao Brasil o controle do primeiro dos três lotes de expansão de sua plataforma continental. Um segundo começa a ser analisado no mesmo mês e, no ano que vem, deverá ocorrer a terceira etapa.

Com a descoberta do pré-sal em 2006, o Brasil acelerou o processo iniciado em 2004 para pedir o aumento da sua Zona Econômica Exclusiva, o local em que detém direitos para explorar ou conceder licença de exploração. Em 2007, a ONU concedeu 81% do que o país havia pedido, e então o governo refez a proposta.

De 960 mil km², chegou em 2018 a um pedido para aumentar as águas sob sua responsabilidade de 5,7 milhões de km² (chamada Amazônia Azul por ser similar em área ao bioma homônimo em terra) em 2,15 milhões de km² (o tamanho da Arábia Saudita).

O lote aprovado agora é o menor, na região Sul, com 170 mil km². A seguir vem uma faixa junto à linha do Equador e, depois, a joia da coroa: a área oriental, que inclui a Elevação do Rio Grande, um platô submarino que é visto como uma tentadora província mineral.

Só ele tem 920 mil km² ricos em cobalto (jazidas hoje concentradas na conflagrada República Democrática do Congo) e talvez terras-raras (quase uma exclusividade da China). Traduzindo: matéria-prima para baterias e para a indústria de telecomunicação.

“É uma aposta para as próximas décadas, mas que enfrenta desafios levantados por pesquisas recentes”, afirma Luis Américo Conti, professor de Geologia Marinha na Universidade de São Paulo.

Ele se refere à descoberta feita ao norte do Japão, divulgada em 2018, de depósitos ricos em terras-raras misturados à lama do fundo do oceano.

Apesar de estarem em um lugar três vezes mais profundo do que as áreas de Rio Grande, cujas jazidas potenciais estão incrustadas na rocha, eles podem ser de extração mais vantajosa.

Há outras riquezas a serem exploradas. “Toda a plataforma continental brasileira, com exceção de campos de gás e petróleo atuais, é território desconhecido. Pode haver regiões ricas em recursos minerais como ouro e diamantes”, diz o professor Conti.

O governo prevê, para 2020, licitar campos do pré-sal fora das regiões conhecidas.

E há a questão da sobrepesca: segundo a ONG Ação Amigos do Oceano, ligada ao Fórum Econômico Mundial, 90% das reservas de peixes já estão exauridas, o que deve abrir novas frentes pesqueiras. Hoje, 45% do pescado consumido no Brasil vem do Atlântico Sul.

Se o discurso nacionalista de que “nossas riquezas” estão ameaçadas é datado, a área militar olha com cuidado para a região.

Há pirataria e tráfico de drogas em rotas do outro lado do mar, no golfo da Guiné. Ali operam franceses e chineses tentando conter os ilícitos.

A França atua para segurar a radicalização islâmica na região de suas ex-colônias, mas é a China que dá a coloração século 21 à discussão.

O país asiático já tem forte presença econômica na África, mas de 2015 para cá tem feito pontes militares.

Já vende armas para 25 dos 54 Estados do continente, segundo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (Londres). Montou uma grande base militar no Djibouti, mas é sua penetração em países da porção ocidental africana, como Namíbia e Gana, é que impressiona militares e diplomatas brasileiros.

Hoje, 95% do comércio mundial é feito pelo mar, e muito disso contorna a África do Sul. Os chineses estão construindo infraestrutura para combater piratas, mas nada se sabe sobre o poder dessa projeção no futuro.

Há também uma presença palpável da Otan, a aliança militar liderada pelos EUA.

O Reino Unido tem oito territórios que servem de cordão ao sul do Equador, acabando nas ilhas Falkland (Malvinas) —que sediam quatro caças Typhoon, peça de tecnologia militar mais avançada de toda a região. Já os americanos causaram rebuliço ao reativar a Quarta Frota, para a região, em 2008, mas é mais uma denominação burocrática, não tendo nem navios próprios.

Em um seminário realizado na semana retrasada em Brasília, o Itamaraty e a Defesa discutiram com parceiros europeus essa questão. O Brasil defendeu a reativação prática da Zopacas, a área desmilitarizada do Atlântico Sul.

Uma formulação do diplomata José Viegas, que viria a ser brevemente ministro da Defesa nos anos Lula, ela foi uma resposta ao conflito de 1982 pela posse das Falkland —a Guerra das Malvinas, entre Argentina e Reino Unido.

Foi instituída em 1986, mas até pela relativa desimportância da região, acabou emaciada. Sua última reunião data de 2013, por exemplo.

Aqui começa o problema prático para os militares. Sua frota principal de 11 escoltas, como são chamadas as fragatas e corvetas para operações em alto-mar, enfrenta dificuldades imediatas e futuras.

Primeiro, o tamanho em si, considerado insuficiente por especialistas. Segundo, disponibilidade de meios. Das 8 fragatas, 1 está sendo desativada, 2 estão em manutenção agora e outras 3 entrarão em 2020 —1 delas, a União, que hoje é a nau-capitânia da Unifil, a única operação naval da ONU, que patrulha a costa libanesa.

O Brasil assumiu a missão em 2011, e já teve problemas antes: teve de enviar no ano passado a corveta Barroso, um barco algo menor, dada a indisponibilidade de fragatas.

Segundo envolvidos nas negociações comentaram sob reserva, a ideia é deixar a Unifil e trazer a União de volta —provavelmente no ano que vem.

A Marinha afirma que está com capacidade plena na missão. “No entanto, estão ocorrendo desafios em áreas marítimas mais próximas ao nosso território, que poderão acarretar um reposicionamento da participação na Unifil”, afirma o almirante João Alberto de Araújo Lampert, chefe da Comunicação da Força.

Ele diz que a incorporação das quatro novas corvetas da classe Tamandaré, que devem ser redesignadas como fragatas, deve mitigar o impacto da desativação da atual frota —que tem, em vários casos, navios com mais do que os 40 anos considerados limite para uso no mar.

As Tamandarés, com entrada em operação prevista com otimismo de 2024 a 2027, enfrentam problemas próprios, contudo. O contrato vencido em abril pelos alemães da TKMS com participação da Embraer prevê um gasto de até R$ 6,2 bilhões ao todo.

No momento, há cerca de R$ 2 bilhões disponíveis, mas parte disso entrou no contingenciamento de recursos devido à crise fiscal do país.

