Emerge mais uma imagem do submarino Riachuelo na preparação para as provas de mar
Aos poucos vão aparecendo mais fotos nas redes sociais do submarino Riachuelo (S-BR1) em preparação para o início das provas de mar.
Nenhuma foto do Riachuelo no mar foi publicada ainda oficialmente pela Marinha do Brasil ou pela Itaguaí Construções Navais (ICN).
Este é o primeiro de quatro submarinos convencionais brasileiros do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), que deverão estar construídos e prontos até o final de 2022.
Na foto acima o submarino está no cais do Complexo Naval de Itaguaí no Rio de Janeiro, com tripulantes e técnicos no convés.
Entre o cais e o submarino aparecem duas “defesas”, futuantes de borracha que protegem o casco do submarino durante as manobras de atracação e desatracação.
Na proa estão dois rebocadores usados para auxiliar nas manobras do submarino.
Segundo o calendário divulgado pela ICN, as primeiras provas são as de cais e mergulho estático. Só depois destas, o submarino estará pronto para navegação.
Os testes no mar estão programados para durar até o primeiro semestre de 2020, enquanto o comissionamento do submarino está programado para outubro de 2020.
Um torpedo pesado F21 de 533 mm do Naval Group e um mock-up de um míssil antinavio MBDA Exocet SM39 Bloco 2 Mod 2 deverão ser lançados durante os testes de mar do Riachuelo, informou a Marinha.
Abaixo, a sequência de fotogramas mostra o lançamento de um míssil antinavio Exocet SM39 a partir de um submarino.
Dá pra ver bons detalhes do casco externo, ou hidrodinâmico, que é preso a estruturas em forma de “T” soldadas ao casco interno, ou de pressão. Na imagem abaixo, o Riachuelo quando ainda estava na fase final de construção, antes de ser lançado ao mar, onde se vê sobre o casco de pressão, no sentido da popa, essas estruturas onde se prende o casco externo:
Pra quem quiser ver como o submarino estava por dentro e por fora, há pouco mais de um ano (junho de 2018), vale a pena ver a matéria completa:
https://www.naval.com.br/blog/2018/06/11/11-de-junho-dia-de-entrar-no-futuro-riachuelo-com-o-poder-naval/
Nunão, vi as fotos lá e gostaria de saber se a área em que ficam os sensores do sonar ativo na proa, eles ficam imersos em água do mar ou algum tipo de óleo, ou aquela área é estanque? O casco dessa área é de algum material diferente, de forma a não alterar as características sonoras dos pings e ecos retornados?
Abraços
Cicero,
Até onde sei, em sonares a área não é estanque, ela é alagada, que eu saiba com a própria água do mar para a pressão dos dois lados do material que forma o casco hidrodinâmico na proa ser equalizada, tal qual no restante desse casco externo.
Esse casco externo da proa, onde fica o sonar, é de material composto.
Valeu.. matou uma dúvida de anos
Ola Cicero, eu imagino que a sua dúvida é similar à minha. Quando a gente faz ensaios de ultra-som em uniões soldadas normalmente os transdutores possuem frequencia de 2 ou 4 MGhs. Nessa faixa a permeabilidade sônica da água não é muito diferente da do aço (não confundir permeabilidade com celeridade que é, por sua vez, a velocidade do som no meio elástico, nos casos ou água ou aço…) e a gente até pode usar água como acoplante entre o transdutor e a superfície metálica (eu já fiz isso pessoalmente…). Mas a diferença para um meio gasoso, no caso ar,… Read more »
MGhz
GHz…
Obrigado Rommelqe, sempre fiz essa comparação com ensaios de ultra-som, mas é aquela coisa. Aqueles sonares são imensos e sempre ficou a dúvida. Obrigado também pela explicação.
Impressionante a qualidade das soldas tanto no Cabo de pressão quanto no hidrodinâmico, acredito que não teremos por aqui os problemas relacionados a mão de obra que a Índia sofreu.
Onde aparece Cabo, leia-se casco.
Espero que tudo dê certo nos testes.
Desejo que tudo ocorra bem nesses testes, pra o sub e para sua tripulação.
Quando os 4 subs estiverem prontos, serão os melhores meios de dissuasão marítima que teremos.
So falharam em não adoptar AIP…. Ainda sem perceber porque
Eu lembro de uma matéria sobre isso aqui no PA, dizendo que a hora de navegação de um sub com AIP é mais cara de um sub sem esse sistema. É como comparar o preco de hora-voo de um caça de 4° geração pra um de quinta geração.
Sem contar que o preço da manutenção de um sistema AIP tambem é salgada.
