US Navy e Boeing testam Growler não tripulados controlados a partir de aeronave tripulada
A Marinha dos EUA e a Boeing demonstraram a capacidade de controlar aeronaves não tripuladas a partir de um jato tripulado, uma capacidade crítica para conceitos destinados a manter a aviação naval relevante no século XXI.
A ala de testes da Marinha, na Estação Naval de Patuxent River, Maryland, colocou dois E/A-18G Growler não tripulados no ar, com um terceiro Growler atuando como controle de missão para os “drones”, de acordo com um comunicado de imprensa da Boeing datado de 4 de fevereiro.
O teste “provou a eficácia da tecnologia, permitindo que o F/A-18 Super Hornet e o E/A-18G Growler realizem missões de combate com sistemas não tripulados”, afirmou o comunicado.
“Essa demonstração permite à Boeing e à Marinha a oportunidade de analisar os dados coletados e decidir onde investir em tecnologias futuras”, disse Tom Brandt, líder de demonstração de equipes tripuladas e não tripuladas da Boeing, no comunicado. “Isso poderia fornecer sinergia com outros sistemas não tripulados da Marinha dos EUA em desenvolvimento em todo o espectro e em outros serviços”.
Ao longo de quatro vôos, 21 missões de demonstração foram concluídas.
“Essa tecnologia permite que a Marinha estenda o alcance dos sensores, mantendo as aeronaves tripuladas fora de perigo”, disse Brandt. “É um multiplicador de forças que permite que uma única tripulação aérea controle várias aeronaves sem aumentar muito a carga de trabalho. Tem o potencial de aumentar a capacidade de sobrevivência, bem como a consciência situacional.
Fico imaginando o que os pilotos devem estar achando disso.
Talvez lembrando que os alemães já faziam algo bem parecido antes da 1ª G.M., por volta de 1910, e chegou ao auge com a Hs 293 na década de 1940.
Quem não tem cão, caça com gato.
Uma das coisas fascinantes da US Navy, ao menos para mim, é à aviação naval, no caso aqui, aeronaves EA-18G que além de 13 esquadrões de 5 aeronaves cada utilizados a bordo dos NAes e também a partir de bases terrestres no exterior, um esquadrão de treinamento e reposição de aeronaves, este, maior, com cerca de 30 aeronaves e um esquadrão de reserva, ainda existem vários EA-18G extras exclusivos para testes como os 3 envolvidos nesse experimento.
2!
3!
Como coloquei no “Poder Aéreo” os russos tem vários equipamentos que podem jammear um vant, o risco de um Growler ser jammeado e cair nas mãos dos inimigos é muito grande.
Fabio Araujo, não esqueça que a função principal do Growler é exatamente essa. “Jamear” os outros.
O Growler tem como função jammear os equipamentos dos inimigos, da mesma forma que os americanos vivem fazendo upgrades dos sistemas para que ele continue executando as suas funções os russos por outro lado tentam evoluir seus equipamentos para não serem jammeados e também tentam jammear o Growler, é sempre assim se um lado vem com uma tecnologia nova o outro vai desenvolver mais cedo ou mais tarde um contra ponto a essa tecnologia, e na hora que você controla remotamente um avião você abre uma porta que vai poder ser usada pelo seu inimigo para tomar o controle ou… Read more »
Não existe isso meu amigo.
Lembra de um drone americano que o Irã jammeou e capturou usando um equipamento russo que identifica as frequências usadas para controlar o drone e lança uma forte interferência nesta frequência interrompendo a comunicação entre o drone e o centro de controle? Esse tipo de tecnologia já existe, os russos tem vários equipamentos que fazem isso, e não duvido que os americanos, israelenses e os chineses também os tenham. Se a comunicação entre o drone e o centro de controle cai o drone ou pousa ou vai cair e isso acontecendo com o Growler remotamente controlado pode ser muito perigoso… Read more »
É o futuro Fábio. Russos, chineses, etc, estão ou estarão seguindo por esse mesmo caminho e estarão sujeitos ao bônus e ônus, mas, provavelmente o bônus será bem maior e não se prenda tanto ao
“Growler remotamente controlado” pois haverão outros sistemas não tripulados, o “Growler” sendo utilizado para testes agora para amealhar dados para outros sistemas.
Uma coisa é um caça ou um transporte, outra coisa é um avião com toda a sua mais importante tecnologia de inteligência, se você tem um F18 E/F remotamente controlado executando uma missão de ataque o de reabastecimento ( alguns tem kits de reabastecimento ) e este é jammeado e cai na mão do inimigo o dano não é tão grande, mas se o mesmo ocorre com o um Growler o dano é imenso por conta da tecnologia sensível que ele possuiu. Eu acho que caças e e aviões de transportes podem ser remotamente controlados sem problema, a bronca é… Read more »
Exatamente ! Por isso que muitos torpedos e mísseis leves e de curto alcance ainda são ligados por fios às suas plataformas de lançamento: para evitar sofrerem interferências externas.