Os militares se queixam da inconstância de dotações orçamentárias para projetos de longo prazo. “E o fazem com razão”, diz o ex-ministro da Defesa Raul Jungmann.

Ele lembra que o principal projeto associado à presença mais ativa de operação irrestrita no Atlântico Sul, o do submarino nuclear, se arrasta desde 1979 e já teve sua data de lançamento mudada de 2024 para depois de 2030.

Dos quatro novos submarinos diesel-elétricos também de projeto francês, um está em testes. Eles substituirão cinco barcos de projeto alemão, mas sua função é de defesa costeira. Pequenas embarcações, a serem abordadas por patrulhas oceânicas, são a maior ameaça a plataformas do pré-sal, por exemplo.

A Marinha é criticada também por escolhas erradas ao longo dos anos —a manutenção de um porta-aviões até 2017 é sempre lembrada como um exemplo de dinheiro jogado fora em nome de status.

As chamadas compras de oportunidade, outra marca da Força, também são alvo dos críticos. O almirante Lambert afirma, contudo, que tal política não está no horizonte neste momento.

FONTE: Folha de São Paulo

Subscribe
Notify of
guest

117 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Gabriel BR

A MB vai precisar de uma frota respeitável de 18 belonaves , umas 10 tamandarés + 8 Meko A400, senão vão pintar e bordar aqui no Atlântico Sul.

J R

Se chegarmos a 10 CCT pode soltar rojão!

TeoB

Mais que isso, precisamos de armas verdadeiramente de dissuasão, espero que a versão naval do MTC da Avibras tenha um alce de no minimo uns 600 km (o dobro dos 300 anunciados). e óbvio… o ideal era a operação dos 4 SBR + 2 SBN assim teríamos um minimo para essa área toda…
é difícil? sim, e muito!
mas com uma ação planejada e coordenada entre governo e FAA afim de obter e otimizar recursos , seria possível sim.

João Souza

Acho que o mtc, mesmo a versão naval é para alvos em solo.

Flávio Henrique

A própria FAB deixou escapar que terá uma versão naval….

Renan Braga

Só e planejado seus salários pensão de filha aposentadoria precoce a nação nada !

Marcos Campos

Meu número ideal são de 5 CCT por Distrito Naval na costa brasileira, total de 25. Somado a isso 10 Meko A400 ou MKS180.
Porque tantos navios? Não podemos abrir mão de missões ao redor do globo.
Então teremos quer ter belonaves suficientes para dar conta da costa, das missões e dos períodos de manutenção geral e ou modernização.
Ou faz direito ou não desce pro play.
PS.: VAI TER DINHEIRO SIM !!!!!!!!!!!!

Fernando Turatti

Se tivesse dinheiro, ainda assim, seria insanidade uma frota desse tamanho ridículo. Não temos pretensões além do nosso país. Precisamos, isso sim, garantir que nenhuma potência estrangeira utilize o atlântico sul sem medo e é só isso.

Vovozao

25/06/19 – terça-feira, bdia, F. Turatti, mas uma vez serei alvo de críticas; a pouco tempo postei a respeito das Adelaide que o Chile está negociando, os críticos falaram que não foi oferecidas a MB, não sei se sim ou nao,; o que eu sei que Polônia, Turquia haviam desistido da compra, o Chile correu atrás e está negociando, pelo que entendi eles deverão entre 2020/22 desativar 2 das suas fragatas mais antigas, o sentido de tudo isso é o que no Brasil não temos: PLANEJAMENTO, caso houve um planejamento já estaríamos correndo atrás no mercado, porém, só agora que… Read more »

Fernando Turatti

Vovozao, planejamento é algo inexistente no Estado brasileiro, nas forças armadas e em toda a população. Compra de oportunidade não se planeja tão bem, assim como um bom planejamento num orçamento de 100 bilhões de reais não tem como ser a tal compra de usados. Aliás, fica aqui uma questão importante: qual país com mais de 20b de dólares em orçamento militar adquire navios usados? Eu atualmente sou contra a compra de fragatas usadas. Não resolvem o problema, dão a sensação ao povao de que sim e no fim só mantemos o ciclo. Triplica as encomendas de tamandarés se possível,… Read more »

Vovozao

26/06/19 – Quarta-feira, btarde, F Turatti, concordo plenamente com você, entretanto no momento atual temos que trazer pelo menos 2/3 meios (destróieres/fragatas/corvetas), não temos nada no momento, por mais que falem que a 1a. Tamandaré estará operando entre 24/25, eu ( vovozao) não acredito, e, como faríamos para cobrir este valor??? Acho sim que quando lançarmos a 1a Tamandaré, deveremos já começar os estudos para uma fragatas maior, não precisa ser 6000/7000 t, algo entre 3500/ 4500 t, temos que ir devagar, olhe o que o Japão fez, fragatas tipo escadas, cada série com.uma tonelagem maior, nossos Almtes deveriam aprender,… Read more »

Vovozao

Cobrir este vacuo

Enes

Fernando Turatti e Vovozão, na minha opinião, a compra de carcaças velhas realmente não resolve e da a impressão para os leigos de que resolveu o problema. Onde se diz leigos diga-se senado e congresso. O Atlântico tem a capacidade de fazer controle de área equivalente a umas cinco Fragatas/corvetas, opera-se com ele enquanto se espera as Tamandarés. Depois pensamos em 4000 toneladas, não vejo necessidade de 6000 toneladas.

Souto.

Ainda bem que enxergaram que a MB não tem condiçoes de participar
de operaçoes internacionais devido a escassez de navios.Outra nesse momento
o Brasil se ver premido a comprar navios escoltas usados.

india-mike

Caro Souto, já pensei como vc, mas hj eu discordo frontalmente, por diversos motivos: 1. A MB só tem a ganhar com esse tipo de missão. A experiência real (mesmo que de um possível conflito de baixa intensidade) e o intercâmbio constante com outras marinhas enriquece enormemente a MB, suas doutrinas e suas tripulações de uma forma que ela não teria caso a missão não existisse. 2. Mais uma vez repito: navio escolta no Brasil não faz patrulha. Eles nunca foram nem serão usados para patrulhar extensão alguma de mar territorial brasileiro. Se esses navios não estivessem destacados no Líbano… Read more »

Alison Lene

Concordo com tudo.

