Segundo autoridades, o teste demonstrou a capacidade da aeronave de parar a uma curta distância após o pouso a bordo de um porta-aviões

Pela primeira vez, a variante naval construída na Índia do Light Combat Aircraft (LCA) Tejas fez um “pouso enganchado” bem-sucedido em Goa, no dia 13 de setembro.

Com o sucesso do pouso curto, o avião de combate deu um passo à frente para alcançar um marco importante. “Este é um passo em direção à operação da aeronave no porta-aviões INS Vikramaditya”, twittou a ANI – Asian News International.

O teste foi realizado sob a supervisão da Organização de Pesquisa e Desenvolvimento de Defesa (DRDO) e da Agência de Desenvolvimento Aeronáutico nas instalações de testes em Goa, informou a ANI.

Oficiais militares envolvidos no teste disseram que o pouso bem-sucedido colocou a Índia entre um seleto grupo de nações com capacidade de projetar um jato que pode pousar em um porta-aviões.

Autoridades disseram que o teste demonstrou a capacidade da aeronave de parar a uma curta distância usando cabos presos a um gancho montado em sua fuselagem após o pouso.

“Hoje é um dia de ouro na história da aviação naval indiana”, afirmou o Ministério da Defesa em comunicado.

“O teste no INS Hansa em Goa abriu o caminho para a aeronave realizar uma demonstração de pouso a bordo do porta-aviões indiano Vikramaditya”, disse o Ministério da Defesa.

O caça Tejas, desenvolvido para a Força Aérea Indiana (IAF), também possui uma versão naval – LCA (Navy), que está em fase de desenvolvimento.

A Força Aérea Indiana (IAF) introduziu um lote de aeronaves Tejas no início deste ano.

Inicialmente, um pedido foi feito à Hindustan Aeronautics Limited (HAL) para 40 aeronaves Tejas.

No ano passado, a IAF emitiu a solicitação de proposta (RFP) à HAL para a aquisição de outro lote de 83 Tejas a um custo superior a Rs 50.000 crore (US$ 7 bilhões).

FONTE: India Today

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Junior

Eles ainda não desistiram disso, impressionante.

marcus

Os indianos tem a coragem de comparar esse avião com o Gripen NG.

Esteves

NG = next generation

Gripen NG = Gripen E

Gripen naval (M) ainda non ecxiste.

Luís Henrique

E porque deveriam desistir?
Eles possuem o 4o maior orçamento militar. Nos próximos anos vão atingir o 3o lugar, somente atrás de EUA e China.
Devem continuar eternamente dependentes de tecnologias de outros países?

O caminho é difícil e demorado, mas se não for seguido, nunca terá resultado.
Todos os países que possuem indústrias militares desenvolvidas começaram assim, com dificuldades e entregando equipamentos piores que alguns estrangeiros, mais caros e com prazos mais longos de produção, até amadurecerem as tecnologias e atingirem outro patamar.

Junior

Porque esta claro que este projeto não vai ser bem sucedido, quando finalmente estiver pronto ja estará obsoleto. As forças de defesa da India ja deixaram claro que não pretendem fazer grandes encomendas dessa coisa, entre outros motivos.
Ficar insistindo em algo que esta fadado ao fracasso não é sinônimo de persistência mas de estupidez, uma parceria com a Saab faz muito mais sentindo, adquirir experiência e tecnologias essenciais para ai sim tentar denovo.

Carvalho2008

Ele mais do que avião, é um projeto de desenvolvimento de tecnologia nacional. Não é e está longe de ser um fracasso por este prisma. Se o desejo fosse de um produto comercial tal como por exemplo o kc390, as peças e fornecedores seriam de logística internacional. Embora não tenham conseguido alcançar os níveis de nacionalização iniciais, o Tejas foi o máximo verticalizado na indústria indiana quanto possivel

J-20

Luis Henrique são 40 anos de projeto do Tejas. 40 malditos anos.