Sim Willber, mas o AIP é das tecnologias mais vitais num submarino convencional moderno. Não acredito que se possa pôr de lado tal coisa só porque custa dinheiro, países pequenos não têm dificuldade com o AIP, por isso o Brasil também não teria. Um submarino, sem bem desenhando, pode, com recurso a AIP, navegar em absoluto silêncio, submarinos convencionais sem essa tecnologia só o podem fazer durante poucas horas, com recurso às baterias, mas nunca de maneira tão furtiva quanto um 214/212 ou… scorpene com AIP. Isto não pode ser negado, pois é algo já geralmente compreendido e aceite no… Read more »
Para as tecnologias AIP atuais, nas características dos mares brasileiros, a MB concluiu que AIP não é essa Coca Cola toda. Na Europa faz muito sentido para o Mediterrâneo e o Báltico, até mesmo no Mar da China e do Japão, que são “fechados”. A mais curta distância que se percorre compensa a perda de desempenho. A costa brasileira é um oceano super aberto. Não rola navega a 4 ou 5 nós tamanha distância. O que resolve mesmo é o Nuclear. Mas, aumentaram uma seção em relação ao Scorpene original prevendo se integrar o AIP no futuro se necessário. Mas… Read more »
GFC_RJ, Na parte de baixo da seção acrescentada, de fato o espaço é utilizado para aumentar a capacidade de combustível, água e alimentos. Mas na parte de cima é usada para aumentar o espaço da tripulação, que era um dos pontos fracos do Scorpène original, tanto que os beliches ficavam no sentido transversal, muito ruim para o conforto (não se trata de frescura, nesse caso) e foram reposicionados no SBR para a posição longitudinal. Enfim, acho difícil reverterem essas mudanças para colocar AIP nessa seção. Acredito que, se um dia a MB quiser acrescentar AIP, a solução será aumentar ainda… Read more »
Pelo que entendi os nossos Riachuelo podem, se num futuro houver esta necessidade, receber o AIP, certo? Ou seja, os Riachuelo podem não vir COM O AIP, mas estão PRONTOS PARA o receber se a situação assim o exigir.
Alexandre, Se o projeto ainda permitir que mais uma seção seja adicionada ao casco, sim. Há mais de um tipo de Scorpène, conforme o comprimento, o projeto tem certa margem para essas alterações, então não vejo isso como uma impossibilidade, a princípio. Vale relembrar que a nossa versão do Scorpène já teve acrescentada uma seção que, ao invés do AIP, foi destinada a melhorar a habitabilidade e ampliar a autonomia (mais capacidade de combustível, água etc). Mas não é somente cortar o casco, adicionar a seção, soldar tudo e pronto. Essas alterações impactam na reserva de flutuabilidade, pode requerer alterações… Read more »
Pergunta de leigo. O Felinto Perry vai acompanhar o Riachuelo em tudo nas provas?
Infelizmente o Felinto está com os dias contados. Quase não consegue mais navegar. A MB procura um substituto.
Se formos analisar, do momento da integração até onde estamos, foram menos de 1 ano. De fato o cronograma vem sendo seguido a arrisca e o desenvolvimento tem sido até bem célere !
Uma coisa é clara nessas fotos: nossa tecnologia de soldagem de chapas é melhor do que a da Coréia do Norte.
Acho que vc quis dizer “tecnologia dos franceses” rs
Verdade, as soldas foram feitas na França, não na Nuclep, na Ufem e em Itajaí.
Marcos, só um reparo: Nuclep e UFEM estão em Itaguaí, estado do Rio de Janeiro, e não em Itajaí, em Santa Catarina.
Verdade, dei nó nos nomes das cidades.
Beleza!
Pra mim tinha sido aqui.
Valeu!
*então retiro o que disse.
Não podemos esquecer que a França arregimentou soldadores brasileiros para trabalharem em seu sub nuclear.
Prova inequívoca da qualidade de mão de obra nacional.
Fora o Exocet ele vai operar algum outro tipo de míssil?
Espera-se por uma versão sub-sup do MANSUP. Quem sabe, uma versão sub-sup do MTC.
Tomara que num futuro próximo vejamos a MB com misseis de cruzeiro lançados desde os submarinos
Interessante que ele saiu da maternidade (dita Itaguai) e foi até Niteroi…mas vai atingir a maioridade logo, logo….
Que o pessoal trate muito bem deste bebe! Agora que o pessoal da “solda” liberou, que venham os marinheiros.
Que os testes sejam excelentes!!!! PARABÉNS aos envolvidos!!!