Juarez

Índia, eu concordo que missões como está trazem ganhos de experiência opera jornal isto só pode ser feito e mantido quando se tem navios em quantidade e em condições plenas de operacionalidade. E necessário também ter recursos para atendes aos custos da mudança brusca da diagonal de manutenção. A MB não tinha e não tem estás condições e o que aconteceu foi que as FCN foram sugadas até o talo.na Unifil, sem uma previsão clara no horizonte de serem substituídas. Isto e o resultado dos delírios aristocráticos e megalomaníacos do “Imperador” e da completa subserveniencia a isto de um almirantado… Read more »

Neves João

Perfeito, Juarez!

Fernando Vieira

Eu também discordo pelos mesmos motivos do IM. Estar nas águas libanesas é um aprendizado e tanto. Além de estar comandando uma Força de paz com todas as responsabilidades que são devidas ainda coloca a MB pra assistir de camarote os pega pra capar que acontecem na Síria e em todo aquele barril de pólvora chamado oriente médio. Seria interessante avaliar o quanto uma FCN por exemplo, ou mesmo a Barroso estão defasadas fronte aos armamentos que são utilizados ali. Por exemplo se elas conseguem detectar e rastrear os mísseis americanos, os caças russos, etc. Por mais que elas não… Read more »

Alison Lene

Simplesmente perfeito seu comentário.

Joao Moita Jr

Sim. A MB terá que comprar meios usados, ou desaparecerá por completo. Podem discordar quanto quiser, mas não tem outro jeito. Ou acham que na semana que vem o Brasil vai se transformar em Coréia Do Sul, com seu nível de produção de meios record? Ainda mais quando quase diariamente anunciam cheios de orgulho mais riquezas no litoral, e alargam a zona de exclusividade brasileira com um simples passar do compasso e lápis no mapa. Vão defender com o quê? Com macumba e reza brava? Saci Pererê?Acorda, Brasil! Deixem de achar que o Brasil não tem, e nunca terá inimigos.… Read more »

Ferreras

Alguns aspectos. 1. Tenho várias ressalvas a Folha de São Paulo, mas parabéns por essa matéria. 2. Recursos só surgirão via receita com um vigoroso crescimento econômico e/ou via redução de pessoal e meios obsoletos do lado dos cortes. Infelizmente dos 3 o único que aparenta ocorrer é a desativação dos meios. 3. Se não adquirimos via compras de oportunidades veremos uma redução drástica dos meios nos próximos anos. As “oportunidades” se tornam cada dia mais raras. 4. Caso tudo dê muito certo ( o que acho improvável), ainda sim cobrirá apenas uma pequena parte das necessidades. 5. Na minha… Read more »

Carlos Gallani

80 mil!

Carlos Gallani

Errata:
80.507

Roberto Bozzo

Ok….vamos supor que seriam cortados 50% deste contingente todo….ficariam 40.253,5 pessoas na MB…..onde está a lei que determina que os valores dos salários economizados iriam automaticamente para investimentos ??? Até onde se sabe os valores do orçamento da MB tem carimbos…X pra salários, é carimbado…Y para manutenção, é carimbado….Z para investimentos, é carimbado….. Concordo que tem gente demais na MB, mas não é só cortar pessoal que sobra dinheiro….. se estes 50% fossem cortados de uma vez, tenham certeza que o congresso diminuiria os valores repassados a força, eles não iriam repassar esta economia salarial para o carimbo de investimento….… Read more »

Esteves

Não é carimbado. Quem determina o que será investimento, custeios, manutenções é o dono do orçamento. O Congresso não obriga a Defesa a tratar a Lei Orçamentária como gesso. A Defesa sabe quanto custa e sabe quanto resta depois de pagar os custeios com gente. A Defesa e a MB determinaram os submarinos como negação do mar. Se mudou e agora a missão dos subs é defesa das costas…só acendendo vela para o SBN. O país continua enxergando o mundo como comprador de matéria prima (minérios, grãos, carnes, óleos). Eternamente cavocaremos buracos para extrair recursos e vender? Em 30 anos… Read more »

Fernando Turatti

Bom, chegamos a um comentarista sugerindo genocídio da nossa população como solução.
Vamos logo para a Revolução Cultural Chinesa, um episódio tão negro da história humana que, quando iluminado, faz o nazismo parecer fichinha.
Ele poderia pensar em reformas à lá Deng Xiao Ping, mas preferiu ir direto para o Mao Tsé Tung, genocida.
Quem deu like nisso não conhece a história ou tem as mesmas tendências ao genocídio?

ednardo curisco

infelizmente tem isso mesmo. dava para cortar fácil uns 15,000, aos poucos, ao longo de uns 10 anos.

Mas é fato que o dinheiro extra dificilmente iria para investimentos na MB.

Ou até iriam, e a turma iria investir no Estado Plurinacional da Odebrechskistão, onde a título de investir em defesa se gasta bilhões com obras.

ALEXANDRE

Pois entao,deveriam fazer uma lei propondo que seria feito o corte ,mas o dinheiro economizado seria utilizado para materiais e treinamentos.
Melhorava o soldo e o recrutamento seria igual concurso pra policia.

Top Gun Sea

Bozzo é claro que são repasses diferentes. Mas nada impede que o congresso edite uma medida provisória para que o repasse para o desenvolvimento de novos projetos bem como aquisição e reformulação da frota da MB seja aumentados em um percentual ou patamar que atenda em caráter de urgência a necessidade da MB. isso representaria dezenas de bilhões no ano seguinte. Mas para isso depende de uma vontade não só política como também da própria MB por o dedo na sua própria ferida e fazer frente ao congresso e apresentar um novo plano diretor, um plano de negócios e sobretudo… Read more »

Esteves

Pela mãe do guarda… Orçamento é feito, construído, votado com o histórico dos anos anteriores + expectativa de arrecadação que seguem ajustados no exercício conforme cresce (ou não) o caixa do Tesouro. Não tem nada de medida provisória nem protetoria. O Congresso não pode legislar sobre a despesa do Executivo. Faz a LO. Se não tiver grana no Tesouro…contigenciamentos zás! Não é vontade. É caixa. É arrecadação. Não há pé de dinheiro. Não dá pra passar a faca nos funcionários estatutários simplesmente porque a despesa subiu. Não é CLT. Não dá pra exonerar funcionário de carreira porque precisa fazer faina… Read more »

Top Gun Sea

É!!! Então o que se pode é continuar contratando! Nada se pode faze pois os especialistas aqui acha que tudo é favorável.