Carvalho2008

E depois de 40 malditos anos, eles têm um caça relativamente superior a um moderno Lift, ao passo que varios países após 40 malditos anos não tem um maldito caça ou maldita tecnologia industrial de defesa nacional. Quem quer, tem de pagar por isto no tempo e dinheiro

Helio Eduardo

Touchê!!!!

Daniel Silva

Quando consideramos que nosso orçamento militar é cerca de 60 % do deles a coisa piora, lembrando que nós não temos armas de destruição em massa ($$$$$$$).
Tudo bem que eles exageram um pouco na política, saudável, de não colocar todos os ovos na mesma cesta (por ex: creio que 2 fornecedores de aviões de caça já estava bom).
Todas as vezes que vejo uma notícia desta lembro como somos campeões em ineficiência de gasto público.

Tallguiese

Cara podiam dormir sem essas!

Mateus Lobo

E valeu a pena? Será que esse recurso não seria melhor aproveitado na compra de melhores vetores? Vocês tem um nacionalismo cego, importar não é pecado nem fere a soberania, é uma forma mais eficiente de gastar o dinheiro uma vez que o consumo interno não justifica o desenvolvimento de um meio próprio.

Nostra

Let me tell you a story. When first flight of LCA was to happen in 2001. An urgent cable through diplomatic channels was received at the tables of the defence minister. The cable warned the defence minister to cancel the first flight of LCA saying it is unsafe and will crash. But the unlike other previous ministers , the then defence minister was a staunch nationalist . He ignored the cable and gave the go ahead for the first flight of LCA. Do you know who send the cables ? Lockheed Martin through Pentagon , now same LM is in… Read more »

Nostra

The only bargaining tool to acquire technology is develop technology as close as possible to the technology you want.

Power respects Power, Technology respects Technology.

Nostra

When the Americans denied sale of supercomputers to India , India developed the same within a year. And started exporting the same to Russia japan etc .

After that America lifted the restrictions on the sale of supercomputers to India

Nostra

When Germany refused to honour the sale of a magnesium alloy used in ballistic missiles, DRDO developed the same within 3 years.

After a month the German government via the concerned company representatives wrote saying they were ready to resume sale of the alloy.

DRDO wrote back that it is now ready to sell the said magnesium alloy to Germany in any quantities they desired.

Nostra

So madam/sir

Power respects Power

Technology respects Technology

Renato B.

Innovation is a risky and expensive business.

Inovação é um negócio arriscado e caro mesmo.

Italo Souza

Se você vive a importar, poderá haver um problema caso seu fornecedor mais alinhado deixe você sem equipamentos por política interna, para um país que procura se defender com eficiência, isso seria um grande desastre que poderia levar a uma queda brusca.

E é por esse e outros motivos que você tem que valorizar transferência de tecnologia e desenvolvimento nacional.

Nostra

Seriously ?

1983 – DRDO got permission to initiate a programme to design and develop a Light Combat Aircraft.

But full funding was approved from April 1993 and development work for phase 1 started in June 1993.

First technology demonstrator LCA TD-1 rolled out on 17th November 1995.

4th January 2001 the first flight of the Technology Demonstrator LCA TD-1

So from full funding approval to first flight , only 8 years was taken , which is reasonable timeline considering the lack of experience and resources.

Jagderband#44

Olha Jr, em termos de tecnologia de aviação embarcada, acho que estão à frente da Rússia…

Junior

Não, eles compram de Israel, França e Russia a tecnologia embarcada de suas aeronaves.

Vinicius Momesso

O Jornalista especializado na área militar, Pedro Paulo Rezende, uma vez disse que, o projeto é excelente mas a “mão de obra” indiana e PÉSSIMA chegando ao ponto de contruir um caça que voava ‘torto’. Se a Índia não resolver este problema, terá que procurar parceiros para terceirizar a produção, o que sairia bem mais caro.

