ThyssenKrupp Marine Systems lança sistema AIP de célula de combustível de quarta geração
Durante sua conferência submarina quadrienal SubCon realizada em Kiel, a ThyssenKrupp Marine Systems apresentou a célula de combustível de quarta geração (FC4G) para aplicações submarinas depois de concluir um extenso programa de teste com mais de 70.000 horas de operação no ambiente de teste. Isso é uma melhoria de um sistema já incomparável e comprovado.
O Dr. Rolf Wirtz, CEO da ThyssenKrupp Marine Systems: “Nossos clientes usam nossos sistemas de células de combustível há mais de 15 anos. Com esta quarta geração, estamos fazendo algo ainda maior. Este é o próximo grande passo com grandes melhorias em disponibilidade, redundância e sigilo. Tenho orgulho de estar novamente avançando com nossos clientes, estabelecendo novos padrões”.
O FC4G foi projetado para ser um sistema modular de alta disponibilidade composto por componentes redundantes para manter um desempenho máximo o tempo todo. Em termos de armazenamento de H2, os sistemas contam com o sistema comprovado e excepcionalmente seguro de cilindros de hidreto metálico como as gerações anteriores. Esses cilindros não contêm nenhum componente ativo; assim, reduzindo a falha a um mínimo mantendo as moléculas de hidrogênio seguras no lugar da estrutura cristalina do hidreto. Como o hidrogênio é fornecido ao sistema em sua forma mais pura, nenhuma conversão química é necessária e, com isso, a eficiência do sistema geral permanece muito alta.
Por outro lado, os sistemas reformadores inevitavelmente criam CO2 a partir de um combustível líquido, como o óleo diesel, deixando um rastro de CO2 – e potencialmente outros subprodutos contidos no óleo diesel, como o enxofre – que devem ser dissolvidos na água do mar ao redor, operando bombas elétricas. O mesmo se aplica aos sistemas AIP baseados em outros princípios, como motores Stirling, diesel de ciclo fechado ou turbinas a vapor de ciclo fechado.
Não é assim com o sistema FC4G. O único subproduto além da energia elétrica é a água pura, que é armazenada a bordo para compensação de peso. O H2 está facilmente disponível onde quer que a indústria química esteja operando, normalmente em todos os países clientes, ou pode ser produzida utilizando fontes de energia verde, dividindo a água em H2 e O2.
As assinaturas gerais do FC4G são as mais favoráveis do mercado. Nenhum subproduto é descartado, as assinaturas térmicas e acústicas são reduzidas ao mínimo, enquanto a eficiência geral do sistema é duas vezes melhor que qualquer motor de combustão.
Philipp Schön, chefe de de vendas de produtos de submarinos: “Essas são as razões pelas quais 38 sistemas foram contratados até agora com 7 marinhas clientes, outros 10 sistemas atualmente em negociação”.
Com cerca de 6.000 funcionários, a ThyssenKrupp Marine Systems é uma das principais empresas marítimas do mundo e fornecedora de sistemas na construção naval submarina e de superfície, além de eletrônica marítima e tecnologia de segurança. Mais de 180 anos de história e a busca constante de melhorias são a base do sucesso da empresa em estabelecer constantemente novos padrões.
A ThyssenKrupp Marine Systems oferece soluções personalizadas para desafios altamente complexos em um mundo em mudança. As forças motrizes por trás disso são os funcionários da empresa, que moldam o futuro da ThyssenKrupp Marine Systems com paixão e comprometimento todos os dias.
FONTE: ThyssenKrupp Marine Systems
Alguém sabe se esse sistema pode ser adaptado aos submarinos “Riachuelo” do Brasil? E o mais importante: valeria a pena?
Eu lembro de uma taeria do PN ( não lembro qual ) dizendo que a hora de navegação de um sub com AIP é mais cara do que a hora de navegação de um sub convencional sem AIP. Tem a questão do sub convencional poder navegar mais sem precisar ir a superfície, mas a velocidade continua a mesma.
Tem que ver se a MB tem interesse no custo-benefício disso. Pra uma Marinha igual a nossa, que nunca tem grana pra nada…
O AIP e mais caro que o convencional más e mais barato que o nuclear.
Anos atrás vi um oficial da Marinha dizer de forma jocosa que submarino com AIP era submarino nuclear de pobre. Achei estranho, mas…., que sou eu para criticar oficial de marinha. O que eu vejo é que, marinha com dinheiro no bolso para investir quando adquiri submarinos convencionais opta por AIP. Acho que os submarinos japoneses (classe SORYU) usam baterias de litio com AIP, talvez sejam os mais avançados do mundo hoje neste quesito.
Não, por motivo de contrato.
A MB preferiu aumentar o tamanho dos submarinos da classe Riachuelo e desta forma poder aumentar a quantidade de baterias com isso aumentar a autonomia em vez de colocar um sistema AIP.
Isso porque o AIP francês é mais caro, pesado e ineficiente.
Más quandi tiver que carregar as baterias vai ter que usar o snorkel e ligar os motores.
O preferido do Ivany Junior e meu.
H2 é um gás altamente inflamável, até que ponto é seguro armazenar uma grande quantidade de H2 num submarino? Ou vão produzir H2 pela eletrólise da água do mar? Nos submarinos nucleares você tem energia de sobra para fazer a eletrólise da água, mas num submarino diesel-elétrico vão ter energia para isso?