Roberto Bozzo

“Bozzo é claro que são repasses diferentes. Mas nada impede que o congresso edite uma medida provisória para que o repasse para o desenvolvimento de novos projetos bem como aquisição e reformulação da frota da MB seja aumentados em um percentual ou patamar que atenda em caráter de urgência a necessidade da MB” Eu concordo…seguido de uma contrapartida da MB que vise a redução de pessoal. Isso eu concordo. Temos de pressionar o congresso para que ele tome providências. O que critiquei, e crítico, é sempre a mesma ladainha…..toda matéria tem alguém falando a mesma coisa…mande um e-mail pro seu… Read more »

Enes

Estou contigo Roberto Bozzo.

MMerlin

Top Gun. Esquece medidas provisórias.
Estas foram tão prostituídas no governo anterior, que independente do benefício que a MP produza, o congresso ou o STF não tardam em anulá-la.
E, de forma egoísta, fazem isto para demonstração de poder sobre os demais.

Space Jockey

MP que solta é o presidente da republica.

Juarez

Roberto, mas o problema e justamente o orçamento de custeio da força e não de investimento.
Adianta fazer um empréstimo para comprar o DDG Atago e deixar atracado por falta de dinheiro para pagar o diesel????
Vou te exemplificar de forma real.
Quando um Pinóquio da FAB em patrulha localiza a embarcação suspeita e acionalo aqui 5° DN sabe o que mais se escuta?????
Não tem.nabvo disponivel, não tem marpol, não tem Anv disponível.
De novo, o problema e justamente o custeio.

Roberto Bozzo

Juarez, sabemos disso…. é que tem um pessoal que acredita que basta cortar X pessoas que estes respectivos salários iriam para investimentos ou custeio….e sabemos que não é assim que funciona.

O que eu procurei mostrar é que o próprio almirantado poderia sugerir uma fórmula simples ao governo, onde a MB reduziria X% em pessoal e o governo/congresso não diminuiria a verba na mesma proporção, realocando para o custeio este “excedente”. Alem de verbas suplementares para a aquisição de novos meios, pois a MB precisa urgentemente deles.

MMerlin

Roberto.
Referente ao corte de verba baseado no corte de pessoal, faz sentido sua preocupação.
Referente a uma definição do percentual do investimento do PIB, de forma permanente, também faz sentido, se levarmos em consideração o nível de malandragem do legislativo.
Referente a reclamação que existe um contingente excessivo, isso é um fato e poda quase todo o orçamento da pasta. Precisa sim ser exposto e combatido. Cansa ouvir isso? Cansa. Mais ver as Forças Armadas no estado de penúria que está é muito pior.

Top Gun Sea

Bozzo é claro que são repasses diferentes. Mas nada impede que o congresso edite uma medida provisória para que o repasse para o desenvolvimento de novos projetos bem como aquisição e reformulação da frota da MB seja aumentados em um percentual ou patamar que atenda em caráter de urgência a necessidade da MB. isso representaria dezenas de bilhões no ano seguinte. Mas para isso depende de uma vontade não só política como também da própria MB por o dedo na sua própria ferida e fazer frente ao congresso e apresentar um novo plano diretor, um plano de negócios e sobretudo… Read more »

Roberto Bozzo

Top, se não me engano muito, no projeto de nova aposentadoria está previsto uma redução do pessoal das 3 forças, mas como disse não tenho certeza….

Vovozao

24/06/19 – segunda-feira, btarde, até que enfim conseguiram ver a penúria das FA, para termos meios disponíveis no momento seja para MB, FAB, EB, temos que realizar aquisições de emergência, muitos dirão que estou criticando as FA, em hipótese alguma, estou sendo realista, nossos comandantes com certeza estão pensando da mesma maneira. Dinheiro não existe nunca, consegue-se, como? Basta nosso congresso autorizar?? Como?? Existem normas para o endividamento do país, basta vontade política? Hoje existe uma campanha para aprovação da aposentadoria de civis/militares, poderíamos também fazer uma campanha de esclarecimento ao povo mostrando a nossa total incapacidade militar. Acho que… Read more »

Enes

Vovozão, boa noite, o povo só quer saber de futebol, infelizmente.

Osvaldo serigy

Deveria ter um fundo fixo para investir na Marinha do Brasil, através da exploração do petróleo em toda nossas águas costeiras oceânicas. Tipo uma porcentagem fixa de tudo que fosse extraído (petróleo e gás) a cada ano. A final a segurança marítima depende totalmente da MB. E sim as compras de oportunidade são as únicas escolhas para a MB a curto prazo e dado a falta de meios e recursos financeiros no momento. Infelizmente o Brasil só vai abrir os olhos quando tiver uma derrota em guerra. E o que falta além dos recursos são ideias racionais e pé no… Read more »

Victor Filipe

Hoje eu estou no auge dos meus 23 anos.

Poderei viver o tempo que for, nunca irei engolir a MB com um efetivo superior a 80 mil homens (a Royal Navy tem menos de 40 mil) e com uma força de superfície praticamente inexistente.

Para a quantidade de meios atuais, 25 mil ainda seria muito.

Willber Rodrigues

Tenho 5 anos a mais, tento ser otimista, mas sou obrigado a concordar contigo.

Pafuncio

O efetivo da MB também esta distribuído pelas delegacias de fiscalização portuárias. Se criassem uma Guarda Costeira para esta atribuição até concordaria que 40 mil para atender só as missões da MB estaria Bom. A Inglaterra é do tamanho do estado do Ceara. A Europa toda cabe na metade do Brasil. São 7.000 Km mar pra defender. O efetivo e os meios da marinha devem ser maiores para fiscalizar esta área toda.

Victor Filipe

Pouco importa o tamanho da costa. os meios navais da Inglaterra são muito superiores em números e tecnologicamente. mesmo que esteja integrado uma força para guarda costeira dentro da MB, ainda não temos navios de patrulha suficiente para isso. 80 mil é um numero muuito acima do real. A Royal Navy tem menos de 40 mil isso somado os 7 mil Royal Marines.