Marcos R.

A má qualidade da mão de obra indiana já foi constatada anteriormente nos Scorpene produzidos lá.

Foxtrot

Isso se chama independência caro Junior.
Diferente de uma repúbliqueta de bananas que vive dando dinheiro as nações ocidentais, mesmo tendo tecnologia local.
Parabéns aos indianos !

Fabio Mayer

Quem não arrisca, não petisca. Pode-se acusar os indianos de muita coisa, menos e falta de coragem e de visão estratégica!

Fabio Araujo

Acho que a única coisa boa neste caça é o aprendizado e o desenvolvimento da tecnologia, já gastaram muita grana e até agora a versão terrestre não mostrou para que veio, essa versão naval não deve ser melhor!

Carvalho2008

Esta numa categoria similar ao JF17 em termos de eficiência de combate. Demorou muito de fato e não conseguiram superar varios obstáculos. Mas a tecnologia desenvolvida, mesmo aquelas que não chegaram a seu fim tal como radar nacional e o motor kavery, sempre são reaproveitados em outros projetos. Lembrem que apesar de tudo, de sucessos a fracassos, e a mesma Índia com mísseis nucleares, foguetes espaciais, e míssil Bhramos….

Renan

Invejável
Uma vez superado os problemas técnicos, eles poderão partir para um novo avião capaz de pousar em porta aviões tudo com tecnologia própria.
Realmente invejável

cesar silva

realmente, se o brasil não tivesse continuação ao amx as corvetas barroso entre outros estaríamos em situação melhor

Space Jockey

A Índia já é um grande player mundial, quem diria que poderíamos estar no mesmo patamar não fosse a corrupção que está no nosso DNA.

Renato B.

O problema não é corrupção, eles também tem casos para lá de cabeludos. Olhe mundo afora e vai ver que corrupção não tem copyright brasileiro.

O diferencial é que mesmo com guerras, diferentes línguas e etnias sob o mesmo teto e desigualdade galopante a Índia é uma democracia desde sua independência. Compare a diferença com o Paquistão que de vez em quando sofria um golpe. A Índia, apesar de seus problemas não sofre com salvadores da pátria de tempos em tempos para desfazer tudo o que foi feito. Existe continuidade de políticas e isso gera estabilidade.

Esteves

Então…assim como os chineses, Esse pessoal tem problemas internos. Miséria. Comem em pé na rua. Os chineses encrencados com o Tibet e com os budistas, os indianos com o Paquistão. Muito mais grave com o Paquistão. No último GP F1 tinha lá entre os patrocinadores com marcas mostradas na TV, a Tata. A mesma Tata que fabricava caminhões de madeira e carros incendiados. Hoje são parceiros da GM, investem em tecnologia, em propulsão elétrica e até na indústria aeroespacial. Assim como a China tem enormes desafios a superar, principalmente combater a ignorância e a miséria, os indianos tem em dobro.… Read more »

Space Jockey

Sei lá, se vc for ver, nenhum país latino, ou descendente destes se tornou uma potência, aqui na América temos além do Brasil o México e a Argentina que são grandes em território mas padecem do mesmo problema nosso: corrupção. Na Europa, Itália é no máximo uma potência mediana, assim como o Brasil. Espanha tá capenga e Portugal tem um PIB pouco expressivo.

Esteves

Os historiadores do blog tem mais competência para contar. Há um comentário muito bom no post ao lado comparando a qualidade dos americanos X a quantidade de navios chineses. Na verdade, a qualidade dos navios americanos se deve à tonelagem enquanto a frota chinesa segue crescendo graças a um ritmo impressionante dos estaleiros deles. Se entregam rápido significa que os navios são mais leves. E menos capazes. Mas…Marinha é feita de quantidade de meios. A mesma quantidade que fizemos aqui e não fomos capazes de manter e fazer crescer. Porque a qualidade sempre nos escapou. Potência = rapidez. Potência =… Read more »

Entusiasta Militar

Nao se enganem, o boom militar chines é igual ao bomm industrial e depois o boom imobiliário e suas cidades fantasmas … feito por desespero na sua eterna Obrigação de manter a maquina gigante rodando ou nao conseguem alimentar as massas e começa a recessão…
espero que quando esse boom militar chegar no limite, o governo chines avance comum boom na área agro-industrial e não optem pela outra alternativa danosa da expansão territorial.