“Em termos de armazenamento de H2, os sistemas contam com o sistema comprovado e excepcionalmente seguro de cilindros de hidreto metálico como as gerações anteriores. Esses cilindros não contêm nenhum componente ativo; assim, reduzindo a falha a um mínimo mantendo as moléculas de hidrogênio seguras no lugar da estrutura cristalina do hidreto.”
Basta ler o texto
Eu não deixei de pensar em um Hindenburg subaquático.
Submarinos convencionais diesel-elétricos possuem queimadores para conter o acúmulo de hidrogênio das baterias.
O submarino indiano de procedência russa INS Sindhurakshak, incendiou-se em 2010, qndo uma válvula defeituosa em uma bateria vazou hidrogênio.
O AIP alemão não é essencial para um acidente.
“Componentes redundantes para manter um desempenho máximo o tempo todo”.
Ou seja, o desempenho dos subs convencionais vem melhorando cada vez mais, mantendo suas capacidades superiores de baixa assinatura frente aos subnuc.
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Achei a velocidade estimada do Álvaro Alberto, de 25 nós/h submerso, relativamente baixa, a mesma do Nautilus de 60 anos atrás.
Delfim,
Mesma velocidade da classe Suffren (ou Barracuda) da Marine Nationale.
Os subnuc americanos estão mais velozes que isso. Poderíamos ser mais ambiciosos.
Também acho, poderíamos desenvolver nossa própria tecnologia ao invés de ficarmos dependentes dos franceses.
Não sei se dá para confiar muito no que é divulgado sobre velocidades de submarinos submersos, mas, os novos “Virginias” foram projetados para ter velocidades submersas inferiores às alcançadas pelos 3 classe “Seawolf” e mesmo dos “Los Angeles” também, então, velocidades muito altas, aparentemente não estão mais tão na moda como durante a guerra fria.
Submarinos só precisam navegar velozmente para chegar em área de patrulha.
Na hora do pega para capar, é melhor autonomia, furtividade e outros elementos que velocidade máxima.
um submarino acima dos 10 nós está praticamente entregando sua posição.
Existe a chamada “velocidade tática” que é a maior velocidade que um submarino pode alcançar ainda mantendo grande discrição e os submarinos
de última geração como os “Virginias” segundo publicado possuem velocidade tática bem superior a 10 nós, então, velocidade é importante para chegar
e sair de uma determinada área, perseguir alvos e mesmo apoiar forças de superfície, só não precisa ser tão alta como já se viu no passado.
Lembrar que uma velocidade mais alta vai impactar no desempenho dos sonares, na medida em que o ruído irradiado vai elevar-se e assim prejudicar a escuta dita hidrofônica (passiva)… abraço a todos…
Os primeiros sistemas AIP eram lentos e não podiam ser usados por muito tempo, esses problemas foram resolvidos nos sistemas mais modernos?
Sim
O brasil não deveria somente ser vinculado ao scorpene /DCN, a MB sempre teve boas
experiências com os IKL alemães, jogar isso fora e ser vinculado aos franceses que nos deram aquela bomba do NAE SP eu não gosto.
Uma coisa é comprar um equipamento usado, outra é você construir e ter ele zero KM!
Os franceses não “nos deram” o NaE São Paulo, fomos NÓS que, de livre e espontânea vontade, fomos lá comprar um NaE antigo, sucateado e cheio de problemas pra “brincar de Brasil potência”.
Pior do que ganhar grátis foi a comprar!!! Cheio de bombas!!!!
o tanto de dinheiro gasto naquele trambolho daria pra comprar mais uma Meko
Revistas antigas que tenho dos anos 1990 atestam que a intenção da marinha sempre foi manter o “São Paulo” por no máximo 20 anos, quando então um
novo NAe já estaria em vias de ser entregue, ou seja, foi adquirido como um “tapa buracos” entre a saída do “Minas Gerais” e a entrada de um novo e dar início o mais cedo possível pela primeira vez à operações embarcadas com aeronaves de asa fixa da marinha brasileira, os A-4s que foram adquiridos
dois anos antes e não eram muito adequados para operar a bordo do “Minas”.
O Brasil – Marinha, já se decidiu pelos subs convencionais e pelo nuclear. Então neste momento não cabe mais discutir a presença de aip nos nossos. Acho que o caminho escolhido é bom, para uma marinha que não tinha muito.
Essas matérias furadas que não dão números concretos são um saco. Uma matéria antiga sobre os Subs Type 214 informou que eles navegam a 4 nós submersos sem AIP e 7 nós com AIP. Ou seja, não é desempenho de SSN, mas uma velocidade 75% maior não é nada desprezível.
Vai chegar a hora que não fara mais sentido não usar API hoje pode ser caro e tudo mais, porem como toda nova tecnologia os custos baixam e a eficiência aumenta. mas hoje para nós que já investimos tanto o negocio é o SUBNUC.
Mas acredito que na nossa próxima classe de submarinos convencionais da MB já tenhamos API, se espero tbm que seja uma classe 100% capacidade temos é só ver o sucesso do KC 390
digo classe 100% nacional