Obs: O Reino Unido tem uma extensão costeira superior ao Brasil.
UK: 15.651km
Brasil: 7.491km

Bardini

Lá a Marinha é voltada a Guerra. O contingente da MB voltado realmente a Guerra, é capaz de ser até menor que o deles se for pra ponta do lápis. E é infinitamente menos capacitado e motivado. . A MB voltada a Guerra é um moedor de sonhos de jovens iludidos. Só e somente só… . Mas e como fica a questão dos nossos “gloriosos” e completamente DESNECESSÁRIOS marinheiros de escritório? Como fica a questão da burrocracia, quando tu quer colocar barquinho na água e etc… Lá tu acerta tudo com a Marinha, 100% como aqui? Lá tu acerta com… Read more »

MMerlin

Pois é.
Do jeito que está, quando o Brasil entrar em guerra, grande parte terá que fazer frente ao inimigo utilizando exclusivamente um colete (não a prova de balas e sim salva vidas).

Juarez

Mas e au que está. Com todo este aparato de pessoal, ela não defende coisa nenhuma. Um terminal de combustível da BR foi assaltado no Rio Negro debaixo do nariz do distrito naval. Os Rios Paraguai e Paraná são “patrulhadis” por voadeiras de traficantes tudo sob olhar pasmo do distrito naval de Ladário que continua acreditando que colocar canhões de 20 mm operados na base da “mira olhal” vão mudar alguma coisa por lá. Continuam vivendo a época das canhoneiras.
A nós, só nos resta rezar oata que a conta não aumente

Diego

Eu explico. Temos muitos homens pois com a falta de navios, esses irão mergulhar até navios inimigos,e soltar uma granada a prova d’água feita pela grandiosa república da Bananéia.

Roberto Bozzo

Olha, não gosto da Foice de SP, mas é bom ela editar este tipo de material para que o grande público possa saber a situação de nossas forças…. A situação não vai melhorar na próxima década pela absoluta falta de maiores recursos para este tipo de investimento. Uma fragata decente não sai por menos de 700, 800 milhões de euros….precisaríamos de umas 12, simplesmente hoje não dá. Talvez uma solução seria o governo pressionar o congresso para a aprovação daquela lei do FMM e utilizar para a construção de navios patrulha, OPV, corvetas (de projeto mais simples e nacional), investir… Read more »

Rodrigo

Sim a cada 15 minutos aparece outro concurso. Para que tanta gente. Aumentar orçamento não é solução pois o principal é falta de gestão mesmo aumentando o orçamento a incompetência fica a mesma.

Revoltado

É só parar de gastar com coquetel e pintar navio que vai sobrar dinheiro…

Chateado

Concordo com vc meu caro! Os Almirantes vivem no mundo da fantasia, soube de marujos comendo carne de hambúrguer para não racionar as tintas (risos).

Willber Rodrigues

Independente da fonte da notícia ( Folha de SP ), é bom esse tipo de notícia em um grande veículo de comunicação, e não apenas em sites especializados de Defesa, com um público mais restrito. Que a sociedade, e o governo em sequência, que não dá mais pra empurrar a Defesa com a barriga, e parar com essa palhaçada de achar que FA´s não são necessárias, pois vivemos em berço esplêndido e o brasileiro é de paz´´. E as FA´s tem que começar a fazer sua parte e fazer as reformas internas necessárias, é muito oficial, general e almirante pra… Read more »

Elias

Falam q não terá compras de oportunidades , mas estão desarmando nossa força naval !!! Eu acho q temos q tirar esses bigodudos da época da 2° guerra e substituir pessoas mais jovem , q pensão diferente desses pensamentos velhos !!! Tem embarcação mas baratas e mas resistentes q poderiam entrar em serviço no Brasil , em q, 2 embarcação é o valor de 1 Tamandaré e com tecnologias de ponta é o caso da VISBY !!! Mas preferem ferro !!! TUDOS OPORTU ISTAS SEM ESTRATÉGIA E SEM VISÃO !!! A unica visão é o bolso !!! Xo velharada de… Read more »

Jadson Cabral

“A Marinha afirma que está com capacidade plena na missão”. Ao meu ver, um grande erro tentar esconder a situação.
Todo mundo tá vendo que a MB, do jeito que tá hoje, é inútil. E é isso que deveria ser gritado aos quarto cantos pelos almirantes, mesmo incorrendo em crime. Só assim pra ver se prestam atenção à situação.
Mas o problema é justamente esse. Nossos almirantes não se importam, desde que não faltem suas benéces.
A MB é a pior das forças. Chega a dar vergonha daqueles velhos gordos vestidos de branco com suas estrelas nos ombros.

Willber Rodrigues

“A Marinha afirma que está com capacidade plena na missão”
Isso num universo paralelo, né?

Sabe o meu maior medo?
De que esses almirantes REALMENTE acreditem que “está tudo bem”.

Fernando Vieira

Já viram a série Chernobyl da HBO? Assistam e falem depois se não dá pra traçar paralelo.

Carlos Gallani

A mentira cobra seu preço!

Juarez

Perfeito Gallani e o tempo e senhor de todas verdades.

Juarez

Para eles,os duas,três e quatro estrelas está tudo muito bem. Pilotam escrivaninhas, navegam em Nissans Sentra e ainda por cima viajam as nossas custas.
Tá tudo certo para eles, Wilber.
Fudido……estão aqueles CMGs, CFs,CCs, CTs, Sargentos e praças que são obrigados arriscar suas vidas e navios velhos, inoperantes, recheados de panes e ainda por cima ter que aceitar tudo ‘caladinhos”.
Parafraseando um político americano do início do século XIX, durante a guerra hispano americana:
Lembrem-se do NDD Ceará……

GFC_RJ

Concordo que a MB é a que está pior das 3 forças. Mas sem querer tirar seu argumento sobre o almirantado, a assertiva tem que ser relativizada em 2 pontos: 1 – Os meios navais são de longe os mais caros, onde o nível de investimentos necessário é bem mais elevado do que o das outras duas forças. Ainda mais acumulando o CFN e guarda costeira. 2 – Das tecnologias estratégicas, que exigem investimentos por décadas, a nuclear, sob responsabilidade da Marinha é a mais adiantada na minha opinião. A cibernética do exército e a espacial da aeronáutica estão bem… Read more »

Carlos Gallani

A espacial está tão atrasada que em vez de subir acabou descendo!

ednardo curisco

eu sempre mirei a Charlize Theron. Mas tenho uns problemas orçamentários.