Acho que ele não saiu de Itajaí, posso estar enganado afinal não sou carioca mas acho que aquela estrutura ao fundo não é a Ponte Rio/Niterói.
Sim, aquela é a estrutura do Porto de Sepetiba que fica ao lado da Base
Nas fotos ele está em Itaguaí. A base de submarinos em Niterói deverá ser transferida para o complexo de Itaguaí.
rommelqe, acho que se confundiu com aquele terminal de minério (salvo engano), que de relance parece com a Ponte Rio-Niterói. Se ele tivesse vindo para cá ele já teria sido multado e pego engarrafamento hehehehe
Nenhum deles irá ficar baseado em Niterói.
Obrigado a todos. Realmente confundi a ponte…pensei que estive em Niteroi . Qualquer dia ele chega por la! Abraços
Só se for em visita, Rommelqe, porque a base do Riachuelo será Itaguaí.
Até que enfim uma foto mais apropriada para um submarino moderno como é o scorpène. A primeira parecia uma sucata sendo resgatada. As armas são como modelos de capas de revistas, muitas fotos são tiradas, algumas são selecionadas e somente as apropriadas é que são publicadas. Lembro-me de uma reportagem americana sobre o futuro submarino nuclear brasileiro em que eles denominaram como “mais um elefante branco” e nesta reportagem colocaram uma foto de um antigo submarino nuclear russo enferrujado numa base abandonada. Tudo isso provoca um efeito psicológico negativo que desestimula as pessoas interessadas no seu desenvolvimento como também na… Read more »
Off topic
INS Khanderi the 2nd scorpene was commissioned today .
So in the end the media reports alleging delays due poor workmanship etc turned out to be false as usual.
Also the first of its class ( P17A ) INS Nilgiri was launched today
P17A Nilgiri class multirole stealth frigates
At 7350 tonnes tonnes displacement it is more like a destroyer. 7 nos are to be built using modular integrated construction methodology for faster built time. Each ship will cost around 900 million dollars inclusive of weapons.
Short video on P17A
https://youtu.be/1EV9HQx3V58
Another picture
Weapons : 8 brahmos , 127mm gun , 32 LRSAM , 2 triple torpedoes , 2 CIWS , 2 IRL ASW rocket systems.
Kind of under armed as is the case with every major IN ships.
Wow
Congrats, Nostra! I hope one of those babies make a port call in Rio some day.
In the meantime, we’re still waiting for the contract to be signed on our corve…errr… light frigates which is due to happen on December. Theoretically, four years after the signing of the contract, we should be getting the first of four ships.
What’s the ratio on Indian technology versus russian, used aboard the Nilgiri?
It is a complete Indian design.
No Russian systems involved, unless you include Brahmos or the L&T developed upgraded version of RBU-6000 rocket system or the localised AK-600. All the above are manufactured in India.
Basically the Russians have no involvement in P17A project.
All the latest naval projects have no Russian involvement except for the next generation SSBNs , which involves Russian consultancy.
If interested
There was a leaked pic of an old hydrodynamic test models of S-5 class SSBNs having 16-20 silos.
http://www.hisutton.com/images/In_S-5_Profile.jpg
Covert shores came up with this based on the model shown in the leaked pic .
http://www.hisutton.com/S-5_SSBN.html
AFAIK the final design is different from the shown model , it has a blended hump , last couple of years France is alleged to be involved in consultancy for the same in addition to the Russians.
Excellent news! Congrats again.
Very impressive . Congratulations! That Kandheri photo shows the final master adopted?
Question is not clear
Google translate shows weird translation
If you meant if kandheri inducted into service ?
Then yes , it is commissioned and ready for operational service.
Emerge mais uma foto do submarino.
Agora vou cobrar no PODER AÉREO ( decola mais uma foto ou vídeo do gripen )
Espero que façam detalhados testes de acústicas. O principal problema dos Indianos é o ruido e não as soldas. A solda se analisa passo a passo. Sendo feitas por máquinas os reparos pontuais são feitos manualmente. Não se conhece problema grave de solda a não ser que o material de aporte tenha sido mal especificado. O que é difícil pois se produzem amostras antes da aplicação. Quanto ao ruído requer revisão do projeto de isolamentos. Não se concebe um submarino barulhento no cenário atual de torpedos AS inteligentes e guiados por sonar, inclusive. Batucada é para a avenida.
Os Subs possuem datalink para trocar informação com Aeronaves e Navios de Superficie?
Parabéns aos nossos engenheiros navais e técnicos por este gigantesco passo para a conquista. vamos entrar neste seleto grupo de construtores.
“Defensas” talvez..