Renato B.

Os países da Europa tem a força militar e economica da União Européia.

Delfim

Quem pode pagar 110 Gripens pode entrar no projeto de uma variante aeronaval.

Carvalho2008

Claro que pode e falta pouco em si pois uns 70% do projeto já está concluído.

Mas existe sempre um mas na qual os milhões que faltam para sua conclusão estarem alinhados a investimento também em de onde fazê-los operar e decolar. Não existe conta de um sem o outro.

Quem já tem Nae como caso dos indianos, falta pouco, para quem não tem nem um nem outro, faltam os dois….bem mais que o dobro…

jucleidianni jucleidetti

Enquanto isso o Brasil dorme… Deveria construir as próprias fragatas ou corvetas com o projeto da barrosos, fazendo uma variação… utilizando apenas sistemas eletronicos para transferencia de tecnologia da inglaterra mesmo… mas a corrupção fala alto… e em seguida, estudar e desenvolver uma variante do A29 para porta avioes leve sem catapulta… seria muito interessante

Kemen

Ah a India, não se enganem, a industria militar da India esta bastante desenvolvida diria que no contexto dos 12 maiores, apesar da inferioridade em alguns aspectos do Tejas em relação aos Gripen, F-16 e outros, é um projeto deles, estão voando pelos céus e desenvolvendo versão embarcada. Produzem misseis, tanques, armas ligeiras, munição, navios de guerra, etc. Seu ponto defasado são os sistemas eletrônicos, é um campo para poucos, mas estão correndo atrás tentando chegar mais proximos.

Foxtrot

Para uma recente substituição dos AF-1 na MB seriam apenas duas opções (ocidentais, pois orientais esqueça, já sabemos como nossos militares pensam), o Tejas e Rafale.
O bom do Tejas é que ainda está em desenvolvimento e podemos nos aproveitar disso para co desenvolvimento, ganhando assim conhecimentos para futura versão nacional.
O Gripen naval esqueçam, pois será muito caro desenvolver uma versão naval apenas para 2 operados na melhor das hipóteses ( se é que serão dois, pois acho que a marinha sueca não opera e nem operará PA).

Marcos R.

Esqueceu que existe uma 3° e 4° opções de caças navais ocidentais, ambas de origem norte americana e construídas aos milhares.

Dalton

Verdade Marcos, Super Hornet Block III com tanques conformais e outras melhorias e o F-35 dos modelos B e C, apesar de que o modelo “C” atenderá apenas os NAes da US Navy, mesmo os 4 esquadrões de linha de frente do
USMC.
.
Mas, não serão “milhares” porque o que se terá em maior número será à
versão terrestre o F-35A enquanto a versão “B” deverá ultrapassar as 500
unidades com facilidade ainda mais se os britânicos realmente adquirirem todas as unidades pretendidas.

Foxtrot

Verdade caro Marcos.
Realmente me esqueci, obrigado!

Fabio Mayer

O Tejas tem 40 anos de projeto, mas está voando e em quantidades expressivas. Em comparação, fico me perguntando: quanto tempo demorou o projeto AMX para recebermos míseras 56 unidades? quanto tempo demorou o FX? o FX2? Quanto tempo levamos para construir o Ticuna e a Barroso?

Os indianos simplesmente não desistiram de projeto estratégico, coisa que é comezinha aqui no Brasil, onde se prefere pagar 4 bi de fundo partidário antes de gerar empregos nas indústrias naval e aérea…