Space Jockey

Deusa

Mahan

Porque só o Atlantico Sul se as linhas de comunicações com nossos aliados da OTAN (América do Norte e Europa) passam também pelo Caribe e parte do Atlântico Norte? Já que assinalou Mayport, porque não assinalou a presença francesa na Caiena e a russa na venezuela e cuba?

ednardo curisco

Estilo dos militares dos EUA de pedir verba:

– Caros congressistas, apesar de nosso orçamento militar ser maior que a soma das outras dez maiores potências após a gente, viemos aqui pedir mais dinheiro porque os chineses inventaram um robô de 30 metros de altura que dispara raios laser e os russos têm um torpedo de 50 toneladas que viaja à velocidade da luz.

Almirantada brasileira:

– Tenho certeza que nossa esquadra de 15 stand up paddle estão aptos para projetar força em todo o Atântico Sul

Carlos Gallani

É absurdo mas é verdade, só um cego não vê!

Jadson Cabral

Quem dera fosse só isso. Eles ainda reclamam salários e pedem aumento no orçamento para fazer mais concursos e bancar seus jantares com lagostas e vinhos finos

Marcos Campos

Agora experimenta mexer nas marinhadas burocrática…hospitais, dentistas, clubes, associações, etc etc etc….é tanto pendurilcalho burrocrático que come 1/3 do orçamento….

rommelqe

Eu sou a favor de que seja prevista a incorporação pela MB de OPVs classe Amazonas – ou mesmo com deslocamento da ordem de 1000t . Esses navios seriam adquiridos com recursos provenientes de uma certa porcentagem dos contratos de exploração dos minerais e outras riquezas existentes na plataforma maritima do território brasileiro. Essas OPVs teriam exclusiva finalidade de patrulhar as áreas em alto mar (por isso seu porte…) e não servir, necessariamente, como combatentes classicas, o que não significa que sejam “meramente” embarcações de policiamento ou guarda marinha. Notar que os contratos de exploração de recursos deveriam prever os… Read more »

Esteves

Pera. Para.

Já tem isso. A MB recebe royalties e compensações pela exploração e danos ambientais acusados pela extração dos hidrocarbonetos. Foi de lá que saíram os 2 bilhões das Tamandarés via

Tem pré-sal demais nesse país.

Esteves

Grato pela publicação.

GFC_RJ

Caro Rommelqe,

Essa porcentagem (royaties) já existe para capitalizar o FMM desde os anos 90. O PL que modifica o FMM para utilização de 10% pela MB já existe, justamente para este perfil citado por você:

https://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/INDUSTRIA-E-COMERCIO/566304-PROPOSTA-APROVADA-DESTINA-RECURSOS-PARA-QUE-MARINHA-RENOVE-A-FROTA.html

A MB conta é com essa verba para o ProNaPa e para os novos oceanográficos. Sem essa lei aprovada, sem verba.

Abs.

rommelqe

Caro GFC_RJ, obrigado! É aí, conforme seu link, só depende de aprovação do congresso. Vamos esperar que esse congresso tenha bom senso (?) e aprove essa nova destinação de parte do FMM ….
Tenho minhas dúvidas se vai ser aprovado….

Delfim

Chamar corveta de fragata só serve para esconder que a MB está mal.
.
E o maior limitador da projeção militar é a CF-1988.
.
E ao ver a quantidade de bases inglesas e chinesas ao redor, fica a desconfiança do pq não participaram do short-list da CCT – e que não participem nas próximas aquisições.

André Garcia

A situação da MB é fruto de vários equívocos e de uma cultura que lembra muito a Lei de Parkinson (estrutura excessivamente burocratizada, com efetivo enorme e inversamente proporcional à sua capacidade de combate). Temos, como já disse aqui, uma marinha de terra, com muitos almirantes e poucos navios. Sabe-se que economia de custeio não resulta, necessariamente, em mais recursos para investimentos (que podem ser carreados para outras necessidades ou simplesmente contingenciados), mas isso não significa que não haja necessidade de redimensionamento de pessoal. Em entrevista dada REVISTA FORÇA AÉREA (N. 115), o então comandante da FAB (Ten Brig. Rossato)… Read more »

ednardo curisco

nossas F.A. tem uma lógica típica no serviço público: se eu reduzir meu tamanho o planejamento reduz minha grana.

ednardo curisco

a turma aqui só analisa orçamento em volume de grana, nunca em qualidade ou em que tipo de uso.

Parece pouco rezudir a força em 10.000 militares por mês (que não precisa demiitir ninguém, é só diminuir o ritmo de reposição de pessoal), mas só em salários estes 10.000 custam pelo menos 400.000.000 de reais por ano. Pelo menos.

E antes que digam que o Brasil é enorme e bla-blá-blá, nossa esquadra toda está praticamente sediada no Rio de Janeiro e mais 2 ou 3 bases.

Juarez

Exatamente isto que MB deveria ter feito lá atrás, agora e tarde. O FAB ainda tem grandes problemas, muitas estruturas redundantes mas cortou fundo e o resultado está vindo agora. Observem que apareceram recursos para IRAN de C 130, troca de asa de P 3, boa disponibilidade dia F 5, compra de armamento. E bem simples: 2 + 2= 4 Infelizmente o corporativismo naval impediu que absurdos como compra de modernização de Tracker a 100 milhões de dólares, modernização de A 4 sem Porta Avioes, compra de.misseis para os Scorpene dez anos antes de entrarem em operação, Kombis fogueteiras com… Read more »

Space Jockey

Astros, CFN… mas o Tracker bate todos

João Bosco

Vamos lá, então…. a frota naval brasileira brasileira não tem mais de 110 navios, nenhum porta-aviões, uns cinco submarinos, poucas fragatas e corvetas. Projetos não realizados, adiados, e com a frota quase que completamente no estaleiro ou sendo mantida a duras penas. O governo federal, seu principal mantenedor, não se preocupa em nada com assuas Forças Armadas – só pensa ora em cortar gastos, ora investir em coisas desnecessárias – caso notado quando alguma crise econômica aparece no horizonte…. Agora, pergunta que não quer calar: Como vai ser feito esse investimento sem não tem verba constante e consistente para isso… Read more »

ednardo curisco

a velha questão do orçamento impositivo. Quando se vota, deveria ser cumprido.

Aí acaba com estes orçamentos de mentirinha.

Burgos

Parabéns Galante !!!
Ficou muito bem editada a matéria !!!
BZ !!!?