Discordo totalmente de você Augusto L. O risco existe sim. E é totalmente diferente quando se tem um piloto dentro da aeronave e quando se tem a aeronave remotamente controlada. Lembre-se que agora a Rússia se não implantou esta em via de implantar internet livre da rede dos EUA. Existem inúmeros satélites inimigos dos EUA com inúmeros vetores no ar para fazer interferência e contramedidas eletrônicas. A ideia é boa? Sim. É. Ter uma aeronave livre da limitação humana de força G daria ampla liberdade de manobras para escapar de contra medidas solo ar mas não é somente isso envolvido.
Aviões existem há muito tempo e a AA também. Desde a PGM que se tem a metralhadora AA. A possibilidade dos caças serem jameados ou serem controlados ciberneticamente é a mesma deles serem atingidos por um Pantsir ou pelo S400. Se os Pantsir e os S400 não têm potencial para evitar que caças levantem voo ou mesmo de barrar o desenvolvimento de novas aeronaves a “possibilidade” deles serem jameados ou controlados também não o terá. Ser possível é uma coisa, ser provável é outra. Aviões de guerra trabalham dentro do provável e não do possível. Haverá os que tentarão jamear,… Read more »
Obrigado pela explanação fundamentada Bosco!
Bosco é mestre!
Está um pouco longe o dia que veremos isso tudo funcionando de acordo, mas, trata-se de um primeiro e importante passo e como a matéria especifica
EA-18Gs poderão controlar outros tipos de “sistemas não tripulados” não
necessariamente EA-18Gs não tripulados.
Foi exatamente isso que pensei.
A matéria não especifica que tipo de tecnologia é empregada para este “controle remoto”. Acredito que não seja um simples sinal de rádio, se fosse assim não precisariam de outra aeronave para controla-lo de perto, poderia ser controlado remotamente via satélite, como já acontece com alguns VANTS. Há mil e uma possibilidades de evitar interferências nos comandos, principalmente com os avanços da inteligencia artificial.
E ainda há a opção de facilitar a captura pelo inimigo, e ser um “Cavalo de Troia”, uma casca recheada de explosivos.
Isso é o futuro! Combinação de aeronaves tripuladas com não-tripuladas, sendo as últimas comandadas por uma IA que responderá às ações empregadas por uma unidade tripulada. A missão e a situação serão “lidas” pelos próprios sensores e pelos comandos da unidade tripulada, fazendo com que a unidade não-tripulada saiba qual ação tomar.
E agora?
Vão mudar o nome pra Q/E/A-18G tb ?
Não irão mudar o “nome” Rui porque apenas 2 aeronaves foram convertidas
para testes. Não se trata de uma nova linha de aeronaves, os EA-18Gs
continuarão fazendo o que já fazem seja a bordo de um NAe seja baseado
em terra na forma de um esquadrão expedicionário.
O EA18G growler é uma joinha!
Certo. Antes, desembolsa uma grana aí do seu bolso, por favor.
A coisa tá séria. Medo do futuro…
Tenho curiosidade de entender melhor como funciona a função jammer e contramedidas.
Acho difícil conseguirem jammear e controlar uma aeronave igual ao EA-18G. a quantidade de sensores de interferência que ela leva é brutal são um em cada ponta da asa mais 3 pods de interferência. pods esses que vão ser substituídos por uma versão mais moderna. entre fazer isso com um Drone de reconhecimento e uma aeronave de interferência é um verdadeiro mundo de diferença. e é algo que vale para todos os lados
Amigos isso é o futuro a ficção que finalmente chegou, antes só víamos algo do tipo em filmes e em animes japoneses (Macross) o próximo passo será o controle por sinapse nervosa
Dá um bom enredo de filme, uma IA embarcada num caça melhor que os melhores pilotos da marinha que em determinado momento pode considerar seus aliados uma ameaça.
(Eu sei, mas só salva a cena do Biquini)
Mas já tem filme com esse enredo. Esqueci o nome.
Prezados, tenho uma pergunta. Como estão os projetos das nossas forças armadas em relação a estas tecnologias de aeronaves não tripuladas? As nossas forças de defesa aeronaval (navio aeródromo, porta helicópteros, aeronaves, VANTs) e força aérea tem planos em relação a estas tecnologias?
Tem sim! Há um estudo de que tanto a FAB quanto a Marinha devem adotar tecnologias muitos similares a esta da noticia muito em breve. Há já um orçamento sendo pensando para já no incio do ano fiscal do ano de 3254, para então iniciarmos a prototipacão e posterior liberação para a linha de produção. Aguardemos os próximos passos.
Planos. Aeroplanos.
Ano passado a discussão foi a reforma dos planos de previdência dos militares e reajustes da cúpula . 🙂
Para conseguir operar de forma similar, mesmo que muito menos complexa e eficaz, a aeronave tripulada, lider da esquadrilha, deve ser biplace.
Gripen F. Mais brasileiro do que o Gripen E.
O bom é que o OBOGS não vai ser mais um problema. Pilotos respiram aliviados mesmo de asas cortadas pela ‘automação’. Viva a terceira (ou quarta) revolução industrial! Revolução é pra quem sabe fazer.
Vislumbro “enxame de drones” muito mais barato e eficaz…
05 ou mais drones patrulhando setores específicos…os mesmos trabalhando em rede..
Grupos de ataque em modo AI…
Piloto de caça,como atualmente ?
R.I.P em 20 anos!!!