Alex Barreto Cypriano

A gente já fez o Tikuna e a Barroso (já imaginou a Barroso com a proa dos PPA fazendo trinta nós?…), agora voltamos pra escola pra fazer Scorpene e MeKoA100 alargada (santo Deus…), pagando os tubos por isso, que de maneira nenhuma serve pra impor a lei, patrulhar (ou mesmo combater, se necessário) na ZEE brazuca. A MB tinha que largar o osso de oferecer serviço pra quem não quer – é: o Brasil, o governo, submisso aos interesses chineses, não quer por dificuldade pros seus senhores (já bastante influentes por aqui desde 1974). A AL já está no papo… Read more »

MMerlin

Infelizmente Alex, este é o custo de não ter um setor específico de pesquisa e desenvolvimento. Não só de embarcações, mas armamentos, sistemas defensivos, radares, logística, etc. O governo deveria redirecionar os investimentos para bolsistas (mestrados e doutorado) que estudam engenharia. Isto seria o básico. Atualmente, as universidades federais são uma caixa preta maior que o BNDES. A UFPR recebeu 2 bilhões em 2018 (isto mesmo, dois bilhões). E para aonde vai este dinheiro? Ninguém sabe porque não conseguem convencer as universidades a entrarem na lei da transparência. Voltando aos bolsistas, no que as universidades federais investem? Em teses que… Read more »

Paulo Costa

Na minha opinião, uma frota enxuta mais muito moderna, seria capaz de garantir a segurança da nossa zona marítima …por exemplo:

04 Fragatas de 5000Ton
08 Corvetas de 3500Ton
08 NPoC de 2000Ton

Essa força ja seria boa o suficiente para a esquadra sem aumentar muito os gastos operacionais …

É bom lembrar que se todos os 23 NPa 500Ton restantes forem construídas, teremos nos próximos anos meios Distritais mais capazes que os atuais e isso também e bom.

Marujo

Para cumprir de imediato suas tarefas de patrulha no Atlântico Sul, seria preciso comprar em caráter emergencial todos OPVs River da RN já disponíveis para venda. Priorizar construção apenas do núcleo do poder naval, ou seja, escoltas e submarinos. Desfazer de todos Classe Tupi é um equivoco monumental, num momento nada tranquilo e que pode se agravar no AS.

india-mike

O único River que deve estar disponível é o HMS Clyde, cujo contrato de leasing acaba no final do ano e ele será devolvido à BAES, que (espera-se) vai disponibilizá-lo ao Brasil.

Os outros 3 River B1 (os sem convôo) foram retidos pela RN em caráter emergencial para patrulhas ao largo das ilhas britânicas por conta do Brexit.

Agora, se vc torcer pro Brexit não dar em nada, tem chance de pintar alguma coisa a mais…

Marujo

Complementando: havendo vontade política, recursos para manutenção aparecem, seja de forma for. Não apareceu para o novo plano de carreira dos militares? Não apareceu para custear este contingente gigantesco e inexplicável na MB?

Paulo

Lastimável as condições da MB. A que ponto chegou. Nossa melhor opção a curto prazo são as compras de oportunidade. Mas até para isso os almirantes tomam (ou deixam) péssimas decisões. Os Chineses estão na porta do Atlântico… Enquanto isso, a MB com os seus 70 mil homens desdentados.

Douglas Falcão

Uma pergunta simples; porque tanta abertura de vagas por concurso se não há o que operar? Esse contingenciamento vem de anos, muitos anos, não é novidade. Mas os concursos não param. A Força possui um numero desproporcional no efetivo. Basta comparar com outras marinhas. Não me venham com argumentos de que a MB faz atendimento “social” de populações ribeirinhas. Neste aspecto, o Brasil tem um orçamento de “bem estar” social multibilionário, comparável aos europeus, e o que se vê é um país em pleno século XXI com mais de 70 milhões de pessoas sem esgoto, área esta, em que se… Read more »

Esteves

80% de 80% são inativos.

cesar silva

a curto médio prazo não ter fórmula mágica, é negociar 8 a 12 tamandaré, umas 8 meko a 200 modificadas deslocando na faixa de 4000 toneladas, outra opção seria coreia do sul com suas fragatas classe daegu, esquece a curto prazo transferência de tecnologia, o pacote ia sai na faixa do que uns 10 bilhões de dólares? outra olhando pro passado não só o pa são paulo foi um erro como não ter assistido com a classe barroso que podia ter umas 8 unidades assim como a classe tikuna que também podia ter umas 8 unidades. vamos vê se os… Read more »

RJC

Penso que o Brasil, por vezes, deixa de lado uma de suas características principais, “fazer do limão uma limonada”! A compra de oportunidades será sempre bem-vinda, quando ela realmente for uma oportunidade e que preencha alguma lacuna importante. Mas, deixar de investir na indústria local para conseguir preço lá fora é uma enorme burrice, aqui geramos emprego, receita e arrecadação, enquanto que lá fora não temos o retorno do nosso investimento. Enquanto não voltarmos os olhos para cá, vamos ficar correndo atrás das oportunidades dispensadas por outros, e no fim, discutindo a falta de recursos como sempre temos visto e… Read more »

Nilson

“O Brasil vai retomar sua prioridade estratégica para o Atlântico Sul, inclusive com a desativação de sua presença na única missão naval das Nações Unidas.”
Fica parecendo que vai desativar a participação na Unifil porque tem novas necessidades estratégicas no Atlântico Sul. Todos estamos cansados de saber que teria mesmo que deixar de participar devido à falta de navios, na verdade somente temos operacionais em condições de ir ao Líbano a Barroso e três (duas) cansadas Niterói, e agora uma delas vai precisar parar para fazer a revitalização.

MMerlin

A influência da China no Atlântico Sul é evidente no último gráfico.
Chega a ser assustador se levarmos em consideração sua atual sede expansionista.
Lembra o Japão antes e durante a segunda guerra mundial.

Esteves

Só pode cumprir LO se houver dinheiro. Mais de 90% das despesas do estado referem-se ao orçamento impositivo obrigado pela Constituição de 1988. O que resta são as despesas discricionárias. Para pagar essas despesas + investimentos o governo precisa de caixa. O caixa vem do Tesouro. Arrecadação de impostos + saldo das balanças comerciais + emissão autorizada pelo Senado + poupança + contas públicas como bancos públicos, FGTS, PIS e programas + IR…tudo isso está em uma conta única chamada Tesouro Nacional que por falta de dinheiro…emite títulos públicos…títulos da dívida pública. Não há. Não há dinheiro. Para ter dinheiro… Read more »

Control

Jovem Esteves Infelizmente não há um interesse real chinês em fortalecer as FA`s brasileiras, pois isto vai contra os interesses chineses. Observe que a China busca o controle do Atlântico Sul para garantir as suas fontes de matéria prima e alimentos. Para isto é que ela vem implantando bases navais no Índico e no Atlântico Sul. Como o próprio artigo mostra, a China vem agindo para controlar a África, não por acaso, um dos continentes com grandes reservas de minerais e, principalmente, com disponibilidade de terras para expandir a agricultura. O outro, infelizmente, para nós é a América do Sul.… Read more »

Esteves

Fechou. Fechou lá atrás quando nossa indústria pesada acabou. É tudo isso. Ainda sendo isso tudo como resolveremos o problema da falta de capacidade e de competência para montar navios de guerra? Vamos usar os estaleiros nacionais aptos a construírem petroleiros de casco duplo para transformá-los em navios multimissao com containers, mísseis ou seja o que for necessário para defender o país? Vamos comprar o recheio dos navios (70% dos custos) de quem e pagar com o que? Reais? Fomos apaixonados pelos alemães. Caso de amor. Trocamos a paixão por ingleses, franceses, suecos e até por nossos amantes americanos. Esses… Read more »

Esteves

Tem guerra por procuração. Certo?
Pode haver aliança por procuração? Brasil + China = Atlântico Sul.

Melhor que somente a China.

Control

Jovem Esteves Se a janela já se fechou, o Brasil passou de agente a objeto. sendo apenas um fator de disputa entre as potências ou um espaço geográfico a ser ocupado. Para voltar a ter algum poder de opinar sobre seu futuro, o Brasil precisaria, além de investir pesadamente em sua defesa (o que não parece provável), mudar a visão da maioria de sua população, abandonando o viés de cigarra cheia de direitos para o de formiga preocupada com o futuro; e isto parece extramamente improvável. Talvez, se houvesse um revisão do acordo federativo, com os estados assumindo a responsabilidade… Read more »

Carlos Alberto Soares

Onde assino Control ?

Marcus Vinicius Uchoa

Eu pensaria em algo pragmático … se adia um pouco o programa Tamandaré … e se contrata na Alemanha a fabricação das fragatas … oq baratiaria muito o custo das fragatas e se coloca o pessoal nosso pra ja começar o treinamento de construção … mas Alemanha… teriamos um resultado mais rápido e as fragatas muito antes do prazo!!!

Esteves

Eles não tem sido competitivos. Os estaleiros alemães estão e vieram de processos de F&A como o recente da ThyssenKrupp Marine com outros dois. Talvez seja bom para reduzir custos finais, mas a legislação das licitações impõe níveis de nacionalização. Aqui. Não pode contratar aqui e fazer 100% alemão. Teria que estar associado aos alemães na Alemanha como a Embraer fez com a Sierra Nevada. E fazer negócio lá. Se trouxer de volta vai ter legiões de deputados dizendo que vendemos o país…entreguistas…essas coisas. O prazo é um dos problemas. O maior é com o que pagar. Se tiver grana… Read more »

Jagderband#44

Pelo menos temos unidades militares da Rainha da Inglaterra na espinha dorsal do Atlântico, para contrapor os Chineses.

Control

Jovem Jagder
Isto não resolve muito, pois a RN vem acelerando um processo de decadência iniciado lá no fim da I GM. É melhor não contar com ela.
Sds

Adriano Madureira

De que adianta mirar se as balas dentro do magazine são poucas e se algumas já estão com a validade expirada?!

A realidade é dura e apesar do quê alguns dizem de que enviar nossos velhos navios para missões no exterior é algo bom, que ganhamos experiência operacional, ao mesmo tempo diminuímos a vida útil de nossos navios com essas idas e vindas.

Acredito que seriam mais úteis se ficassem patrulhando nossa ZEE e protegendo nosso litoral.

Mas proteger Israel?? com certeza é mais importante de que nosso território.

Celsoskl

A MB é como a marinha do Paraguai…nada além disso…

mattos

Ridiculo. Cmo quer mais áreas se não dá conta de tomar conta de uma baía. E outra coisa, a marinha só diminuindo de tamanho. ahahahahah Quatro Tamandaré não faz cócegas em ninguém, só na Argentina. kkkkkk

Roberto Luiz

“inclusive com a desativação de sua presença na única missão naval das Nações Unidas.”

A comissão para o Líbano vai acabar? (Risos).

Mgtow

Que loucura isso! É mais sério do que eu pensava. Estamos cercados por bases britanicas (e podemos dizer americanas, pq não?).Logo a Inglaterra que é uma predadora nata. E ainda vi sujeito aqui no blog, desse que latem grosso, torcendo para que a 4° instale uma base aqui no nosso territorio. Eu fico altamente irritado com esse viralatismo que é o discurso dominante dos apoiadores desse governo que aí está.

Renan Braga

orçamento bom porém 80 % para pagar 444mil de contingente 400 generais 2 mil apresentado das três forças de gasto * diga de passagem só a MB que devia ser marinha do Rio de janeiro , tem 11 escoltas tudo pau velho !80 mi de contingente vários e vários prédios hospitais etc aí dos 20 % tem combustível comida água luz telefone internet sobra o que para investir ?
aposentadoria precoce não abrem mão pensão de filha, músicos capelões taifeiros jardineiro entre outros inúteis a defesa da nação está e nossas forças armadas vergonhosas !

Renan Braga

Criar a guarda costeira brasileira! Com 20 navio patrulha oceânicos com porte para helécopetero busca salvamento e questões burocráticas e policiamento a cargo da mesma ! Para MB de guerra de verdade 3 submarinos nucleares modernos 8 submarinos diesel elétricos com mansub 8 corvetas/ fragatas modernas bem armadas capacidade de alcançar seus mísseis de 300km mínimo capacidade de mísseis hipersônicos 3 navios multipropositos como Bahia 1 porta helécopetero com helécopetero* Entre outros navios de apoio Recursos para manutenção das pretensões: Fim da aposentadoria precoce e pensão de filha contingente de 80 % do quadro por temporários Fim do quadro de… Read more »